Mansfield Park

Mansfield Park Jane Austen




Resenhas - Mansfield Park


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DeniseSC 31/10/2022

Um lugar que transforma as pessoas
Eu li Mansfield Park a muito tempo, já não me lembrava do enredo e acabei lendo como se fosse a primeira vez.
Peguei ranço de certos personagens, me compadeci da Fanny pelo tratamento que ela recebia e aprendi a amar certos personagens.
Eu adoro o fato de descobrir o significado dos títulos dos livros da autora, todos são friamente escolhidos, e vemos que Mansfield Park é um lugar que tem um efeito nas pessoas, seja pelo habitantes ou as belezas do campo, vemos como esse lugar fez bem a Fanny fora do lar problemático de sua família.
Minha única crítica é que como característica de Jane Austen, ela tende a desenvolver pouco o final da história, o romance do casal e o desenrolar dos personagens secundários foi resolvido nas últimas 10 páginas.
Recomendo este livro para quem já tiver lido outros clássicos da autora como Orgulho e Preconceito ou Persuasão, assim já estão mais acostumados com essa característica da escrita dela.
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Liduina 23/10/2022

Segundo livro da autora que leio. Gostei muito da história. Achei que a protagonista nos revelou ser uma mulher forte, embora não gostasse muito de expor seus pontos de vista.
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Mayana26 11/10/2022

Palácio das ilusões
Mansfield Park (1814), terceiro romance publicado da autora britânica Jane Austen, foi o quinto livro dela que li, conhecendo a protagonista mais tímida dos 6 trabalhos da minha escritora favorita. E lendo logo após Morro dos Ventos Uivantes, não pude deixar de relacionar os enredos.

Fanny Price é a segunda filha de 10 crianças de um casal muito pobre que vive na cidade portuária de Portsmouth. Já suas tias maternas vivem no campo, na mansão de Mansfield Park.

A Mrs Norris, recém-viúva do reverendo, em um ataque de caridade e julgando por meio disto se reconciliar com a irmã distante, resolve que sua outra irmã, Lady Bertram, e seu cunhado, Sir Thomas, devem cuidar da sobrinha, a fim de lhe oferecer a oportunidade de uma educação melhor.

Mas aos 10 anos de idade, Fanny não pôde retribuir a nobre atitude dos parentes com gratidão, pois se via separada da família e num lugar hostil onde primos e tios, ao mesmo tempo em que lhe davam condições promissoras de vida, pareciam fazer questão de a inferiorizar, isto vindo principalmente da parte da Mrs Norris e de suas duas primas, Maria e Julia. Seu pródigo primo Tom é indiferente. Seu tio, Sir Thomas, é rígido e intimidador. Sua tia, Lady Bertram, bem, ela gosta muito de seu Pug e de tirar sonecas. A única face gentil que encontra é do primo Edmund, que logo se responsabiliza por seu bem-estar e educação, e se torna seu melhor amigo. Ela também se corresponde com seu irmão mais velho, William Price, sendo seu único vínculo ao passado.

Esta primeira fase do romance me lembrou bastante a forma com que Pollyanna (do infantojuvenil homônimo de Eleanor H. Porter, de 1915) foi tratada pela tia Polly, alocando-a no sótão, muito parecido com o quartinho dado a Fanny, em que a austera Mrs Norris proíbe de acender a lareira.

Fanny cresce com doçura, por um tempo com saúde fraca, mas logo se recuperando e seguindo a servir à família que a acolheu, sempre bem consciente de sua posição. Se o comportamento dela é menos extrovertido que de outras protagonistas de Austen, como Elizabeth Bennet e Emma Woodhouse, não é menos perspicaz. Na verdade, até avalia rigorosamente seus novos vizinhos que vieram da frenética Londres, os irmãos Henry e Mary Crawford.

A opinião política da Fanny em relação ao tráfico negreiro, apesar de pouco aprofundada, também é o que diria constuir como a primeira vez que Jane aborda o tema em seus livros. Aqui é importante dizer que toda a obra da escritora é ricamente permeada de críticas à sociedade britânica, tocando assuntos como direitos das mulheres, materialismo e moralidade com um humor primoroso.

Segue-se com as confusões dos arranjos de relacionamentos que podem dar certo ou não, ironia das situações, contradições e (in)constância dos personagens, crítica à cirscuntância feminina do período, numa tônica crítica sobre a moral, a educação/criação e religiosidade.

