Sob o Céu do Nunca

Sob o Céu do Nunca Veronica Rossi




Resenhas - Sob O Céu do Nunca


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Vinícius 08/09/2013

O que fazer para sobreviver em um mundo que está de cabeça para baixo?
Após um evento apocalíptico desconhecido, o mundo nunca mais foi o mesmo, o ambiente tornou-se hostil, o que obrigou o que restou da humanidade a procurar um modo de sobreviver. A alternativa encontrada foi se refugiar em cidades encapsuladas conhecidas como núcleos. Evidentemente, nem todos tiveram a oportunidade de se esconder neste finito mundo e assim foram obrigados a permanecer do lado de fora, sujeitos à todas as formas de perigo.
Ária tem uma vida tranquila em Quimera, uma das muitas cidades encapsuladas existentes. Ela passa a maior parte do seu tempo nos Reinos, cópias virtuais do mundo em que todos deixaram para trás, onde você pode ser o que quiser, agir como bem entender sem se preocupar com as consequências, afinal, nada do que acontece é verdadeiramente real, já que é destinado apenas para pura diversão. Com todas essas regalias, nada pode ficar ruim, certo?
Errado.
Tudo muda quando um desastre acontece em Quimera e Ária é considerada culpada pelo ocorrido, desde então sua vida dá uma guinada brusca. Ela é exilada do seu núcleo, abandonada a própria sorte no mundo externo. Nem mesmo Ária podia acreditar em tudo que estava se passando, mas ao cair a ficha, ela percebe algo ainda muito pior: sua chances de sobrevivência são ínfimas, agora que ela está a mercê de tudo que “a Loja da Morte” tem a oferecer. Entretanto uma luz surge no seu caminho, algo que pode significar sua salvação. Um aliado.
Perry é um selvagem (bem, essa é a definição que os Ocupantes dão a todos que vivem fora no ambiente real), exímio caçador, ele ajudará Ária a sobreviver, já que ela possivelmente pode levá-lo à sua redenção. Os dois são completamente diferentes, mas unidos irão viver uma incrível aventura sob o Céu do Nunca.
Veronica Rossi criou um primoroso, transcendente e criativo romance, que conquistou milhares de leitores pelo mundo e me fez enxergar uma infinita beleza em um mundo assolado por tempestades de Éter — onde até o ar que se respira pode ser letal. — Never Sky é o primeiro livro da trilogia “Under the Never Sky” e com certeza foi uma das melhores leituras que já fiz.
Mal posso esperar para descobrir o que mais o Céu do Nunca tem resguardado para todos os que acompanham a série, até por que, há somente algo que pode ser dito a respeito da “Loja da Morte”:
“Um milhão de maneiras de morrer. Apenas uma de viver.”
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Camilla 10/08/2013

Resenha postada no blog Segredos e Sussurros entre livros
Amo distopias. Talvez tenha sido por isso que a premissa de Sob o céu do nunca me atraiu tanto, desde a primeira vez que ouvi/li seu título. Com um título forte e uma sinopse ainda mais brilhante, só faltava uma capa perfeita. Se algum desavisado comprou o livro pela capa, parabéns! O livro vale a pena. Também devo dizer que é a primeira resenha do blog em parceria com a editora Prumo, abrindo com chave de ouro.
A esfera literária está recheada de cenários distópicos e personagens fortes em busca da sobrevivência. Quase não há novidade em termos de ideia, o que difere é a abordagem do autor. Em Sob o Céu do Nunca, por exemplo, Veronica Rossi explora um mundo pós-colapso que luta para sobreviver a um fenômeno que quase extinguiu a raça humana: tempestades de Éter. Belas correntes de luz e algo semelhante à força da eletricidade são lindas quando vistas de longe, pois quando tocam alguma coisa, é o fim. O cenário descrito é o de uma terra devastada, com escassez de comida e seres humanos vivendo como selvagens. Como toda moeda tem dois lados, existem aqueles que vivem protegidos do pior das tempestades, sob uma redoma tecnocientífica e cujas mentes só conhecem a dor virtual, já que passam a vida frequentando ambientes virtuais, sem nada a temer.
O contraste entre o mundo de dentro e o de fora é bem nítido. Enquanto lá dentro, as pessoas não contraem doenças, não se tocam ou conhecem qualquer item da natureza, do lado de fora, todos se dividem em tribos, lutando pelo lugar ideal e tentando se afastar dos piores efeitos do Éter. Por alguma razão, os genes humanos sofreram algum tipo de mutação, pois alguns dos selvagens possuem características/dons especiais, que influenciam em seu poder de liderança e na sobrevivência de todos a sua volta. É neste contexto que Aria e Peregrine se encontram. Ambos lutam pela sobrevivência, ao mesmo tempo que percebem que sozinhos não poderão ajudar a quem amam, nem a si mesmos...

continue lendo no blog :)

site: https://ssentrelivros.blogspot.com.br
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tiagoodesouza 24/08/2013

Sob o céu do nunca | @blogocapitulo
Eu já resenhei vários livros distópicos no blog. É um gênero que eu gosto bastante e que teve um estopim há alguns anos com o lançamento de Jogos Vorazes. Distopia é aquele gênero literário em que, num futuro muitas vezes não definido, uma pessoa, uma sociedade ou uma entidade tem o poder total sobre a vida dos outros. Sempre que eu vejo uma editora anunciando um novo distópico, ao mesmo tempo em que fico feliz também fico receoso de ser mais do mesmo. Sob o céu do nunca começou bem morno, mas depois foi aquecendo como uma chuva de éter e melhorou muito!

