Boca do inferno

Boca do inferno Ana Miranda




Resenhas - Boca do Inferno


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FRENTE 18/06/2010

baiano retado
uma mistura de história e conto, o livro de Ana Miranda é uma bela composição do mito e da vida de Gregório de Mattos na Bahia do século XVII. Com algumas poesias, o livro te transporta à Bahia da escravidão, do catolicismo exacerbado, da política de paternalismo e das tramas por trás das ruas e becos.
Particularmente, amo Gregório de Mattos e amo o tratamento a ele dispensado por Ana Miranda.
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OgaiT 10/08/2019

"O povo daqui sofre por ser uma ralé ignorante"
Ao término do livro, assim como já havia visto em "Viva o Povo Brasileiro", senti uma sensação de viver em um ciclo interminável, onde o cenário social brasileiro, pode ser interpretado como as estações, que se repete, é incrível, sobretudo as conspirações pelo poder, entre os Ravasco e os Menezes.

"O dinheiro, o poder real, o negócio público e seus pecados nojentos, a distribuição farta de cargos, os cabedais formados em cima de roubo, tudo isso, tudo isso, e mais a depravação natural de cada ser humano, todos eles poços de veneno, tudo isso determina a natureza e o funcionamento da colônia. A Relação é o ápice dessa maranha, mas não é a justiça que me mete medo, ela é comprável, e nem tão cara assim..." (p.180).

A crítica utilizada aqui como título, mesmo que um tanto ácida por parte do narrador, é bastante significativa para o Brasil de 2019, onde cada vez mais o povo da classe desfavorecida tem seus direitos cortados: Educação, leis de proteção ao trabalhador, liberdade de expressão, assim como tantas outras.

Em outro trecho, o narrador utiliza da irônia para criticar a relação entre a ganancia pelo poder e religiosidade: "[...] apesar da prosperidade aparente, a população pobre estava cada vez mais faminta e miserável. Os pobres esperavam que algo viesse do céu mandado por Deus para solucionar seus conflitos e suas privações. Deus haveria de saber o que eles mereciam." (p. 182).
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Kymhy 31/03/2018

Boca do Inferno - Ana Miranda
Veja todas as intrigas que ocorreram na Bahia do final do século XVII e com um personagem icônico da nossa literatura: ninguém menos que Gregório de Matos, nosso poeta que sabia ser devasso, penitente e língua afiada na política

site: https://gatoletrado.com.br/site/resenha-boca-do-inferno-ana-miranda/
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Lara.Dias 17/02/2018

Triste Bahia, oh, quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado...
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante
A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante...

Cantou Caetano em 1970, ecoando a voz de Gregorio de Matos ao retornar a bahia como desembargador por volta de 1680. Hoje continuamos a cantar esse poema, Salvador agora macrocéfala, cada vez mais segregada, ainda suja, pobre, violenta...

É na cidade de Salvador que se passa a história, a então capital da colonia portuguesa, sede do governo-geral. O tema central do livro é um crime e sua relação com a rivalidade entre as familias Ravasco e Menezes. A autora descreve a cidade, sua sujeira, pobreza, geografia; os costumes, a hipocrisia, o poder, a corrupção; as intrigas politicas da administração colonial, e tipos incriveis que sao ainda mais incriveis por terem sido reais: um governador - braço de prata - que teve o braço amputado na guerra contra os holandeses em Pernambuco; os dois grandes nomes do barroco brasileiro, o Gregorio de Matos amigo dos Ravascos, e o Antonio Vieira irmão de Bernardo Ravasco. Tem partes muito cômicas nesse livro:

"—Quebraram a língua do Brito, ele disse tudo. O Blasfemo deu uma gargalhada. —Morte ao lambe-cu, ha ha ha, outra gargalhada.
—Anda, fala direito, desgraçado, antes que eu te faça cagar até morreres—, disse Luiz Bonicho.
—Sabem de tudo—, disse o Blasfemo. —O nome dos embuçados. Sete vergas do caralho do demônio, sete chicotes. —"

Achei o Antonio Vieira a pesonagem historica mais interessante: jesuita, defendia que os indios possuiam alma e que nao deviam ser escravizados, foi expluso do Maranhão por isso, tinha relações com judeus em plena inquisição católica, foi exilado pela igreja, atuou como diplomata a serviço da coroa, se tornou sebastianista, e escreveu um historia do futuro na qual previa que existiria um imperio portugues, depois um imperio britanico, e um imperio chines, enfim, daria um bom livro só com a historia dele.

