Angel Sakura
26/04/2017Resenha do Blog Eu Insisto.com.brEu estava de olho nessa trilogia fazia algum tempo (este é o primeiro livro da trilogia Never Sky), quando surgiu a oportunidade me agarrei com unhas e dentes. Eu só sabia de uma coisa sobre ela, era distopia e só isso já era o suficiente para eu querer ler. Então foi uma surpresa agradável quando descobri que a autora é brasileira e que eu gostei bastante da leitura. Olhando a capa eu criei uma teoria de que o livro seria no espaço, mas sendo bem sincera eu sou maluca. Não é no espaço, caso vocês estejam curiosos sobre isso. Em resumo, é uma trilogia distópica com um primeiro livro bem interessante e com personagens carismáticos que vão prender você no livro. Valeu muito a leitura.
“Ninguém em Quimera jamais morreu por um coração partido. Traição nunca levava ao assassinato. Essas coisas não aconteciam mais. Agora, eles tinham Reinos. Podiam experimentar qualquer coisa sem correr riscos. Agora, a vida era Melhor que real.”
Bem-vindo ao mundo após a destruição (que não sabemos bem qual foi), o que configura bem a distopia, mas no futuro para evitar que as pessoas sintam dor ou morram foi criado a realidade virtual completa com cheiros e gostos, que de acordo com o slogam é melhor do que o real. As pessoas possuem um olho mágico que as fazem ver as coisas da forma mais bonita e bela possível, tudo é perfeito. Inclusive a aparência das pessoas que, além de se melhorarem no virtual, ainda são aperfeiçoadas geneticamente. Ah, o futuro… como ele deve ser chato. Continuando, as pessoas vivem em núcleos, tipo os silos do livro Silo, sobrevivem enfurnados dentro da terra. Tem algo de muito assustador nessa noção de viver confinado pra mim, acho que a natureza humana é livre (mesmo que eu passe a maioria do meu tempo em casa hahahaha). Aria é a nossa protagonista, ela é uma moradora de um desses Centros. Ela é bem feliz levando a sua vida nessa realidade virtual sem dor, a vida de fantasia é boa pra ela. E tudo ia bem, até que sua mãe, uma cientista genética, que estava em outro Núcleo desaparece e ela acha uma boa ideia tentar conseguir informações com o filho da sua idade de um dos Conselheiros do Núcleo. Não foi.
“As pessoas podem ser mais cruéis para aqueles que amam.”
O guri maluco acha que é uma boa ideia hackear um dos sistemas e levá-los para uma aérea abandonada por ter dado defeito, mais alguém achou que é uma péssima ideia? Pois é, eu também. Nesse local Aria e seu grupo descobrem como é dura a realidade, como as cores não são tão perfeitas e nem o mundo é tão brilhante. Mas, o pior chega quando as coisas saem do controle e eles descobrem que a dor não é como eles conheciam: indolor. Aqui no mundo real as coisas doem pra caramba e quando as coisas saem do controle Aria conta com uma ajuda inusitada para sobreviver. Ela deu sorte, porque nem todos conseguiram. Ah sim, por sair do controle quero dizer loucura, violência e até tentativa de estupro. Vamos fazer uma pausa aqui, existem duas realidades neste mundo: os selvagens e os tatus. Os tatus são humanos mais frágeis porém com tecnologia de ponta, eles não conseguem sobreviver no mundo fora de suas paredes e ar purificado. Já os selvagens são pessoas mais fortes, algumas dotadas de um super poder, que sobrevivem no mundo fora das conchas sem tecnologia na maioria das vezes. Sabe-se que lá fora temos algumas disfunções climáticas que torna a sobrevivência muito complicada. A pessoa que salva Aria é Perry, um selvagem. Preciso nem dizer que os dois lados não se falam e sentem algo como desprezo/repulsa/nojo uns pelos outros, né? Enfim, após sobreviver Aria se sente frustrada porque.. a) pessoas morrem; b) ela não descobriu nada de sua mãe; c) um selvagem a salvou e d) as consequências pelo que fizeram vão chegar. Óbvio que Aria não foi burra e gravou parte do que aconteceu no seu olho mágico, mas a pessoa que deu causa nisso era filho de um dos Conselheiros e adivinha quem vai se dar mal no lugar? Pois é, nessa parte nada de novo no futuro… os poderosos continuam se favorecendo em cima dos mais fracos. O resumo da ópera é que Ária se ferra e é banida pro deserto, o que e uma forma bonitinha de dizer que ela recebeu uma pena de morte. Mas ela é brasileira e não desiste nunca, ela é inteligente e está certa que vai arrumar um jeito para sobreviver. Aham, claro que vai Aria, claro que vai.
“Na vida, ao menos em sua nova vida, as chances eram sua melhor esperança. Eram como suas pedras. Imperfeitas e surpreendentes, e, a longo prazo, talvez melhores que as certezas. As chances, pensou ela, eram a vida.”
Leia o restante da resenha no blog http://euinsisto.com.br/sob-o-ceu-nunca-1-veronica-rossi/
site:
http://euinsisto.com.br/sob-o-ceu-nunca-1-veronica-rossi/