O futuro, por Veronica Rossi

"(...) Não podia acreditar que um dia as pessoas tinham vivido assim, sem nada além do real. Os Selvagens de fora ainda viviam assim."
Página 10.

Veronica Rossi nos apresenta um mundo em que algumas pessoas passam a viver em cidades encapsuladas chamadas de núcleos para se proteger de suas principais ameaças exteriores. Muitas sequer chegam a conhecer o mundo fora de suas paredes. Dentro dos núcleos, as pessoas vivem uma realidade virtual aumentada através de um dispositivo chamado de Olho. Ele permite a comunicação entre pessoas de diferentes cidades como se fosse um telefone e interação através dos Reinos. Grosso modo, são como super redes sociais com uma realidade espantosa.

Do lado de fora, por conta de um fenômeno que cobriu o céu com uma substância que eles chamam de Éter, o mundo se tornou um lugar perigoso. As tempestades de éter matam a natureza e fizeram com que a outra parte da população se adaptasse às mudanças. Elas se tornaram mais fortes para viver no mundo hostil e... selvagem. Se dentro dos núcleos as pessoas têm praticamente tudo o que querem, vivendo uma grande alienação, os selvagens vivem a realidade mais primitiva. Alguns caçam animais, outros são canibais.

O conflito

Ária tem 17 anos e vive no núcleo Quimera. Preocupada com a falta de notícias da mãe que passou a viver no núcleo Nirvana por conta de seu trabalho científico, Ária resolve flertar com Soren, filho do diretor de segurança de Quimera afim de obter informações sobre o que poderia ter ocorrido em Nirvana. No entanto, algo sai completamente errado quando Soren resolve ter uma aventura real e, prestes a morrer, Ária é salva por um homem misterioso. Por conta dessa violação à segurança do núcleo, ela acaba sendo banida. É então que ela precisa empreender uma jornada até Nirvana para que sua mãe a ajude a provar sua inocência nos acontecimentos em Quimera.

"(...) Ele não precisava de ninguém lhe dizendo o que ele era. Ele sabia. Sabia o que era, desde o dia em que nascera."
Página 150.

Perry tem 18 anos e é um Selvagem que pertence a tribo dos Marés, controlada por seu irmão mais velho chamado Vale. Eles se enfrentaram recentemente; o sonho de Perry é ser o Soberano de Sangue dos Marés. Mas para isso, o líder atual precisa ser morto ou se submeter às ordens do novo líder. Mas como arriscar perder o carinho do sobrinho Talon colocando o pai dele em tamanha vergonha na frente de todos? Durante um passeio com o garoto, Perry acaba cometendo um erro e Talon é levado numa nave dos Ocupantes. Portanto, a missão de Perry é resgatar o sobrinho antes que algo ruim aconteça.

"Mas Tiago, você está contando tudo do livro! Não vai ter graça ler depois." Acalmem-se, eu não contei nada que não esteja na orelha e menos ainda do que está lá. Vou explicar mais a seguir.

Desenvolvimento

A narrativa é em terceira pessoa intercalando o ponto de vista de Ária e Perry. Isso foi essencial para conhecermos o mundo alienado em que Ária vive e experimentar as dificuldades de Perry. Não é muito fácil entender como funciona o Olho e os Reinos, mas no decorrer da narrativa as explicações necessárias são feitas. Assim também para os Selvagens com seus sentidos super aguçados. Porém, a existência do Éter não é completamente esclarecida.

No começo, achei que a autora se perderia porque o livro estava bem morno. Veronica demora quase 100 páginas para nos jogar nos conflitos dos personagens que movem a história. Dependendo do livro, eu espero que esse momento chegue pelo menos até a página 50. Mas depois que Ária e Perry se encontram, o livro tem uma melhora muito grande. Eles precisam resolver suas diferenças e, de algum modo, unir seus objetivos para seguir em frente. Mas o livro teria sido perfeito se a autora não tivesse pecado e explorado tão pouco a tensão sexual entre os personagens. Há uma centelha, uma pequena chama que abriu caminho para um fogaréu que espero ter sido abordado na continuação que saiu no começo de 2013 nos EUA. Acredito que esse foi o único motivo de eu não ter dado 5 estrelas.

Por favor, Veronica, tenha explorado isso!

Concluindo

Eu já tive a oportunidade de ver o trabalho gráfico da Prumo no livro Legend, um outro distópico muito bom. A capa é bem bonita, toda metalizada e tem muito a ver com a história. As páginas são amareladas e o papel mais grosso. Todos os capítulos possuem um detalhe de galhos junto ao nome do narrador do mesmo. A revisão está bem feita; eu não lembro de ver qualquer erro.

Fiquei bem surpreso ao descobrir que Veronica Rossi é brasileira. Porém, desde pequena ela não mora no Brasil. Atualmente, vive nos Estados Unidos e vendeu os direitos de adaptação de Sob o céu do nunca para a Warner Bros.

Sob o céu do nunca me surpreendeu positivamente. Mais do que recomendado para quem tem necessidade de uma distopia instigante!

