O Pêndulo de Foucault

O Pêndulo de Foucault Umberto Eco




Resenhas - O Pêndulo de Foucault


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Cheiro de Livro 08/06/2016

O Pêndulo de Foucault
Vamos começar pelo início: Eu curto muito Umberto Eco, mas enquanto autor ficcional sua escrita não é nada fácil. Na academia já estamos acostumados a essa “soberba literária”, mas na literatura nem todo mundo está disposto a continuar quando pega um livro assim. Rebuscado, exageradamente detalhado, algumas vezes até cansativo. É o tipo de autor “ame-o ou deixe-o”, não dá pra encarar as centenas de páginas de “O Pêndulo de Foucault” apenas para passar o tempo, é uma leitura que dependendo do que você gosta e do momento em que está, pode até bugar um pouco o cérebro. Se você nunca leu nada do autor, recomendo começar pelo “O Nome da Rosa”, é um livo maravilhoso, você ficará ambientado ao estilo do autor, e é uma trama bastante mais palatável.

A sinopse é até bastante curta: “Causabon, Belboe Diotallevi são redatores da editora Garamond, na Milão do início dos anos 80. Cansados da leitura e releitura de incontáveis manuscritos de ciências ocultas, eles acabam encontrando os indícios de um complô que teria surgido em 1312- quando Felipe, o Belo, supriu a Ordem dos Templários- e atravessando, oculto, toda a historia do planeta até o final do século XX. Os agentes e beneficiários do complô, seriam os templários e os rosas cruzes, cujo o objetivo era dominar o mundo. A partir deste plano, os três redatores inventam, como uma brincadeira, uma trama fantasiosa. Mas o inesperado acontece e alguém começa os levar a sério.”

Esse “Plano” desenvolvido por eles envolve basicamente todas as sociedades secretas das quais eu já ouvi falar no mundo e vários detalhes dos mais diversos séculos de história mundial, e acaba se mostrando como uma ameaça real. Para quem gosta de ter acesso as mais variadas informações históricas, teorias da conspiração e trechos de livros raros, “O Pêndulo de Foucault” é um prato cheio. O tipo de livro que faz você ter vontade de ficar fazendo anotações num bloquinho pra não perder nada. O ponto negativo (pode ser positivo, para alguns) é a arrogância com a qual Eco passa pelas temáticas, usando sempre um tom que diminui tudo que é ligado ao misticismo, quase que caçoando de quem acredita em aspectos ligados à magia, ocultismo ou outras áreas semelhantes. Acadêmico de renome, o próprio autor admite que o livro é uma espécie de metáfora, quase chacota, dos colegas ao seu redor que de tanto ler sobre estes assuntos passam a ver teorias da conspiração e sinais claros de que o ocultismo é real, por exemplo, coisas que, segundo ele, não deveriam ser levados a sério.

A semelhança da trama com os bestsellers de Dan Brown é inegável, porém, se em Brown percebemos desde o início o ritmo alucinado que nos faz imaginar quase que imediatamente os personagens em uma tela de cinema, com Eco é tudo mais arrastado, sobrecarregado de informações minuciosas, e esta, paradoxalmente, é a maior força do livro. Todos os contextos do “Plano” são tão milimetricamente explicados que você começa a duvidar se todas as teorias sobre essas organizações secretas não são reais. Sobre essa semelhança-diferença com as atuais tramas cinematográficas como “O Código da Vinci”, Umberto Eco declarou (em seu tom nada humilde):

Eu inventei Dan Brown. Ele é um dos personagens grotescos do meu romance que levam a sério um monte de material estúpido sobre ocultismo. O Pêndulo de Foucault projeto brinca com teorias conspiratórias e teve início com uma pesquisa entre 1.500 livros de ocultismo reunidos por seu autor. Ele [Dan Brown] usou grande parte do material.” Em ‘O Pêndulo de Foucault’, eu havia inserido um bom número de ingredientes esotéricos, que podem ser encontrados no Código Da Vinci. Os meus personagens, ao elaborarem os seus projetos, levam em conta a importância do Graal, por exemplo. Eu quis fazer uma representação grotesca daquilo que eu via em volta de mim, de uma tendência da qual eu previa o crescimento. Era fácil fazer uma profecia como esta. Ao pesquisar para escrever ‘O Pêndulo de Foucault’, eu esvaziei todas as livrarias que já se especializavam nessa “gororoba cultural”. Dan Brown copia livros que podiam ser encontrados trinta anos atrás nos sebos da Rue de la Huchette, em Paris. O sucesso pode ser explicado pelo fato de que os autores desses best-sellers levam tudo isso a sério, e ainda pelo fato de que as pessoas são sedentas por mistérios.
E dá pra curtir Dan Brown e também curtir Umberto Eco? Olha, de minha parte dá sim. Mas é preciso ter em mente que são duas leituras absolutamente diferentes. Se “O Código da Vinci” pode te conquistar desde o começo por sua leitura fácil e fluída, “O Pêndulo de Foucault” pode repelir os leitores menos persistentes, porque é lá pelo meio, quando os conspiradores estão escrevendo o “Plano” que tudo começa a ficar mais atrativo e te faz ter vontade de ler mais um pouquinho para saber qual informação você poderá absorver na página seguinte, desde a maçonaria, passando pelo nazismo, até os matadores de “Assassin’s Creed”.

