Resenhas - Cartas a Théo

Lek 15/09/2022

Sensibilidade a flor da pele
Ao vermos que ele não seguiu a vida de missionário, entre outras coisas, por não ser mto bom com as palavras, a gente percebe ao longo do livro o quanto Van Gogh é bom com a escrita e o quanto de sua alma ele coloca tanto em suas cartas ao irmão quanto em seus quadros. Dono de uma sensibilidade incrível, tudo ele observava com profundidade e enxergava muito além do que algo se mostrava.

Claudia 05/09/2022

Sensacional!
Este livro é um dos mais completos sobre a vida de Van Gogh. Cartas para Théo traz uma riqueza de detalhes, que é possível entender a situação emocional deste artista ao criar cada obra, cada pincelada, cores e tintas. Embora Van Gogh não fosse bom orador é possível perceber em suas palavras a profundidade que ele sentia ao escrever cada palavra. Era muito culto sem dúvida, ele lia muito grandes obras, citando Dickens, Dante, Tolstói e tantos outros. Também falava de artistas como Picasso, Monet, Renoir, Paul Rubens, Giotto e vários outros colegas. Quem gosta de pintar também vai sair desta leitura muito mais ávido para aprender mais e mais sobre perspectiva, claro e escuro e misturas. Toda sua obra ele dizia que eram estudos e assim, levou uma vida de aprendizado. Penso que Van Gogh foi um homem incompreendido e perdeu à luta por depressão e crises de ansiedade. Como ele mesmo previu, após sua morte ele ganhou o mundo. O irmão mais novo Théo guardava todas as cartas e eles eram muito próximos. Após sua morte, sua cunhada reuniu algumas que lemos, além de fazer este legado chegar até nós. Este livro também traz notas de rodapé, ilustrações e uma cronologia interessante de grandes artistas daquele tempo. Vale muito a pena ler. Recomendo.

Davi Teixeira 03/09/2022

Maravilhoso!
Van Gogh é meu pintor favorito, suas obras inconfundíveis sempre me causaram grande admiração e paixão. Agora estou querendo saber mais sobre a vida do próprio Van Gogh e esse foi o livro que eu escolhi para dar o primeiro passo para adentrar nessa vida que foi tão atormentada e conturbada. Suas cartas evidenciam a persistência e o amor que o pintor tinha pela arte, e que foi fundamental para que ele não desistisse. Seu irmão Théo também foi peça fundamental para que Van Gogh continuasse pintando, que homem incrível e de bom coração, sempre dando apoio afetivo, moral e financeiro para Van Gogh. A relação dos dois é incrivelmente bonita e genuína.

A partir das cartas, passei a conhecer vários outros pintores, escritores, obras... Aprendi muito sobre cores também. Enfim, agora me sinto mais preparado e motivado para continuar lendo sobre a vida de Van Gogh, inclusive tenho uma biografia enorme dele para ler.

arrobasamara 24/08/2022

Provavelmente meu livro com mais marcações. As palavras do Van Gogh são muito fortes e tristes, me emocionei em várias passagens. É uma amizade muito forte que os dois tinham (tanto que coincidência ou não, Theo faleceu meses após seu irmão). Theo sempre muito paciente, financiava e apoiava Vicent durante toda sua vida, enquanto isso este dava tudo de si, trabalhando horas e horas sem sequer se alimentar dreito.

Também é uma leitura cansativa, principalmente com as divagações sobre cores e a obsessão dele por Delacroix.


Pra quem ainda não viu, tem um filme belíssimo chamado "Loving Vicent" feito todo com pinturas. Também tem um episódio de Doctor Who sobre ele 💛

Jedi 17/07/2022

Revelador e emocionante
Leitura maravilhosa sobre a vida e o drama do pintor Vicent Van Gohg, com cartas e documentos inéditos sobre sua trajetória.
Livro comovente, leitura flui naturalmente.
Lindo de perceber a ligação de Van Gohg com seu irmão Théo. Como Van Gohg era humano, sonhador e gostava de ajudar as pessoas.
Vale a pena ler essa obra extraordinária.