"- As nuvens se dissipam? - perguntou ela.
- Completamente? Não. Nunca.
- E quanto ao Éter? Ele some em algum momento?
- Nunca, Tatu. O Éter nunca some.
Ela olhou para cima.
- Um mundo de nuncas sob o céu do nunca."
Página 116.

site: http://www.ocapitulodolivro.blogspot.com.br/2013/08/resenha-sob-o-ceu-do-nunca.html
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Daiane251 24/08/2013

Eletrizante e surpreendente
Resenha publicada em meu blog: No Universo da Literatura

Em Never Sky somos apresentados a um mundo diferente, há mescla de realidade e ficção. A personagem central, Ária, era uma ocupante que vivia em Quimera, praticamente um lugar perfeito onde as pessoas não ficam doentes, são belas, nada de mal pode atingi-las, sua mãe era uma conceituada cientista que trabalhava para o governo, mas teve que fazer uma viagem e há tempos não entra em contato. Nas cenas iniciais Ária é colocada praticamente em uma enrascada, mas é salva por Perry, um selvagem, como eram chamado os forasteiros que não viviam nesses núcleos como Ária. Ele salva a jovem, mas isso traz problemas a ele, já que seu sobrinho, Talon, é sequestrado por essas pessoas dos núcleos, e seu irmão Vale, o soberano de sangue da tribo ficou nada feliz com isso, piorando ainda mais o relacionamento dos irmãos.

Ária viu coisas demais, e é jogada para fora do núcleo, no vale da morte onde as tempestades elétricas de éter eram fortes, ali Perry a encontra. Ele quer seu sobrinho de volta, e ela quer encontrar sua mãe e provar que não tivera culpa pelo que aconteceu, a esperança o "olho mágico" que os ocupantes tinham, um instrumento que acoplado ao olho permitia viajar pelos núcleos, se comunicar e ir para onde quiser, algo parecido com uma “ilusão” sabe? Mas o de Ária estava estragado e precisavam de ajuda para recuperá-lo, já que ele também possuía informações de que Ária não tivera culpa pelo terror que acontecera no inicio e assim provando a todos a verdade poderia voltar para seu núcleo. Perry sabia onde encontrar a ajuda para consertar o objeto. E assim ambos seriam beneficiados, ela encontraria a mãe e voltaria para casa e ele seu sobrinho.
Os dois claro não se suportam e tem suas diferenças, Perry, o caçador, destemido, selvagem, e Ária, a menina mimada, que não sabe nada do "real". Mas um precisa do outro e juntos eles partem em uma aventura, cercado por canibais, chuvas de éter que estão cada vez mais fortes e ameaçam tribos inteiras.

"- As nuvens se dissipam? - perguntou ela.
- Completamente? Não. Nunca.
- E quanto ao Éter? Ele some em algum momento?
- Nunca Tatu. O Éter nunca some.
Ela olhou para cima.
- Um mundo de nuncas sob o céu do nunca."

"Never Sky - Sob o céu do nunca", primeiro livro de uma trilogia e livro de estreia de Veronica Rossi é realmente uma distopia eletrizante. Sou acostumada a ler o gênero e esse desde que li sua sinopse, essa deixou em mim um misto de curiosidade e interesse pela sua história. Ao começar a ler comprovei o que já sentia saber, esse livro seria marcante.
Personagens interessantes e tão diferentes, cada um a seu modo de ser. Como não entender o que Ária está passando e a maneira como foi expulsa deixada para morrer? E como não sentir a angústia de Perry, que praticamente vive em guerra com seu irmão, e não podendo ser o soberano de sangue como deseja? Parece que tudo dá errado e ainda por cima os ocupantes levam seu sobrinho.
Rossi constrói um mundo em que conseguimos imaginá-lo perfeitamente em nossa mente, é um misto de ficção científica e distopia. Além das questões internas das personagens somos levados também a pensar no todo. É uma escrita madura mesmo para um livro de uma autora iniciante.
Algo que também me chamou a atenção nessa história é a forma como a personagem Ária foi composta, a cada dia que se passava, naquela terra de selvagens junto com Perry, ela foi ficando mais humana. Foi saindo debaixo do manto de superficialidade que a cobria, foi sentindo e descobrindo emoções reais e também acompanhando as transformações de seu corpo, ou seja, realmente se tornando quem verdadeiramente é.
Em relação à diagramação a capa é linda, toda a parte interna também, muito bem revisado, um livro que da gosto mesmo de ter em mãos. Never Sky é uma distopia inteligente para leitores que gostam de ser desafiados com leituras novas, que querem adentrar a mundo bem construído e uma história bem fundamentada. Com personagens interessantes e que conseguem te surpreender nos momentos certos. Livro recomendando com certeza.

site: http://www.nouniversodaliteratura.com/2013/08/resenha-never-sky-sob-o-ceu-do-nunca.html#more
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Karini.Couto 24/08/2013

Sob o céu do nunca é um desses livros que te fazem suspirar mesmo muito tempo após o término da leitura! Foi assim que me senti! Preciso de mais! #urgente
E acredite, ele é nacional, apesar de ter sido publicado primeiramente fora do país à autora, Veronica Rossi é brasileira! Isso me alegrou imensamente! #orgulho

Em Sob o céu do nunca temos um mundo pós-apocalíptico com o céu de Éter, onde ocorrem tempestades elétricas sinistras! Somos apresentados a Aria e Perry.
Ária é Ocupante no Núcleo de Quimera e após uma ausência prolongada e sem contato por parte de sua mãe, que trabalha para os governantes do Núcleo, Ária tenta conseguir informações sobre o que possa estar acontecendo com Soren. Porém algo inesperado ocorre quando um grupo de adolescentes incluindo Ária invade o Ag 6 e põe fogo no local. Ária acaba sendo culpada pelo que ocorre e é banida do Núcleo para a Loja da Morte, como é chamado o mundo real, onde ocorrem as tempestades de Éter.

