Terra sonâmbula

Terra sonâmbula Mia Couto




Resenhas - Terra Sonâmbula


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gahsampaio 01/07/2022

O "meio" do livro foi o que pegou...
O livro conta a história do menino Muidinga e do velho Tuahir em época de Guerra Civil em Moçambique, juntamente com a história de Kindzu que está reproduzida em cadernos que foram encontrados por Muidinga logo no início do livro. As histórias vão se intercalando até se cruzarem no final do livro, com um desfecho bem interessante.
A leitura de início foi bem fluida, mas quando eu cheguei próximo do meio do livro, foi muito difícil continuar lendo. Até tentei utilizar audiobook para ver se conseguia dar continuidade, mas só peguei no tranco com ebook no celular e insistindo MUITO. Após esse "meio" do livro, a história voltou a se tornar fluida e me pareceu que a história fazia mais sentido.
Referente a escrita do autor... Não é que seja uma escrita difícil, é possível compreender normalmente a história, o grande problema para mim foram muitas palavras desconhecidas frutos do neologismo do autor. Isso tornou a leitura cansativa, eu tentava entender pelo contexto, mas na maioria das vezes deixava essas palavras passarem batidas. Há um glossário atrás, mas nem sempre você relembra o significado, então teria que ficar revisitando ele muitas vezes, isso eu não achei bacana.
O autor também mistura os horrores da guerra com fantasia, muitas vezes eu olhava algumas cenas achando extremamente estranhas ou sem sentido.
Apesar de tudo é uma história que vale a pena ser lida!!
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Tori 29/06/2022

resenhando agora, esqueci antes
Eu gostei muito desse livro quando comecei ele (meses atrás), MAS quando passou da metade começou a ficar maçante, chato demais, dava voltas demais...
Mas depois de MESES da pausa que dei pois tinha ficado chato, eu voltei e ficou maneirinho novamente. Terminei tem uns 5 meses, mas só resenhei agr pq esqueci kkkk
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mimima_0 28/06/2022

Entendi, mas sem entender?
Essa leitura foi demorada por vários motivos, apesar de só terem 200 páginas. Sinto que o autor, além de escrever maravilhosamente bem, conseguiu passar uma atmosfera de sonambulismo! Foi algo bem interessante.

Recomendação de leitura: quem curte essas questões mais abstratas sobre a vida.
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Beatriz 25/06/2022

Esse livro leva a gente pra dentro das guerras de independência, e como as pessoas viviam naquela época. O livro traz essas temáticas de maneira mais leve, e misturada com fantasia.
Achei a história cativante, me prendeu bastante, um dos únicos livros que passaram na escola que eu REALMENTE gostei de ler hahahahah
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Dan 25/06/2022

*Mais um "grande" romance contemporâneo*
Li "Terra sonâmbula" por ser um romance cultuado, que em pouco tempo conquistou o status de clássico. Embora sabendo da fama, peguei esta obra com poucas expectativas. Já me decepcionei bastante com escritores contemporâneos, brasileiros ou estrangeiros. Contudo houve uma surpresa. Não esperava me decepcionar tanto! O livro é pretensioso, promete muito e cumpre pouco. Explico-me.
A única coisa boa do livro são suas primeiras páginas (e outras poucas mais adiante), também suas muitas alegorias da situação social e existencial dos moçambicanos esmagados pela guerra, o que também pode ser tomado como símbolo de todo e qualquer homem expatriado de sua própria terra pelos horrores da guerra e da crueldade humana. Há momentos de belo lirismo. No entanto...
Como, mas como Mia Couto apodrece o texto com seus neologismos! Alguns, de fato, são geniais, outros, completamente dispensáveis! Um neologismo nasce quando não há palavra na língua para nomear determinada coisa ou, por licença poética, o escritor cria um vocábulo novo para expressar uma experiência sem equivalante em qualquer palavra ou expressão da língua. Acontece que muitos neologismos de Couto poderiam ser perfeitamente substituídos por palavras ou expressões já existentes, puro malabarismo verbal, feito para impressionar ou brincar de inventor. A justificativa de criar rimas ou conferir ritmo à frase não servem como desculpa.
Ah! Há metáforas ridículas como "Ela não duplicava mais", ou seja, não poderia mais parir ?. E as personagens? Apesar de Couto tentar criar certo drama em volta delas, fica por aí. As personagens em si não são densas. Podemos esgotá-las em dois ou três adjetivos. Estão longe de ser multidimensionais ou boas personagens planas, como as grandes personagens tipo de Dickens. Em suma, um porre de leitura! A originalidade e o teor poético da linguagem nada mais são que cortina de fumaça para esconder a pouca profundidade das mesmas.
Pavozzo 25/06/2022minha estante
Colocações interessantes Dan. Lembro que o que me segurou foi o mistério dos cadernos e as dúvidas sobre as origens do menino (que, afinal, estavam relacionados).

