Alma?

Alma? Gail Carriger




Resenhas - Alma?


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Rafa 13/04/2013

Resenha - Alma? - Gail Carriger
Um livro realmente sexy e maravilhoso.

Alexia Tarabotti é solteira, tem 26 anos, e também é uma preternatural (você não leu errado), ela não tem alma, por isso esse termo, ao contrário das criaturas sobrenaturais ela tem o poder da personagem Bella de Crepúsculo, quando um sobrenatural chega bem perto dela, os poderes desse ser na hora cessam. É o que acontece no começo do livro, um vampiro desconhecido e solitário, por motivos desconhecidos a ataca enquanto bebericava uma xícara de chá ao lado de sua sombrinha, acaba por acertar o desconhecido com sua arma, o vampiro estranha sua dentição freada quando chega perto dela, o ato de usar a sombrinha faz com que ele caia no chão, morto. Nessa parte da leitura é impossível parar de ler.

A história se passa na era vitoriana, família tradicional, onde também as moças eram delicadas, com seus vestidos mais pesados que o corpo, um detalhe interessante é que os sobrenaturais eram considerados pessoas normais na época, um humano da sociedade convivia naturalmente com um vampiro, até mesmo tinha o DAS para proteger as leis só dos sobrenaturais, o mesmo comandado pelo Conde Maccon, um lobisomen super sexy. Mas poucos sabem da condição de Alexia, somente a família e alguns sobrenaturais é que sabem. Isso parece ser um motivo para àquele vampiro a ter atacado. Ela é uma ameaça, pelo que parece.

Alguns lobisomens e vampiros começam a sumir, e ela juntamente com o Conde quer investigar, porque querendo ou não ela faz parte disso.

O que dizer da narrativa da autora? Sim, segue o estilo steampunk claro, a leitura é viciante, a narrativa discorre no começo de uma maneira estranha de se ler, mas com o tempo você se interessa e não para mais, ainda mais com essa diagramação linda do livro, não tem como se cansar na leitura, os detalhes das páginas também, achei o trabalho da editora impecável.

A premissa parecer ser chata, porque só o mistério de alguns sobrenaturais sumindo aqui e ali parece que já vi algo parecido, mas a autora conhece o leitor e vai a fundo, porque tem romance, tem mistério, faz da personagem Alexia a mais engraçada do livro, com seu linguajar irônico e com personalidade forte. O que o leitor pode estranhar é que a fala dos personagens é bem diferente, por se tratar de uma época diferente também.

Enfim, um livro muito bom, dá até para tomar um pouco de chá agora e pegar o mesmo livro pra ler de novo. Por que não mais um pouco de diversão? Aposto os fãs de sobrenatural irão adorar.
Cris21 13/04/2013minha estante
Livro perfeito esse, adorei!


cristiane190 16/04/2013minha estante
Gostei quero muito ler.


Manuella_3 20/04/2013minha estante
Adorei sua resenha, Rafa. VOu ler, sim. Quero conhecer o estilo steampunk.


Liana 16/08/2013minha estante
Parabéns pela resenha!


julia 16/12/2013minha estante
pronto...agora fiquei mais instigada ainda..kkk..vou a caça desse livro..ótima resenha..


Tatiana 18/05/2014minha estante
Achei ele um pouco cansativo!
Começa a ficar melhor da metade pra o fim.
Achei os diálogos um pouco chatos.
No entanto, é um livro bom.


Hemy Gomes 17/01/2017minha estante
achei suuuper chato, não consegui passar do 3o cap de tão chata a narração, a história e todo o resto