Para que vocês entendam um pouco do que significam os Núcleos, são locais no subsolo onde uma parte da população se refugiou a fim de fugir das tempestades de Éter. Nos Núcleos as pessoas vivem virtualmente e podem viver por longos e longos anos gozando de plena saúde!

Ao ser expulsa do Núcleo Ária pensa que está com os dias contados, já que a informação que tem é que ninguém além dos selvagens sobrevive lá fora. Nessa terra de ninguém ela reencontra Perry, um selvagem. Digo reencontro, pois Perry salvou Ária de morrer no incêndio do Ag 6 e uma vez fora do Núcleo, Ária e Perry tem seus destinos entrelaçados!

Perry, faz parte da aldeia dos Marés e visto como selvagem por Ária e qualquer outra pessoa que viva nos núcleos.
Perry almeja o título de Soberano de Sangue dos Marés que é de seu irmão mais velho. Eles não se dão nada bem, o que faz Perry ter um pouco de "paciência" para não "tomar" o título é seu sobrinho. Quando seu sobrinho é sequestrado pelas pessoas que vivem nos Núcleos, Perry parte em uma jornada para salvar seu sobrinho, enquanto seu irmão, o Soberano de Sangue e líder dos Marés, nada faz! Isso enfurece Perry ainda mais, claro!

Nessa jornada, onde Perry e Ária se unem, cada um com desejos próprios e em busca de coisas diferentes, eles acabam se envolvendo, mesmo que sem querer e o que surge entre eles é bem intenso e cheio de expectativas por parte do leitor. Afinal se trata de duas pessoas que "vivem em mundos diferentes", possuem crenças diferentes, mas mesmo assim conseguem achar muitas coisas incomuns.

Ária me surpreendeu muito como protagonista, pois mesmo que pareça que ela tenha sido poupada do "mundo selvagem" ou "real", ela não é chata ou mimada, ela se vira com a situação atual sem ficar de "mimi mimi". Ela é forte e decidida!

Perry, em alguns momentos me irritou com seu jeito de achar que ele é detentor de melhores possibilidades para as situações, mas isso até que foi bacana, pois a autora não o mostra como o mocinho perfeitinho. Ele tem defeitos, ambições e muitas vezes acaba não medindo consequências gerais sobre as atitudes que toma! Isso o torna mais palpável.. mais "real".

Adorei o livro do inicio ao fim e suspirei muito, torci pelos personagens, senti raiva, amor e compaixão! Terminei essa leitura com a sensação de saudade da companhia que tive durante as horas de leitura e ansiedade pela continuação!

Se eu recomendo esse livro?
Certamente!

site: http://www.mixliterario.com/2013/08/resenhasob-o-ceu-do-nunca-veronica-rossi.html
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PatiC 06/01/2024

Nesse primeiro volume da trilogia conhecemos Aria e Peregrine (Perry) se unem em uma jornada em busca de resolução de problemas individuais.
Devido a acontecimentos que acabam unindo dois personagens de locais totalmente diferente a jornada desses dois se inicia, onde no decorrer há aprendizados e sentimentos se desenvolvendo.
A história te instiga a querer saber o que ira ocorrer depois, e principalmente no final com vontade de ler a continuação da série.
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Sandi 13/07/2013

Sob o Céu do Nunca- Veronica Rossi
Há duas categorias de livros: aqueles que você lê, se envolve na história, se emociona, mas a partir do momento em que você termina a última página e fecha o livro, os sentimentos ficam ali dentro; e há aqueles livros pelos quais você se rende e o seu universo vai muito além de suas páginas. Harry Potter tinha feito isso comigo e agora, Sob o Céu do Nunca, conseguiu repetir o feito.

Sob o Céu do Nunca conta a história de Aria e Perry em um mundo pós apocalíptico, coberto por um céu de Éter. Aria é uma habitante dos núcleos, estruturas no subsolo onde os humanos se fixaram para se proteger das tempestades elétricas. Após uma confusão no núcleo, ela é jogada na superfície e suas condições de sobrevivência são quase nulas. Perry faz parte da tribo dos Marés e vê seu mundo desabar com o sequestro do seu sobrinho pelos habitantes do núcleo. Ao se encontrarem, Perry e Aria não tem escolha a não ser se aliarem em uma jornada sob o céu do nunca.

Veronica Rossi (que é brasileira!!) nos traz uma história única, envolvente, repleta de elementos distópicos e fantásticos, criando um universo cheio de mistérios mas extremamente verossímil. A cada página o leitor descobre uma característica diferente desse mundo, mas tudo faz sentido. Prato cheio para quem gosta de ficção científica que não subestima a inteligência.

Outro ponto que gostei bastante no livro foi a utilização da escrita em terceira pessoa onisciente, o que constitui um grande diferencial das distopias que vemos por ai. Embora os capítulos sejam divididos entre a Aria e o Perry e conheçamos os sentimentos deles, não precisamos lidar com ataques de mau-humor ou a pieguice das personagens. Sim, isso incomoda demais em alguns livros! Alias, a construção dos personagens é muito interessante. Aria aprende a sobreviver, não é uma pessoa com um dom desconhecido, apenas uma garota com força de vontade. Já Perry... ele é o ponto forte do livro, um personagem humano, real, selvagem e por todas essas características encantador. Os personagens secundários também são ótimos e garantem histórias paralelas que poderão ser bem aproveitadas nos demais livros da série.

