O Tigre de Sharpe

O Tigre de Sharpe Bernard Cornwell




Resenhas - O Tigre de Sharpe


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Tauan 20/02/2016

Cornwell fez sucesso no Brasil com as Crônicas de Artur, em que faz uma nova leitura dos mitos arturianos baseado em evidências arqueológicas e releituras historiográficas; posteriormente está também entre os mais lidos com suas Crônicas Saxônicas, uma reconstrução do período de unificação da Inglaterra, no século X. Entretanto, no exterior ele já fazia sucesso com sua primeira série, As Aventuras de um Soldado nas Guerras Napoleônicas (ou As Aventuras de Sharpe).
Agora, depois de ter lido sua saga arturiana, sua Busca do Graal, seus livros solos e estar esperando novos livros das Crônicas Saxônicas, começo a ler os primeiros livros do autor. Depois que terminar essa série, que no Brasil já conta com 11 livros, pretendo ler as Crônicas de Starbucks, sobre a Guerra Civil Americana.
Nas Aventuras de Sharpe, acompanharemos a atividade britânica nas guerras napoleônicas através da perspectiva de Richard Sharpe, um jovem soldado raso do Exército de Sua Majestade o Rei Geoge III.
Sharpe era um órfão que foi recrutado pelo exército depois de ter matado seu empregador, o dono de uma hospedaria que o fazia roubar os hóspedes. No exército, ele não tinha, tampouco, nenhuma esperança de sucesso ou felicidade.
Seu destino muda quando ele é condenado a receber 2 mil chibatadas por atacar um superior. Embora a sentença fosse, na prática, a morte, Sharpe consegue escapar para entrar em uma missão suicida: se infiltrar no exército inimigo para tentar resgatar um espião britânico entre os indianos.

site: http://pausaparaaleitura.blogspot.com.br/
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Vagner46 05/09/2015

Desbravando O Tigre de Sharpe
Como fã do Bernard Cornwell, não poderia deixar de ler Sharpe, uma das séries mais recomendadas do autor e que sai um pouco daquele período medieval que o Cornwell costuma abordar nas suas outras obras. As Aventuras de Sharpe passam-se durante o período das Guerras Napoleônicas, quando Inglaterra e França travavam batalhas ferrenhas para decidir quem era o país mais forte.

O Tigre de Sharpe introduz ao leitor o personagem principal Richard Sharpe, um recruta da Companhia Ligeira do 33º Regimento do rei que encontra-se atualmente na Índia, mais precisamente indo em direção à imponente fortaleza de Seringapatam, uma importante rota de comércio da região, que agora está sob o domínio do famoso sultão Tipu, que recentemente aliou-se aos franceses e agora precisará defender o local com unhas e dentes contra a invasão inglesa.

Pensando em desertar e levar sua amada Mary consigo, Sharpe acaba se envolvendo (infantilmente) em uma briga com o sargento Hakeswill, seu superior, e é condenado a levar 2.000 chicotadas (morte certa), punição essa que acaba não sendo totalmente feita, pois Sharpe é convocado pelo alto escalão e recebe uma missão urgente: infiltrar-se na fortaleza de Seringapatam e encontrar um espião escocês que tem informações extremamente úteis ao exército inglês, que precisa derrubar logo a fortaleza, pois as monções estão chegando e podem atrapalhar muito o seu avanço.

"Era por causa disso que pensava tanto em abutres. Estava pensando que queria fugir, mas que não queria servir de comida para os abutres. Não queria ser capturado. Essa era a regra número um do exército, e a única que importava. Porque se você fosse apanhado os bastardos ou açoitavam-no até a morte ou reorganizavam suas costelas com balas de mosquete. E, de um jeito ou de outro, os abutres esbaldavam-se."

