A Idade dos Milagres

A Idade dos Milagres Karen Thompson Walker




Resenhas - A Idade dos Milagres


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V 04/09/2015

Belíssimo
Acontecimentos na medida certa, tudo perfeitamente entrelaçado. A autora descreveu com uma simplicidade comovente os conflitos pessoais de Julia, bem como a catástrofe mundial de seu tempo, além das tentativas da humanidade em busca de adaptação (e aceitação) para sua nova e triste realidade.
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Camila.Pereira 30/06/2015

Adaptações e lições
É interessante ver o drama da personagem. Ela acaba de entrar na adolescência, então há muitos dilemas para resolver, mas somado a isso existe o fato da Terra estar mudando. Um período de adaptação e mudanças pra todo o mundo. A autora combina os dilemas da personagens com os acontecimentos e como isso a afeta, deixando a mensagem do que acredita ser realmente importante!
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Saulo Cruz 08/02/2015

Livro Egoísta
“(...) nos demos conta de que temíamos as coisas erradas: o buraco na camada de ozônio, o derretimento das calotas polares, o vírus do oeste do Nilo, a gripe suína e as abelhas assassinas. Mas acho que aquilo que preocupa nunca é o que acontece, no final das contas. As catástrofes reais são sempre diferentes – inimagináveis, desconhecidas, impossíveis de prever.”

Nessa interessante ficção contemporânea de Karen Thompson Walker, a vida em nosso mundo está terminando por causa da desaceleração da rotação do planeta. E, em forma de diário, a protagonista nos conta os efeitos da progressão das costumeiras 24 horas em dias de mais uma semana de duração...

O fenômeno é intransponível. Resta tentar sobreviver dia a dia, entre os que tentam levar a vida de forma normal, seguindo o horário antigo e os que buscam se adaptar aos longos dias de radiação solar e as noites de duração gelada.

Nossos dramas íntimos tem a mesma importância que as piores tragédias da humanidade - principalmente quando a gente é adolescente. E o livro é escrito nesse tom, de histórias paralelas: a destruição do mundo e a destruição da infância.

“talvez tivesse começado antes da desaceleração, mas só depois fui me dar conta: minhas amizades estavam se desintegrando. Tudo estava desmoronando. Foi uma travessia difícil aquela, da infância para uma próxima vida. E, como em qualquer outra dura jornada, nem tudo sobreviveu”.

O texto é claro, direto e honesto. E egoísta: depois que comecei não consegui dar atenção às outras leituras até que “A Idade dos Milagres” estivesse concluído. Excelente livro.
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Revista 21 28/01/2015

E se os dias começassem a ficar mais longos?
Sempre tem aquele dia na sua vida em que você tem um milhão de coisas pra fazer e nada de tempo para encaixar tudo isso. Quem, em um momento desses, nunca bradou um: “Queria que o dia tivesse 48 horas!”? E se ele realmente tivesse? Imagine que a terra saiu de seu eixo de rotação, que os dias andam ficando cada vez maiores, e que as pessoas começam a ter que se adaptar a algo não adaptável, principalmente tendo em vista o fato de que essa desordem toda, provavelmente, é “apenas” o início do fim do mundo.

É isso que acontece em “A Idade dos Milagres”, romance de estreia de Karen Thompson Walker. A história é narrada por Julia, uma menina de 11 anos, que acorda em um dia comum e começa a perceber que o mundo está mudando. As notícias começam a pipocar. Alguns acham que é só alarde à toa. Outros ficam desesperados e começam a fazer coisas como estocar comida ou planejar fugas. O problema é que nem tem pra onde fugir.

Saiba mais em:

site: http://revista21.com.br/?p=6425
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Izabella Viana 16/02/2014

E se as noites virassem dias e os dias virassem noites?
Gosto de livros assim, que nos tiram da nossa zona de conforto. E foi exatamente isso que A Idade dos Milagres fez. Ele nos traz uma história tão real, tão tocável e tão angustiante que é impossível você não se colocar na situação de Julia e dos habitantes da Terra durante a desaceleração.
Um livro que nos faz pensar, analisar e refletir sobre a vida, sobre perdas e sobre relacionamentos. Que nos faz perceber o quanto somos pequenos diante a natureza.
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Psychobooks 15/10/2012

Dois marcos na vida de uma única pré-adolescente: o primeiro é comum, a difícil passagem da infância para a adolescência e toda a dificuldade em se tornar uma nova pessoa, de acordo com os novos desafios propostos; a segunda é inusitada: A Terra está com a rotação em progressa desaceleração. O mundo continuará o mesmo? Como isso começou? Quais os efeitos dessa nova realidade?

