Terra sonâmbula

Terra sonâmbula Mia Couto




Resenhas - Terra Sonâmbula


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Lucasport15 28/05/2022

O livro em geral, tem uma história muito boa, entretanto, achei um livro cansativo de ler. O final foi muito previsível, mas de resto é muito bom!
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maria 25/05/2022

como li para o vestibular acho meio estranho fazer uma resenha, mas acho que vou fazer um comentário que considero necessário para uma total apreciação da obra: não leia o livro com seus preceitos atuais, leia com a mente de alguém que vive numa moçambique pós guerra, sem julgamentos e conceitos pré-concebidos.
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Garota Escapista 25/05/2022

"Terra Sonâmbula" conta a história de Tuahir e Muidinga. Ao sair do campo de deslocados, eles encontram um machimbombo na estrada.
Antes de usar o veículo como abrigo, Muidinga deseja sepultar aqueles corpos carbonizados que ali estão. No meio das vítimas, há alguns cadernos. A partir daí, também começamos acompanhar uma outra história narrada por Kindzu. Afinal, esses são os seus diários.

No começo, achei a narrativa arrastada. Depois, consegui atingir um ritmo de leitura mais rápido. Foi bom conhecer a escrita do autor e essa obra importante.

É um livro muito triste, porque aborda a guerra e suas consequências terríveis. Tanto o povo quanto a terra sofrem demasiadamente.

?? Alerta gatilho: cenas de estupro e horrores da guerra.
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anna tuissi 20/05/2022

.
Eu li pra fazer uma prova e acabei me surpreendendo muito. É bemm diferente do que eu estou acostumada a ler e a linguagem um pouco mais complexa mas muito bom. No final quando as duas histórias se interligam é muito surpreendente.
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Stephanie 16/05/2022

Achei estranho
Li este livro para o vestibular, então sabia q seria um tipo de livro q não estou acostumada. Ele tem uma leitura leve, mesmo tendo muitas palavras diferentes (o livro é escrito em português de Moçambique). O q eu não gostei foi que acontecem muitas coisas estranhas na história, com magia e sonhos e etc, que são desconexos e inusitados, muitas vezes sem explicação. Mas foi um livro diferente, então acho q foi justo.
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Sophia 15/05/2022

"O sonho é o olho da vida. Nós estamos cegos."
Nunca demorei tanto tempo pra ler um livro de 200 páginas, mas não posso dizer q isso foi uma experiência ruim. A obra é sensorial e muita densa, de uma linguagem um pouco difícil e diferente do que eu estava acostumada. É a primeira vez que me conectei com a cultura africana, e confesso que é tão lindo e grandioso que surgiu um interesse dentro de mim para conhecer mais. Por ser um dos livros cobrados pela FUVEST, comecei a leitura só por obrigação, mas terminei me surpreendendo e muito com o quanto gostei do livro. Com o plot espetacular e inimaginável na última página, fiquei uns segundos encarando o teto para depois mandar uns áudios surtando para minha amiga kkkkkkkkk. A intercalação entre passado e presente é fluido e conectado, Kindzu, Muindinga e Tuahir são os personagens centrais, mas confesso que o "miúdo" me conquistou nas primeiras páginas. É uma descrição fria sobre a guerra, mostrando seus efeitos nas pessoas e na terra que habitam, e o luto e luta por sobrevivência permeiam toda a história. Mia Couto tem uma escrita peculiar mas poeticamente linda, e pretendo ler mais livros do autor, que por sinal tem vários.

Gatilhos: assédio sexual, estupro, xenofobia
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Kushi 14/05/2022

O livro é muito bom
O autor conta uma história que te prende do início ao fim acrescentando elementos surreais à narrativa, o que é bem interessante. A história vale muito a pena.

O português de Portugal me travou um pouco até eu pegar o ritmo pois não estou acostumada.

Há algumas questões que foram abordadas de maneira errônea (na minha visão), como a normalização de alguns abusos, isso realmente me chocou enquanto lia.

De resto, é uma história instigante, com dramas, reviravoltas e uma fonte cultural interessantíssima.
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KiraLunna 14/05/2022

Que livro fantástico!!! Uma narrativa única com um modo único de escrever e desenvolver!!!
Personagens cativantes e profundos!
"seu conceito era que a morte nos apanha deitados sobre a moleza de uma esteira"
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crixtine 13/05/2022

Meu novo favorito
A prosa poética de Mia Couto me encantou com o seu "quê" de Guimarães Rosa, acompanhada de neologismos, das paisagens descritas de forma quase sinestésica, evocando diversas emoções, da descrição - dura e, ao mesmo tempo, filosófica/existencial - das vidas de quem luta para sobreviver em contextos de guerra.

