Mayombe

Mayombe Pepetela




Resenhas - Mayombe


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Tati 15/08/2017

Contexto Histórico.

Para se entender o enredo, é interessante que antes da leitura se faça um estudo da participação do autor no MPLA, e do contexto histórico em que a libertação de Angola se deu, visto que a obra é muito fiel a esses detalhes. Um dos pontos verídicos mostrados no livro, são os nomes de guerra que cada participante do Movimento obtém. O nome real do escritor, é Carlos Maurício Pestana dos Santos, mas quando serviu na guerrilha angolana, ganhou a alegoria de Pepetela, que curiosamente significa pestana -- assim como vemos na obra, com personagens nomeados como Teoria, Sem Medo, Verdade, Lutamos, Mundo Novo e Ingratidão.

Quanto ao serviço por ele prestado no MPLA, considerado um grupo anticolonial, socialista-comunista, sabe-se que no ano de 1971, Portugal era governado pela ditadura de Salazar, afetando suas colônias -- como Angola, que com o apoio do Movimento Popular de Libertação de Angola obtém sua independência em 1974, explodindo a seguir em uma guerra civil. As revindicações por uma nação mais justa e igualitária no pós-Segunda Guerra Mundial, têm seus ideais disseminados por intelectuais e artistas, como é o caso de Mayombe.

Atualmente, o MPLA tornou-se um partido que comanda a Angola.


A Obra.

O enredo é dividido em seis capítulos -- A Missão; A Base; Ondina; A Surucucu; a Amoreira e o Epílogo. Além de contar detalhadamente o cotidiano dos guerrilheiros contra as tropas portuguesas, e de possuir uma boa análise psicológica de seus personagens, em que conhecemos os motivos que levam cada um a lutar por tais ideais de libertação -- e em alguns casos, acompanhar até mesmo a falta dos ideias apesar da participação no Movimento -- é interessante notar a democratização da voz por meio do narrador personagem com foco múltiplo, o que faz jus a igualdade pregada pelos guerrilheiros até certo ponto, visto que Ondina, a única mulher citada no livro, não possui voz na narrativa, mostrando assim a desigualdade de gênero durante a luta.

A crítica as lutas de grupos que mesmo com ideais comuns, participam cada um a sua maneira sem se preocupar em obter um consenso, causando desproporções enormes e distorções aos olhos daqueles que ainda não os seguem se faz presente do início ao fim.

"— Vocês ganham vinte escudos por dia, para abaterem as árvores a machado, marcharem, marcharem, carregarem pesos. O motorista ganha cinquenta escudos por dia, por trabalhar com a serra. Mas quantas árvores abate por dia a vossa equipa? Umas trinta. E quanto ganha o patrão por cada árvore? Um dinheirão. O que é que o patrão faz para ganhar esse dinheiro? Nada, nada. Mas é ele que ganha. E o machado com que vocês trabalham nem sequer é dele. É vosso, que o compram na cantina por setenta escudos. E a catana é dele? Não, vocês compram-na por cinquenta escudos. Quer dizer, nem os instrumentos com que vocês trabalham pertencem ao patrão. Vocês são obrigados a comprá-los, são descontados do vosso salário no fim do mês. As árvores são do patrão? Não. São vossas, são nossas, porque estão na terra angolana. Os machados e as catanas são do patrão? Não, são vossos. O suor do trabalho é do patrão? Não, é vosso, pois são vocês que trabalham. Então, como é que ele ganha muitos contos por dia e a vocês dá vinte escudos? Com que direito? Isso é exploração colonialista. O que trabalha está a arranjar riqueza para o estrangeiro, que não trabalha. O patrão tem a força do lado dele, tem o exército, a polícia, a administração. É com essa força que ele vos obriga a trabalhar, para ele enriquecer.”

site: https://limaoquenada.blogspot.com.br/2017/08/mayombe-mli2017-beda-09.html
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Lilian 25/02/2020

Muito pouco salva
Em geral o livro é bem enfadonho, só algumas partes salvam
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Hannah126 17/02/2020