Acredito que seja o livro de ficção mais bem embasado historicamente que já li, mas, reitero, o desdém com que Umberto Eco trata o ocultismo, a magia e assuntos afins, como não ciência ou sub-ciência, pode irritar muitos leitores por aí. É interessante perceber, também, que o livro trata de como criações podem tomar vida e como até seu inconsciente pode te pregar umas peças. “O Pêndulo de Foucault” não tem personagens absolutamente marcantes, longos romances, ou cenas de ação cinematográficas, porém é uma trama bastante cética sobre sociedades secretas e teorias da conspiração, para quem curte o gênero, é um livro necessário, um clássico imperdível.

site: http://cheirodelivro.com/o-pendulo-de-foucault/
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Marcos 14/10/2016

Casaubon, Belbo e Diotallevi são três amigos, sócios de uma editora que costumeiramente publica livros de autoajuda e temática esotérica. Eles nunca gostaram muito desse tipo de literatura, mas esse era o nicho que mais vendia e, consequentemente, dava mais lucro. Até que um dia um misterioso manuscrito vai parar nas mãos deles, para uma avaliação de uma possível publicação. Porém, ao começarem a leitura, eles começam a perceber que o texto traz enigmas que vão além de uma simples história de ficção. Ao começarem a investigar o que há por trás do texto, passam a descobrir segredo de uma sociedade secreta que envolverá o universo dos cavaleiros templários e da igreja católica.

O Pêndulo de Foucault é o meu segundo contato com a obra de Umberto Eco. O primeiro livro dele que li foi Número Zero, que me foi uma leitura frustrante e decepcionante, uma vez que esse autor é muito renomado na literatura clássica mundial. Nesse livro esperava retirar todos os estigmas que fiquei para com o autor e meu primeiro contato com sua narrativa.

Muito se fala da genialidade de Eco em seus escritos, sobretudo no mais conhecido livro dele, O Nome da Rosa. Como não vi isso em meu primeiro contato com ele, como disse anteriormente, estava com boas expectativas para com esse, uma vez que ele também está indicado no 1001 livros. Para minha grata surpresa, minha expectativas foram alcançadas.

Eco tem formação como Linguista e ele usa muito de seus conhecimentos nesse livro. O nome de cada capítulo é o começo de alguma citação que terá algum tipo de reflexão na história.

Além disso, várias línguas diferentes são inseridas no texto. Esse último recurso textual faz com que a leitura seja um pouco lenta em alguns momentos. Sem dúvidas, esse é um livro que exige um pouco mais de tempo de leitura para que o leitor consiga absorver todas as suas nuances da história. Não é um livro fácil nem rápido de ser lido, muito também em virtude de sua extensão, mas sem dúvidas é muito proveitoso de ser lido.


Recomendo a todos que queiram conhecer o autor ou para quem queira dar uma nova chance ao mesmo.

site: http://www.capaetitulo.com.br/2016/08/resenha-o-pendulo-de-foucault-de.html
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Luiza.Thereza 30/06/2016

O pêndulo de Foucault
Minha busca incessante por livros não em destaque nas mídias sociais e a curiosidade despertada por alguém que colocou um pouco de sangue no meu coração de pedra, fizeram-me ter bastante curiosidade sobre a obra de Humberto Eco. A morte dele em Fevereiro deste ano me atiçou ainda mais e me fez vier alguns momentos de frustração, já que, das três vezes que os livros dele apareceram nas News do Grupo Editorial Record, apenas em uma (esta) a minha solicitação pelo livro foi atendida.

Na primeira cena do livro, Casaubon (personagem e narrador deste livro) está no museu Saint-Martin-des-Champs, Paris, olhando o movimento do Pêndulo de Foucault, uma proeza da engenharia feita em 1851 e transferida para aquele local anos mais tarde. Pare ele, aquele objeto tem um significado muito maior do que o de ser um máquina exposta em um museu dedicado a elas.

