Terra sonâmbula

Terra sonâmbula Mia Couto




Resenhas - Terra Sonâmbula


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ariel.php 19/07/2022

Nessa obra, somos convidados a acompanhar a tentativa de sobrevivência de dois deslocados (Tauhir e Muidinga) a uma Moçambique assolada por uma guerra civil. Simultaneamente, é narrada para nós e para os dois personagens, a vida de Kindzun, um já falecido filho da guerra.

Desse modo, Mia Couto confunde realidade e sonho ao ponto de não ser possível notar quais ocorridos realmente são reais, além da leitura de Muidinga. Por outro lado, diferente do que outras resenhas afirmam, não achei a leitura chata ou densa, somente pouco fluida.

Portanto, creio que 3,5/5 seja uma nota pertinente para esse livro.
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Kaju 17/07/2022

Eu estava há bastante tempo querendo ler Mia Couto e confesso que esperava mais de Terra Sonâmbula.
O livro conta duas histórias em paralelo: a de um senhor e um menino que tentam sobreviver no meio da guerra de Moçambique e a de um caderno com os contos do Kindzu que eles encontram no meio da estrada e vão lendo no decorrer da história.
Além do português difícil de entender por conta das palavras e termos típicos de Moçambique, me perdi algumas vezes entre a fantasia e a realidade (creio que está era a intenção do autor, mas tenho dificuldade de me conectar com histórias assim).
Achei uma narrativa simples e com um final mediano.
Justi 17/07/2022minha estante
Eu gostei muito, escrita


Justi 17/07/2022minha estante
maravilhosa, poética




Gabi 14/07/2022

??tinha que haver guerra, tinha que haver morte. E tudo era para quê? Para autorizar o roubo. Porque hoje nenhuma riqueza podia nascer do trabalho. Só o saque dava acesso às propriedades. Era preciso haver morte para que as leis fossem esquecidas. Agora que a desordem era total, tudo estava autorizado. Os culpados seriam sempre os outros.?
Muito interessante, mas o meio do livro é meio parado.
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mi 13/07/2022

terra sonâmbula. ?
fiquei surpresa que acabei gostando do livro, esperava uma leitura arrastada, sem um enredo interessante e personagens chatos, mas acabei me surpreendendo

mia couto conseguiu me agradar (obviamente, não é um livro que eu achei INCRÍVEL, até pq não é o tipo de história que me chama atenção ou me cativa), terra sonâmbula me fez refletir mto além de possuir uma informação mto interessante no final do livro

a linguagem é fácil de se entender, logo, a narrativa passa a ser mais interessante!!
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esmedry 12/07/2022

lembra a prosa poética de guimarães rosa
relata a história de um menino junto a um velhinho em uma época devastadora do sudeste africano (de quebrar o coração) mas tb mostra que é indispensável sonhar para continuar os desafios que a vida apresenta
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Vitória 12/07/2022

Quando a alma se envolve
Livro fantástico em todos os sentidos. A narrativa poética de Mia Couto promove a união entre fantasia e realidade, novela e poesia, crueldades e amores, folclores e mazelas socias, o abismo e a sobrevivência, cenários violentos e as fragilidades humanas, passado e presente, entre tantos outros pontos que se entrelaçam em casamentos improváveis que resultam além da perfeição. É a nossa alma caminhando pelo coração de África.
Quando adentramos entre os véus da narrativa, nos vemos circundados por ricas frases poéticas que nos abraçam causando reflexões profundas, digressões e, neste ponto, não há como dissociar-se da escrita de Guimarães Rosa.
Embora os acontecimentos situem-se em Mocambique, a leitura será mais intensa se tivermos referências da realidade histórica e das condições geográficas de muitas das regiões africanas.
Compactuando com a leveza do sonho e o pesar da vida, absurdos de guerras e expectativas de paz, o imponderável e a condição humana, Mia Couto vai tecendo ciclos e nos entrega uma leitura que é dinâmica em sensações, mas que se arrasta como se estívessemos caminhando sedentos em estradas áridas e devastadas.
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Nicoly 12/07/2022

Intrigante...
A história é muito interresante porque fala de Moçambique um país devastado pela guerra além de que escrita de Mia Couto é incrivelmente , criativa e admirável que nos ensina com toda essa riqueza de narrativa e esse é um daqueles livros que dão gosto de ler, Vale muito à pena conhecer, senão esse, outros livros do autor.
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Amber 10/07/2022