Júlia tem uma melhor amiga, Hanna, e está com ela em sua casa, pronta para ir ao treino de futebol, quando a notícia da desaceleração da Terra, cai sobre sua família. A princípio o desespero toma conta de todos, a família de Hanna, por ser religiosa, resolve se afastar para um retiro. A família de Júlia segue sua vida, controlando o fato, mas convivendo com ele; cada membro encarando a tragédia do seu próprio jeito.

O núcleo familiar de Júlia é composto por ela, sua Mãe e seu Pai. Sua mãe é uma ex-atriz, que agora leciona teatro, seu pai é obstetra, especializado em gravidez de alto-risco. Seus empregos denotam bem suas características: a Mãe de Júlia é dada ao drama, superexagerada em suas reações, está sempre levando tudo aos extremos; seu pai é um homem calado, acostumado a lidar com problemas e resolvê-los de forma serena. Júlia demonstra durante todo o enredo uma mistura das duas personalidades.

É um livro intimista, uma tragédia vista sob o ponto de vista de uma adolescente, que conta, a partir de um futuro em que vive e que nunca comenta, como tudo começou. São lembranças de um tempo passado, recheadas de saudosismo, com uma clareza de ideia características de uma pessoa adulta, incorporadas nos acontecimentos da vida de uma pré-adolescente.

A nova realidade vai se desnudando aos poucos durante a leitura. Os acontecimentos vão se desencadeando, o mundo vai se desintegrando, relações vão deixando de existir e novas se firmam.

A narrativa é em primeira pessoa, sob o ponto de vista da Júlia, então todas as informações que temos sobre os desastres e sobre os desdobramentos da desaceleração são as impressões dela e tudo o que ouviu falar. Algumas perguntas ficam propositalmente sem resposta, nós sabemos o que ela sabe. O que não atiça sua curiosidade, não nos é revelado.

Gostei bastante da crítica à sociedade embutida no livro. Durante a desaceleração, há duas linhas seguidas pelas pessoas: umas acompanham o novo tempo da terra, com dias e noites mais longos, e outra, a mais rígida, que continua seguindo o relógio de 24 horas, independentemente da posição do sol. Há um preconceito pelas chamados “Seguidores da hora real” que beira o fanatismo religioso. Considerados páreas, são excluídos e rechaçados de forma velada pelos “Seguidores do relógio”.

O paralelo feito entre crescimento pessoal em meio a uma catástrofe foi um toque de gênio. Por muitas vezes me senti mais enlevada pelo drama pessoal de Júlia do que pela desaceleração em si. A história de Júlia é simples, seus dramas são comuns, sua vida é comum, mas a escrita de Karen nos envolve completamente. A forma como Júlia (sob oo ponto de vista de protagonista que já viveu aquilo) às vezes nos avisa de algo que ainda está por vir é sútil, mas eloquente quanto ao dano – ou benefício – que aquilo levou.

Faço um aparte para falar do avô de Júlia. Já com 86 anos, ele rouba todas as cenas em que aparece. Seu desenvolvimento foi o mais curto e o mais emocionante.

Leiam!

"Talvez tivesse começado antes da desaceleração, mas só depois fui me dar conta: minhas amizades estavam se desintegrando. Tudo estava desmoronando. Foi uma travessia difícil aquela, da infância para uma próxima vida. E, como qualquer outra dura jornada, nem tudo sobreviveu."
Página 74
http://www.psychobooks.com.br/2012/08/resenha-sorteio-a-idade-dos-milagres.html
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Lygia 07/11/2012

Romance de estreia que surpreende
A infância: como toda fase de nossas vidas, um dia ela passa e tudo o que fica pra trás são boas memórias, risadas e o lembrete de que nada era mais preocupante do que sua mãe te chamar para entrar em casa, porque o horário de brincar acabou. Aos poucos a adolescência vem chegando, e junto à ela, inquietações, transformações corporais, e grandes preocupações escolares. Se encaixar socialmente e fazer parte de um grupo é essencial.