Hakeswill acaba sendo o grande vilão desse livro, fazendo de tudo para que Sharpe se ferre e seja expulso do exército/morto. O sargento acaba sendo um homem de humor extremo, mas de uma vontade maior ainda de acabar com a alegria dos homens. Dei algumas risadas com ele durante a leitura, mas na maior parte do tempo senti um ódio extremo e vontade de espancá-lo. hauhuahua

Narrado em 3ª pessoa por vários pontos de visto, mas principalmente o de Sharpe, essa obra começa com um ritmo bem cadenciado, apresentando ao leitor os vários personagens que integram o lado inglês e o lado do sultão Tipu, enquanto vamos nos acostumando com o vocabulário particular da época, principalmente no que se relaciona ao arsenal, como baionetas, alabardas, mosquetes e assim por diante. Tudo muito bem feito, afinal, Cornwell é um autor mestre em ficção histórica, mesmo que alguns acontecimentos narrados não sejam verídicos, onde Cornwell tomou uma certa liberdade para criá-los e tornar O Tigre de Sharpe uma ótima leitura sobre o período desbravado.

Quando eu pensava que o ritmo iria manter-se até o final, eis que novas perspectivas aparecem, começamos a entender as motivações dos personagens, principalmente Tipu, um homem a ser admirado até mesmo por seus inimigos, além das relações meio conturbadas que os muçulmanos e os hindus têm um com o outro, ameaçando o destino dos milhares de habitantes de Seringapatam.

E é dentro da fortaleza que Sharpe mostra o seu grande potencial como soldado, tomando decisões arriscadas e muitas vezes contradizendo um de seus próprios superiores, o que pode ser entendido inicialmente como um sinal de rebeldia, mas revela aos outros a sua excelente visão estratégica.

"Seus homens uivavam com ele. Estavam contagiados pela loucura de Baird. Nesse momento, enraivecidos pelo calor inclemente e embriagados pela araca e pelo rum bebido durante a longa espera nas trincheiras, os casacas vermelhas eram deuses da guerra. Ofertavam morte com impunidade, enquanto desciam uma muralha ensanguentada seguindo um escocês enlouquecido. Baird conquistaria esta cidade ou morreria em sua poeira."

Inicialmente focando mais nas estratégias nas estratégicas militares do que no desenvolvimento dos personagens, temos aqui uma boa opção para quem gosta do tema e quer algo agradável de se ler.

As partes finais de O Tigre de Sharpe são excelentes, com uma tensão crescendo envolvendo o destino de Richard Sharpe e seus companheiros mais próximos, todos ao alcance de Tipu, um líder militar que é reconhecido até hoje quando se fala sobre o período das Guerras Napoleônicas, sem contar que os seus famosos tigres estão presentes na narrativa, com um papel de grande destaque.

As Aventuras de Sharpe é uma série composta por mais de 20 livros, sendo que, lá fora, eles foram lançados em ordem não-cronológica, diferentemente daqui do Brasil, onde a editora Record resolveu publicá-los na ordem cronológica, o que eu imagino ser uma decisão que faz mais sentido.

Certamente lerei os volumes seguintes, pois Sharpe é um personagem característico de Cornwell, com muitas qualidades e vários defeitos, mas impossível de não gostar. E que venha o próximo!

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2015/09/resenha-o-tigre-de-sharpe-bernard.html
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Aninha 21/01/2015

Melhor coleção e melhor personagem.
Sou suspeita para falar de Richard Sharpe, meu personagem predileto na literatura estrangeira. Bruto, encrenqueiro, irônico, mulherengo, desbocado, totalmente sem modos...a síntese do anti herói, mas ao mesmo tempo...ele é perfeito. Li o primeiro livro e viciei nas aventuras de Sharpe. Um personagem sério, mas que faz rir ao mesmo tempo (ele tem umas sacadas geniais). Sem contar a versão televisiva dos livros (Sean Bean versão Richard Sharpe), que também é muito legal.
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Edu Ribeiro 06/01/2014

O primeiro Cornwell a gente nunca esquece...
Há um tempo eu queria ler um livro de Bernard Cornwell mas ainda não tinha tido a oportunidade. Algo me dizia que eu ia gostar bastante e as expectativas estavam altas quando eu comecei a ler a estória de Sharpe.

Mas, quer saber, adorei! Foi um daqueles livros que prendeu a minha leitura de verdade até o final e que me deixou com vontade de ler a sequência.
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CooltureNews 20/05/2013

Publicada em www.CooltureNews.com.br
Há muito tempo queria ler as obras de Bernard Cornwell, e esse já é o segundo livro do autor que tenho o prazer de ler e a cada leitura minha admiração e vontade de continuar a leitura de seus vários livros só aumentaram. Mas nunca imaginava que entre os primeiros livros estaria algum da série “As Aventuras de Sharpe”, primeiro por ser uma das maiores do autor e em segundo por se tratar de um período da história que até então não me chamava muito atenção. Por sorte não me deixei levar por esses fatores e tive a oportunidade de ler um livro realmente muito bom!