O Pêndulo, para ele é a resposta, ou mais uma pista, do Plano que ele, Jacobo Belbo e Diotallevi, e seus companheiros redatores de editora Garamond, descobriram e desvendaram.

Escondido dentro do museu após seu fechamento ao público, Casaubon aguarda por alguma coisa. Enquanto aguarda, sozinho, em um museu fechado e escuro, ele volta ao passado e refaz a história que o levou até aquele lugar e momento. Momentos de um passado (não exatamente) distante são ditos a nós leitores enquanto ele, estático, espera por seja lá o que for.

Tentei fazer um trabalho mais minucioso, prestando atenção às palavras que eu não conhecia, e até buscando entender as ligações históricas e documentais que os personagens faziam. Porém, precisei reconhecer que, agindo assim, eu não terminaria O Pêndulo de Foucault tão cedo. Infelizmente (ou não), acabei voltando à minha leitura normal, prestando a devida atenção apenas a alguns pontos que já tinham despertado minha curiosidade na leitura inicial.

Uma coisa que achei curiosa, por exemplo, foi a separação dos capítulos. Cada um é intitulado por uma Sephirah (explicando de forma geral, uma Sephirah é um atributo descrito, ou mostrado, na Cabala, através do qual O Infinito revela a si mesmo e cria, continuamente, o mundo físico e metafísico. Simplificando, não letras divinas, ou assim eu entendi) e cada uma tem seu significado ligado aos acontecimentos narrados ao longo do livro (ou os acontecimentos estão ligados às Sephirahs, difícil saber ao certo) e sempre seguindo a sequencia da árvore sefirótica.

Se o parágrafo anterior complicou, vou tentar exemplificar: o segundo capítulo do livro é intitulado Hokmah, a sefirah da Sabedoria. Ela possui a ideia primordial na qual tudo é contida, e nela está contida a essência de tudo o que se seguirá. Pois bem, é nesta parte que Casaubon relata o primeiro contato dos três ao que, mais tarde se revelaria ser o Plano.

Se você pensou que trata-se de uma grande teoria da conspiração envolvendo história, misticismo e (porque não dizer) uma boa dose de loucura, bem, você acertou. Porque é exatamente isso que é. E foi construída de uma maneira tão minuciosa que se tornou genial.

Não é um livro muito fácil de ser lido: o tamanho não facilita e o enredo, por vezes intrincado demais, muito menos. Porém, em diversos momentos me vi impossibilitada de deixar o livro por mais de dois minutos e, mesmo assim, voltava quase correndo para a história.

site: http://www.oslivrosdebela.com/2016/06/o-pendulo-de-foucault-umberto-eco.html
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Silvio 21/09/2014

Meus sinceros parabéns aos leitores que conseguiram terminar este livro. Tenho a primeira edição e faz mais de 20 anos que não consigo sair dos primeiros capítulos. Infelizmente nesta obra Eco ainda não havia conseguido reunir sua grande erudição e talento intelectual inegável com as técnicas literárias (só reunidas em Baudolino) resultando em um romance cheio de clichês e confuso.
Valeria 23/11/2014minha estante
Que pena, Sílvio.....isso aconteceu comigo com outros livros do Eco, justamente Baudolino e A Ilha do Dia Anterior. Mesmo adorando Eco, não consegui terminar estes livros....Mas.....quem sabe um dia eu tento novamente? Tente dar uma nova chance quando você se cansar de tantos livros sobre mistérios inexistentes da história.....Espero que sim!




Sonia3D 26/08/2010

O original do código da vinci
Aquele livro no qual Dan Brown deve ter se baseado ao escrever O código da Vinci. Livro ao qual me refiro como "O Pêndulo de Foulcault for dummies"...
Peterson Boll 21/09/2010minha estante
Definou com precisão: quem gostou de "O Codigo da Vinci" não irá gostar da obra do Eco (acho que desistem nas primeiras páginas...)


Erick 18/01/2011minha estante
Parece até que o Umberto Eco escreveu esse livro pra satirizar o Dan Brown!!!


