Sálvia 08/05/2022
“O Poder do Hábito” [Charles Duhigg]
Charles Duhigg um repórter dos Estados Unidos, que trabalha para empresa da The New York Times, originou esta obra divina. Sério, ao meu ver todos os aspectos e pesquisas que ele ressaltou foram de altíssima importância. Enfatizando relatos desde de testes experimentais com ratos e o funcionamento de seus cérebros, até um assassino que sofria de terrores noturnos e matou sua própria esposa involuntariamente. Impressionante como os hábitos possuem um poderoso grau de importância na vida de quaisquer indivíduo, pois dependendo de serem bons ou ruins, é possível mudar.
Cada capítulo demonstra como os hábitos funcionam de maneiras diferentes, pois não tem como alterar um hábito de uma só maneira, diferente disso existem várias formas. Qualquer hábito pode ser remodelado, ou substituído, talvez possa ser originado de outro hábito, e também, caso pareça difícil, é possível “sanduichar” ( ou seja, utilizar o sistema do sanduíche em que iria implementar um novo entre dois muito comuns).
Ele também segue em diversas ilustrações o método que os pesquisadores do MIT no 1° capítulo descobriram (o Loop Neurológico), que se caracteriza por um deixa-rotina-recompensa:
Modelo se apresenta em:
• Identificar sua rotina
• Experimentar com recompensas
• Isolar a deixa
• Obter um plano
1° Passo: Para mudar um comportamento, é necessário conhecer sua rotina, o que o leva para aquele hábito, o que causa você esse anseio?
2° Passo: Para isso é preciso experimentar as recompensas, por que elas partem por satisfazer um anseio. Imagine ser uma cientista estagiária experimentando os sistemas neurológicos do seu cérebro. Talvez isso facilite.
“ O objetivo é testar hipóteses
diferentes para determinar qual anseio está impulsionando sua
rotina. A sua vontade é do cookie em si, ou de fazer uma pausa no
trabalho? Se é o cookie, é só porque você está com fome? (E nesse
caso a maçã deveria servir tão bem quanto.) Ou é porque você quer
a dose de energia que o cookie proporciona? (E então o café deveria
bastar.) Ou você está indo à cafeteria como desculpa para
socializar, e o cookie é só uma desculpa conveniente? (Se for, andar
até a mesa de alguém e bater papo por alguns minutos deve
satisfazer o impulso.)
Enquanto testa quatro ou cinco recompensas diferentes, você
pode usar um velho truque para procurar padrões: depois de cada
atividade, anote num pedaço de papel as primeiras três coisas que
vierem à sua mente quando você voltar para sua mesa. Podem ser
emoções, pensamentos aleatórios, reflexões sobre como você está
se sentindo, ou apenas as primeiras três palavras que surgirem na
sua cabeça”
3° Passo: Para identificar uma deixa em meio ao ruído, podemos identificar de antemão categorias
de comportamentos para examiná-los e enxergar os padrões.
- Experimentos mostraram que quase todas as deixas habituais se
encaixam em uma entre cinco categorias:
Lugar
Hora
Estado emocional
Outras pessoas
Ação imediatamente anterior
“Por isso, se está tentando descobrir a deixa para o hábito “ir à
cafeteria e comprar um cookie de chocolate”, você anota cinco
coisas no instante em que o impulso surge (estas são minhas notas
reais de quando eu estava tentando diagnosticar meu hábito):”
Onde você está? (sentado na minha mesa)
Que horas são? (3h36 da tarde)
Qual é seu estado emocional? (entediado)
Quem mais está por perto? (ninguém)
Qual foi a ação anterior ao impulso? (respondi um e-mail)
No dia seguinte:
Onde você está? (voltando da copiadora)
Que horas são? (3h18 da tarde)
Qual é seu estado emocional? (feliz)
Quem mais está por perto? (o Jim, da seção de Esportes)
Qual foi a ação anterior ao impulso? (tirei uma cópia)
No terceiro dia:
Onde você está? (sala de reuniões)
Que horas são? (3h41 da tarde)
Qual é seu estado emocional? (cansado, empolgado com o
projeto no qual estou trabalhando)
Quem mais está por perto? (editores que estão vindo para
esta reunião)
Qual foi a ação anterior ao impulso? (sentei porque a reunião
está prestes a começar)
”Depois de três dias, ficou bastante claro qual era a deixa que
estava deflagrando meu hábito de comer cookies — eu sentia um
impulso de fazer um lanche numa certa hora do dia. Eu já tinha
descoberto, no segundo passo, que não era a fome que estava
movendo meu comportamento. A recompensa que eu estava
buscando era uma distração temporária — do tipo que alguém
obtém batendo papo com um amigo. E o hábito, eu agora sabia, era
despertado entre três e quatro horas.”
4° passo: “Uma vez que descobriu qual é o loop do seu hábito — você identificou a recompensa que está movendo seu comportamento, a deixa que o deflagra e a rotina em si —, você pode começar a alterar o comportamento. Pode mudar para uma rotina melhor, planejando-se para a deixa e escolhendo um comportamento que ofereça a recompensa pela qual você está ansiando. É de um plano que você precisa.”
Para desenvolver um hábito não é simples, leva um tempo que será gasto com experimentos, fracassos, tentativas, frustações, conquistas e por fim, terá resultados garantidos no decorrer da prática.
Eu acredito no poder dos hábitos, eu observo um controle que quero aprender e me esforçar, e sei que irei fracassar, ou desgostar, mas tentativas são muito importantes, acreditar é muito importante, mas deixar de tentar e acreditar é perda de tempo.