Não é resenha é uma análise com spoilers
Sou totalmente leiga no quesito literatura então não consigo emitir qualquer opinião confiável digna de valores acadêmicos mas vamos lá.
Pela minha percepção, a narrativa é uma caminha em círculos: você começa andando por um lugar e no final chega nesse mesmo lugar e assim esse ciclo vai se repetindo infinitamente.
Começamos com Tuahir que adota o Muidinga, um menino que não se lembra da onde veio muito menos sabe seu nome mas que vem sido protegido da guerra por Tuahir.
Ao se hospedarem em um ônibus queimado, Muidinga encontra um homem morto rodeado de diários escritos por ele então, por curiosidade, muidinga começa a ler esses cadernos para Tuahir e para nós leitores.
Com essa leitura, descobrimos que o homem morto dono dos diários é Kindzu: um rapaz vítima da guerra que foge de casa com um objetivo (se tornar um naparama/guerreiro) mas tenta retornar pra casa com outro objetivo totalmente diferente (encontrar Gaspar, suposto filho de sua amada Farida).
Durante boa parte das escritas do diário, descobrimos que Kindzu, em sua jornada de se tornar um naparama, é constantemente acompanhado (ou atormentado) pelo espírito do pai falecido, porém, essa companhia paterna vai diminuindo ao longo da narrativa a partir do momento que Kindzu vai conhecendo outras pessoas (ou distrações).
Na sua jornada de virar um naparama, Kindzu conhece Farida, o amor da sua vida: jovem que teve uma infância de abandono, uma adolescência de violência e uma vida adulta de esperança. Quando era adolescente, Farida foi estuprada por um colono que a havia adotado e fica grávida dele, tendo um filho chamado Gaspar que é colocado em uma espécie de orfanato com freiras. Desde então, Farida busca pelo filho ao mesmo tempo que tenta deixar moçambique e, ao conhecer kindzu, ela o vê como tentativa de encontrar seu filho.
Então, o objetivo de se tornar um naparama é totalmente abandonado pelo kindzu que agora deseja encontrar o filho desaparecido de sua amada. Ele consegue? Não. Ele viaja uma região de moçambique pra no final ter andando em círculos e não encontrar Gaspar.
O final de kindzu é meio triste, ele descobre a suposta morte de sua amada Farida e tem um sonho fantástico. Então, ele acorda e está ao lado de um ônibus queimado e logo depois é atordoado. Prestes a morrer, Kindzu é rodeado por um garoto que começa a mexer em seus diários, kindzu falece.
O lado de tuahir e Muidinga é mais voltado em abordar a sobrevivência de ambos perante a guerra e a vontade de muidinga em saber sobre seu passado enquanto leem o caderno de kindzu. Todavia, enquanto leem, eles são transportados, ou melhor, a terra se transporta para locais diversos mas sempre voltando ao mesmo lugar: o ônibus incendiado.
E então, vem as teorias.
Muidinga pode ser Gaspar, o filho perdido de Farida. Porque ele não lembra quem ele era e foi encontrado abatido perambulando por aí por tuahir, semelhante a Gaspar que fugiu do orfanato e ficou vagando por moçambique até perde-se notícias dele.
Além disso, como eu tinha dito, o livro ser uma volta em círculos, uma andada em círculos é mostrado quando tuahir e muidinga se teletransportam toda vez que leem o diario de kindzu. E outra, o mesmo ônibus que kindzu estava é o mesmo que tuahir e muidinga se hospedaram para fugir da guerra de moçambique tempos depois. É um círculo, está tudo conectado.
Livro genial.
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Lia 09/07/2022

Um olhar que muda o sentido da narração
"Se é uma estória me conte, nem importa se é verdade."

Apesar de ser um livro que apresenta um país (Moçambique) arrasado pela guerra, ele também traz as histórias como um sopro de vida, como um bálsamo que cura. Traz o poder das histórias em tempos sombrios.
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gahsampaio 01/07/2022

O "meio" do livro foi o que pegou...
O livro conta a história do menino Muidinga e do velho Tuahir em época de Guerra Civil em Moçambique, juntamente com a história de Kindzu que está reproduzida em cadernos que foram encontrados por Muidinga logo no início do livro. As histórias vão se intercalando até se cruzarem no final do livro, com um desfecho bem interessante.
A leitura de início foi bem fluida, mas quando eu cheguei próximo do meio do livro, foi muito difícil continuar lendo. Até tentei utilizar audiobook para ver se conseguia dar continuidade, mas só peguei no tranco com ebook no celular e insistindo MUITO. Após esse "meio" do livro, a história voltou a se tornar fluida e me pareceu que a história fazia mais sentido.
Referente a escrita do autor... Não é que seja uma escrita difícil, é possível compreender normalmente a história, o grande problema para mim foram muitas palavras desconhecidas frutos do neologismo do autor. Isso tornou a leitura cansativa, eu tentava entender pelo contexto, mas na maioria das vezes deixava essas palavras passarem batidas. Há um glossário atrás, mas nem sempre você relembra o significado, então teria que ficar revisitando ele muitas vezes, isso eu não achei bacana.
O autor também mistura os horrores da guerra com fantasia, muitas vezes eu olhava algumas cenas achando extremamente estranhas ou sem sentido.
Apesar de tudo é uma história que vale a pena ser lida!!
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Tori 29/06/2022