Angelo 13/05/2011minha estante
Em verdade, a fonte principal de inspiração para Dan Brown foi o livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, de autoria de Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln, publicado em 1982, antes, portanto, do Pêndulo de Foucault.




camilaputz 08/02/2012

Difícil versus Simples
Difícil pra caceta [como sempre, nos livros do Mr. Eco], mas a simplicidade do final, a "explicação" do "mistério" é tão comovente... Li apenas três livros do Umberto e sempre, no final de cada um, uma sensação nova, nunca igual, que sempre eleva de alguma forma.
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Bille 16/04/2024

Transitando por caminhos enigmáticos de conhecimento esotérico e histórico, essa narrativa se destaca pela sofisticação de sua intertextualidade e pela densidade de seus enredos. Ela cativa pelo entrelaçamento de mitos, ciência e filosofia, estabelecendo um diálogo vibrante com o cânone literário e com o leitor contemporâneo. Embora ocasionalmente caia na armadilha da erudição excessiva, a maioria dos seus personagens oferece um estudo profundo de arquétipos psicológicos, refletindo um mestre do realismo filosófico em ação. A obra desafia e redefine as fronteiras entre o ficcional e o factual, fazendo do leitor não só um espectador, mas um decodificador ativo dos mistérios propostos.
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Vinicius 23/12/2009

Um romance maestral!!
Um romance envolvente... Denso, mas ainda sim envolvente, mostra que nós complicamos aquilo que na verdade é facil e provocamos males e erros que podem custar nossas vidas...







O final é dinamico ao contrário de todo o livro que é teórico e esteta...







Muito interessante!!







indico a quem quiser se aprofundar nos Motes de ECO!
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Vivi Koenig 12/04/2012

Difícil... quase abandonei...
"Deveria estar em paz. Pois compreendi. Não disse um daqueles que a salvação nos chega quando se atinge a plenitude da consciência? [...] Talvez não tenha compreendido tudo, falta-me um espaço, um intervalo." É com essa sensação que termino a leitura desse livro... Ficcção torturante de Eco, complexa e perturbadora. Talvez algum dia venha a relê-la.
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Yussif 16/05/2012

O Pêndulo de Foucault, é um romance do filósofo, escritor, semiólogo e linguista italiano Umberto Eco, publicado em 1988.

Dividido em dez segmentos representados pelos dez Sefirot, é cheio de referências esotéricas à Kabbalah, à Alquimia e a teorias conspiratórias. O título do livro refere-se ao pêndulo projetado pelo físico francês Léon Foucault para demonstrar a rotação da terra.

Na trama, sociedades secretas estão envolvidas em um suposto plano que governaria a humanidade. O texto é rico em informações e idéias, além de conter trechos de livros antigos e raros.
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Thiago 01/03/2013

Um lixo
Um lixo que se traveste de erudição para esconder todo o grande NADA que ele é.
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Mayara 21/04/2013

Umberto Eco ecoa na minha mente quando eu o leio. Nesse livro podemos ler sobre pirâmides e suas relações astronômicas em relação a lua, sol, e estrelas.
Ele consegue permear caminhos distintos simultaneamente. Une paradoxos. Sintetiza o mundo e uma época histórica num livro. O livro é bem europeu, e como a Europa bastante antigo as histórias que ele aviva. Os contos místicos que pela Europa fizeram 'sucesso'.
É um livro tão completo. Contudo não é um livro cronológico é bastante anacrônico. A psicologia que faz funcionar o livro é uma maneira nova de ler um livro.
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Volnei 30/05/2015

O pendulo de foucault
Milão 1980, cansados de leitura e releitura de incontáveis manuscritos de ciências ocultas, dois amigos acabam encontrando indícios de um complô que teria ocorrido em 1312 encobrindo toda a história do planeta até o fim do século XX ......

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br/
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lourdes 09/10/2009

revisitanto
Li este livro assim que saiu sua 1a edição em 1988, estava terminando minha faculdade de História e UMBERTO ECO era, e ainda é uma referencia na historia do pensamento politico. Visualizar os bastidores da construção e destruição dos dogmas religiosos é uma experiencia tão plausivel que as vezes nem parece um livro de ficção(a despeito da imaginação quase ilimitada), mas um diário dos acontecimento daqueles dias. Ainda não sei o que a releitura vai me trazer, mas eu gostaria de ter escrito o Pendulo de Foucault.
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prof.vinic 23/01/2010

Complicado e perfeitinho
Gostei do livro, uma história muito interessante, repleta de informações e interconexões para mim inéditas. Citando a nomenclatura do autor, conheço alguns "diabólicos" e me parece que eles realmente pensam conforme indicado no livro. Como sempre Eco soube valorizar a sua obra com citações inteligentes e um enredo bem amarrado. Apenas lamento o final da história, achei bem pobre em comparação com toda a obra ... esperava algo mais interessante. Mas isso não diminui a grandeza do livro, que recomendo, embora seja de uma leitura difícil, tive que voltar algumas vezes e reler para entender bem as passagens.
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Vinicius 29/01/2010minha estante
Minha releitura desse romance está marcada pra daqui a 5 anos...




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