Bom Crioulo

Bom Crioulo Adolfo Caminha




Resenhas - Bom Crioulo


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lizzy 12/09/2021

Bom crioulo
Esperava mais, não gostei da narrativa, nem do decorrer da história. Beleza que é um livro de época e que não sei o que mas olha, ainda bem que eu não era dessa época. KKKKKKKK
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Eduardo 07/09/2021

Um Cortiço um pouquinho pior
Peguei esse livro pra ler pra trabalhar com alunos de ensino médio. É um livro que, como é de conhecimento geral, trata de uma história de amor (?) entre um marinheiro negro adulto e um marinheiro adolescente branco.

É um livro que segue a preconceituosa e e já nascida antiquada cartilha do Naturalismo, que busca entender principalmente as camadas pobres da sociedade a partir de conhecimentos derivados das ciências biológicas do século XIX. O narrador irá descrever repetitivamente os personagens, especialmente Amaro, como "fera", "feroz", "animal". Comparativamente com O Cortiço, de Aluísio de Azevedo, fiquei com a impressão de que Adolfo Caminha possui menos recursos como escritor para sustentar a narrativa e as descrições, que em alguns momentos parecem óbvias.

O moralismo cristão imbuído na visão pseudocientífica do autor aparece bastante na narrativa, que trata homossexualidade, interesses materiais e perversão quase como que indissociáveis. De certa forma, é como se todos os personagens fossem baixos, todos são vilões e não há heróis. Outro aspecto que chama a atenção é o que se chamaria hoje de heteronormatividade do narrador, que é incapaz de compreender a relação homoafetiva que não pela comparação com relações heterossexuais.

Por outro lado, um momento em que o texto me pareceu mais rico foi no retrato do cotidiano dos marinheiros - o próprio autor foi marinheiro durante parte de sua vida. Ali os personagens parecem mais dinâmicos, entre momentos de trabalho, de contemplação da paisagem, das preocupações com a navegação, das relações de subserviência ou insubordinação e dos castigos físicos. Sobre esse último elemento, ele revela um aspecto importante da persistência dos castigos físicos, típicos da sociedade escravagista, após o período da abolição.

A questão da liberdade surge em diversos momentos do livro na figura do protagonista, que é um ex-escravo fugido e que encontra uma relativa liberdade trabalhando como marinheiro. Porém essa relativa liberdade vai se perdendo na medida em que Amaro perde Aleixo dos limites de seu amor possessivo e manipulador e cai na degradação das suas condições de trabalho (ao ser transferido para outro navio), das suas condições físicas e psicológicas, pela bebida, castigos físicos, internação em um hospital e uma doença parecida com a lepra que ele contrai.

É um livro que vale a pena ser lido, mas daquelas leituras que em grande parte é feita CONTRA o livro. Se o narrador tenta chocar o leitor pelos supostos atos imorais dos personagens, para o leitor contemporâneo com certeza há mais potencial de choque na imoralidade do próprio narrador imbuído dos preconceitos da época e que comenta a relação homoerótica como um "delito contra a natureza".
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Bolinho 26/08/2021

O Bom-Crioulo
Bom, é minha primeira vez vendo uma literatura com relação homoafetiva e admito, eu gostei como o autor trouxe a sexualidade e a paixão.

Devido ao resumo que me foi dado achei que este fosse um negro ex-escravo de pinta boa que seguiu pelos mares e encontrou o amor e é, no início foi bem isso, entretanto na parte que ele encontra sua paixão é que a coisa muda. Mas perceba, ele não é ruim, é só antecipação que matou-lhe aos poucos.

Eu adorei a descrição psicológica e física dos personagens e amei o desenvolvimento dessa erva daninha no protagonista, mas minha admiração mesmo foi com o final. Você pensa no choque, mas te vem o susto, pois só vem as consequências nunca o ato.

A linguagem é clássica e há bastante informação marítima (admito que penei com os conceitos), mas os diálogos e expressões coloquiais são confortáveis e deixam a leitura mais fluída.
O narrador é adorável, ele não é rijo e nem indiferente, atiça o leitor e faz junção com personagem, trazendo seus pensamentos junto a narração.
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Sabryna 24/08/2021

É um dos livros clássicos do período naturalista, onde relata a paixão homossexual entre o Amaro e Aleixo, além de retratar a escravidão que ainda era presente naquela época.
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Carlos 16/08/2021

⁣Olá leitores. Hoje venho falar desta obra que é considerada por alguns como um dos primeiros romances sobre homossexualidade da história de toda a literatura ocidental. Sobretudo um romance Homossexual interracial.⁣
⁣⁣⁣
Publicado em 1895 o Bom Crioulo foi alvo de grande oposição na sua época. isso porque Protagonista negro e a homossexualidade não eram temas abordados e muito menos aceitos na época . E o livro traz exatamente isso. um protagonista Negro, Amaro um escravo foragido que entra para a Marinha, que tem relação afetiva e sexual com Aleixo, um jovem grumete branco de 15 anos e que faz parte da mesma tripulação. Então já se imagina o alvoroço que a obra causou na época. ⁣⁣⁣
⁣⁣⁣
A narrativa acompanha o personagem Amaro, um ex-escravo que presta serviços à Marinha e que, em determinado momento, apaixona-se pelo jovem Aleixo. O romance perpassa por dois locais: no navio (também chamado de Corveta), que em muitas vezes está em alto mar, e na Rua da Misericórdia, localizada na periferia do Rio de Janeiro.⁣⁣⁣
É na rua da Misericórdia que Amaro irá alugar um quartinho para viver com Aleixo quando em terra, e lá que conhecemos uma outra personagem, D. Carolina , que mudará o rumo da história.⁣⁣⁣
⁣⁣⁣
Importante ressaltar que o autor seguia o caminho do movimento francês iniciado por Émile Zola,o movimento naturalista. Em poucas palavras o Naturalismo tinha como fundamento observar e retratar o cotidiano mais simples e humilde. Os naturalistas também acreditavam que os seres humanos eram como animais. Que nosso caráter e destinos são traçados pela hereditariedade e pelo ambiente e que não temos controle nossos instintos mais primitivos.⁣⁣⁣
⁣⁣⁣
No livro isso vem na figura de Amaro, O Bom Crioulo, que tem uma vida levada por impulsos, instintos e certa agressividade ( quando sobre o efeito de álcool).⁣