Luh 08/04/2013

Me surpreendeu muito!
A Trama: Alexia é uma solteirona que não tem alma. Ela ainda tem sentimentos e tudo o mais, a única diferença é que consegue anular temporariamente os poderes das criaturas sobrenaturais, praticamente transformando-as em humanos, com um simples toque. No mundo criado por Gail Carriger, os humanos sabem da existência de seres sobrenaturais há centenas de anos e tudo é muito civilizado, existe até um departamento governamental (o DAS) dedicado a fiscalizar as ações de tais seres.
Eu geralmente formo minha opinião sobre um livro nas primeiras 50 páginas, porém não estava gostando tanto de Alma? no início, as situações pareciam forçadas, a protagonista era estranha e até a escrita da autora era diferente.
Entretanto, assim que me acostumei um pouquinho com o livro, acabei adorando a trama e os personagens. Alma? é um livro para todos os gostos, temos um pouco de ação, suspense, romance e até comédia, sem falar no cenário maravilhoso que é Londres na era vitoriana. A trama começou devagar, mas logo tomou um rumo interessante e foi melhorando progressivamente. O final foi muito satisfatório, me deixando ansiosa pelo próximo livro, mas sem instigar aquela curiosidade extrema.

O Protagonista: Alexia é muito diferente do que se esperaria de uma mulher de sua idade que vive naquela época. Ao invés de se submeter as vontades da mãe e da sociedade, ela é uma pessoa independente, que tem seus próprios interesses (e nenhum deles é o bordado), teimosa e difícil de persuadir, além de extremamente inteligente. Por ser diferente dos padrões, tanto em personalidade quanto em beleza, Alexia acabou acreditando na família, que insiste que ela é indesejável, tornando-se bastante insegura.
Também achei muito engraçada a maneira como a protagonista se preocupava com seus modos e decoro nas situações mais estranhas.

Os Personagens SecundáriosÉ impossível não gostar de Lorde Maccon, com seu jeito "rude" e direto e suas tentativas falhas de disfarçar seus sentimentos por Alexia. Eu gostaria que o livro tivesse sido narrado um pouco mais de seu ponto de vista, já que ele era um personagem muito interessante e eu gostei de ver seus dilemas internos. O professor Lyall, apesar de me parecer meio submisso demais, era inteligente e sagaz, além de ter o hábito de aparecer nos momentos mais inoportunos (interrompendo cenas ótimas).

Capa, Diagramação e Escrita: A modelo escolhida não me agradou, mas a capa ficou bonita. Adorei as cores diferentes para o título, nome da autora e etc. A diagramação do livro é belíssima, com desenhos de polvo no topo de cada página e três fontes diferentes no início dos capítulos, mas encontrei alguns errinhos de revisão.
Eu poderia ter gostado mais de Alma? se não fosse a escrita da Gail. Não consegui me adaptar muito bem ao estilo dela, que narra tudo em 3ª pessoa, mas trocando o personagem do ponto de vista o tempo todo e sem aviso algum. Gail também usa uma linguagem "antiquada", mas relativamente fácil de entender, só tive que procurar meia dúzia de palavras (como gravatas plastrom) no dicionário.

Concluindo: Demorei um pouco para realmente entrar na história, mas compensou o esforço. Com personagens carismáticos e uma trama divertida, estou aguardando ansiosamente o próximo livro da série.

Quotes:
A jovem concluiu, naquele exato momento, que Lorde Maccon possuía dois modos de operação: irritado e excitado. Perguntou a si mesma com qual deles preferiria lidar no dia a dia. Seu corpo se meteu no debate sem o menor constrangimento, levando-a a uma escolha tão chocante que ela ficou muda por muito tempo.
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Saleitura 04/04/2013

Quem é o verdadeiro inimigo?
O que me chamou atenção logo de primeira no livro Alma? foi à capa pela sombrinha e o chapéu que acho um charme. Só que apesar desse detalhe temos aqui um romance histórico, passado em Londres em plena época Vitoriana que fala sobre vampiros, lobisomens e sombrinhas. Uma aventura por um mundo steampunk onde embarquei de olhos fechados sem saber o que poderia encontrar. E essa é a primeira viagem da série.

Alexia Tarabotti é uma jovem de 26 anos considerada naquela época solteirona. Tem a pele morena, cabelos escuros e um corpo bem diferentes herdado do pai italiano já falecido. Têm duas meio-irmãs, Felicity e Evylin, do segundo casamento da mãe com o Sr. Loontwill que são bem estilo londrino. Sempre bem vestida e acompanhada de sua sombrinha é uma pessoa inteligente e bem disposta e pronta para falar o que acha sem rodeios. Nascera sem alma que denominava o seu tipo preternatural. A ausência de alma tinha o poder de neutralizar os poderes sobrenaturais.