No entanto, achei que a história começa no "nada" e te leva até o "coisa nenhuma". Alguns detalhezinhos ficaram em aberto, e a atmosfera de desesperança ah... essa me abalou.


Dan 25/06/2022minha estante
Não tenho o que reclamar da atmosfera fantástica da obra. Realmente foi algo bem feito. O que mata são os defeitos citados na resenha. Quanto ao desfecho, sobre a possível identidade do garoto, já esperava aquilo. No entanto, o final é bem aberto.




Marcianeysa 24/06/2022

Esse livro me despertou uma mistura de sentimentos. Ao mesmo tempo em que gostei da maioria das partes da história, as vezes a narração do autor prejudicava a compreensão.
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frida 23/06/2022

Provavelmente o livro mais lindo que eu já li
É uma obra maravilhosa, repleta de detalhes e feitiçarias. Me peguei confusa e cansada da leitura por muitas vezes, mas o livro me surpreendeu a cada nova página lida. A escrita poética é perfeita, os personagens são muito bem caracterizados e cada pedaço da obra é muito descritivo. Os cadernos de Kindzu são recheados de aventuras muito bem trabalhadas e a relação estabelecida entre Muidinga e o Velho Tuahir é repleta de sentimentos e emoções.
A magia habituada nesse universo, misturando a realidade da terra com a criação do autor, é de deixar qualquer um apaixonado. A dor da guerra é tratada de maneira profunda, respeitosa. Cada detalhe desse livro é inacreditavelmente lindo.
O autor também explícita por diversas vezes a importância das "estórias" em períodos desastrosos, o que também é inigualável.
Fico muito feliz em ter lido essa história, sinto que agregou muito na minha bagagem cultural e literária.
Mia Couto é simplesmente um gênio da literatura.
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Leonarda Maximo 19/06/2022

O que falar desse livro?
Sem palavras para esse livro, comecei a leitura amando de verdade por ter muitas frases de impacto porém se tornou uma leitura chata e cansativa para mim, vou ter que assistir e ler muitas resenhas sobre para tentar entender alguma coisa, não é um livro que se ler aleatoriamente, você tem que está focado na leitura se não perde o fio da meada, achei bem confusa a história talvez mais para frente eu releia com um novo entendimento, espero pelo menos!
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Brina 18/06/2022

Uma história emocionante, mas pra mim a linguagem muito poética so serve pra me confundir. Mais uma lerdeza minha foi depois de ter lido tudo, ficar com varias dúvidas em algumas palavras (e procurar no Google) vi que ao final tinha um glossário ?.
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AYUMI 16/06/2022

Terra sonambula
Eu adorei o realismo mágico e como tudo foi amarrado ao fim do livro.
Além disso, a linda escrita poética dessa história adicionou muito.
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Manobb 15/06/2022