São tantos aspectos desta obre que mereciam ser destacados, porém o espaço para tal é curto. Uma obra que merece ser lida por inúmeros motivos e um deles é o fato de, mesmo hoje, ser uma das poucas obras em que temos um protagonista que é Negro, gay e da classe operária.
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sara 14/08/2021

Eu gostei e recomendo, é um bom livro, onde faz o desenvolvimento dos personagens e relacionamentos, algumas vezes eu me perdia, porém acho q é porque ainda não estou acostumada a clássicos então ainda estou no processo.
(contém alguns erros de português na versão que li, mas acho que consiste mais no período literário em que foi escrito)
Me desculpa qualquer incoerência é a primeira vez que faço uma resenha :)
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Ninfa saltitante 12/08/2021

Apesar de ser um livro que eu só li para a escola até que foi bem interessante, só é muito estranho ver um livro meio erótico gay homofóbico.
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Lu F. 07/08/2021

Imagina o ?cidadão de bem brasileiro? lendo isso em 1895?

Pois então, não gosto muito de romances naturalistas mas esse foi interessante de ler. É complicado e fruto de todos os preconceitos da época, mas de certo modo, é uma verdadeira tragédia (grega) brasileira.
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Bru 22/07/2021

Uau! Amei, foi um pouco diferente do que imaginava, porque pela forma que falam desse livro leva a entender de uma forma totalmente diferente, pensei que seria realmente uma história sobre um casal homoafetivo, mas não é. A homossexualidade está presente, e talvez seja a coisa que mais chocou as pessoas de sua época, mas na atualidade isso não deveria ser o destaque quando falamos desse livro, afinal como um romance naturalista ele aborda muito mais. O livro termina, mas ainda parece que tem muito a contar.
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Felipe.Lopes 17/07/2021

A idiossincrasia de um homem "livre"
O autor apresenta-nos a história descrevendo a ambientação como um retrato, uma quadro que descodifica e fornece uma quantidade abissal de informações e que nos prepara para grande parte do trama da história.
Após formular as primeiras páginas da história, conhecemos melhor Amaro e o porque se encontra em tal situação.

Eu li este livro esperando mais, mas reconheço que foi muito bom, ainda mais para a sociedade que lhe foi entregue.
Acho que o que Amaro buscava, ele nunca conseguiu de fato. Ele ansiava a liberdade, mas encontrou a escravidão; ora na marinha, ora com seus sentimentos.
Talvez amar o grumete não foi de tão ruim para Amaro. Ele pelo menos amou alguém.
A edição do livro que li, têm notas da editora que me botou nos trilhos da história (o que eu achei ruim! Ora, se eu estou lendo, devo mesmo ser levado a interpretação que eles querem que eu tenha - mesmo embora seja o que eu autor tenha querido?) Algumas notas, embora, tenham me ajudado a enteder melhor alguns capítulos e o prefácio me orientado sobre o que eu iria ler.
O final, para mim, ficou um pouco confuso, entretando tenha entendido o porquê.
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Arthur Sanches 07/07/2021

Ótimo livro! Ainda não havia lido nada parecido, um bom exemplar do realismo brasileiro. Vale a pena conferir!
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z..... 06/07/2021

Edição Martin Claret
Faz tempo que li. É obra naturalista com retrato pioneiro sobre o homossexualismo, tendo Amaro como protagonista. Apresenta relevância histórica, abordando realidades de seu contexto. Não gostei de nada e nem me disponho à nova conferida.
Horrível, detestei.
Registro breve, apenas para organização das leituras.

Resenha em Macapá, nos idos da vacinação contra a covid. No momento a vacinação na cidade está na idade de 40 anos para cima...
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Thiago 06/07/2021

um anti-romance
De modo a não exprimir o fato da homossexualidade neste livro ser tratada por uma visão zoológica e homofóbica, e o racismo exagerado da época permear cada parágrafo do livro, Bom-Crioulo é, muito menos que um romance, uma história sobre posse e de desejo mórbido.
As personagens se desenrolam de forma animalesca e suas ações são desumanizadas ao cômico, a empatia pelos atores deste minúsculo ato do começo ao fim se degrada, e ao fim, temos o sentimento de que nada restou da inocência deles.
Ainda assim, o livro funciona como um marco necessário no naturalismo/realismo e como um clássico polêmico "escondido".
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Manu 26/06/2021

Também tinha LGBTs no século 19
A história de Aleixo e Amaro, conhecido como "bom-crioulo", além de narrar uma grande paixão homoafetiva, apresenta o cenário de vivência dessa paixão nos fins do século 19, período em que a abolição da escravidão ainda estava fresca. Esta narrativa evidencia o racismo atrealado à homofobia, até pelos termos utilizados para se referirem a pessoas negras e LGBTs.
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