The Crucible

The Crucible Arthur Miller




Resenhas - As Bruxas de Salém


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Thais645 30/09/2020

Atemporal, ainda que "datado" do período colonial inglês.
Esperava muita coisa do livro, menos uma crítica ao processo penal (especificamente ao sistema acusatório). Surpresa positiva. A leitura causa no leitor diversos sentimentos: da incompreensão à revolta.
Espero assistir a peça um dia.
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Renata Santos 21/09/2020

Um espetáculo atemporal!
Esperava uma coisa quando comecei a leitura e me deparei com um belíssimo retrato do que pode acontecer quando ataca a histeria coletiva e a verdade não tem dono. Uma narração da caça às bruxas e (por que não?) da caçada aos "inimigos de Deus" durante a inquisição e em qualquer regime ditatório... Cada cenário com seu Deus, obviamente. Afinal, a verdade a quem pertence?

De tirar o fôlego. Leitura para ser degustada em uma tacada só.
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Andre.28 12/03/2020

A Implacável Caça As Bruxas No Século XVII
Certas produções escritas detêm o poder de serem coisas substancialmente atemporais. As bruxas de Salem é uma peça escrita e publicada em 1953, pelo dramaturgo e escritor Arthur Miller, e que foi adaptada para o cinema e TV em inúmeras oportunidades. Baseado em fatos reais, a peça/livro conta a história do antigo caso das Bruxas de Salem ocorrido nos Estados Unidos, mais precisamente em Massachussets, na primavera de 1692.

A história conta a saga de acusação e bruxaria de um grupo de cinco garotas, que vivia numa cidade do interior rural dos Estados Unidos. Basicamente o enredo gira entorno de um grupo de jovens de 18 anos; Abigail Cheever (líder do grupo), Betty Parris, Suzana Walcott, Rute Putnan, Mercy Lewis (criada dos Putnan), Marry Warren (criada dos Proctor), que acompanhadas de Tituba (escrava que também participa do ocorrido), vão à floresta para fazer um ritual macabro de invocação de espíritos e danças para o “demônio”.

Descobertas pelo ambicioso pai de Betty, o Reverendo Parris, as garotas inventam uma história de que foram possuídas, e viram que naquela pequena comunidade existiam bruxas dispostas a se apossar de seus corpos pela força de um pacto com um “demônio”. Em resumo, com o intuito de se livrar de qualquer culpa ou serem condenadas, elas acusam de bruxaria diferentes pessoas inocentes da pequena cidade de Salem. No enredo, daí em diante começa a verdadeira “caça as bruxas” no povoado.

Essa é uma típica história obtusa e macabra de acusações falsas em uma rede clientelar de justiça, que se envolve nas particulares relações de poder de uma cidade do interior no Antigo Regime colonial inglês. Uma história que articula um discurso que relaciona política e religião, numa cega e frenética onda de perseguições e condenações. Na história, o Reverendo Hale de Berveley é chamado para exorcizar, caçar as bruxas e “impor a justiça divina” com condenações de enforcamento. O enredo segue com Abigail acusando injustamente o fazendeiro John Proctor e a mulher dele, Elizabeth Proctor. Ela os acusa por pura sanha de desejo, vingança e despeito, numa estreita relação de obsessão e ódio.

Esta é uma trama de (in)justiça que também se coloca historicamente como uma analogia ao Macartismo dos anos 50 nos Estados Unidos, movimento que perseguiu de forma indiscriminada pessoas e artistas que foram acusadas de “subversivas” por pura perseguição política e ideológica naquele período. Arthur Miller usa dos dois tempos de perseguição para montar uma peça e remontar uma história épica. Particularmente fiquei impressionado com o didatismo dos conceitos jurídicos e da sanha de perseguição de uma justiça viciada de uma sociedade conservadora fanática do final do século XVII. A justiça que se utiliza da religião para acusar sem provas em meio a um frenesi apologético e irascível de uma justiça cega e conivente com apenas um lado: a acusação. Estratégias de defesa não funcionam num ambiente que está predisposto e premeditado a condenar do que promover um julgamento justo. As relações de poder estão intrinsecamente ligadas às acusações. Alia-se a tudo o fervor religioso alienado e um pensamento cristão deturpado.