Mary Crawford é apresentada como uma antagonista, mas é difícil nutrir antipatia pela espirituosidade, opiniões fortes e charme. Sem peso na consciência, posso dizer que ela é uma das melhores personagens do livro, cuja relutância em escolher casar por amor com um clérigo que não poderia lhe dar condições luxuosas de vida me pareceu muito bem justificada, considerando o morgadio que subjugava jovens mulheres durante a regência.

Ao mesmo tempo, a relutância de Fanny em casar com um típico "bom partido", mas a quem não ama, se opõe diametralmente à posição de Mary, também se justificando e sendo digna de louvor. Pode ser lida no trecho "? Eu pensaria [...] que toda mulher deve sentir a possibilidade de um homem não ser aprovado, não ser amado por alguém do sexo feminino, ainda que ele seja agradável. Mesmo que ele tenha todas as perfeições do mundo, creio que não se deve dar como certo que esse homem necessariamente seja aceito por qualquer mulher de quem ele venha a gostar", apesar disto ser visto como razão para castigo na história.

Aqui também, uma figura religiosa é positivamente tratada, variando dos inconvenientes e caricatos Mr. Collins (Orgulho e Preconceito) e Mr. Elton (Emma).

Outro aspecto que gostei neste romance foi de que oposições e comparações permitem demostrar como o caráter da pessoa pode resistir ao ambiente em que cresce. Quando Fanny volta a Portsmouth, não deixa de reparar na dissonância entre a riqueza de Mansfield Park com a miséria em que sua família vive, nota a agitação insalubre da cidade, ao contrário da paz proporcionada pelo campo, o desrespeito entre os familiares, hábitos ruins e a falta de ordem de seu primeiro lar.

Isso certamente afetou seus pais e culminou na frieza com que a trataram quando ela os visitou depois de tanto tempo, mas não impediu que seu irmão William fosse amoroso e crescesse como oficial da Marinha, nem que sua irmã Susan fosse dedicada à casa e à família e que tivesse um bom coração. Ao contrário de suas primas, que sendo criadas em meio a privilégios, recebendo a melhor educação, convivendo em um ambiente favorável, com a Mrs Norris as elogiando, e pais as amando, acabaram tomando decisões ruins e se envolvendo em escândalos. A história traça justamente esses paralelos, permitindo ao leitor notar que a vida pode ser definida pela força do caráter de resistir ao mal.

O desfecho é bem ao estilo Jane Austen, recheado de cartas reveladoras e fofocas, declarações apaixonadas e finais felizes para os mocinhos, e deixa, pela primeiríssima vez, abertura para o leitor imaginar a ordem das coisas. A respeito do casal, diferença de idade e outras coisinhas (sem spoiler aqui) posso dizer que são bem compreensíveis dado o contexto histórico, mas se eu pudesse mudar um pouco mudaria sim, haha. Leitura gostosa, com trama digna de novela, cheia de dramas familiares, e protagonizada por uma heroína como nunca vi. Recomendo sempre!
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Caren Gabriele 23/09/2022

Uma história sobre a Moral
Acho que, de todos os livros da Jane, esse é o que mais valoriza a Moral da época. É um livro de virtude, mas não deixa de ser encantador e delicioso.
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Eliza.Beth 16/09/2022

Difícil amigos.....
É, não rolou! Não gostei de quase nada nesse livro.
Algumas poucas partes foram interessantes: eu diria q o começo e algumas partes próximo de 60-70% do livro.
Se não fosse escrito pela Jane Austen, seria mais analisado criticamente.
Inclusive, senti falta do estilo da Jane... algumas críticas sociais melhor construídas, parágrafos para contemplação, acontecimentos sociais melhor descritos.

Achei q é um livro meio q sem história... acho q metade do livro não aconteceu grandes coisas.... e o que acontece na segunda metade não é suficiente para uma boa história.
Achei o livro muito chato.

Personagens principais extremamente moralistas e achando q o mundo tem que seguir conforme suas convicções. Não surpreende que acabam casando. Merecem-se. Dois chatos.

Queria ter gostado mais desse livro.
Primeira decepção com Jane Austen.
Quem já leu Orgulho e Preconceito, Persuasão, Emma..... fica difícil não ver as falhas desse.
Deixou a desejar.
Carolina.Gomes 16/09/2022minha estante
A nota ta boa ?


Eliza.Beth 17/09/2022minha estante
Hahahaha
Não é ruim, só chato kkkk


Michela Wakami 18/09/2022minha estante
Eu até hoje só gostei de Orgulho e preconceito da autora. Mas pretendo reler os outros um dia, para ver se mudo de opinião.