Lice<3 04/07/2022

Uma visão próxima sobre um grande pintor
O livro é ótimo porém devido ao seu estilo diferente pode ser cansativo para alguns leitores não acostumados, outro fato incoveniente conveniente nessa leitura é a profundidade em que van Gogh escreve, em suas palavras vemos seu amor e ódio em relação as pessoas, fatos e ao seu redor em geral. Em muitos momentos da leitura tive que parar e pensar sobre o que tinha acabado de ler, a melancolia enche as páginas e afogam os pensamentos dos leitores, por isso ao recomendar este livro sempre digo que não é uma leitura de cabeceira. É uma obra prima que nunca teve a intenção de ser, e é isso que deixa o livro mágico

Marcela Bomfim | @TeIndicoTodoDia 03/07/2022

VAN GOGH - CARTAS A THÉO
30.03. Celebramos o aniversário de Vicent Van Gogh!
Um pintor holandês e um dos maiores representantes da pintura pós-impressionistas que esse mundo já teve.

Embora tenha morrido praticamente no anonimato, Van Gogh pintou de forma mais intensa e verdadeira e deixou um legado gigantesco para o mundo da arte.

Não só apenas "Noite estrelada", "Doze girassóis" e "Quarto em Arles" se destacam como suas grandes obras. Van Gogh era gigantesco, genial!

Deixo nesta publicação, minha grande admiração por esse artista incrível e indico também a leitura de "Cartas a Théo ", onde conhecemos um pouco mais afundo todos os sentimentos e um pouco mais sobre ele durante sua jornada nesta vida.

"Se continuarmos a amar sinceramente o que na verdade é digno de amor, e não desperdiçarmos nosso amor em coisas insignificantes, nulas e insípidas, obteremos pouco a pouco mais luz e nos tornaremos mais fortes."

site: https://www.instagram.com/teindicotododia/

Rildery 17/06/2022

Amor na sua forma mais pura
Alguns desabafos desse volume epistolar arrancaram algumas lágrimas de mim. A pureza e a dor que Vicent sentia era muito profunda que te deixa no mood bem sombrio. Ver o artista se transformando enquanto o mundo se transforma e seus medos tomam proporções inimagináveis, é uma experiência avassaladora.
É bom lembrar que Van Gogh tinha suas questões psicológicas e que essas devem ser levadas em conta quando o leitor adquire um olhar mais crítico. Somos convidados para acessar essa intimidade e nem sabemos se o dono das cartas iria gostar que lêssemos.

jonesygirl 11/05/2022

tragicamente lindo
como eu já disse antes, o van gogh é realmente muito associavel... ele transparece bastante a atualidade jovem e a forma que mesmo naquela época ele já parecia sentir o destino da arte. toda a dor dele é algo que atualmente usam pra posts indie, mas é algo bastante profundo.

gostei muito do livro, das cartas. do amor que o vincent tinha pelo théo e mesmo sem poder ver as cartas dele, já dá pra saber o tanto de carinho que o théo deu pro vincent e que a participação dele na vida do vincent, mesmo de longe (por cartas), foi necessária. as cartas são muito melancólicas e verdadeiramente lindas, tantas coisas que muitos jovens artistas podem se identificar.

Homericio 12/03/2022

POR QUE ESTE LIVRO É IMPORTANTE?
POR QUE ESTE LIVRO É IMPORTANTE?
Nas cartas para seu irmão Theo, Vincent contava tudo o que se passava na sua cabeça e dia a dia. Seus anseios, medos, e avanços na pintura. Com as cartas temos tanto as opiniões artísticas de Vincent, seus testes - sucessos e fracassos - com a pintura, o desenvolvimento da sua paixão pela pintura (abandando o desenho a carvão), quanto seus pensamentos - melancolia , solidão e desejo de afirmar como artista, ser diferente/ único. Opção pela pintura vem após fracasso em ser pastor, seguindo os passos de seu pai. Após, vemos como se tornou um Apaixonado pela arte, bondoso, quase nunca tinha dinheiro para comer, mas quanto tinha dava pra quem precisava mais do que ele. Costumeiramente pedia desculpas pelo trabalho e gastos que dava ao seu irmão (quem o sustentava). Vincent frequentemente escrevia as cartas com suas opiniões sobre obras dos demais pintores, declara duas admirações e desprezos. Vemos o quanto Vincent lutou (e tinha consciência) da sua loucura (como ele se referia) (talvez bipolaridade (carece de fontes, estimado))

QUANDO FOI ESCRITO?
Cartas de 1873 a 1890, entre Vincent e Theo. Após a morte de Vincent em 1890, e da de Theo alguns meses depois (1891), a esposa de Theo fica com o acervo das cartas e - em 1914 as pública pela primeira vez

QUANDO E ONDE SE PASSA A HISTÓRIA?
Cartas são escritas na França, Inglaterra, Bélgica e Países Baixxos ( talvez outros lugares tb)

eupoetizo 12/03/2022

De fato, um dos melhores livros lidos em 2022, e na vida, a história de Van Gogh me surpreendeu. Seu amor pela arte e tudo mais, sua sensibilidade e o fato da loucura. Poxa, sem argumentos a acrescentar.