Sob o Céu do Nunca faz parte de uma trilogia e não tinha como ser diferente, uma vez que apenas um livro é pequeno demais para conter todo esse universo. É impossível para mim expressar o quanto gostei de cada cena, o quanto torci pelos protagonistas, o quanto suspirei e acreditei nos sentimentos deles: de longe a melhor leitura de 2013 até o momento. Recomendadíssimo! Se deixe render também ;)
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Robson 22/04/2013

Resenha + Sorteio
Hey Guys, hoje tem algo muito especial aqui para vocês, pelo titulo da postagem vocês já devem saber que os aguarda é um resenha junto com promoção (YUPPP). Pois bem, juntamente com a nossa parceira editora Prumo, vou soltar essa resenha e ao lê-la vocês podem ganhar um exemplar do livro “Never Sky: Sob o céu do nunca” da autora Veronica Rossi.

“Sob o céu do nunca” é o primeiro livro de uma trilogia distópica escrita por Veronica Rossi. Neste primeiro volume, acompanhamos a trajetória de Aria, uma garota que estava acostumada com a vida dentro dos núcleos (Locais protegidos que foram criados após o mundo entrar em colapso para abrir as pessoas do Éter), com toda a segurança que os reinos (tecnologia que leva uma pessoa para o local que deseja através de uma simulação) proporcionavam para que ela realizasse todos os seus desejos. Em contrapartida, temos Perry, um forasteiro que vive peregrinando pelo mundo, se submetendo aos riscos do éter. Algo inesperado ocorre com Ária e os destinos de ambos se cruzam em uma jornada de muita aventura.

Gente, eu tenho que me controlar um pouco porque eu realmente amei muito este livro, isso aconteceu
desde o momento em que fiz sua leitura em inglês. Ao ler a tradução, esse amor só foi se intensificando, o trabalho da Editora Prumo está excelente e algumas coisas que acabei perdendo na leitura em inglês, eu percebi na versão brasileira.

A escrita de Veronica Rossi é muito boa, a autora narra seu livro de estreia em terceira pessoa, mas de uma maneira diferente do convencional. Digo que é diferente, pois não é utilizada aquela troca de pontos de vista no meio do capitulo, Veronica dividiu os pontos de vista de seu livro em dois, um de Perry e outro de Aria, sendo assim, cada um tem o seu capitulo. Isso deixou o texto muito bem organizado e nada confuso e mesmo assim nos deu uma visão ampla do mundo que ela criou.

Eu achei o enredo de “Sob o céu do nunca” bem original e bem estruturado, com tudo que temos direito em uma distopia de qualidade. A autora conseguiu criar duas sociedades: Ocupante e Forasteiros. Os ocupantes são as pessoas que vivem dentro dos núcleos, protegidos das tempestades de éter e com a sua vida “perfeita”. Já em contraposição, os forasteiros são aqueles que vivem do lado de fora e que são retratados como selvagens canibais pelos lideres ocupantes. Os forasteiros possuem sua própria sociedade, dividida em tribos e vivem de maneira normal.

Eu creio que Veronica Rossi acabou tento um grande trabalho para que seu texto não virasse algo totalmente sem sentido ao criar duas sociedades tão complexas como essas. Digo isso pelo fato de que os forasteiros são divididos por tribos e cada uma destas tribos possuem fundamentos diferentes.

Ainda sobre o enredo, eu gostei muito do fato de Veronica ter criado certas evoluções nas pessoas que ficaram submetidas ao éter, como audição, visão e olfato extremamente aguçados em algumas pessoas especificas. Ao mesmo tempo, as pessoas que vivem dentro dos núcleos criam uma dependência enorme em tecnologia. Isso me mostrou um fundo de critica à nossa atual sociedade, pois na maneira como as pessoas estão caminhando, isso vai se tornar uma dependência.

Os personagens criados por Veronica são simplesmente magníficos. É possível acompanhar a evolução de cada um deles no decorrer do texto. Aria e Perry acabam por se completar, possuindo características fortes e importantes para o desenvolvimento do enredo. A evolução de Aria é surpreendente, ela inicia o livro um tanto quanto ingênua e vai crescendo a cada capitulo, vendo que sua vida não era tudo aquilo que pensava. Perry em contrapartida vai se descobrindo a cada momento, revendo conceitos que antes tinha.

Bom gente, eu nem preciso dizer que o livro é bem nivelado né? Ele apresenta quantidades certas de ação, suspense, romance e até de segredos. Tudo no nível certo, contribuindo para que a história não fique maçante e nem enjoativa.

Veronica finalizou “Sob o céu do nunca” de maneira espetacular, deixando um cliffhanger (gancho) muito bom para o próximo livro. Depois deste final eu tenho a leve impressão de que o enredo será um pouco mais focado em Aria do que em Perry, mas que a ação e suspense do livro continuarão na mesma medida.

Bom gente, eu espero que vocês tenham gostado da resenha e se divirtam comentando, agora é só seguir os passos do rafflecopter e concorrer a um exemplar do livro.

Para acessar o sorteio e concorrer ao livro, acesse: http://perdidoempalavras.blogspot.com.br/2013/04/resenha-premiada-sob-o-ceu-do-nunca.html
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Lelê 16/04/2013

Resenha:
Está aí um livro que me surpreendeu bastante. Eu sabia que seria uma leitura agradável e que era um livro bacana, mas só lendo para saber o quanto ele é legal!!