Minha primeira leitura de Ana Miranda, e fiquei encantada com a pesquisa historiográfica que ela realizou. Boca do Inferno é um excelente romance historico, ainda mais para quem conhece a cidade de Salvador e um pouco da historia da Bahia. Fui transportada ao seculo XVII e fiquei imaginado a praça da sé com o antigo convento dos jesuitas, o terreiro de jesus, a ladeira da preguiça, o dique do tororó...


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Lelle. 08/12/2022

?A cidade da Bahia cresceu, modificou-se. Mas haveria de ser sempre um cenário de prazer e pecado, que encantava todos os que nela viviam ou a visitavam, fossem seres humanos, anjos ou demônio. Não deixarias de ser, nunca, a cidade onde viveu o Boca do Inferno?.

Apesar de ser um livro extenso e, na minha opinião, cansativo de ler, achei a obra interessante. Ana Miranda conseguiu, perfeitamente, misturar os fatos com a ficção, o que eu acho muito legal.
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Leituras do Sam 10/02/2017

Uma boa história
Boca do inferno é um livro interessante, bem escrito (poderia ser menor), os personagens são legais, até por se tratarem de pessoas reais e também pela destresa da autora em apresentá-los.
Com boas doses da história da Bahia no seu início funcionando como um microcosmo do Brasil o livro satisfaz os leitores que gostam deste tipo de estória e não cansa aqueles que não gostam.

@leiturasdosamm
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Duda â 14/10/2022

Consegui terminar
Só li porque minha professora falou que era para lermos e que valia nota, é bem cansativa a leitura, tem partes interessantes, depois de algum tempo começa a ficar maçante, fiquei perdida na parte política porque foi muitas coisas de uma vez, às vezes retomava porém era cansativo!, Para quem precisar ler, boa sorte!
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Renan 13/06/2015

Boca do inferno
A historia se passa na Bahia na qual o alcaide-mor do governador é assassinado por oito homens encapuzados, que o cercaram, cortaram sua mão e depois o mataram. No livro, diz que o assassinato esta ligado a pessoas da política da cidade. São descoberto oito identidades e o oitavo, fica suspeito do poeta Gregório de Mattos e outro cara. Desde de então o governador inicia uma caçada aos culpados. A empregada de um dos acusados, fica com a tarefa de esconder o braço que foi tirado da vítima, mas enquanto tirava, encontrou o anel em seu dedo muito valioso, e acaba ficando com ele. Ao descobrirem que o anel era da vitima, a empregada também é acusada pelo homicídio e acaba sendo presa. Gregório de Mattos era junto com outra mulher, mas era apaixonado pela tal empregada, então ele acaba pagando a fiança da libertação da mesma da prisão. Sem provas, todos os acusados acaba, soltos, e consequentemente o governador é demitido do cargo pelo rei de Portugal, desde então, Gregório passa a ser satirizado como o novo governado e é excluído para a Angola. A mulher na qual Gregório era junto, foi atras dele mas morre no caminho, já a amante, fica rica, por conta de heranças, e fica a espera da volta de Gregório para se casar com ele.
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Marques 10/06/2015

Ana Miranda me surpreendeu com esse livro e essa trama envolvendo um dos poetas mais detestado por mim durante minha vida escolar: Gregório de Matos.

Tão evolvente e rico, o livro te transporta para a época do Governo Geral na Bahia e a história é um verdadeiro thriller
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Felipe Leite 20/05/2013

Parece hoje
A história se passa no Brasil colônia onde um crime movimenta a cidade que veria a ser Salvador na Bahia. Muito da narração acontece a redor do poeta Gregório de Matos e o seu envolvimento com a desavença entre as partes. O livro dá uma idéia da nossa herança malgrada de corrupção e desmandos levando as vezes a idéia que o que se passa não seria mais atual do que escrito. Apesar de ser uma ficção, existe uma boa pesquisa da autora.
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Mari 14/12/2013

Leitura à moda antiga
Li esse livro à moda antiga, eu não tenho ele, foi obrigatório para o vestibular que eu prestei há alguns anos. Mas, deste as primeiras páginas me conquistou e eu passei uma semana e meia indo todos os dias à biblioteca para lê-lo. É um grande livro, a história de grandes nomes da história brasileira com o contexto ficticio que a Ana cria é incrível.
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Serivaldo 27/04/2014