Seria possível dizer que se trata de um realismo mágico? Ou talvez encantado, devendo maior respeito à cultura e costumes de África. Me parece um predecessor de Torto Arado - que também caminha pelas relações entre Africanos (e herdeiros da diáspora) e o espiritual.

Dentre os temas principais do livro, o que mais me chama a atenção é a leitura. Toda a narrativa da (re)descoberta e relação com a lieutra de Muidinga e Tuahir me tocam muito. Além da forma poética como é retratada a relação dos dois com a palavra escrita, existe a posição de Tuahir como leitor-ouvinte. Algo que vem das leituras públicas quando o livro ainda não era um objeto disseminado em massa, ou pode remeter até aos costumes atuais de se consumir audiolivros.

Ao fim, ficaram alguns questionamentos, que talvez sejam propositais, ou talvez sejam solucionados com uma releitura. Só sei que não consigo parar de pensar nas histórias vividas/sonhadas por Kindzu e Muidinga.
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Amanda 11/05/2022

Acredito que para quem esteja conectado de algum modo com o maravilhoso universo literário o nome Mia Couto não seja de todo estranho. Acontece que, por vezes, mesmo ouvindo tanto sobre um autor e sabendo que seus livros devem ser incríveis, acabamos por adiar a leitura. Até que chega o momento em que aquele nome tão familiar passa a fazer parte do nosso cotidiano de modo mais ativo e, no meu caso, foi através do espetacular Terra Sonâmbula.

Escolhi começar por esse porque pesquisei a ordem cronológica dos romances do autor e descobri que esse foi seu primeiro. E vejam só: esse livro é considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX. Recebeu uma série de prêmios literários e, no ano de 2013, foi vencedor do prêmio Camões, o mais prestigiado da língua portuguesa. Realmente comecei com o pé direito e não me arrependi da escolha.

Numa terra assolada pela guerra, o menino Muidinga e o velho Tuahir caminham numa fuga a essa realidade. Desde então, eles só têm um ao outro e a constante e difícil busca pela sobrevivência. No caminho, Muidinga acaba por encontrar uns cadernos manuscritos dentro de uma mala ao lado de um cadáver: é o diário de Kindzu, uma pessoa que, supostamente, também teria sido vitimada pela guerra.

A partir de capítulos intercalados, vamos conhecendo, desse modo, as histórias tanto de Muidinga e Tuahir, quanto de Kindzu através dos cadernos que o menino Muidinga vai fazendo a leitura. A narrativa é mesclada em terceira e primeira pessoas, respectivamente.

O que o leitor precisa saber é que, em Terra Sonâmbula, Mia Couto deposita um grande arsenal de material místico e de cultura africana; desse modo, em meio ao sofrimento, dor, fome e todos os horrores de uma guerra, há algo de mágico que dá vias ao sonho e que mostra algo de profundo e misterioso naquele lugar, e essa mistura de realidade e fantasia faz toda a diferença. Ao final do livro, há um glossário que dá um ótimo suporte durante a leitura, pois o autor utiliza, em alguns momentos, um vocabulário mais regional. O simbolismo posto na trama e a forma como o autor retrata a realidade moçambicana são incríveis e pode surpreender qualquer leitor que não esteja adaptado ou que nunca tenha lido algo do autor; para mim, surpreendeu muito positivamente.

A escrita de Mia Couto é incrivelmente poética, criativa, envolvente, cativante e admirável. O modo como as histórias acabam se cruzando é simplesmente formidável e esse é um daqueles livros que dão gosto de ler, por ser tanto notável o talento do escritor que está por trás, quanto o seu esforço, dedicação e cuidado em escrever uma obra tão digna e que marcará para sempre o legado da literatura africana e mundial. Vale muito à pena conhecer, senão esse, outros livros do autor.
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Selma 06/05/2022

História espetacular
"Terra sonâmbula" é uma narrativa muito envolvente, que nos prende do início ao fim, apresentando um realismo fantástico, escrita numa linguagem poética, apresenta tema que envolve um misto de guerra e sonho.
Mia Couto nos presenteia com duas histórias que se entrelaçam de uma forma espetacular e nos faz querer ler mais e mais, iniciando com a história narrada em terceira pessoa de Tuahir e Muidinga, dois sobreviventes da guerra civil que devastou Moçambique e que ocorreu em meados da década de 70, pouco tempo após findar a Guerra pela Independência do país.
Os dois juntos viajam por sua terra morta, procurando por um lugar tranquilo para se reestabelecerem enquanto fogem da destruição e da fome. Então encontram um autocarro carbonizado e decidem se refugiar nele, mas também encontram alguns corpos e, junto a um deles, Muidinga encontra uma mala que contém alguns itens pessoais e no fundo vários cadernos. A partir daí que começa a segunda história, narrada em primeira pessoa por kindzu em forma de diário e nessa história, que traz tranquilidade e prazer a Tuahir e Muidinga, que toda a magia acontece.
É uma história tão dolorosa de tanto sofrimento, mas que traz a mensagem que a leitura pode acalentar nossas tristezas e nos levar para um mundo de sonhos.
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mary 06/05/2022

?Gaspar!?
Ainda bem que continuei a leitura, o final é incrível!