Os conflitos de Mayombe
Mayombe é a floresta onde se passa boa parte da história. Esta narra os conflitos, sejam de guerrilha ou ideológicos, entre os vários protagonistas da obra.
A princípio o livro me pareceu um pouco confuso, mas depois que me acostumei aos personagens e ao Português de Angola, com palavras e estruturas levemente diferentes das do Português do Brasil, a leitura começou a fluir bem. O livro consegue prender bastante quando a pessoa se acostuma à linguagem e aos personagens.
Estes, por sua vez, são o principal destaque da obra, em especial o comandante Sem Medo. Cada um teve um destaque diferente e seus diálogos eram tanto sobre questões ideológicas da Angola daquele período quanto sobre questões pessoais dos próprios personagens. Em ambos os casos, a leitura era fluida e interessante.
É um livro que recomendo bastante.
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Ãnimo Total 05/02/2020

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"...Cada cão que ladrava trazia-lhes a impressão de ladrões esperando a vítima. No entanto, eles esperavam um homem para lhe entregar o seu dinheiro."
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Dani 16/01/2020

Meu primeiro contato com a literatura africana. Narrativa rotativa em que conseguimos saber o ponto de vista de cada personagem diante dos fatos. Achei incrível. Mostra a realidade dos guerrilheiros que buscam a independência de Angola em conflitos em meio a grande floresta Mayombe.
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Raul113 18/12/2019

Mayombe, muito mais que os olhos podem ver
Mayombe de Pepetela, escritor Angolano e vencedor do Prêmio Camões de Literatura, é uma histó-ria sobre guerra, mas acima disso, é uma história sobre idealismo, sobre convicção em uma luta, so-bre amizade, sobre acreditar em algo e não abrir mão do que se acredita. Algo que, infelizmente, es-tamos vendo desaparecer da nossa época em nome do oportunismo.

O livro conta a história dos guerrilheiros do MPLA (Movimento Pela Libertação de Angola) durante a Guerra Revolucionária pela Independência de Angola nos anos de 1960 do século XX. De maneira que teor político é forte e evidente no enredo, representado pelo dilema de guerrear não apenas pela força física, mas também no campo intelectual que está presente a todo momento no texto. Através da ideia das pessoas que não acreditam na revolução, mas para que a revolução aconteça é preciso que se acredite nela e que o povo a apoie. Claro que aqui a história é romanceada, mas boa parte do idealismo do movimento está impresso a cada página. Embora, eu ache que boa parte desse idealismo é utópico, afinal o MPLA era movido pelas ideias Marxistas e por seu ideal Comunista, um sistema que na minha visão é funcional apenas em tese. Um pensamento que também aparece em várias passagens da história através das reflexões de Sem Medo, uma de suas personagens centrais.

“— Evidentemente! Comissário, compreende-me bem. O que estamos a fazer é a única coisa que devemos fazer. Tentar tornar o país independente, completamente independente, é a única via possível e humana. Para isso, têm de se criar estruturas socialistas, estou de acordo. Nacionalização das minas, reforma agrária, nacionalização dos bancos, do comércio exterior etc., etc. Sei disso, é a única solução. E ao fim de certo tempo, logo que não haja muitos erros nem muitos desvios de fundos, o nível de vida subirá, tam-bém não é preciso muito para que ele suba. É sem dúvida um progresso, até aí estamos de acordo, não vale a pena discutir. Mas não chamemos socialismo a isso, porque não é forçosamente. Não chamemos Estado proletário, porque não é. Desmistifiquemos os nomes. Acabemos com o feiticismo dos rótulos. De-mocracia nada, porque não haverá democracia, haverá necessariamente, fatalmente, uma ditadura so-bre o povo. Ela pode ser necessária, não sei. Outra via não encontro, mas não é o ideal, é tudo o que sei. Sejamos sinceros connosco próprios. Não vamos chegar aos cem por cento, vamos ficar nos cinquenta. Por que então dizer ao povo que vamos até aos cem por cento?” (MAYOMBE, PEPETELA, p. 113).

No entanto, como já falei, Mayombe, apensar de ser uma história sobre a guerrilha, tem seu valor nos ensinamentos que a história de suas personagens deixa para o leitor. É evidente o sofrimento do povo angolano diante da mão de ferro exploradora portuguesa, que durante o a segunda metade do século XIX achou-se no direito de reivindicar soberania sobre o país. Assim como outras potências europeias que dividiram a África ao seu bel prazer. O resultado são todos os problemas que a África enfrenta até hoje. Algo que ocorre aqui na américa latina também.

Cada personagem do enredo tem sua própria história, suas próprias características e forma de ver o mundo e a guerra em si. O tribalismo é também um tema recorrente na história, deixando mais uma vez evidente os problemas culturais e territoriais que os povos africanos enfrentam graças ao impe-rialismo europeu.

