Bom-Crioulo

Bom-Crioulo Adolfo Caminha




Resenhas - Bom Crioulo


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Matheus656 24/07/2020

Uma obra importante da literatura brasileira, principalmente por se tratar do primeiro romance homossexual da literatura moderna.
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vênus 24/07/2020

Importante
É um livro muito importante por ser um dos primeiros a trazer a temática do romance homossexual no Brasil. No entanto, não me cativou e foi uma luta terminar de lê-lo.
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Sara 11/07/2020

Retrata com detalhes o cotidiano de marinheiros, abordando isso com críticas à violência proveniente do autoritarismo. Tem importante narrativa homoafetiva, sendo o protagonista também um escravo fugido.
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Hélio 04/07/2020

Surpreendente
O livro de Adolfo Caminha pode causar surpresa só por visibilizar um protagonista homossexual, negro e trabalhador. Só isso, somado a publicação no final do século XIX, em um país que a poucos anos havia abolido a escravatura já é um fato notável. Mesmo trazido para nosso momento atual, e com notável avanço da literatura, esse perfil de personagem é pouquíssimas vezes, representado. Mais um ponto para Caminha!

Além dessa dinâmica principal, o que mais me surpreendeu foi a ambiguidade dos personagens no que diz respeito a sua orientação sexual. Ao fugir dos estereótipos mais óbvios, ele nos presenteia com personagens complexos em suas identidades sexuais.

Outro ponto que só enriquece a discussão é a objetificação. Diferente do comum, o jovem homem branco bonito com ascendência europeia é mais um fantoche do que um agente, como seria de se esperar em todas as situações. Ao ser usado, ora pelo negro, pobre, ex-escravo, ora pela mulher, mais velha, gorda, estrangeira, ele subverte nossa expectativa de ação, e recoloca o protagonismo na perspectiva de diferentes personagens,o que é muito rico como exercício para inspirar visibilidades.
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Tiago 29/06/2020

A pior leitura do ano até agora e o livro mais contraditório que já li.
Únicos pontos positivos, ao meu ver, foram algumas descrições bonitas do ambiente e a "ousadia" do autor de representar uma relação homoafetiva naquela época. Entretanto, de resto, para mim, o livro foi um desprazer: não houve um aprofundamento digno dos personagens (seria muito interessante saber mais sobre o passado de Amaro e abordar o racismo), a paixão entre os dois é superficial e até mesmo abusiva, a história em si me causou preguiça, decepção e nenhum tipo de envolvimento. O valor histórico dele se dá só pelo pinguinho de representatividade e a colocação de dois homens em uma relação breve, pois muitas passagens são racistas (tratando o negro como um animal, uma fera) e homofóbicas (descrevendo a relação homossexual como patológica, uma vez que o autor baseou-se na ciência da época para construir a narrativa e seguir o movimento naturalista; além de sempre comparar Aleixo com a figura feminina).
Mesmo deixando os valores da época de lado, o livro continua sendo, para mim, em aspectos literários, raso, jogado e porcamente desenvolvido.
Gostaria de acreditar que Caminha escreveu a obra com o intuito de promover a representatividade, mas me pareceu muito mais uma tentativa de fazer sucesso com o tema e chocar o público ao explicita-lo em uma história sem profundidade.
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Jefferson Vianna 01/06/2020

É que nem todos têm força para resistir: a natureza pode mais que a vontade humana...
Difícil explicar em poucas palavras os inúmeros sentimentos que foram despertados durante e após a leitura deste livro magnífico. Se eu soubesse que era tão bom, não teria adiado tanto. Recebi a indicação deste livro em 2010, porém somente agora realizei a leitura. “Bom-Crioulo” é considerado o primeiro romance de temática homossexual da literatura brasileira. A primeira edição do livro foi publicada em 1895, agora imaginem: Se hoje em dia, pleno século XXI, ainda existe homofobia e racismo, como era no século XIX? Certamente que o livro não foi bem aceito e sim, foi extremamente repudiado! O enredo, a narrativa e a construção da trama é de uma beleza ímpar, não é uma leitura leve, mas certamente é uma leitura que desperta bons reflexões! Não é por menos que este livro, apesar de pouco divulgado é considerado um clássico naturalista da nossa tão estimada literatura! Leitura recomendada.
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Quotes do livro: “Como é que se compreendia o amor, o desejo da posse animal entre duas pessoas do mesmo sexo, entre dois homens?” – pag. 41, “É que nem todos têm força para resistir: a natureza pode mais que a vontade humana." - pag. 42 e “Bom-Crioulo sentia-se mais do que nunca abandonado, mais do que nunca lhe doía fundo o desprezo do grumete, esse desprezo calculado, proposital, voluntário, com que Aleixo o esmagava, o ludibriava impunemente." – pag. 151
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JoAo.Belos 19/05/2020

Preciso ler novamente
O livro é bom, a narrativa te prende e possui vários elementos históricos para compor o enredo. Eu preciso de uma nova leitura para analisar detalhadamente o narrador. No primeiro olhar, ele fica em cima do muro quanto ao cientificismo da época.
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jaircozta 15/05/2020

O Ceará é uma terra de gênios literários
#livro Bom-Crioulo
#autor Adolfo Caminha

O romance naturalista Bom-Crioulo, escrito em 1895 pelo cearense Adolfo Caminha, é considerado o marco da literatura queer no Brasil, ao retratar de forma requintadamente fotográfica a relação homoerótica e interracial entre dois marinheiros no Brasil pré-abolicionista.