O Tigre de Sharpe marca o início d’As Aventuras de Sharpe, Richard Sharpe é um recruta do exercito britânico, mas antes disso não se passava de um simples ladrão que foi para o exercito para fugir das garras da lei e assim como grande maioria dos recrutas é considerado um homem bruto sem conhecimento e que só serve para receber ordens, mas Sharpe consegue nos mostrar que é muito mais do que isso, desde que tenha a chance de colocar em prática seus outros conhecimentos.

O regimento de Sharpe está na Índia e seu objetivo é destronar o sultão Tipu, aliado dos franceses. Sharpe acaba sendo escolhido (ou salvo) para se infiltrar nas forças de Tipu, onde sua missão será resgatar um superior que foi pego pelo inimigo, bem como descobrir a melhor forma de invadir a fortaleza de Shrirangapattana.

Em uma história repleta de reviravoltas, Cornwell nos transporta através do passado para uma história até então desconhecida por mim, com isso acabou me instigando a fazer algumas pesquisas sobre o que houve. Grande parte deste interesse se deu justamente pela qualidade dos personagens, são poucos os livros que retrata de um conflito armado onde você consegue visualizar ambos os lados da moeda e mesmo assim não sente a necessidade de tomar partido, você entende as motivações e percebe que ambas são válidas.

Mas o que tornou a leitura mais interessante ainda é que toda a questão que levou a guerra acaba ficando como um pano de fundo para nos apresentar a Sharpe e suas motivações pessoais e o que realmente acaba se destacando durante toda a leitura são as táticas empregadas na batalha. Um livro realmente envolvente para quem gosta do assunto, e até para aqueles assim como eu, que só sente curiosidade.
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Maisa 22/04/2013

Nostalgia da epoca de escola
Através do livro 'O tigre de sharpe' dei inicio a mais uma saga do incrível Bernard Cornwell. Esta história já trata uma época mais recente, epoca: 1800 +-, contexto: pre revolução francesa.

"Liberdade, igualdade e fraternidade" foi uma de várias citações que trouxe total nostalgia das minhas aulas de história do colégio. O Tigre de sharpe trata basicamente de uma disputa localizada em uma parte da India chamada misore. De um lado, os britânicos em nome da Companhia das Indias Orientais interessados no comercio da região, do outro, um monarca muçulmano que tem os franceses como aliados (aliados não muito colaboradores)

Sharpe eh um recruta britânico sem muita experiência mas que a cada página mostra grande desenvoltura para a guerra. O livro concentra-se na missão em que foi concedida e em seus contratempos. Uma história interessante, com muita abordagem real dos acontecimentos(como sempre nos livros do Bernard) e no mesmo estilo dos demais livros do autor.
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Mav 14/04/2013

Excelente
É um excelente livro.

Neste Bernard se esforça para narrar mais o ambiente que a história, algo atípico dos outros livros que li deste autor, mas deve ser porque é um dos primeiros livros que escreveu.
Mesmo assim, é uma excelente história, proporciona emoções quase que ocultas, vale a pena.

E mais uma vez recebe minha tag pessoal:

[EU RECOMENDO]
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Vladimir 12/03/2013

Sharpe destrói!
Sensacional! Bernard Cornwell, grande romancista histórico cria uma série extremamente poderosa e fascinante com um dos personagens mais legais de sua vasta bibliografia. Sharpe é insano, brutal, imoral, perfeito! Recomendo!
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Renan Barcelos 04/02/2013

O início da carreira do Rambo britânico
O escritor britânico Bernard Cornwell é conhecido no Brasil principalmente por seus livros que tratam de temas medievais, como Crônicas Saxônicas, as Crônicas de Arthur e a Trilogia do Graal e neles consegue mostrar um estilo muito característico, unindo fatos, possibilidades e personagens fictícios para apresentar romances históricos muito focados em guerras, grandes conquistas e batalhas. Tudo muito realista e verossímil, mostrando um lado nada fantástico dos combates e da vida que se levava na época. Contudo, as épocas onde espadas, escudos e machados dominavam não são as únicas ambientações das quais se valem o autor, sendo a sua maior série ambientada nas guerras napoleônicas e no fim do século XVII. Além de composta por mais de vinte livros, os primeiros tomos d’As Aventuras de Sharpe foram também os primeiros livros que o escritor publicou.