Teoria, uma das personagens da obra, é um bom exemplo, ele parece viver de certa maneira ator-mentado por ser mestiço, filho de mãe negra e pai branco, acredita não ser digno de participar da revolução, ou pelo menos que os outros o julgam por causa de suas origens. Em vários momentos ele fala sobre esse aspecto de sua persona sempre se colocando como inferior aos seus compatrio-tas, de modo que sempre terá que se esforçar mais que os outros para encontrar seu lugar entre eles.

“Uma vez quis evitar ir em reconhecimento: tivera um pressentimento trágico. Havia tão poucos na Base que o meu silêncio seria logo notado. Ofereci-me. É a alienação total. Os outros podem esquivar-se, po-dem argumentar quando são escolhidos. Como o poderei fazer, eu que trago em mim o pecado original do pai-branco?” (PEPETELA, MAYOMBE, p. 22).

Esse sentimento de Teoria é compartilhado por outros guerrilheiros. É perceptível que o grupo que luta pela libertação de Angola não é formado por um único povo, várias etnias de regiões diferentes o formam, estão meio desunidos e desconfiados, apesar de lutarem juntos e seguirem ordens e res-peitarem a hierarquia de comando não confiam uns nos outros. Isso nos remete mais uma vez a te-mática do tribalismo também. O que me faz pensar em como o processo de exploração da África descaracterizou não apenas as tribos, mas a identidade de cada povo e de cada cultura.

Analisando o contexto do livro, fica evidente que mesmo que tenhamos a colonização portuguesa em comum com Angola, o Brasil teve mais sorte nesse processo, principalmente quando a família real escolhe o nosso pai como refúgio das Guerras Napoleônicas, isso mudou todo o contexto do nosso processo de colonização, algo que não foi ao acaso, mas que nos tornou diferentes das colônias afri-canas, não que nós não tenhamos pago o nosso preço, na verdade pagamos por isso até hoje tam-bém (Vide todo o contexto político-social atual).

Cada integrante da comitiva tem sua própria característica, cada um salta aos olhos do leitor a sua maneira. Já falei sobre Teoria e seus problemas, mas as outras personagens são tão fascinantes quanto. Porém, de longe, a que mais chama a atenção de quem lê a obra é Sem Medo que ao longo do texto vai nos revelando mais sobre si mesmo e sua história e se mostra um líder nato, capaz de perceber a menor perturbação no grupo e ao mesmo tempo buscar uma solução para isso. Ele é tido como um mito, um herói. Chegando mesmo a ser comparado com Prometeu. No entanto, ao mesmo tempo, nos mostra que é um ser humano e, como tal, é cheio de defeitos e mazelas.

Sem Medo representa a razão no seio da revolução, ele não é ingênuo e está ali para lembrar ao lei-tor os problemas que uma revolução pode acarretar e que o regime a ser aplicado nunca funcionou de verdade. Ele lembra a todos que o Socialismo é um modelo que nunca poderá ser pleno, pelo me-nos não enquanto o ser humano for o ser humano. O engraçado é que o cenário que ele descreve em sua fala lembra muito o de 1984 de Orwell.

Outra coisa interessante a se perceber é que a revolução, ou no caso, o movimento em si, não se preocupa apenas com a luta para conquistar a liberdade, existe uma idealização por trás da busca por independência, daí eu ter dito que a obra também é sobre ideais. Os Guerrilheiros entendem que para de ter independência verdadeira e liberdade é preciso ir além da batalha física, a busca pelo conhecimento também é de vital importância para o futuro da nação, visto que se as pessoas têm acesso ao conhecimento não se deixam enganar pelo discurso alheio. O mais interessante aqui é a comparação que podemos fazer entre esse discurso politizado da guerrilha de Angola durante seu processo de independência e o que ocorre no processo de independência do Brasil, até hoje nosso país desvaloriza o conhecimento (agora mais que nunca, já ouviram o nosso atual Ministro da Edu-calçao?) e a educação, não quero dizer com isso que em Angola tudo esteja bem, mas são dois aspec-tos diferentes de dois países em seus processos de independência da mesma nação colonizadora.

