Tercio.Neto 09/06/2019
Sobre dor, amor e miséria, e a certeza de que era um gênio
Uma alma sensível pintada nas cores caóticas de um até então desconhecido gênio se debatendo entre a certeza de sua arte e a miséria humana. Sobre transformar dor em arte. Em Cartas a Théo encontra-se Van Gogh em cartas pedindo auxilio do irmão Théo com dinheiro, apoio emocional ou, simplesmente, desabafando sobre a vida. As condições de Van Gogh são fragmentadas em textos que oscilam entre comuns e viscerais. Em partes “dói” ler que ele realmente sabia que era um gênio, amava sua arte e gritava nos textos sobre o porquê de não verem isso. A arte é vista como uma missão de existência. Van Gogh frustrado, depressivo, agradecido ao irmão, mas, no fundo, perdido. Sobre desilusão, essência humana e verdades da alma. Vale a leitura por ver como ele, rodeado pela miséria e desilusão, acreditou na sua arte, com o apoio do irmão Théo.
“No entanto, eu sirvo para algo, sinto em mim uma razão de ser, sei que poderia ser um homem completamente diferente. No que é que eu poderia ser útil, para o que poderia eu servir; existe algo dentro de mim, o que será então?”