Júlia está saindo de uma fase e entrando em outra. O que já é complicado por natureza, agrava-se com a chocante notícia na televisão de que os dias, a partir de então, ficarão mais longos. Que os minutos se arrastarão em horas, e o que se tem como medição de tempo não irá servir de mais nada: a rotação da Terra está em processo de desaceleração. As pessoas se assustam, não sabem o que esperar. Cientistas e estudiosos nada podem fazer e o "fenômeno" é inevitável. Resta às pessoas tentarem se adpatar da melhor forma possível e observar a natureza definhar-se gradativamente.

O diferencial desse livro, ao meu ver, foi como a autora Karen conseguiu unir dois assuntos no livro, que são focais. O livro é narrado pelo ponto de vista de Júlia, e como ela percebe que o fenômeno afeta sua vida, de sua família, dos seus amigos, colegas de escola...isso tudo através de um relato simples de criança/adolescente. A perda de sua amiga Hana, que foi embora com a família assim que o "colapso" foi anunciado, foi apenas a primeira de muitas outras situações que Júlia teve que aprender a encarar.

Outra coisa que destaco foi que, após o evento, as pessoas puderam "escolher" continuar com o horário do relógio, por mais que o sol não estivesse mais acompahando o horário que custumava ser de 24 horas. O dia, desde então, pode ter 30 horas, 32, e por aí vai. E outros, começam a adaptar a sua rotina de acordo com o novo tempo proposto. De uma maneira curiosa, as pessoas meio que entram em rixa por isso.

O livro é singelo, a narrativa é simples, mas como romance de estreia da autora, foi um grande acerto. Esse entrou na lista dos super recomendados e não é a toa que 'A idade dos milagres', entrou em votação no Goodreads, na categoria de melhor Romance de 2012. Inclusive, votei nele, que concorre com obra de grandes autores como Emily Giffin.
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Renata 27/09/2012

Júlia é uma menina de 11 anos que vive na Califórnia. Ela joga futebol na escola e faz aula de piano e presenciou os primeiros tempos da desaceleração da terra! É como foi chamado pelos cientistas o fenômeno da diminuição do movimento de rotação da terra que trouxe como conseqüência o aumento gradativo dos dias e das noites!

A alteração do centro gravitacional da Terra mudou completamente os acontecimentos dos fenômenos naturais! Em meio a este cenário pré-apocalíptico Júlia vive a idade dos milagres, onde tudo toma uma proporção imensamente grande, fase na qual ela descobre alguns conceitos como amizade, saudade, perda, religião, mentira, perdão e amor!

Muitos são os problemas decorrentes da desaceleração, os pássaros se perdem durante as migrações, outros caem mortos sem nenhuma explicação, o governo é forçado a obrigar os cidadãos a viver de acordo com o tempo do relógio, esse mesmo que conhecemos de 24 horas, porém um determinado ponto, os dias têm 35 horas, as pessoas são obrigadas a dormir com o sol a pino. Algumas pessoas se recusam a viver pelo horário do relógio e acabam saindo da cidade para se isolar em acampamentos pelo deserto, como refugiados de uma guerra civil, a desaceleração também influenciou a personalidade, atitudes e decisões das pessoas!

“Que exóticos passaram a nos parecer os velhos relógios de vinte e quatro horas, com suas duas séries idênticas de doze, elegantes como uma casca de noz. Então perguntávamos: o que nos levou a acreditar e coisas tão simplórias?”(p. 58)

Os dias muito longos, as noites muito longas, sol demais, sol de menos, as plantações não resistem e logo começa o caos pelos estoques de comida, estufas caseiras, abrigos para se proteger de furacões se tornam cada vez mais constantes! Roubos e saques começam a se tornar constantes e as pessoas cada vez mais se trancam em suas casas!

O livro de estréia de Karen Thompson mostra através da narrativa de Júlia e de uma forma bem singela todos os traumas pelos quais ela teve que passar, não só pelo que acontecia no planeta, mas pelo que acontecia no seu mundo, na sua família, na sua escola, nas suas relações com seus amigos!