" - Um mundo de nuncas sob o céu do nunca."
Pag. 116


Em "Never Sky - Sob o Céu do Nunca" vamos conhecer Ária, uma garota que nasceu em Quimera, uma cidade encapsulada, protegida de todos os perigos, com uma super tecnologia, onde não existem doenças, enfim, um lugar que parecia perfeito. Perfeito demais para ser "real".
Sua mão Lumina, uma grade cientista, tem que abandonar a filha para trabalhar no Núcleo, que fica em Nirvana, um outro Reino fora de Quimera, para trabalhar em novos experimentos.
Sem notícias, Ária resolve ir atrás da mãe. Para isso, ela pede ajuda à Soren, um rapaz que Ária achava que podia confiar. Porém, assim que saíram de Quimera, Soren enlouquece e ataca Ária.


"O sangue escorria por seus dentes. Seu
maxilar pendia para o lado, mas ele
não tirou os olhos de Perry."
Pag. 30


Perry, um rapaz forte, bonito e selvagem. Era assim que os habitantes de Quimera chamavam os que moravam fora daquela capsula. Os Selvagens eram dotados de alguns dons que os ajudavam a sobreviver lá fora. Eles tinham uma eficácia maior em audição, ou olfato, ou visão... E isso ajudava a caçar e se proteger do Éter, uma chuva que tinha o poder de destruir tudo.


"Ninguém em Quimera jamais morreu por um
coração partido. Traição nunca levava ao
assassinato. Essas coisas não aconteciam mais.
Agora, eles tinham Reinos. Podiam experimentar
qualquer coisa sem correr riscos. Agora, a vida
era "Melhor que real".
Pag. 76


Quando Soren atacava Ária, Perry chega e a salva; e logo depois ela é levada à Quimera para se recuperar dos ferimentos. Porém o fato de ela ter sido atacada por Soren é que faz com que ela seja banida de Quimera.
Agora abandonada em um lugar chamado Loja da Morte, Ária tem que descobrir um jeito de sobreviver e encontrar a mãe.

E é aí que o destino dela e de Perry se cruzam.



"Unhas não deveriam crescer. Crescimento das unhas
era regressão. Totalmente sem sentido, por isso
tinha sido eliminado."
Pag 125


Tanto Ária, quanto Perry procuravam por alguém importante. Os dois precisam de ajuda. E os dois vão seguir juntos nesta jornada cheia de lutas, sangue, dor, fome, saudade e amor.

É narrado em terceira pessoa, pelo pondo te vista de Ária e de Perry, perfeitamente divididos em capítulos diferentes e sequenciais. A diagramação está muito bonita e bem feita. A capa é incrível! A história é envolvente e intrigante. Uma distopia muito boa. Para mim, o livro é perfeito!!

Quando o livro acabou eu fiquei com tanto ódio, rs. Não vejo a hora de ler o segundo livro desta trilogia, que na minha opinião tem todos os elementos necessários para ser um grande sucesso.

Se eu recomendo? Ah! Por favor!! LEIA LOGO!!!
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Yasmin 09/04/2013

Enredo sedutor, personagens críveis e evolução única.

Desde que conheci o livro ano passado no Goodreads fiquei curiosa para ler. Primeiro porque era um dos poucos distópicos com avaliação tão alta no site conhecido por suas resenhas ácidas. Por isso fiquei exultante quando soube que a Prumo lançaria o livro no começo desse ano. Veronica Rossi nos apresenta uma distopia única, com um enredo sedutor e um desenvolvimento perfeito de ambiente, personagens e relacionamentos humanos.

A sinopse introduz bem o conceito dos núcleos e dos reinos, que são a única distração que restou para aqueles que vivem neles. Ária está preocupada com a mãe, não tem notícias dela faz mais de uma semana e os boatos sobre uma tempestade no núcleo que ela estava como a se espalhar. Para descobrir algo ela combina de sair a noite com sua amiga e o filho de um dos guardiões. O pai dele é chefe da segurança e ele deve ter alguma informação sobre Nirvana. Só que ao se desconectar do olho mágico que usam para acessar os Reinos as coisas saem do controle. Ária assiste pasma seus colegas perdem o controle e é salva por um Selvagem que estava na ala destruída do núcleo. Para ocultar o acontecido o guardião joga Ária no desolado mundo exterior. Ela está desolada e mal sabe como sobreviver quando no meio de uma tempestade de Éter é salva pelo mesmo selvagem que a salvou no núcleo. Perry está em uma jornada própria. Acredita que suas ações no dia anterior levaram os habitantes do núcleo a sequestrar seu sobrinho. Expulso de sua própria tribo planejava trocar de lugar com Talon, mas ao encontrar Ária e descobrir que o olho mágico tem algo que interessa ao Guardião os dois se aliam e partem em busca de alguém para consertar o dispositivo. Ela precisa chegar a Nirvana, ele encontrar o sobrinho.

É a partir dessa união improvável que surge uma das jornadas mais interessantes e bem construídas que li nos últimos tempos. Veronica Rossi nos apresenta personagens tão reais e um relacionamento tão humano e palpável que fica impossível não se envolver com a história de Ária e Perry. A narrativa é dividida entre os dois protagonistas e um dos pontos que merece destaque é a diferença entre as vozes narrativas. São poucos os autores que conseguem dividir a narração sem esbarrar no problema de vozes similares demais.

A linha de evolução de ambos é outro mérito de Rossi que nos presenteia com o amadurecimento de Ária e a desconstrução emocional de Perry. Dos diálogos a impressões visuais, tudo tem um ar sedutor e a dinâmica que se forma entre Ária e Perry é única, repleta de estranheza e beleza. A maioria das vezes a principal curiosidade nas distopias é o mundo e como ele chegou a aquele ponto, mas aqui a interação de Ária e Perry absorve o leitor de tal forma que todo o resto é secundário. O choque de costumes e vidas tão diferentes é belamente explorado, e as análises que os dois fazem uns dos outros é extremamente crível, repleta de comentários diretos, nu e crus das sensações. Assim como a ligação e a admiração que eles constroem um pelo outro ao longo da história.