Conhecido no exterior como o maior personagem de Cornwell, inclusive tendo uma série sobre sua histórias (estrelada por Sean Bean, o Ned Stark de Guerra dos Tronos), Richard Sharpe é um oficial inglês marrento e de baixo nascimento, tendo ascendido em campanha nos postos do exercito britânico e portanto sofrendo de preconceito por parte de seus colegas. Nos primeiros livros escritos por Cornwell, o personagem está na Europa, nas tropas militares sob a responsabilidade pelo, naquela época, General Arthur Wellesley – primeiro duque de Wellington, futuro primeiro ministro e futuramente responsável pela derrota de Napoleão em Waterloo.

O livro O Tigre de Sharpe, embora não seja o primeiro escrito pelo autor, é cronologicamente o primeiro das histórias de Richard Sharpe. Na obra, as Guerras Napoleônicas ainda não começaram, Napoleão é conhecido apenas como um militar francês atrevido e Wellesley tem muito pouco crédito no exército britânico. Ambientado no Mysore, Índia, em 1799, no final da quarta guerra entre os ingleses da Companhia das Índias e o Reino do Mysore, o livro mostra um jovem Sharpe como soldado raso e iletrado, competente, mas insatisfeito com a vida no exército, seriamente pensando em virar a casaca e desertar em prol dos franceses. Atormentado e enganado pelo sargento Hakeswill, o protagonista acaba indo para o tronco ser chicoteado, mas no ultimo instante acaba sendo escolhido para a perigosa tarefa de, junto ao tenente Willian Lawford, se embrenhar na cidade de Seringapattan, onde reside o responsável pelas forças do Mysore – o Sultão Tippu – e resgatar as informações conseguidas por um oficial de alta patente que havia sido capturado; e que possui uma informação que pode salvar o exército inglês de uma armadilha.

Diferente da maioria dos outros livros de Bernard Cornwell que foram publicados no Brasil, O Tigre de Sharpe não é narrado em primeira pessoa. A história é vista em terceira pessoa, quase toda sob a perspectiva de Dick Sharpe, mas tendo também pontos de vista de outros personagens, uma medida que se faz necessária para mostrar tanto o que acontece dentro da cidade de Seringapattan quanto as preparações do exército britânico no cerco à cidade, bem como mostrar como conseguiu-se a informação sobre a armadilha que Tippu havia preparado para os invasores. Apesar de haver essa diferença em relação às outras séries, o recurso não é tão explorado quanto poderia, se concentrando quase que exclusivamente em Richard Sharpe e por vezes mostrando algum outro aspecto da trama. O que não é exatamente bom ou ruim.

Apesar da desta diferença em relação à narrativa – e também à própria ambientação não medieval – um leitor veterano de Cornwell encontrará as principais características das histórias do autor. Os combates são muito bem descritos, violentos e realistas, mostrando muito bem não só o funcionamento das armas e estratégias daquela época, como também da própria instituição militar britânica, inclusive comentando sobre diferenças entre os britânicos e os franceses por meio das falas dos personagens. Bastante informação é passada sobre como se fazia guerra na época e em quais condições viviam os soldados, se focando bastante também na diferença entre os soldados rasos e os oficiais, bem como no preconceito que ambos os lados tinham um com o outro em geral.

Outro ponto de destaque são as referencias e personagens históricos que figuram no livro. Para cada personagem fictício importante, existe também alguma figura histórica, seja ela com uma participação ativa, como o Major-General David Baird, pequenas aparições, como Wellesley ou participando de uma ou outra cena, como o tenente Fitzgerald; isso além do próprio antagonista, o Sultão Tippu. Ao fim do livro, há notas onde o autor explica quais fatos foram alterados em prol da história do romance e quais permaneceram, além de citar alguns anacronismos e comentar informações sobre suas pesquisas quando esteve na Índia em busca de material.