Por ser uma peça que mais está voltada a interpretação, eu não tenho muito o quê comentar. A narrativa é bem fluida, sem cortes, apresentando fluxo coerente dos fatos. A peça baseia-se em diálogos curtos e autoexplicativos, limpos e diretos. A parte final não demonstra, em nem nenhum minuto, algum alento para os inocentes e para aqueles que foram acusados pelo grupo de garotas. Nessa história não há clemência para quem “não confessa” os seus pecados.

A narrativa de dissimulação das garotas “bruxas“ de Salem impressiona pela maneira como é conduzido por Miller. Por sinal, Miller tem a sagacidade e a destreza de um grande escritor, manejando a ideia de justiça de um lado para ou outro em questão de minutos. Esse livro é um verdadeiro clássico do gênero de justiça investigativa e de histórias de bruxaria antigas, e principalmente para quem usa e gosta de conceitos jurídicos.
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Biblioteca Álvaro Guerra 06/02/2019

As bruxas de Salem retrata a reação e a histeria coletiva que abalaram a pequena cidade de Salem em Massachusetts, durante a caça às bruxas, no ano de 1692.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/8500003227
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katiadantas 24/12/2018

@cadalivroqueleio
Baseada em fatos reais, trata-se de uma história passada no século XVII em Salém, Massachussets. No ano de 1692 houve um julgamento de várias pessoas que acreditavam estarem ligadas à bruxaria ou com pacto com o demônio.

Tudo começa quando Abigail, a filha do pastor da comunidade em que vive, é pega pelo pai dançando na floresta com algumas amigas. A partir dai, tanto Abigail quanto sua prima e diversas outras moças da cidade começam a apresentar comportamentos estranhos. Claro que concluíram que era bruxaria!

As meninas então, para se livrarem daquela acusação, apontam outras pessoas como culpadas por seus comportamentos, gerando uma série de prisões, julgamentos e mortes baseados na pura intolerância puritana daquele período. É difícil não se revoltar com as injustiças cometidas com tantos inocentes, apenas pelo misticismo. Fica evidente também o quanto a lei era confundido com a religião. Quem lê esse livro e não sente vontade de matar a Abigail?

Arthur Miller escreveu o livro em forma de peça, então não há nada além de diálogos. A princípio eu detestei esse formato, mas a história envolve de tal maneira que você acaba não ligando e isso se torna apenas um detalhe. A obra é maravilhosa, reflexiva e atual. Entrou sem dúvidas pra minha lista de preferidos!

site: https://www.instagram.com/p/BrvBqwiAVHl/
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Maitê 16/12/2018

The Crucible, ou As Bruxas de Salem, ou por que que religião e politica não devem ser misturar jamais.
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hanny.saraiva 31/07/2018

Classudo
Pra se pensar que a vida dos homens é cíclica. Passa geração, entra outra e os males humanos continuam, com roupagens diferentes.
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AnandaAldridge 31/08/2017

Arthur Miller é um gênio
As bruxas de Salém é umas das peças de teatro que eu mais gostei na vida, a última vez que eu senti tal sentimento foi lendo Shakespeare. Sério, se você está com dúvida em começar a leitura, não se preocupe, ela não vai te decepcionar.

O livro é baseado na histeria que se deu em volta das "bruxas" na idade média, mostra como simples acusações eram vistas como provas cabais para levar alguém a forca, desde ler livros, ajudar uma mulher grávida a parir, até a saber manejar plantas medicinais.
O enredo nos mostra como um dos mais cruéis períodos da história começou com brincadeiras bobas de meninas que ao serem descobertas viraram uma bola de neve. As garotas, inclusive, nessa história, foram o estopim para grande parte da população de Salém se encontrar de trás das grades acusadas de bruxaria.

Eu li o livro num dia, não consegui dormir enquanto não soubesse o que iria acontecer, esse é o encanto de Arthur Miller, ele te prende tanto, que tu não consegue largar o livro enquanto ele não terminar - as 120 páginas ajudam nesse sentido.

