Bom Crioulo

Bom Crioulo Adolfo Caminha




Resenhas - Bom Crioulo


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Toni Nando 20/07/2022

Original
LIVRO: BOM-CRIOULO
AUTOR: ADOLFO CAMINHA
PUBLICAÇÃO: São Paulo, 2002
EDITORA: Martin Claret
ONDE SE PASSA: Brasil
DATA: 18 / 07 / 2022
NOTA: 10

Estou impressionado com a originalidade da escrita de Adolfo Caminha, que em sua época, com certeza foi visto como escandaloso e vulgar. Nascido em 29 de maio de 1867 em Aracati, no estado do Ceará, teve que lidar com a morte prematura da sua mãe que morreu quando Adolfo tinha apenas 10 anos de idade, vítima da grande seca do nordeste brasileiro. Aos 13 anos de idade muda-se para o Rio de Janeiro e alguns anos depois serve a Marinha de guerra. Foi onde provavelmente tirou inspiração para escrever uma das obras mais significativas para o Brasil, o Bom-Crioulo.
O Bom-Crioulo é a historia do negro Amaro, que logo após à abolição vive como marinheiro em navios de senhores em sua maioria cruéis. Mesmo com o fim da escravidão os castigos e os maus tratos aos negros continuaram.
O Bom-Crioulo era visto com uma homem muito forte, grande e másculo, só sua simples presença causava medo e imposição, era temido pelos outros marinheiros que evitavam fazer qualquer tipo de brincadeira ou gozação.
A vida de Amaro muda quando ele se apaixona por Aleixo, Um jovem adolescente branco de olhos azuis, considerado muito bonito por todos na corveta, embarcação onde trabalhavam. Amaro não sabe explicar como despertou esse sentimento, um sentimento que era visto naquela época como um pecado e um crime, onde castigos severos aconteciam por muito menos. Mas mesmo assim Amaro não se deixa levar pelos obstáculos, e consegue viver por um curto prazo esse romance, que tem um desfecho triste.
A obra nos faz pensar em como era difícil ser homossexual e negro naquela época. Hoje em dia é difícil tolerar toda homofobia e racismo. Mas infelizmente, após 100 anos do lançamento deste livro, por incrível que pareça, não é difícil encontrar quem ainda conserve esses pensamentos homofóbicos e racistas.
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Elineuza.Crescenci 18/05/2022

Intenso e forte
Tema: Leituras de Maio 2022 (41)
Título: Bom-Crioulo
Autor: Adolfo Caminha
País: Brasil
Estado - Ceará
Páginas: 164
Editora Ática – SP - 2015
Avaliação: 5/5
Término da leitura: 18/05/2022
#desafiodos100livrosemumano 41/100
Autor
Adolfo Ferreira dos Santos Caminha, foi um escritor brasileiro, um dos principais autores do Naturalismo no Brasil.
Nasceu em Aracati – Ceará no ano 1867.
Morreu no Rio de Janeiro em 1897 aos 29 anos.
Adolfo trabalha na Marinha de guerra onde alcança o posto de segundo tenente. Nesse emprego fica com tuberculose e retorna para fortaleza onde desposa a esposa de um alferes o que provoca grande escândalo fazendo-o abandonar a marinha.
Segue sua vida como funcionário público.
Colaborou com jornais cariocas como o Jornal do Comércio e Gazeta de Notícias.
Sua obra é curta, pois morre muito jovem.
Obra
Publicada em 1895 provoca grande escândalo por ter como tema central o homossexualismo.
Homossexualismo retratado entre o grumete Amaro de temperamento tão amável que o chamavam de “bom-crioulo” e o jovem de olhos azuis, também grumete, Aleixo.
Um amor tão intenso e forte entre esses dois homens do mar, que passam mais tempo naquele pequeno mundo marinho, que em terra firme.
A forma como Caminha apresenta esse relacionamento é encantadora e envolvente


site: https://entremeadaselivros.blogspot.com/2022/05/2022-maio-leitura-41.html
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Larissa.Guimaraes 13/04/2022