No livro, tanto os personagens históricos quanto os fictícios são apresentados com uma personalidade bem sólida e que se mantém dentro dos próprios limites ao longo da história. É possível criar alguma espécie de conexão com o protagonista e também com os outros coadjuvantes, os personagens conseguem cumprir o papel esperado. Curiosamente, não é Sharpe quem acaba se sobressaindo, mas sim o detestável sargento Hakeshill, com suas manias paranóicas e modos excêntricos, sua história e forma de pensar ficam mais explicitas até mesmo do que as de Dick Sharpe. No entanto, há um ponto em que o livro peca. Justamente pelos personagens serem tão bem definidos dentro de seus próprios arquétipos, eles são muito pouco tridimensionais, praticamente possuindo apenas uma faceta; Sharpe é o soldado leal de boca suja e maus modos que vence heroicamente as adversidades, Lawford é o inexperiente oficial que tem o posto devido a família. E eles não mostram muito mais que isso.

O Tigre de Sharpe não possui uma história muito complexa, sendo muito mais simples que as outras séries do autor que foram publicadas no Brasil. É uma leitura fácil e que facilmente mantém o leitor seguindo suas paginas, possui um apelo especial para os que são fãs das outras obras de Cornwell por conter todas as marcas do autor, sobretudo no que toca as questões militares. Apesar do todo o cuidado com História e os modos do exército britânico, muito pouco é mostrado o ambiente exótico que é a Índia além de se mencionar algumas diferenças em relação ao clima e coisas que afetam diretamente o dia-a-dia militar.
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Matheus 10/01/2013

O melhor de se ler esse livro, é saber que essa série se segue por mais uns vinte. Ou seja, da pra se entreter ainda por muito tempo com as aventuras de Sharpe. Alias, esse talvez seja o grande trunfo da série, o seu personagem principal, junto, obviamente, com seus personagens secundários. Outro ponto positivo na série é seu pano de fundo histórico, e o uso de personagens reais interagindo com os fictícios, e tendo influencia na história. Isso é muito interessante pois, além de engrandecer a história, ainda nos ensina sobre certos períodos, e nos faz ter vontade de pesquisar mais a fundo sobre a história e seus personagens. O único ponto negativo é que em alguns momentos as descrições acabaram ficando cansativas, mas nada que tenha atrapalhado a leitura. Bom, agora só posso partir para as próximas aventuras de Sharpe, que, se mantiverem o nível dessa aqui, eu já me dou por satisfeito.
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Ricardo Santos 30/12/2012

aventura na história
Cornwell é um autor especial. Ele escreve deliciosos romances históricos com heróis carismáticos e vilões além da caricatura, sem esquecer dos relativismos culturais, já que muitas das aventuras de Sharpe se passam em terra estrangeira. Os livros da série são movimentados e informativos, mesmo que o próprio autor reconheça as liberdades factuais a serviço da trama. Cornwell faz questão de entregar aos seus leitores um texto vivo, cheio de detalhes da época, como ação militar, vestimentas, vocabulário, alimentação etc. A pesquisa é impressionante e nunca atrapalha a leitura.
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Joao 17/08/2012

Um dos melhores que já li
O tigre de sharpe se trata de um livro com um nível de detalhamento dos acontecimentos exatamente na proporção que me agrada, sem exageros, mas em quantidade suficiente para atiçar a criatividade e criar uma imagem muito nítida do que está acontecendo.
Bernard cornwell possui um grande domínio no que diz respeito a conhecimentos bélicos e militares, como também histórico-culturais que acabam tornando o livro muito rico em informações.
O que chamou-me muito a atenção é o fato de que ao final do livro o autor esclarece como realmente a história ocorreu e quais partes haviam sido inventadas, característica que senti falta em livros como os de Dan Brown.
Ansioso para ler os próximos volumes de "as aventuras de sharpe"
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Núbia Esther 24/05/2012

A série As Aventuras de Sharpe (agora renomeada de As Aventuras de um Soldado nas Guerras Napoleônicas, prefiro o nome antigo) conta com 21 livros e três contos lançados e é bem antiga, Cornwell publicou o primeiro livro em 1981, há mais de 30 anos! A série narra as aventuras de Richard Sharpe, um soldado do exército britânico, durante o poderio britânico na Índia e as Guerras Napoleônicas. E a característica mais marcante da série é que Cornwell não seguiu uma ordem cronológica ao escrever os livros. Apesar de O Tigre de Sharpe representar o marco inicial na carreira do recruta Sharpe na Índia em 1799, o livro só foi publicado em 1997, 16 anos depois da publicação do primeiro livro da série, A Águia de Sharpe, que narra os acontecimentos de 1809. A série não tem uma ordem específica e cada livro narra um acontecimento na vida de Sharpe. Mas, por mais que o autor tenha concebido a série assim, não me vejo lendo sobre a vida de Sharpe aleatoriamente. Seguir a ordem cronológica dos eventos é meu lema e ainda bem que a Editora Record, que publica os livros no Brasil, está lançando os livros na ordem cronológica.