Mais interessante ainda é descobrir que essa história é uma metáfora que o autor utilizou para demonstrar como o Macartismo estava causando pânico e sofrimento nos Estados Unidos. O próprio autor quase morreu porque se recusou a delatar nomes de possíveis "comunistas".

Uma observação interessante, uma curiosidade, melhor falando, é que Arthur Miller foi casado com Marilyn Monroe.
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selvia.ribeiro 05/02/2016

Inteligente e revoltante
Provavelmente, por já ter visto o filme, este livro não entraria na minha lista de leitura. E devo dizer, ainda bem que esses desafios literários existem, porque eu adorei. Deixo abaixo um pouco sobre o livro para, quem sabe, como eu, vocês também não tomem gosto por ele.

Ao fim da Segunda Guerra e com a polarização política entre comunistas e capitalistas, na chamada Guerra Fria, houve um período conturbado nos EUA que perseguia e condenava qualquer militância comunista, atividades consideradas antiamericanas. Movimento que ganhou muita força com o senador Joseph McCarthy, que, com discursos e leis, qualquer atividade “antiamericana” e tudo que fosse minimamente considerado influenciado pela esquerda era sumariamente punido. Tal período foi chamado de Macartismo, a era da caça às Bruxas. Tal perseguição resultou em diversas listas negras divulgadas levando seus envolvidos à investigação e condenação severa, mesmo que as provas fossem totalmente questionáveis.

O que isso tudo tem a ver com As Bruxas de Salém? Não foi por acaso que Arthur Miller, na época sofrendo as repressões do Macartismo, escreveu The Crucible (As Bruxas de Salém).

Na segunda metade do século XVII, em Salém, a filha e sobrinha do Reverendo começaram a apresentar comportamento estranho, médicos foram consultados e logo outras meninas da cidade começaram a apresentar o mesmo comportamento. Os médicos na época, claro, concluíram, que não poderia ser outra coisa se não o Demônio. Exorcistas foram chamados e acusações de prática de feitiçaria começaram a espalhar pela cidade num clima histérico.
 
Sem todo esse conteúdo histórico a peça já seria sensacional. Durante a leitura é fácil se indignar com os personagens e com o julgamento nada imparcial do juri. Era uma época de declarada intolerância religiosa. Várias pessoas foram acusadas e julgadas. O direito era confundido com religião, a histeria uma bola de neve que levou a mais de 150 pessoas, entre mulheres e homens acusados, condenados e 19 dessas foram executadas. Saber que boa parte da história de Millher é verdadeira deixa a gente ainda mais indignada com os acontecimentos do livro.
 

O livro, em formato de peça teatral, como foi originalmente produzida, começa na casa do Reverendo, onde sua filha aparentemente se encontra em estado catatônico após o pai a flagrar com suas amigas dançando na floresta num ritual de aparente feitiçaria na companhia da escrava da família. A história se espalha e as pessoas começam a falar em possessão demoníaca. Da possessão para a histeria é um pulo e logo Abigail e as outras meninas começam a acusar várias pessoas da cidade.

Pessoalmente eu gostei muito desse livro. Perceber que o autor conseguiu, em uma história curta relatar fatos acontecidos no século XVII, criticar o sistema penal, insinuar um dos primeiros casos conhecidos de histeria coletiva e ainda atacar a situação política na qual ele vivia é sensacional. Provavelmente é um dos livros que eventualmente irei reler.

Arthur Miller também foi o roteirista do filme As Bruxas de Salém (1996), levando inclusive o Oscar de melhor adaptação. O filme conta com a atuação de Winona Ryder, no papel de Abigail Williams e Daniel Day-Lewis, como John Proctor. Não assisti ao filme depois que li o livro e faz muito tempo que não o assisto, mas me lembro de ter gostado bastante.




site: http://selviavanilla.wix.com/entregirassois
Dandara 14/04/2018minha estante
Permita-me fazer uma correção. Arthur Miller não foi o roteirista do filme The Crucible (1996), seu filho Robert A. Miller é que é o produtor deste. Os roteiristas foram Andrey Dunn e Bob Crowley.