Rita Camacho 09/03/2022

Gosto muito das pinturas do Vincent e sempre quis ler esse livro, para conhecer mais sobre ele.
Aqui podemos ver claramente a parte sensivel do pintor, suas emoções e seus sentimentos pela arte e seu olhar atento à natureza. Há trechos em que fiquei muito triste por ele, principalmente a falta de pessoas que admirassem sua arte e como ele se achava um peso para seu irmão.
Posso dizer que ao final da leitura me sinto muito tocada e consigo admirá-lo mais do que antes.
Esta edição traz cartas enviadas a outros colegas, além de Theo e também alguns esboços dos desenhos de Van Gogh.
Para quem é um admirador, vale muito a pena. Talvez a leitura fique pesada um pouco após o começo, pois ele detalha o uso das cores, porém depois ela flui levemente.

Gabriela Crisch 24/02/2022

Sou eu mesmo, mas eu enlouquecido
Ter conhecido a alma de van gogh foi especial.
Antes do livro ele era para mim como tantos outros artistas ainda são: talentosos e famosos pelas suas contribuições para a arte.
No começo, fiquei encantada pelo modo como ele via beleza na natureza, na arte e nas relações humanas. O quanto sua humildade demonstrava que era bom, assim como sua esperança em seus quadros e desenhos. Nos históricos de leitura coloquei frases e pensamentos dele que, confesso, inspiraram-me a aumentar uma estrela para esse livro, pois seus pensamentos tinham certa poesia. No decorrer do livro, entretanto, ficam nítidas as dificuldades financeiras e relacionais que ele possui, bem como às relativas à profissão de artista. Isso, juntamente com o fato de que não consegue dar o retorno monetário ao seu irmão Théo, que é de certa forma seu patrocinador, acabam por tirar aos poucos o brilho do olhar de Van Gogh. Assim, e devido ao consumo excessivo de álcool e má alimentação, ele contrai doenças psíquicas e é internado em hospícios. É nítido que apesar dos pesares ele ainda tenta encontrar uma luz no fim do túnel, porém aquilo que o inspira também o corrói: sua arte. Pois nela coexistem sua criação, prazer, ruína emocional e física, tanto que para o final do livro ele cogita outras profissões, mas na última carta ainda fala sobre negócios de vendas de quadros com o irmão.

Conheci a melodia por trás daquele que remove a própria orelha e soube que ele sempre foi um bom compositor.

Taline.Bonazzi 23/02/2022

Mente brilhante e sofrida
Depois de muito tempo consegui terminar essa leitura. Vincent nos dá muitas visões sobre como ele enxerga a arte, os artistas e a vida, e acredito que para aqueles que estão nesse meio, conseguem se relacionar muito bem com ele.
É uma leitura que pode ser muito pesada, e caso você esteja num momento delicado eu não recomendaria muito. Foi motivo de eu ter dado uma pausa até conseguir pegar pra ler de novo.
Tem muitas falas e pensamentos dele em que tocam muito profundo em mim, e isso é a melhor parte assim como também a mais triste as vezes. Ele tinha muita noção de sua doença, questionava muitas coisas sobre a vida e a morte, e era extremamente estudioso. Todas suas cartas são recheadas de referências de artistas, livros e obras. Suas cartas para o irmão mostram como Vicent se dedicou a sua arte e como se preocupava com o Theo ao mesmo tempo. Pra mim foi um livro de muita reflexão sobre a arte e a vida. Extremamente triste em diversas partes e com certeza motivos de choro. Mas se eu pudesse ler e saber mais sobre o que motivou cada artista como conseguimos com Vincent em suas cartas, acho que seria incrível.
A Vincent, muito obrigado por ter existido.

souvIaki 13/02/2022

"Se ele pudesse ver como as pessoas se comportaram comigo quando ele nos deixou e a simpatia de tantos por si mesmo, ele, neste momento, gostaria de não ter querido morrer."

? Théo para sua mãe, Van Gogh-Carbentus. 1 de agosto de 1890