“Alguns dizem que o amor é o mais doce dos sentimentos, a forma mais pura de alegria, mas não é verdade: esse não é o amor – é o alívio.” (p.190)

Não entendo até agora como ela conseguir colocar em tão poucas páginas tantos sentimentos, tanta história. A narrativa é comovente e convincente, é tudo muito próximo da nossa realidade, não é uma ficção irreal. Os personagens são humanos, me reconheci em muitos deles, nos seus sentimentos e atitudes!

A forma como ela abordou o tema da transição da fase da infância pra adolescência e todo o combo de emoções e sentimentos que traz consigo é incrivelmente sensível ainda mais se atrelado ao cenário apocalíptico da desaceleração, faz de A Idade dos Milagres uma história ímpar e imbuída de significados!

Eu estou simplesmente apaixonada pelo livro e pela história, e ao ler esta resenha ao final, sei que nada do que eu disser vai externar todo o meu sentimento e todo o carinho que sinto por ele! É um livro realmente devastador!

“Az vezes as histórias mais tristes são as que exigem menos palavras...” (p.203)

Beijos♥♥♥



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Paulo 29/08/2012

Resenha
A Editora Paralela é um novo selo da Companhia das Letras. Achei um tanto heterogêneo seu catálogo, mesmo ainda com poucos títulos. Só comprei "A idade dos milagres" — título fraco e, aliás, inadequado — porque sua proposta me pareceu instigante e, de fato, dá vontade de ler rapidamente até o fim.

Romance de estreia de Karen Thompson Walker, logo na primeira página nos revela a situação: os cientistas descobriram que a rotação da Terra começou a desacelerar. Isso significa que, aos poucos, os dias começarão a durar cada vez mais. Não se sabe aonde isso vai chegar. Imagine a hipótese de um dia de 60 horas: 30 com sol, 30 na escuridão da noite...

Nesse sentido, é uma história que intriga a imaginação — como ocorre com os "filmes-desastre". Curiosamente, recordei-me da sensação de quando, lá pelos 12 anos de idade, li o livro "A chave do tamanho", de Monteiro Lobato, em que Emília e todas as pessoas se veem diminuídas a poucos centímetros de altura.

Para fazer render um romance, a autora cria a história de uma menina, quase adolescente, que é a narradora em primeira pessoa. De certo modo, a trajetória pessoal dessa protagonista poderia ter sido construída em um romance que não tivesse esse pano de fundo tão especial. Um autor que pretendesse valorizar o fenômeno natural que é o pressuposto da história acabaria por focá-lo num cientista, por exemplo. A abordagem se deslocaria, num "espectro de gêneros", para o campo da ficção científica.

Embora essa seja uma consideração hipotética — o romance já está escrito —, não dá para negar que as partes mais interessantes sejam as que falam das consequências políticas e sociais mais amplas do fenômeno. Por exemplo, o conflito entre as pessoas que defendem o uso do "Horário do relógio", que se torna oficial, e o "Horário natural", que é dos rebeldes. Essa tensão geraria um delicioso debate, mas somos obrigados a ver a questão de uma longa distância.

Em minha leitura, portanto, há um descompasso entre a história e o contexto. Temos, no final, um romance somente agradável e interessante, que eu indico para quase qualquer tipo de leitor que esteja buscando um título curioso e relativamente curto. Um livro seguro para dar de presente a alguém.

[Resenha também publicada no blog benefício_da_dúvida: http://beneficio-da-duvida.blogspot.com.br/2012/08/sobre-o-livro-idade-dos-milagres.html]
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tiagoodesouza 26/08/2012

A idade dos milagres | @blogocapitulo
O que vocês fariam se acordassem num sábado e descobrissem que a rotação do planeta Terra está desacelerando? Julia e sua família, assim como todas as pessoas do mundo, descobre que esse fenômeno muito peculiar está acontecendo com o planeta. A princípio, a desaceleração é quase imperceptível, mas com poucas semanas os dias e as noites ficam mais longos, horas e horas são acrescentadas às vidas das pessoas, e a natureza começa a sofrer as consequências. Pássaros caem mortos, baleias aparecem encalhadas na costa. E as pessoas começam a ficar desesperadas por respostas, achando que o fim do mundo está próximo e estocando alimentos. Mas para onde ir quando é o próprio mundo que está a beira de um colapso?