resenhando agora, esqueci antes
Eu gostei muito desse livro quando comecei ele (meses atrás), MAS quando passou da metade começou a ficar maçante, chato demais, dava voltas demais...
Mas depois de MESES da pausa que dei pois tinha ficado chato, eu voltei e ficou maneirinho novamente. Terminei tem uns 5 meses, mas só resenhei agr pq esqueci kkkk
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mimima_0 28/06/2022

Entendi, mas sem entender?
Essa leitura foi demorada por vários motivos, apesar de só terem 200 páginas. Sinto que o autor, além de escrever maravilhosamente bem, conseguiu passar uma atmosfera de sonambulismo! Foi algo bem interessante.

Recomendação de leitura: quem curte essas questões mais abstratas sobre a vida.
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Beatriz 25/06/2022

Esse livro leva a gente pra dentro das guerras de independência, e como as pessoas viviam naquela época. O livro traz essas temáticas de maneira mais leve, e misturada com fantasia.
Achei a história cativante, me prendeu bastante, um dos únicos livros que passaram na escola que eu REALMENTE gostei de ler hahahahah
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Dan 25/06/2022

*Mais um "grande" romance contemporâneo*
Li "Terra sonâmbula" por ser um romance cultuado, que em pouco tempo conquistou o status de clássico. Embora sabendo da fama, peguei esta obra com poucas expectativas. Já me decepcionei bastante com escritores contemporâneos, brasileiros ou estrangeiros. Contudo houve uma surpresa. Não esperava me decepcionar tanto! O livro é pretensioso, promete muito e cumpre pouco. Explico-me.
A única coisa boa do livro são suas primeiras páginas (e outras poucas mais adiante), também suas muitas alegorias da situação social e existencial dos moçambicanos esmagados pela guerra, o que também pode ser tomado como símbolo de todo e qualquer homem expatriado de sua própria terra pelos horrores da guerra e da crueldade humana. Há momentos de belo lirismo. No entanto...
Como, mas como Mia Couto apodrece o texto com seus neologismos! Alguns, de fato, são geniais, outros, completamente dispensáveis! Um neologismo nasce quando não há palavra na língua para nomear determinada coisa ou, por licença poética, o escritor cria um vocábulo novo para expressar uma experiência sem equivalante em qualquer palavra ou expressão da língua. Acontece que muitos neologismos de Couto poderiam ser perfeitamente substituídos por palavras ou expressões já existentes, puro malabarismo verbal, feito para impressionar ou brincar de inventor. A justificativa de criar rimas ou conferir ritmo à frase não servem como desculpa.
Ah! Há metáforas ridículas como "Ela não duplicava mais", ou seja, não poderia mais parir ?. E as personagens? Apesar de Couto tentar criar certo drama em volta delas, fica por aí. As personagens em si não são densas. Podemos esgotá-las em dois ou três adjetivos. Estão longe de ser multidimensionais ou boas personagens planas, como as grandes personagens tipo de Dickens. Em suma, um porre de leitura! A originalidade e o teor poético da linguagem nada mais são que cortina de fumaça para esconder a pouca profundidade das mesmas.
Pavozzo 25/06/2022minha estante
Colocações interessantes Dan. Lembro que o que me segurou foi o mistério dos cadernos e as dúvidas sobre as origens do menino (que, afinal, estavam relacionados).

No entanto, achei que a história começa no "nada" e te leva até o "coisa nenhuma". Alguns detalhezinhos ficaram em aberto, e a atmosfera de desesperança ah... essa me abalou.


Dan 25/06/2022minha estante
Não tenho o que reclamar da atmosfera fantástica da obra. Realmente foi algo bem feito. O que mata são os defeitos citados na resenha. Quanto ao desfecho, sobre a possível identidade do garoto, já esperava aquilo. No entanto, o final é bem aberto.




Marcianeysa 24/06/2022

Esse livro me despertou uma mistura de sentimentos. Ao mesmo tempo em que gostei da maioria das partes da história, as vezes a narração do autor prejudicava a compreensão.
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