Desse modo, para um livro sobre Guerrilha a discussão ideológica e filosófica das personagens dá um valor único a obra, talvez seja o aspecto mais valioso do texto de Pepetela, que leva o leitor cada vez mais fundo nos aspectos de constituição do MPLA. Assim, Mayombe se torna um livro que não cansa de surpreender o leitor com sua profundidade, a guerra, a honra, o amor e a política, tudo ganha novos pontos de vista a cada página. Existe no enredo uma poderosa observação sobre cada um desses aspectos que de início são aparentemente supérfluos, mas que vão se mostrando de ex-trema importância para formação de cada personagem, é magistral a forma como o autor vai desen-volvendo cada aspecto da personalidade de cada um é como as relações entre as personagens são colocadas para o leitor de umas forma simples e cativante, é fácil gostar e odiar as personagens e saber por que as admiramos ou não.

Pepetela é genial em suas metáforas e alusões, de uma maneira simples ele nos conta a história da revolução de Angola, explica seu contexto, seus ideias políticos, militares e sociais. Ele explica os pormenores da influência do Marxismo nas ideias revolucionárias, bem como as deturpações feitas do pensamento de Marx e tudo isso de uma maneira compreensível. Você não precisa conhecer mui-to de história, muito sobre Angola ou sobre o Mayombe para compreender como cada coisa funcio-na na história real e na ficção. Isso torna o livro gostoso e instigante de ser lido, a história que tinha tudo para ser chata e monótona é cheia de reflexões e ensinamentos tão tocantes que é impossível parar de ler. Além disso, devemos levar em consideração todo o enredo que também nos faz tentar teorizar o que vem pela frente, no fim mesmo que saibamos o que acontece na história sempre fica-mos fugindo dela teorizando outras tantas possibilidades.

Ao longo do texto vamos sendo informados das histórias de vida de cada guerrilheiro da base, suas origens, tribos, sonhos, mágoas, pontos de vista e opiniões. Tudo isso através de relatos pessoais feitos em primeira pessoa que nos aproximam mais das personagens do que a história principal con-tada em terceira pessoa. Porém a todo instante temos também a figura do Narrador Onisciente que nos traz informações sobre os sentimentos e pensamentos das personagens e sobre os aconteci-mentos da trama, bem como a troca constante de visão. Uma hora estamos com Sem Medo, outra com o comissário João, outra com O Chefe de Operações e outra com Ondina, no entanto é ao redor das figuras do Comandante e do Comissário que a história gira e é onde encontramos o ensinamento máximo da obra, a velha relação entre mentor e pupilo, mestre e aprendiz, professor e aluno e, por que não, pai e filho.

“Eu, o Narrador, Sou Milagre. Nasci em Quibaxe, região kimbundo, como o Comissário e o Chefe de Ope-rações, que são dali próximo. Bazukeiro, gosto de ver os camiões carregados de tropa serem travados pelo meu tiro certeiro. Penso que na vida não pode haver maior prazer.” (PEPETELA, MAYOMBE, p. 34).

O final desse livro foi sem dúvida emocionante, eu imaginei o que aconteceria com Sem Medo na ho-ra que o conheci, mas o que realmente aconteceu era necessário para a trama e para a construção da personagem do Comissário, João. No final, o que ficam são as lições de vida de cada membro da base, de cada história das personagens e o que significou os acontecimentos finais para cada um.

A história real não foi tão benevolente para o MPLA, mas sem sua luta provavelmente Angola jamais teria conquistado sua independência, ainda que tardia, de Portugal. É evidente o quanto o imperia-lismo Europeu foi e ainda é destrutivo para o contexto da África, em muitos lugares ainda hoje sen-te-se os efeitos desses acontecimentos históricos. Mayombe não é apenas um registro da história de Angola, mas também um lembrete da capacidade humana para o bem e para o mal, porém nos mos-tra também um mundo de cinza que está entre o preto e o branco, mostrado através das falhas e imperfeições de suas personagens que são acima de tudo homens e como todo ser humano, imper-feitos.

Raul G. M. Silva
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jonasbrother16 17/12/2019

Drama e luta social em um denso matagal africano. Boa trama, bons personagens, que intervém no livro com suas reflexões existenciais (às vezes meio fora de lugar, mas nada que incomode). Muito boa leitura.
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Eduardo 12/12/2019

O primeiro livro africano que eu li, gostei bastante.