Michela Wakami 18/09/2022minha estante
Mas ainda não li esse, e não sei se quero kkkkkkk.
Medo kkkkkk.


Alan kleber 20/09/2022minha estante
Queria saber fazer resenhas tão boas como essa.


Eliza.Beth 21/09/2022minha estante
Michela, todos q li dela gostei muito, mas esse realmente foi difícil de engolir ??


Eliza.Beth 21/09/2022minha estante
Obrigada Alan? gosto bastante das suas reflexões tbm ?




Mirela Ugioni 10/09/2022

Acredito que dos 4 livros de Jane Austen que li até agora, esse foi o que mais me deixou presa do início ao fim, e mesmo sendo bem longo eu li bem rápido. Fany nasceu em uma família com poucos recursos financeiros e foi morar ainda criança com os tios. Sempre foi colocada de lado em relação as primas, e se tornou dama de companhia da tia que a abrigava, e alvo de críticas e desafeto de outra tia que frequentava a casa, pelo simples fato de ter predileção pelas sobrinhas filhas dos donos da casa, Tia Norria, como era chamada, achava que por Fany ser pobre não merecia receber igual tratamento que as sobrinhas mais afortunadas. Fany cresce, se torna uma jovem linda, submissa e insegura, porém com uma visão cirúrgica sobre as pessoas e o que acontecia a sua volta, e também uma benevolência inquestionável. Se tornou a confidente do primo, a quem ela se apaixonou (apesar de sentir que não tinha direito para tal), e ficou sem saber o que fazer com esses sentimentos e a confusão de ser cortejada por um outro cavalheiro, amigo da família, mas que ela sentia um instinto de desconfiança difícil de ignorar. É um romance de formação genial, com todas as graças e defeitos que um ser humano pode ter. Só queria que o final tivesse sido mais elaborado, mas isso é porque eu estava totalmente apegada aos personagens. ?
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emy 08/09/2022

Tava demorando pra fazer essa resenha, mas vamos lá. Das três irmãs, a mãe de Fanny foi a que teve menos sorte no casamento, com pouco dinheiro e muitos filhos para sustentar. Por isso, as tias de Fanny decidem adotar um dos filhos da irmã para ajudá-la. Assim, Fanny Price é a escolhida para ir morar com os tios ricos em Mansfield Park, deixando a casa da mãe ainda criança. Lá, ela não é muito bem tratada pelos tios, que fazem diferença entre ela e as primas, visto que Fanny é de uma classe social inferior a delas, a única pessoa que é gentil com ela e a trata como igual, é seu primo Edmund, assim, eles crescem muito próximos um do outro.

Fanny aceita todos os caprichos dos tios de cabeça baixa, fazendo parecer que ela não tem opinião própria e é submissa, pois Fanny acha que os tios fizeram um favor a ela, ao dar a oportunidade dela ter uma condição de vida melhor. Porém, na metade do livro, ela nos surpreende indo contra a opinião dos tios e primos, decidindo por ela mesma e entendendo que só ela sabe o que é melhor para si mesma.

Durante a história, Fanny nutre uma paixão secreta por Edmund, e embora Fanny seja a pessoa que ele mais confia, ele se convence de que está apaixonado por outra pessoa completamente diferente dele. O romance se desenvolve de maneira bem lenta durante o livro, só se resolvendo no último capítulo.

Acho que dos romances da Jane Austen esse é o que tem menos romance em si, porém não deixa de ser menos incrível. Nesse livro Jane Austen fala sobre a importância da educação na construção do caráter das pessoas e também sobre assuntos considerados tabus na época, como adultério e divórcio. Por isso, vale muito a pena a leitura desse livro.
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ELOISA 04/09/2022

Mansfield Park de Jane Austen foi uma das minhas leituras do mês de agosto, primeira leitura que faço com uma leitura conjunta e também foi o primeiro livro que li da obra de Austen.

Neste romance (publicado em 1814), vamos acompanhar a protagonista Fanny Price, a qual é conduzida da casa dos pais, aos seus 10 anos de idade, para a propriedade (Mansfield Park) dos seus tios, local onde passará a residir "bons" anos da sua vida.

Fanny, uma personagem tímida, de poucas palavras, sentimental, julgadora e linear, se depara num lar rodeada por familiares mesquinhos, egoístas, invejosos, que só ligam pra posições sociais e pro seus próprios bem estar.