“O exército decidia quando Sharpe devia acordar, dormir, comer, marchar e ficar sentado de braços cruzados, que era sua atividade principal. Essa era a rotina de um recruta do exército, e Sharpe estava farto dela. Estava entediado e pensando em fugir.”

Misore, Índia, 1799. Richard Sharpe pertencente ao 33° Regimento do exército britânico é um jovem recruta integrante da expedição para destronar o sultão Tipu de Seringapatam. O recruta é pobre, analfabeto e possui poucas chances de galgar posições mais altas em um exército no qual as patentes são concedidas não pelo valor de um soldado, mas pela quantia de dinheiro que ele traz no bolso. Apesar disso, é um bom soldado, de pensamento ágil e carismático o que frequentemente o coloca em maus lençóis com o sargento de seu batalhão Hakeswill. Homem intratável, avarento, invejoso ao extremo e injusto, daqueles que provocam antipatia instantânea e que acaba acusando o recruta de insubordinação e o condenando à morte por chibatadas. Morte da qual Sharpe escapa, para ser destacado para uma missão suicida, infiltrar-se em Seringapatam juntamente com o tenente Lawford, descobrir quais informações importantes o Coronel McCandless (que foi capturado) tem e trazer essa informação ao exército britânico para que o ataque à Seringapatam tenha sucesso. Para isso é preciso enganar Tipu, conhecido por ser implacável com o inimigo e por manter uma arena no qual os presos são executados por homens treinados na arte de matar e frequentemente servem de alimento para os tigres que o sultão mantém.

A narrativa realista que é a marca de Cornwell está presente, o autor não poupa detalhes na descrição das batalhas e na descrição das execuções ordenadas por Tipu, sempre preocupado em retratar fidedignamente os acontecimentos históricos que serviram de inspiração para sua narrativa, e mesmo quando alterações foram necessárias, o autor faz questão de deixar isso claro em uma ótima nota histórica no final do livro. Para os que gostam de um bom romance histórico não há como deixar de ler Cornwell e para os que curtem descrições bélicas, ouso escrever que o autor é um dos melhores na descrição pormenorizada (sem ser maçante) do front de batalha, independente do armamento utilizado. Se com Thomas na série A Busca do Graal era possível imaginar a rota da flecha e o clangor das espadas nos escudos, com Sharpe o ato de carregar os mosquetes, o ricocheteio das balas e os tiros dos canhões saltam aos olhos com a propriedade tão característica do autor.

Sharpe é um herói bem real, também tem defeitos, se dá mal na maioria das vezes (o que é quase sempre), mas tem a coragem que parece faltar a maioria de seus pares no exército. Tinha tudo para ser apenas mais um recruta pobre e analfabeto, sempre mandado por seus superiores, mas vai contra todos os costumes ao ascender não pelo dinheiro, mas por seus próprios méritos. Só me resta ficar na expectativa para saber o que o futuro reserva à Sharpe. Mais uma série do autor que tem tudo para figurar entre as minhas séries favoritas.

[Blablabla Aleatório] - http://feanari.wordpress.com/2012/05/23/o-tigre-de-sharpe-bernard-cornwell/
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Ceconello 29/04/2012

Sensacional
No primeiro romance do herói politicamente incorreto Richard Sharpe, Bernard Cornwell mostra porque é um dos maiores escritores da atualidade, sua forma de narrar batalhas e ao criar um personagem que apesar de todas as mancadas, torcemos por ele do início ao fim do livro, são páginas que não temos vontade de parar de ler, e cada vez mais aprofundar esperando que resoluções da batalha de Seringapatam. Simplesmente muito bom, como tudo que vem de Cornwell.
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