Me pareceu, em grande medida, um romance em que são discutidas ideias. Boa parte do interesse dele está em como os personagens pensam a si mesmo e aos outros. A narração não tem medo de entrar nesses pensamentos e nos diálogos, que às vezes parecem se desenvolver à exaustão e chegam no limite do verborrágico. Se isso, em alguns momentos, parece cansar a leitura, por outro lado, serve também para mostrar os próprios limites daqueles personagens e dos ideais que os levam à guerrilha.

Fiquei impressionado com o quanto me identifiquei com algumas reflexões sobre como o agir (nas relações interpessoais e na política) se dão sempre e necessariamente sob meias certezas, mas que isso não deve ser motivo para não tomar posições. Por outro lado, as relações entre religião e ação política também me pareceram bastante próximas.

Mais ao final da narrativa, especialmente quando as reflexões e diálogos passam a se concentrar nas questões amorosas senti que o texto perdia força, mas isso talvez fosse devido às diferenças culturais entre a Angola do início dos anos 1970 e do leitor brasileiro de 2019.

Gosto especialmente de como Sem Medo cresce na narrativa mas em nenhum momento assume a voz da narração. Com exceção de alguma vaidade, ele parece um personagem bem idealizado e que incorpora o otimismo sobre a Guerra de Independência de Angola, como se nele a ideia de necessidade histórica e de destino se encontrassem. O pouco que se conta de sua vida antes da guerrilha para preparar ele para ocupar o lugar exato que ele ocupa no grupo de guerrilheiros.
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Vítor.Cerati 03/03/2020

Muito bom. Incrível ver todo o enredo do livro num cenário revolucionário-tribalista. O personagem Comandante é simplesmente incrível, um exemplo muito forte de liderança (leitura escolar)
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fecan 04/09/2019

Muito bom!
Gostei de ter contato com literatura Angolana. Vale a leitura. Conta um pouco da história do povo na luta pela libertação de Angola, que até então, era colônizada por Portugal.
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Vi 02/12/2016

Mayombe
Um dos melhores livros que já li. Chorei muito além dos sustos, risadas e revoltas. Um livro ótimo e de leitura rápida para quem gosta de ler, pois você literalmente se envolve e desenvolve uma relação única e íntima com cada personagem
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Matheus Oliveira 25/06/2019

Confesso que não me apaixonei por esse livro. De início, achei que era pela dificuldade de tempo que me impediu de lê-lo rapidamente, mas mesmo depois, com maior disponibilidade, achei a leitura arrastada, talvez pela falta de costume com o estilo do brilhante Pepetela.

Para quem se arrastou por esse clássico como eu, deixo um alívio: o final vale pelo livro completo!
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Rita 02/05/2019

Esperava mais...
A narrativa é fria e os personagens não demonstram a emoção de estarem vivendo a revolução - emoção não no sentido bélico, mas na esperança de gerar um país melhor. Faltou dar voz às personagens femininas. É possível aprender alguma coisa de teoria política nos diálogos, mas sem nenhum aprofundamento.
Alguns trechos:
"Há dez anos que combate o inimigo. Tem pouca formação política? Certamente. Mas a culpa não é dele. Quem a tem? Ele vê os exemplos que vêm de cima. A culpa também não é tua. (...) Não podes fazer mais do que fazes para convencer o Ingratidão que o povo de Cabinda é como o do resto de Angola. Ingratidão também não pode ser convencido só por palavras. Só a prática o levará a essa constatação." (p. 61-2)
"(...) Quem não quer estudar é um burro, e por isso, o Comissário tem razão. Queres continuar a ser um tapado, enganado por todos... As pessoas devem estudar, pois é a única maneira de poderem pensar sobre tudo com a sua cabeça e não com a cabeça dos outros. O homem tem de saber muito, sempre mais e mais, para poder conquistar a sua liberdade, para saber julgar. Se não percebes as palavras que eu pronuncio, como podes saber se estou a falar bem ou não? Terás de perguntar a outro. Dependes sempre de outro, não és livre. Por isso toda a gente deve estudar, o objetivo principal duma verdadeira Revolução é fazer toda a gente estudar. Mas aqui o camarada Mundo Novo é um ingénuo, pois que acredita que há quem estuda só para o bem do povo. É essa cegueira, esse idealismo, que faz cometer os maiores erros. Nada é desinteressado." (p. 75)
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Lari 23/04/2019

Não dava nada para esse livro no início, mas confesso que o final surpreendeu. Retrata, de alguma forma, nossas vidas e nosso amadurecimento. O romance e o enredo nos enlaçam de forma imperceptível, mas que ainda existem.
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