Aliado a esse fator temos pequenas partes da trama central da trilogia, as mudanças genéticas, a tecnologia que tirou dos habitantes do núcleo o senso da realidade e as mudanças genéticas naturais que ocorreram em algumas pessoas que vivem no exterior. Adorei o conceito dos sentidos super apurados. Olfativos, audis, videntes, etc e fiquei curiosíssima para saber mais sobre o que aconteceu para a atmosfera ser transformada de tal maneira. As tempestades de Éter é uma coisa fantástica, a ideia da autora de usar o elemento descrito pelos gregos, considerado o quinto elemento por alguns físicos e alquimistas foi brilhante. A comparação que Ária faz do céu revolto em éter com a famosa tela de Van Gogh, "A Noite Estrelada" foi pontual e perfeita. Espero ver uma explicação mais clara do que aconteceu para o céu se transformar...

Leitura agradável, com ritmo envolvente e que prende o leitor pela bela narrativa e pelas sensações vívidas que a história e a relação dos personagens transmitem. A edição da Prumo está ótima, com uma diferente que me surpreendeu, mas que eu gostei de ver ao vivo, uma diagramação boa e marcações bonitas. Adoraria ver a (...)

Leia o final do último parágrafo aqui: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/04/resenha-sob-o-ceu-do-nunca.html

Never Sky - Veronica Rossi
1- Sob O Céu do Nunca
2- Through The Ever Night
3- Into The Still Blue

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Luh 08/04/2013

Um ótimo livro com cenário perfeito e personagens cativantes, mas a trama deixou a desejar.
A Trama: O início do livro é um pouco confuso, já vou avisando. A autora vai despejando termos e nomes de locais desconhecidos como Éter, Quimera, Reinos, Olfativos e etc, é até difícil separar o que é um local e o que é um objeto. Vou confessar que o livro terminou e ainda não faço ideia do que é o Éter ou como ele surgiu, mas a maioria dos outros termos é explicado com o tempo. Sob o Céu do Nunca tem uma ótima construção de cenário, é fácil visualizar os locais em minha mente, só gostaria de ter visto um pouco mais do mundo dentro dos núcleos. A história mundial também deixa a desejar, não sabemos bem o que aconteceu com o mundo ou como ele chegou no estado em que se encontrava, mas isso não me irritou.
O romance se desenvolve de maneira lenta e muito satisfatória, é aquele tipo de romance que te faz vibrar quando algo finalmente acontece, mas sem deixar o leitor frustrado pela falta de ação. Também adorei a dinâmica de Perry e Ária, um não sabe nada sobre o mundo do outro e é compreensível que tenham medo e raiva do desconhecido. Apenas a necessidade os une e eu adorei a parte onde os protagonistas viajam juntos. O final me pareceu um pouco abrupto e poderia ter sido mais detalhado, mas foi satisfatório.

Os Protagonista: Pelas resenhas que li, notei que eu fui diferente da maioria e adorei Ária. Consegui realmente me conectar à personagem, compreendendo seus medos e desejos, e simpatizei com sua dificuldade em se adaptar ao "novo mundo". Gostei muito que a protagonista tenha iniciado o livro sendo bem ingênua e dependente, pois ela teve muito espaço para amadurecer conforme o desenvolvimento da trama. Perry, entretanto, não foi um personagem tão carismático. Eu senti que Perry era carrancudo, inseguro e sarcástico demais, embora ele consiga ser bem engraçado e corajoso quando quer. Também gostei de como a autora o descreveu como um garoto de aparência mediana ao invés do cara super gato com tanquinho que costumamos ver. Apesar de ambos os personagens serem narradores, para mim apenas Ária era a protagonista.

Os Personagens Secundários: Apesar de não ter realmente sentido necessidade disso, seria bom se os personagens secundários tivessem sido explorados um pouco melhor.
Vou começar pelo meu predileto: Roar. Muito divertido, com aquele jeitinho que conquista o leitor em pouquíssimas páginas, eu só posso desejar que Roar apareça ainda mais no segundo livro!
Talon, o sobrinho de Perry, parecia ser uma criança muito querida e inteligente. Só posso imaginar a personalidade teimosa de Liv, irmã do protagonista, já que ela nem sequer faz uma aparição em Sob o Céu do Nunca, mas sinto que gostaria muito da garota. Por fim, não consegui me decidir direito sobre Marron, ele parece ser bom demais, tanto que comecei a desconfiar dele.

Capa, Diagramação e Escrita: Não adianta, não consigo gostar da capa. Acho que a original é infinitamente mais bonita e, mesmo que não fosse, não parece que trabalharam muito na imagem da nossa capa. A diagramação, para compensar, é perfeita. No início de cada capítulo temos seu número, narrador e a imagem de um galho de árvore, sendo um galho diferente para cada um. A letra é confortável e só encontrei erros mínimos de revisão.
A escrita da Veronica é gostosa de ler e flui muito bem. Adorei a criatividade da autora para os sentidos super desenvolvidos e a maneira como Perry "cheirava" sentimentos, as descrições eram extremamente vívidas. Entretanto, acho que Veronica tem potencial para amadurecer muito como autora.