Sanoli 25/11/2015

Em uma frase...
Que todo fanatismo religioso seja condenado ? forca!
Por favor, leia nosso blog :)

site: http://surteipostei.blogspot.com.br/2015/11/as-bruxas-de-salem.html
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Tiago sem H - @brigadaparalela 12/08/2014

Após realizar um ritual na mata para saber sobre namorados, várias meninas são acusadas de praticar magia negra. Somado a esse fato, entre elas havia uma escrava que supostamente era versada em rituais mágicos. A ordem em Salem é então comprometida quando para se salvarem, essas meninas começam a acusar várias pessoas de fazerem pactos demoníacos, iniciando assim, uma verdadeira caça às bruxas.

Ao ler a peça, o leitor já se depara com um enredo chocante. Pessoas são condenadas pelos motivos mais banais possíveis: aqueles que não vão à missa, a mulher que não deixa o marido se concentrar na leitura da Bíblia e até mesmo os que não sabem os mandamentos da igreja, vão ser acusados com ligação com os pactos demoníacos. Mais chocante é saber que Arthur Miller se baseou em fatos ocorridos em Massachssets em 1692 para compor sua história.

Miller escreveu a peça na década de 50, período da Guerra Fria em que a caça aos comunistas estava crescendo nos Estados Unidos. Sua alusão de bruxas e comunistas, fez com que ele fosse acusado de ações anti-americanas depois disso.

À medida que o enredo se desenvolve, diversas pessoas são condenadas e um tribunal é montado para que esses indivíduos sejam julgados. O que acontece, é que nessa época, as colônias viviam muito isoladas o que fazia com que o espírito puritano delas não conseguisse distinguir o conceito de justiça, o que acarretava em enforcamentos totalmente injustos.

É fascinante como um autor consegue apenas com os diálogos (e poucas explicações de cena), deixar o leitor tão ciente e preso ao que esteja acontecendo, quando muitos livros da atualidade, fazem descrições de cenas que acabam deixando o leitor perdido.

Apesar de ser um livro pequeno, As Bruxas de Salem, é extremamente abrangente, pois consegue ser utilizado para diversos estudos de caso, como por exemplo, a influência que a igreja desempenhava sobre o Estado e os resultados de uma jurisdição que se baseia em provas abstratas para a condenação.

site: http://brigadaparalela.blogspot.com.br/2014/08/desafio-literario-do-skoob-2014-03-as.html
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Adriana 07/08/2014

Desafio literário 2014
As Bruxas de Salém é uma peça teatral baseada em fatos históricos. É um infeliz caso quando acontece a intolerância e o fanatismo religioso. Escrita por Arthur Miller na década de 50, é uma alegoria da "Caça as Bruxas" na época do Macartismo. Foi adaptada ao cinema, ópera e televisão. A adaptação que eu vi foi de 1996, com Daniel Day Lewis e Winona Ryder. Apesar de nunca ter lido este gênero, gostei bastante da escrita do autor.
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otxjunior 13/07/2013

As Bruxas de Salém, Arthur Miller
Releitura de fatos históricos, As Bruxas de Salém, ou no original The Crucible, situa o leitor no contexto social do período colonial americano, em uma comunidade regida por uma teocracia.
Quando surge em Salém rumores de que mulheres praticam bruxaria, os líderes religiosos insistem em montar um julgamento que provoca uma verdadeira caça às bruxas. A crueldade dos procuradores e as menores intrigas entres vizinhos que geram acusações e suspeitas ilustram o poder destrutivo da violência socialmente sancionado.
Os personagens da peça são inesquecíveis e suas intenções bem justificadas. Suas falas são de grande impacto e refletem fielmente os sentimentos de cada personagem: rendição, dúvida, hipocrisia, culpa, fé.
Embora As Bruxas de Salém tenha sido idealizado como uma alegoria do medo irracional do Comunismo na América, dos anos 50, o poder de seu enredo possibilita interpretações em qualquer outro contexto de repressão social. Desse modo, não pude deixar de pensar na intromissão da Igreja nas decisões do Estado atualmente no país. E assim, essa grande peça cumpre o papel de uma obra de arte: oferecer um significado que atravessa os tempos.
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