Na minha experiência de leitura, tive a sensação de que Jane Austen estava contado sobre o dia a dia de uma familia, sem muitas reviravoltas, com personagens que apenas "existem" sabe?

De certo modo Austen critica a sociedade da época, os costumes, as ações, o modo de pensar e aqueles que eram abastados de poses e tão pobres de valores, mas vale lembrar que estamos acompanhando o dia a dia de personagens não evoluem e neste ponto, ao meu ver parece que uma coisa se opõe a outra.

Criticar, mas continuar naquela linha reta ??????

Fanny cresce em um ambiente ostil e pesonhento e chama atenção do leitor por ser uma pessoa que não perde suas virtudes, até aí tudo bem! Massss, ela tambem é uma pessoa muito rígida, que aponta muito os outros.
Sabe quando você da aquele passo em falso e aprende com ele? Isso falta em Fanny, ela é muito perfeita.
E o que me chamou atenção é que Fanny aprende a gostar de Mansfield, o lugar em que sempre foi tratada com desprezo. ?

Essa obra não se trata de um romance frenético, com uma escrita fluída e com grandes reviravoltas acontecendo. A maior parte dos personagens iniciam e terminam da mesma forma ?

Na minha opinião a grande ironia foi...

Todos que se achavam corretos e exemplo de tudo, não serem nada disso ? e Fanny que sempre foi a certinha, que nunca titubeava, sempre linear e convicta de tudo, não erra em nada e não aprende com nada ? e aí está o pulo do gato, pessoas perfeitas não existem! ?

Faltou evolução dos personagens;
Emponderamento de Fanny;
É um livro que tem muita "gordura", alguns capítulos com coisas bem repetitivas;
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Malu 03/09/2022

O LIVRO MAIS BONITO DA MINHA COLEÇÃO É O PIOR KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ai velho sinceramente eu li Emma que é um outro trabalho da Austen e eu achei simplesmente perfeito, e faz uma crítica de verdade a sociedade da época
só que esse, cara... primeiro que a protagonista é uma sonsa, ela não tem coragem de falar o que pensa e não faz nada para sair dessa situação. qualquer outro personagem poderia ser protagonista dessa história, menos ela, de tão pouco que ela afeta o enredo.
segundo que a personagem que tem desenvoltura, uma personagem forte e corajosa, se dá MAL no final... ela que deveria ser a principal, ela teve um arco de desenvolvimento mais completo que o da Fanny, e o final dela é como se nada desse desenvolvimento tivesse acontecido, porque ela age exatamente como ela agiria se ela fosse a mesma do início da história.
terceiro [SPOILERS A PARTIR DAQUI] que ela casa com o próprio primo; e pior, ela e esse primo foram criados como irmãos. o relacionamento deles foi construído como amizade e no último capítulo do nada o narrador nos informa que eles decidiram casar. que final mais porcamente feito. 500 páginas pra correr tudo no final
[fim do spoiler]

sem falar que o livro é comprido sem necessidade nenhuma
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Lusiana 31/08/2022

Dar pra tirar coisas boas, mas achei arrastado ?
Bom, esse livro começa arrastando, fica legal, volta a ser arrastado e até a parte da reviravolta é um tanto chatinha.
A verdade é que não foi uma leitura que me agradou tanto! Achei a história muito lenta!
O final foi redondo. Não tiveram pontas soltas, a análise da personalidade dos personagens pela autora foi muito bem feita.
Suas críticas a socialidade e ao comportamento masculino tb!
A menina boazinha foi gratificada e a realista ?. Bom, nem tanto né!
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Freezerburn 31/08/2022

Mansfield Park
Este foi o meu primeiro contato (literário) com a autora, e digo que em minha opinião não deveria ter sido o primeiro.
Mansfield Park não é ruim, mas pelo o que conheci de outras obras, ele seria o mediano da autora. Fanny só começa se desenvolver lá pela metade do livro (de 500 páginas) e não chega a ser muito satisfatório, sinto que muitas coisas aconteceram do nada e por grande pesar que sinto que certos personagens que comecei a sentir uma certa afeição veio no fim me desapontar.
Mansfield Park pode ser difícil para alguns no começo, mas rogo que o me movia na trama era ver o povo que eu não sentia nenhuma compaixão se fud3r no fim (apesar de certos personagens que eu comecei a alimentar uma compaixão se darem mal).
Mansfield Park me prendeu em muitas partes e me atiçou a curiosidade, mas de longe nunca será meu favorito da autora.
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