Ana Miranda, no romance Boca do inferno, faz uma descrição minuciosa da Bahia de Gregório de Matos e Guerra, o “boca do inferno”, descrevendo, com riqueza de detalhes, a cidade, as pessoas, os costumes, as atividades cotidianas, o poder da política e da Igreja. Um crime cometido contra o alcaide-mor da cidade, nos idos de 1683, dá início à uma narrativa repleta de vinganças, traições e luta de interesses. Nesse contexto visualizamos as sátiras de Gregório de Matos e alguns sermões de Padre Vieira em suas andanças pelo nordeste para catequização dos índios. As discórdias entre a Igreja, representada pela Companhia de Jesus, o governador da Bahia e os opositores do governo, mantém o enredo da narrativa que funde história e ficção. Os poemas de Gregório, de versos afiados, declamam sátiras aos políticos e aos eclesiásticos (bispos, padres, freiras), elogiam as mulheres, sejam donzelas ou prostitutas, mesclam o divino e o profano. O título da obra tem uma referência dupla, simultaneamente à Gregório de Matos e à cidade colonial. A Bahia colonial era a porta do inferno, repleta de injustiças, conchaves, roubos, libertinagens, boemia, traições, vinganças, tirania e mortes. Cabe-nos refletir que pouca coisa mudou no Brasil, considerando o contexto histórico de mais de trezentos anos passados, visto que a proteção e a cumplicidade mútua entre os poderosos, que revezam entre si nos cargos e funções do governo, ainda permanece na cultura nacional.

site: http://memorialdelivros.blogspot.com.br/2014/04/boca-do-inferno.html
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Mateus Almeida 24/05/2014

Conhecendo Ana Miranda...
Conheci Ana Miranda através de uma das leituras obrigatórias do colégio, algo que não facilita muita as coisas, pois geralmente não leio os livros obrigatórios ou os leio de forma muita objetiva, o que impede um maior prazer ao ler.

Mas com Boca do Inferno as coisas foram diferentes, as avaliações referentes ao livro já tinham acontecido e mesmo assim me senti estingado a continuar a leitura, e não me arrependi de forma nenhuma em ter continuado.

"Boca do Inferno , ambientando na Bahia , em plena efervescência mercantilista do século XVII, Ana Miranda restaura os cacos de um país tido popularmente como pacífico , substituindo essa mentira calcificada por uma de caráter ficcional, mais consentânea com a verdadeira histórica."

O livro começa de forma brilhante retratando uma Bahia suja, caótica e de grandes hipocrisias, tudo isso através dos olhos do brilhante Gregório de Matos. Logo após as coisas parecem ficar um pouco estáticas até que nos deparamos com a morte do Alcaide, fato esse que irá desencadear a trama principal do livro.

Através da morte do Alcaide somos introduzidos no cerne de uma Bahia extremamente conspiratória e de certa forma corrupta. Ana Miranda domina as questões históricas com maestria e, ao meu ver , parece ser mais sincera que alguns livros de história.

Três personagens são peças chaves da trama : O governador, Padre Antônio Vieira e Gregório de Matos, os três muito bem construídos e trabalhados. Algo que chama atenção nos personagens de Ana Miranda são os seus altos graus de humanização. Todos os personagens apresentam suas falhas, suas contradições e estão longe de serem idealizados.

Sem mais delongas, Boca do Inferno é um romance histórico de alta qualidade que consegue retratar muito bem a Bahia colonial.
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LaAs171 14/12/2021

Bom
Narrativa cansativa. A história é muito boa e segue padrões curiosos, entretanto, parei a leitura várias vezes por ficar entendiada
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MVGiga 18/03/2015

O que é que a Bahia colonial teve?!!
Lembro que foi uns dos primeiros livros que li completamente em uma livraria, na época que eu era um pobre estudante do segundo grau , pelo simples desejo de continuar a ler, mas sem um tostão no bolso para comprar. Do momento da introdução, me fiz refém desse livro e todos os dias parava na loja e lia dois/três capítulos e ficava fascinado com as artimanhas e aventuras pitorescas de um personagem real da Bahia, na época do colonialismo português, o Boca do Inferno, Gregório de Matos.
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