A única coisa que me travou enquanto lia foi que eu não estou acostumada com o português de Portugal e com as fantasias de Mia Couto, então foi mais difícil de ler.
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Clara 04/05/2022

+-
Não detestei, mas não amei.
É um livro confuso, um tanto surrealista, que aborda questões importantes, mas algumas delas eu me pergunto se foram abordadas com a crítica necessária. Me pareceu normalizado, em algum grau, alguns ?abusos? ocorridos.
Marina 07/06/2022minha estante
Sim, é um realismo fantástico! Quando eu li, alguns trechos me chocaram muito também, mas creio que a normalização seja justamente porque isso era normalizado nesse contexto de guerra civil e miséria que os personagens se encontram. Creio que o choque acontece justamente porque, de fora, percebemos a brutalidade das ações consideradas rotineiras.




Raquel 01/05/2022

“Naquele lugar, a guerra tinha morto a estrada”
O velho Tuahir e o menino Muidinga andam pela estrada devastada pela guerra civil em Moçambique, sobreviventes, famintos, sem rumo e sem esperança. O menino foi salvo da morte pelo velho, mas sofreu amnésia e não se lembra de sua vida antes disso. O velho tenta criar uma nova vida pra o menino, lhe ensinando novamente tudo sobre o mundo. Eles encontram um ônibus destroçado, corpos carbonizados e um cadáver cravejado de balas próximo a uma mala. Dentro dela, um conjunto de diários do jovem Kindzu, que se tornarão companhia da dupla nas noites angustiantes ao redor do ônibus abandonado.

O livro alterna capítulos com a história de Tuahir e Muidinga e capitulos do diário de Kindzu, ambos misturando realidade com surrealismo. O autor fala das ruínas que a guerra deixou, dos escombros materiais e espirituais que ficaram pelo país e com os quais a população tem que lidar. Fala sobre como a guerra foi tão profunda que arruinou a relação do próprio povo moçambicano com suas tradições.

Para mim a história é sobre reviver a memória, reconstruir a história do país e romper o sonambulismo que se instalou depois de tantos anos de guerra (de Independência, entre 1964 e 1975, e Civil, entre 1977 e 1992).

“Antes fosse uma guerra a sério. Se assim fosse teria feito crescer o exército. Mas uma guerra-fantasma faz crescer um exército-fantasma, salteado, desnorteado, temido por todos e mandado por ninguém. E nós próprios, indiscriminadas vítimas, nos íamos convertendo em fantasmas.”

Achei fantástico o uso de palavras que acredito serem comuns no vocabulário do português falado em Moçambique (canção de nenecar, parecenças etc.), além das palavras criadas pelo autor (neologismos) que fazem todo sentido e dão um tom engraçado à história: tremedroso (com medo), larapilhar (roubar), marmulhar das ondas, sonhambulante, redemoníaca (se referindo à agua do rio), abismaravilhado, brincriação (brincadeira de faz de conta), miraginações (miragem+imaginação).

“Eu circulava por ali, divagante, devagaroso”
“Neguei, veementindo”
A velha assentava toda em ossos: magra, escãozelada”

Já tinha lido outro livro do autor, mas Terra Sonambula me agradou muito mais. Gosto do jeito que ele escreve, que as pessoas chamam de poético: fala de coisa tristes de uma forma bonita. Talves não agrade a todos, mas acho que vale a pena ler para conhecer autores de outros países que também escrevem em português, principalmente os africanos que falam também da influência e consequências da colonização portuguesa em seus países.
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Matheus656 30/04/2022

"Não é a estória que o fascina mas a alma que está nela"
Meu primeiro contato com o escritor moçambicano me deixou pasmo, sua prosa é fenomenal, o tempo inteiro escreve de forma metafórica e sinestésica.

Percebe-se também que Mia couto bebeu muito das fontes de Guimarães Rosa devido a incrível gama de verbetes criados pelo autor para ambientar a história. 

O título "Terra sonâmbula" é um nome que já explica a narrativa, pois esta é marcada pelo fantástico, pelo sobrenatural e pelo inexplicável, um banho de Realismo Mágico.

O livro também possui uma grande bagagem cultural moçambicana, junto a ela temos a descrição de um país descrição imerso em uma guerra civil, são relatos fortes e impactantes que nos os choca e nos atordoa.

Por fim, é um livro que trata sobre sonhos, esperança, luta e tanto mais que fica impossível relatar aqui, ótima experiência
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