Julia é uma pré-adolescente de 12 anos que vê o mundo passando por uma grande transformação. Ela nos conta através dos olhos de uma adulta num tempo futuro, as experiências de uma criança ao ver o mundo passando por transformações. Amizades são criadas e desfeitas, amores vêm e vão. Como passar da fase da infância para a adolescência de forma tranquila quando o mundo ao seu redor está de mãos dadas com o caos? Algumas pessoas preferem seguir o relógio das 24 horas não importando a incidência de luz, ou falta, dela, e outras o tempo real como se todas aquelas horas de luz a mais continuasse sendo um dia normal e as horas de escuridão, uma noite comum.

A narrativa tem um toque de distopia, embora o livro não seja uma de fato. O toque de relato talvez incomode algumas pessoas como me incomodou em alguns momentos. Nem todas as respostas são dadas e a gente fica angustiado para saber o que mais pode acontecer com a Terra se a desaceleração continuar progredindo. As páginas são em papel pólen e o tamanho da fonte ajuda muito na fluência da leitura. A capa brilha no escuro, criando um efeito bem bonito. Uma pena não ter conseguido tirar uma foto para mostrar para vocês.

A experiência de leitura do livro A idade dos milagres foi bem interessante para mim. Ele me fez pensar em várias coisas que passaram, que passam e que talvez passarão. O livro pode ser lido apenas de forma crua - a história da desaceleração do planeta Terra - ou de um modo bem mais rico, onde a autora fala sobre as mudanças não somente no planeta, mas nos pequenos mundos que nos cercam no nosso dia a dia.

Sempre estamos passando por mudanças. Algumas são imperceptíveis e outras dão um baque bem profundo no nosso dia a dia. A idade dos milagres pode se encaixar na mudança da infância para a adolescência, onde precisamos nos adaptar para não nos sentirmos excluídos. Nem todo mundo consegue, alguns demoram mais tempo para encarar o desafio de largar a infância e encarar um mundo de experiências transformadoras. Também pode ser encaixado no momento em que perdemos um ente querido e precisamos aceitar o fato de aquela pessoa não vai mais estar conosco. Você decide em que momento da vida encaixar esse livro.

A estreante Karen Thompson criou essa história para refletir sobre o poder de adaptação que transformações pode nos trazer. Um livro ao mesmo tempo angustiante e fascinante que vai fazer você sentir, assim como eu, saudades de um tempo em que tudo parecia mais fácil e tranquilo. De fato, do tempo da idade dos milagres.
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Ralf 18/08/2012

A maioria dos livros que retratam como o nosso mundo é destruído foca nas catástrofes e não no cotidiano dos personagens. Aqui a autora foca em Julia, uma adolescente, e como sua vida pessoal vai sendo destruída por causa dessa desaceleração. É interessante ver o fim do mundo nos olhos de uma adolescente, você se identifica com ela. Você torce que tudo dê certo para ela, e que ela resolva seus problemas familiares.

É incrível perceber como uma vida pode passar de calma, tranquila e alegre, para solitária, desesperadora e esperançosa. A autora criou uma ótima história de fim do mundo sem tornar clichê e em um mundo que pode ser o nosso.

Antes de dormir sempre termino o capítulo aí fecho o livro. A autora sacaneava comigo nessas horas soltando pequenas bombas no final dos capítulos que eram explicados nos outros. O que é bom, pois você não se cansa da leitura.

Fiquei com pena dos muitos conflitos enfrentados pela personagem. E também pelas catástrofes que estavam ocorrendo no mundo. Uma delas, me fez ficar com muita pena. Mas não são apenas catástrofes de proporções grandes, revoltas também fazem parte deste livro.

Com lançamento previsto para dia 10 deste mês, A Idade dos Milagres retrata a história de uma jovem adolescente em um mundo transtornado pela diminuição da rotação da Terra e também um mundo virado de ponta cabeça sem amigos ou alguém com quem ela possa contar.
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