"Repugnante"
Afonso, apesar de trazer um tema extremamente relevante e necessário de ser debatido, principalmente em meados do sec.XIX, a linguagem e estrutura revelam a crítica contínua aos temas abordados: racismo e homossexualidade.
A princípio a ilusão de um autor consciente ocorre por conta de trechos como "muito antes da vitória Abolicionista" e "sem consciência das dificuldades de um homem negro em meio escravocrata", no entanto, o discurso naturalista prevalece: o cientificismo e o Determinismo como desculpas para discursos reconhecidos como preconceituosos com nossa visão de mundo mas atenta do que a sociedade da época.
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wiz 14/03/2022

Mano, que final foi esse?
É, literalmente, o sumo do Naturalismo. Todas as suas características são encontradas aqui.
Adolfo Caminha tomou as represálias por esse livro e pelos seus outros, fazendo jus ao seu tipo de escrita.
Mas mds metade do livro construindo AQUELE FINAL???? putz né
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pedroedro 25/02/2022

Não é possível que um heterossexual tenha escrito isso?. .
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Manu 06/02/2022

Perfeição
Esse livro e incrível. E uma montanha russa de emoções. Uma hora vc está completamente imerso no romance e na do nada vc tá lá morrendo de ciúmes e raiva de um personagem.
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Fatima 30/01/2022

Para ler com olhar crítico
Interessante, mas é válido para uma leitura crítica, levando em consideração a época em que foi escrito. Há reforço de esteriótipos com relação às pessoas negras, gordas, trata um dos homens gays como figura feminina e por aí vai...
Apesar da linguagem a leitura corre bem fluida.
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Carol 17/01/2022

Esse livro não é sensual, ele é sexualizado.. parece uma edição especial de acasalamento do Animal Planet. Que mania é essa de sempre mostrar Aleixo como uma figura feminina??? Foi aqui q começou começou sexualização de um homem negro?? Eu entendo que certas coisas faz parte do contexto da época, mas mesmo assim ninguém percebeu que aquilo não era uma boa ideia???? Rolou praticamente um estupro (se pá nem foi praticamente), gordofobia descarada. E QUE FINAL HORRÍVEL. Esperava mto mais. Nem vou citar o racismo no geral pq se não eu escrevo uma bíblia. E que racismo seletivo em Dona Carolina?! Tb não vou envolver questões LGBTQIA+ aqui pq não estou a fim de me irritar mais.

Enfim, NÃO LEIAM ESSA PORCARIA.
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Rafael Vinícios 11/01/2022

Resenha de Bom-Crioulo
Bom crioulo é crioulo desumanizado. Não gostei do livro, não gostei da história, não gostei dos personagens. Pra começar demorei engatar na história porque a primeira parte se passa no mar e o jargão de navegação e da época são completamente novos pra mim.

Engatei na leitura quando a história começa a introduzir outros personagens e as melhores cenas e partes de ler são as cenas de amor e alívio por se verem livres do Amaro. E muito pelo contrário isso torna o livro ainda pior. Era pra ser uma história de amor? Era para falar sobre um "negro bom"? Desumanizando ele?

Estou muito indignado pela forma que o desgraçad0 desse autor trata o Amaro, que era pra ser o personagem principal. Pra começar que só chama ele por esse apelido "Bom-Crioulo" e isso ainda é o de menos. Desenvolveu e humanizou outros personagens, mas o Amaro mesmo continuou a história inteira como esse clichê de negro genioso, selvagem, humores da África, corrupto e que corrompe, pedófilo, assassino, doente, etc...