Na narrativa conhecemos o jovem protagonista Amaro, negro escravo, descrito como homem muito forte que, fugindo da escravidão, entra ou esconde-se na Marinha. Descrito como alguém de boa índole e subserviente, porém de gênio indomável quando embriagado, descobriremos as profundidades psicológicas deste personagem quando ele conhece Aleixo, o jovem grumete apresentado como o oposto de Bom-Crioulo; branco, de feições femininas e frágil. Ao longo da leitura, veremos que as diferenças são, também, internas e subjetivas. Ocorre que Amaro se apaixona por Aleixo imediatamente e a partir disso uma história que poderia ser de amor começa a assumir traços de tragédia, uma vez que a relação é consumada e outros sujeitos adentram em suas vidas.

O Naturalismo considera as visões determinista, zoomórfica e positivista acerca dos indivíduos, tomando-os como fruto do meio e influenciáveis por fatores externos, com tendências degradantes e licenciosas. Na obra, vemos esses argumentos encobrindo espectros da homofobia e do racismo, muito embora não signifique dizer que essas manifestações sejam do autor (ele mesmo sofreu grandes ataques quando publicou o livro e defendeu sua importância publicamente), e abrindo as cortinas do tema para a sociedade da época sobre sexualidade, raça, sexo, etc.

Não digo com isso que defendo uma obra que sustente estereótipos de violência; eis minha crítica: Amaro é incriminado e animalizado o tempo inteiro na obra pelo discurso dos outros personagens, tendo seus atos justificados pela raça; enquanto Aleixo, que descobrimos o quanto pode ser frio e manipulador, é colocado como vítima das investidas ?corruptivas? do Bom-Crioulo, o que não se configura como verdade, pois o próprio texto vai jogando com esses discursos e lugares, nos fazendo questionar mais a sociedade em que se inserem do que o caráter dos personagens propriamente.

A partir desta obra, uma barreira de silêncio e de clandestinidade foi rompida para sempre no Brasil, o que é um fato inquestionável. Esse livro foi um ato de coragem, muito embora traga problemáticas preconceituosas que eu ainda não consegui processar completamente.
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VicBanger 29/02/2020

Clássico de fácil leiura
Saindo do longo período de distanciamento em relação aos clássicos romances de nossa literatura. Estava precisando disso, muito, e Bom-Crioulo se revelou ser uma ótima escolha de retorno: é curto e de linguagem simples - isto é, nada maçante. Uma obra que daria para ter lido em um dia, caso estivesse com disposição para tal; mas terminei em dois. Em termos de narrativa, a única coisa que de fato não me agradou tanto foi o desfecho abrupto da obra (seco, sem ter muito para onde); de qualquer modo, trata-se de uma conclusão condizente com a estética naturalista - e a vida segue normalmente em meio às barbaridades do cotidiano, num ciclo sem fim.

E quanto aos temas abordados: naturalmente que eles não recebem o nível de reflexão ou de sensibilidade típico dos dias atuais (necessários, vale dizer), pois trata-se de um romance que é fruto do século XIX (e fruto do problemático discurso naturalista); contudo, segue capaz de desencadear problematizações fortes sobre o presente e sobre o próprio passado - e sobre a maneira chocante com que os dois podem ser confundidos. E acredito que o brilho da arte e da própria sobrevivência de Bom-Crioulo residem aí: a arte não oferece respostas, soluções; ela apenas revela - e, neste caso, revela uma grande sociedade doente.

Sinceramente, não tenho conhecimento sobre os genuínos pensamentos de Caminha sobre os temas abordados, como a relação homossexual e a questão de ser negro, mas a obra em si, para além de seu valor literário, possui o seu valor de discussão social.
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Andrus ( @andrus05 ) 25/02/2020

Que legal descobrir uma história de época com esse tema.
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Raiany Távora 13/02/2020

O livro Bom-Criolo é considerado por alguns o primeiro romance homossexual da literatura brasileira. Tem como cenário o Rio de Janeiro, no século XIX. No meio do movimento abolicionista, o autor narra a história de Amaro, um ex-escravo fugitivo, mas que encontrou a liberdade na marinha. E Aleixo, adolescente pobre e muito bonito, o grumete do navio.

Por fazer parte da corrente naturalista, o leitor encontrará diálogos mais próximos da fala, bastante minuciosos. Outro ponto importante é a falta de pudor tão conhecido nas correntes anteriores. Sexo, violência, raiva, as sensações humanas são as cores desse tipo de narrativa. Com essa base rica em emoções comuns, vemos a paixão do Amaro crescer pelo ingênuo grumete. Por várias vezes surgiu a dúvida se tal amor era correspondido. Visto que a chegada da D. Carolina coloca esse relacionamento proibido em teste.

As descrições minuciosas dão um toque quase sensual ao livro. Ao terminar de ler, é possível entender a grande repercussão na época. O final é surpreendente, com certeza. A melhor parte nessa obra é não existir o bom e o mau. Todos erram, possuem defeitos e são escravos das próprias escolhas.

Instagram: raianytavora
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