Concluindo: Alguns personagens me agradaram, outros não. Gostei do mundo "fora dos núcleos", mas queria conhecer um pouco melhor o lugar onde Ária cresceu. A trama me prendeu, mas tinha várias falhas e podia ficar mais lenta às vezes. No geral, diria que é um livro bom, mas falta muito para ser ótimo.

Quotes:

Ela achou que sentiria muito mais medo por estar ali fora, mas o acompanhante dela era a coisa mais assustadora daquele lugar.

As pessoas podem ser mais cruéis para aqueles que amam.
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Jacqueline 27/03/2013

publicada originalmente em http://www.mybooklit.blogspot.com.br
- As nuvens se dissipam? - perguntou ela.
- Completamente? Não. Nunca
- E quanto ao Éter? Ele some em algum momento?
- Nunca, Tatu. O Éter nunca some.
Ela olhou pra cima.
- Um mundo de nuncas sob o céu do nunca. (pág.116)

Never Sky é o primeiro livro da brasileira Veronica Rossi, lançado nos EUA, e vendido para mais de 25 países. Seus direitos de adaptação foram adquiridos pela Warner Bros. Aqui no Brasil, a distopia já era bastante aguardada pelos fãs do gênero, e valeu a pena esperar.

Ária vive em Quimera, um mundo encapsulado, onde os moradores não possuem qualquer contato com o mundo externo, além das experiências nos Reinos vividas através de um olho mágico. Ao perder o contato com sua mãe, Lumina, e não conseguir acessar a última mensagem deixada por ela, Ária acaba se aproximando de Soren - filho do Cônsul - que a leva juntamente com seus amigos para fora das depêndencias da capsula, em um lugar denominado Loja da Morte. Ao quebrar o esquema de segurança, Soren coloca a vida de todos em risco, e parece não ter a real consciência disso, quando decide acender uma fogueira. No lugar de fornecer informações sobre a mãe de Ária, Soren assume uma postura irreconhecível, totalmente fascinada por seus sentidos fora da capsula. Quando ele decide atacar Ária, a jovem teme pelo que pode acontecer. Porém, um Forasteiro, surge em seu caminho, salvando-a das garras de Soren, e de ser morta pelo fogo que já se alastrava.
De volta à sua capsula, Ária é banida de Quimera, sendo deixada sozinha sem a menor chance de sobrevivência.

Mais uma vez, o Forasteiro aparece em seu caminho, desesperado pelo sequestro de seu sobrinho, Talon, realizado por seu povo. Juntos, eles irão unir forças para sobreviver a tempestade de Éter, os ataques dos canibais e as longas caminhadas enfrentando todo o tipo de adversidades, a fim de resgatar Lumina e Talon.

Never Sky não é só mais uma distopia comum. Com uma pegada sci-fi e sobrenatural, que conferem originalidade a trama, o livro superou as minhas expectativas. A ideia do olho mágico, e a possibilidade de experimentar outro tipo de vida em vários "mundos" sem sair do lugar, foi bastante inovadora e crível. A alta tecnologia foi um contraste com o modo primitivo com o qual os Corvos, também chamados de canibais, viviam. O toque sobrenatural ficou por conta dos Sentidos Dominantes com o qual os Forasteiros eram marcados. Perry possui o olfato muito apurado, e também pode enxergar no escuro, graças ao seu sentido de Vidente. Veronica soube dosar perfeitamente cada um dos elementos, sem tornar o enredo uma salada mista de assuntos.
Narrado em terceira pessoa, intercalando o ponto de vista de Ária e Perry, a autora nos aproxima dos conflitos e todos os revés vividos pelos protagonistas. Minha preferência sempre pendeu para a narração em primeira pessoa, e poucos são os livros que conseguem transmitir proximidade com os personagens quando narrados em terceira, e Never Sky foi um deles. A narrativa de Rossi é direta e sem floreios, motivos que tornaram a leitura frenética.

Ária gradualmente sofre uma grande transformação, de uma menina cheia de medos, em uma corajosa mulher que não se limita a ficar esperando ser salva. Partir para a ação é um dos lemas preferidos em se tratando de distopias. Ela me lembrou vagamente a Katniss de Jogos Vorazes, só que sem a característica frieza. Sua motivação e instinto de sobrevivência vieram a calhar durante sua peregrinação pela Loja da Morte. Acostumada a viver em uma cápsula sem sentir qualquer perigo, ou dor, Ária precisou se adaptar a um mundo e modo de vida completamente desconhecidos.
Perry à primeira vista pode parecer um ogro, mas aos poucos a autora remove a "casca" que encobre seus sentimentos, revelando um Perry vulnerável e humano. O romance entre eles surge naturalmente, e foge do piegas comumente encontrado em algumas distopias.
A cultura dos Marés, povo a qual Perry pertencia, não nos foi completamente revelada, assim como as causas para as frequentes tempestades de Éter, e o motivo que levou o povo a viverem em cápsulas protegidas do mundo externo, e este foi o motivo para a minha classificação com três estrelinhas e meia.

Embora a capa não tenha chamado muito minha atenção à primeira vista - já que eu sou apaixonada pela capa americana - em mãos ela é muito mais atrativa do que parece, pois possui um metalizado que dá vida ao Éter representado no céu, o que achei bem mais coerente com a história do que a capa original. A diagramação é muito bonita, e não encontrei nenhum erro de português.
E o bom é saber que não vou ficar muito tempo roendo as unhas para saber o que acontecerá com Ária e Perry na continuação Through the Ever Night, que tem previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano.
Para os fãs de distopias com uma grande dose de ação, e uma pitada de romance, Never Sky é um livro que você precisa ter na estante.
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