?o melhor da vida é o que não há-de vir.?
Para além do vestibular da FUVEST, para além da prova de literatura, para além da prova de história. Mia Couto traz muito mais do que um universo diegético ambientado em uma Guerra Civil pós independência de Moçambique. Ele traz a cultura em seus rituais de chuva, em suas crenças sobre os gêmeos, no jeito de se vestir e falar. Traz o apagamento da história com a declaração da imposição da língua portuguesa, e representa esse povo metaforicamente na personagem de Romão, quem rouba, humilha, 3stupr4, aproveita-se (? Não pense que somos burros, como sempre vocês insistiram.?) e acredita ser superior.
Mostra o preconceito presente na terra de Moçambique não apenas dos brancos com os nativos, mas dos nativos com os imigrantes. Essa xenofobia é explícita com Surendra - um indiano. Por todos é julgado, discriminado, rebaixado e em quem querem passar a perna. Qualquer um que associa-se a ele é traidor da pele.
Impossível não falar das consequências da guerras expressas em vários níveis: no psicológico, quando Taímo, pai de Tuahir, enlouquece e passa a viver em fantasias para não encarar a realidade; ou as pessoas de Matimati que bebem para esquecer do horror da ilha; até Dona Virgínia passa por um processo de perda da diferenciação da realidade e fantasia, tentando prender-se a uma comunicação inexistente porque a guerra a afastou da família; impossível não citar Farida nesse campo também, porque ficar para morr3r ali no barco é melhor que voltar a Moçambique. No nível de perdas temos o campo dos refugiados, onde dormem em valas de corpos e a comida é escondida para mostrar o poder do administrador; a presença do ex-secretário Assane após perder as pernas por ?roubo?; tanta miséria, fome, desespero.

Mas temos uma história incrível no meio, algo que no fim é unido e faz tanto sentido. Esse realismo fantástico, esse romance fictício, essa mistura de poesia, romance, crônica, e mais e mais caracteriza uma obra rica, triste, pesada, emocionante e importante. África é muito mais do que pensamos, essa época é muito pior que imaginamos e a leitura pode sim salvar, seja uma vida, seja alegrando seus dias, seja como válvula de escape.


?Seria preciso esperar séculos para que cada homem fosse visto sem o peso da sua raça. ?
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Queli Davanço 12/06/2022

No livro Terra sonâmbula de Mia Couto é retratado a tradição oral. Acompanhamos duas histórias, a primeira é do velho Tuahir que junto a um jovem chamado Muidinga  caminham pela terra que foi marcada pela guerra. Ao encontrarem um tipo de ônibus (machibombo) queimado para refúgio, eles também encontram os cadernos que pertenciam a Kindzu, um dos únicos cadáveres que não estava carbonizado. E assim Muidinga inicia a leitura desses cadernos e passamos a acompanhar essas duas histórias simultaneamente.

Mia Couto, assim como outros escritores de literatura portuguesa contemporânea, faz ótimas referências a questões de antepassados. Que é um outro tópico! bem diferente da literatura ocidental. A morte não é o fim, nem o desfecho de toda uma cultura ou geração. A partir dos mais velhos se perpassa toda a tradição, pelo movimento oral, resistido ao tempo.
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sembarizon 11/06/2022

é bom assim: ensinar alguém a sonhar
comecei a leitura por conta da escola e confesso que foi um dos livros que mais demorei pra ler por dois motivos:

1. a história do começo não me prendeu de forma alguma;
2. é um livro de difícil leitura.

mas, depois, conforme fui avançando, consegui pegar gosto e não conseguia parar. a história por trás tem grande significado, além de mostrar o efeito da guerra e a importância da leitura para nos fazer fugir um pouco da realidade tão cruel. a alternância entre o diário de um ?desconhecido? com a vida atual de um ?menino qualquer? faz qualquer um mergulhar nos mundos mostrados. o final não é tão previsível, mas suspeitava. valeu a pena a leitura. dei essa nota justamente pelos motivos citados ali, porém tenho vontade de ler de novo uma outra hora e mudar algumas das minhas percepções.
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mari. 07/06/2022

terra sonâmbula
?Então, as letras, uma por uma, se vão convertendo em grãos de areia e, aos poucos, todos meus escritos se vão transformando em páginas de terra.?

mesmo tendo lido esse livro pra escola, gostei bastante! ainda estou digerindo tudo, mas o livro é incrível!! adorei as escritas e me envolvi bastante com os personagens e toda a situação deles!!
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Eduardo 04/06/2022

Terra Sonâmbula: a reflexão sobre a guerra por meio da poética de Mia Couto
"Naquele lugar, a guerra tinha morto a estrada." (COUTO, 1992, p. 9) Com essa profunda frase - que, por si só, resume toda a história -, Terra Sonâmbula se inicia.