Mérito nenhum esse ser o primeiro livro LGBTQIA+ da América Latina. Pelo amor de Deus eu quero socar demais a cara do cretino que escreveu essa atrocidade... Que merda! Olha, sinceramente espero que as pessoas negras não se dignem a ler isso, pelo bem de vocês. Não leiam. Não vale a pena.
Altieris 18/01/2022minha estante
Obrigado pela resenha. Ficarei longe deste Chernobil em forma de livro kkkkk Ultimamente estou lutando muito para preservar minha autoestima. Obrigado, Rafa, suas resenhas podem poupar outras pessoas de gatilhos pesados. Torço para que bom livros venham para te confortar contra este Chernobil kk




capi_ 31/12/2021

Uai... tô sem palavras, é bem chocante. Como primeiro livro com representatividade gay e bi no Brasil esse livro é muito importante e um marco no naturalismo, apesar de ser extremamente problemático. Ao meu ver a imagem que atribuem ao Amaro, que é um homem negro e gay reforça um estereótipo negativo. Essa narrativa trágica no final é comum em vários romances, mas nesse em si achei que reforçou um preconceito em uma época já muito difícil. Mas enfim, recomendo como uma leitura crítica, tem várias referências ao período histórico e a escrita é muito boa.
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Karoline67 13/10/2021

Bom demais!!
Li esse livro em 3 horas e é preciso que se diga: é um puta clássico. Envolvente e que faz você não largar o livro.
É importante, sobretudo, analisar a obra como um livro de época, perpassado numa cultura que não tinha superado o escravismo (o autor era abolicionista, inclusive) e muito menos a homossexualidade. Fatores, inclusive, não superados até hoje. Querer que um cara que escreveu no século XIX fosse um libertário e inocente e anacrônico.

Tendo essa consciência, o livro é incrível, com uma pegada envolvente, bem escrito, sensual e com final surpreendente. Vale demais a leitura e foi uma experiência maravilhosa!!
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Leo 19/09/2021

Livro espetacular
Não tenho palavras pra dizer como este livro é sensacional!! Bom Criolo é o primeiro livro brasileiro com um protagonista negro e homossexual. Adolfo Caminha escrevia muito, o texto é lindo e poético. Por fim, o posfácio dessa edição está maravilhoso.
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Pedro Sucupira 15/09/2021

2021 LIVRO 33 – Bom Crioulo, Adolfo Caminha.
Publicado pela primeira vez em 1895, Bom Crioulo, escrito pelo ex-oficial da marinha Adolfo Caminha, só alcançou o patamar de clássico da literatura brasileira após a década de 1950 devido a protestos contra o tema abordado.

O livro tem como centro o romance entre Amaro, apelidado de bom crioulo por companheiros de trabalho, e Aleixo, que se passa no contexto da Marinha brasileira do século XIX, o que Caminha descreve com maestria por ter ele mesmo feito carreira como oficial chegando ao posto de segundo-tenente.

Hoje, considerado um clássico da literatura LGBTQIA+ por ser o primeiro romance brasileiro a retratar uma relação homoafetiva masculina, é preciso ler esse livro com certa cautela. Adolfo Caminha, homem branco do século XIX, reproduz em seu romance todos os estereótipos racistas e homofóbicos inerentes da época em que viveu. Aqui o leitor vai se deparar com um personagem principal negro de ascendência escravocrata retratado de forma animalesca e desumanizada, e com uma homossexualidade tratada como desvio da moral, doença psicológica e crime de pederastia. Uma relação homoafetiva, porém, totalmente carregada de heteronormatividades onde o autor ainda vê o masculino e o feminino mesmo sendo uma relação entre duas pessoas do mesmo sexo.

#lgbtqia+ #literaturaqueer #literaturabrasileira #bomcrioulo
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Vanessa.Freitas 14/09/2021

Li pq a escola me obrigou, mas acabei gostando. Estava com baixas expectativas porque não sou muito fã das propostas naturalistas ( morro por um romance fofo), porém me surpreendi bastante. A leitura não me cansou e fiquei intrigada para saber o desfecho. Fiquei satisfeita com o final, acho que foi o jeito correto de terminar q história.
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