Escrito a partir dos destroços deixados pela guerra civil em Moçambique, que se estendeu de 1977 a 1992, o romance, publicado em 1992 por Mia Couto, viaja entre o real e a fantasia, o belo e o catastrófico, a guerra e as memórias de um garoto que, um dia, pôde viver em paz. Como um dos maiores representantes da literatura portuguesa da África, Terra Sonâmbula se faz importante para entender, de maneira poética, como se deu as consequências causadas pelos conflitos pós-independência que assolaram Moçambique no século XX, trazendo à tona as ricas realidades da cultura africana que vai além do materialismo, elevando-se ao espiritismo.

Antônio Emílio Leite Couto, conhecido simplesmente por Mia Couto (1955), é um jornalista, escritor e poeta moçambicano - famoso por seus neologismos -, ganhador do Prêmio de Camões da Literatura no ano de 2013, o qual nomeia autores da língua portuguesa que tenham contribuído, por meio das suas obras, ao enriquecimento dos patrimônios literário e cultural que envolvem o idioma. No Brasil, Couto ocupa, como sócio correspondente, o sexto lugar da cadeira nº 5 da Academia Brasileira de Letras. Terra Sonâmbula foi o primeiro romance em prosa (muito) poética do autor e deteve, em 1995, o Prêmio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos; foi considerado um dos melhores livros africanos do século XX. Além disso, o livro é uma dentre as nove leituras obrigatórias para o vestibular Fuvest 2023, responsável por selecionar candidatos para ingressão à Universidade de São Paulo (USP) - uma das melhores da América Latina.

Os significados atribuídos ao cenário que se originou graças à guerra parte da visão de dois principais personagens: Muidinga - um garoto refugiado, que vivera forçosamente em um ônibus destroçado, seu lugar de refúgio - e Kindzu - um rapaz que viajara incansavelmente à procura do filho de uma mulher, com quem desenvolvera afetividade no decorrer da estória. Kindzu narrou parte da sua vida em cadernos que, posteriormente, serviram de memórias póstumas resgatadas por Muidinga. Juntamente com Tuahir - um velho que o fez companhia durante toda a narrativa -, o garoto viajava de forma tão fantástica pelos cadernos de Kindzu, que, por vezes, trazia à sua realidade os fatos narrados pelo falecido.

Terra Sonâmbula nasceu, portanto, de alternâncias e controvérsias, executadas de maneira mágica e encantadora, que mesclam acontecimentos entre duas narrativas, as quais, no início, se divergem; no entanto, ao final, se encontram e constroem a verdade por trás do segundo maior mistério apresentado pelo romance: a procura pelo filho de Farida.

Por fim, é importante analisar que, por narrar os fatos sempre frisando mostrar a imensidão da catástrofe que envolve todo o cenário do enredo, os leitores de Terra Sonâmbula, assim como Muidinga, são levados, por meio da leitura, a um longo, emocionante e instigante caminho que mostra o quão destruidora uma guerra pode ser. Emocionante porque as tragédias narradas por Couto têm muita coisa em comum com a realidade em que vivemos (mortes em nome da ganância, abusos sexuais, pobreza, etnocentrismo), e instigante porque, a todo momento, com o "vai e volta" entre a realidade de Muidinga e as histórias de Kindzu, é imprevisível quaisquer acontecimentos que hão de ocorrer - inclusive, a descoberta do filho de Farida, que ocorreu de forma inesperada e contribuiu para a descoberta do primeiro grande mistério que circunda o livro: o porquê do título "Terra Sonâmbula".
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