Os sobrenaturais nesta época conviviam em harmonia com os humanos isso graças às regras impostas que não permitia que se atacasse e nem se alimentasse dos humanos.

Alexia em uma festa da sociedade acaba sendo atacada por um vampiro que desconhecia seus poderes e para se defender o mata com sua sombrinha. Aparece o Lorde Maccon, o alfa dos lobisomem, charmoso e tremendamente atrapalhado. Ele comanda o DAS – Departamento de Arquivos Sobrenaturais, para fazer as devidas investigações juntamente com o Professor Lyall, lobisomem Beta. Para evitar complicações resolvem deixar Alexia fora desse acontecimento.

A Sra. Lontwill nunca conseguira entender a filha mais velha. Imaginou que, se a mantivesse longe do altar, a moça irritante não se meteria em confusões. Mas ao agir assim dera mais liberdade a ela.pg. 32

Vamos nos divertir com a Srta. Hisselpenny, amiga de Alexia, que com seus chapéus extravagantes nos conquista com suas investidas. Em um dos seus passeios Alexia fica vislumbrada com a visão do pouso de um dirigível.

“Ambas as amigas observaram um dirigível iniciar o procedimento de pouso.... O dirigível manobrou em direção ao prado e, em seguida, enquanto as duas damas observavam, desligou o propulsor antes de pousar suavemente.” Pg.40

Não posso deixar de citar o mordomo Floote, dedicado e fiel a Alexia como fora a seu pai que a ajuda em suas fugas noturnas. Lorde Akeldama seu amigo vampiro a quem sempre procura para se aconselhar.
A história vai seguindo um rumo cheio de aventuras, suspenses, e várias surpresas em volta das investigações. Começa um romance entre Lorde Maccon e Alexia com momentos por demais hilários.

“O Conde segurou o queixo da Srta. Trabotti com uma das mãos enormes e, com a outra, puxou-a pela cintura, com firmeza em sua direção. Seus lábios tocaram os dela quase com violência.” pg.101

Surgem pessoas estranhas, perseguições, conspirações que nos deixam sem fôlego até a última página.
Um romance histórico com uma leitura agradável, cheia de emoções e carregado de muito bom humor.
A série do protetorado da sobrinha é muito boa e o Alma? encantou-me apesar de ser o primeiro nesse estilo que li. Fiquei até receosa, mas quando chegou ao clímax foi fantástico.

A autora Gail Carriger estudou história, passou a vida assistindo dramas de época do BBC e teve como suas maiores influências para criar Alma? Jane Austen, P.G. Wodehouse, Gerald Durrel. Com certeza ela veio para ficar com sua escrita apurada, com seu bom humor, com sua criatividade romântica e estilo vitoriano que vai fazer todo mundo mergulhar nessa série. Vamos passear de dirigível, tomar chá e claro não podendo faltar à poderosa sombrinha.

O Protetorado da Sombrinha
ALMA? (Vol 1)
CHANGELESS (Vol 2)
BLAMELESS (Vol. 3)
HEARTLESS (Vol. 4)
TIMELESS (Vol 5)

Resenha por Irene Moreira
http://www.skoob.com.br/estante/livro/26605984

Postagem Saleta de Leitura
http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2013/04/resenha-do-livro-alma-o-protetorado-da.html
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Irene Moreira 04/04/2013

Quem é o verdadeiro inimigo?
O que me chamou atenção logo de primeira no livro Alma? foi à capa pela sombrinha e o chapéu que acho um charme. Só que apesar desse detalhe temos aqui um romance histórico, passado em Londres em plena época Vitoriana que fala sobre vampiros, lobisomens e sombrinhas. Uma aventura por um mundo steampunk onde embarquei de olhos fechados sem saber o que poderia encontrar. E essa é a primeira viagem da série.

Alexia Tarabotti é uma jovem de 26 anos considerada naquela época solteirona. Tem a pela morena, cabelos escuros e um corpo bem diferentes herdado do pai italiano já falecido. Têm duas meio-irmãs, Felicity e Evylin, do segundo casamento da mãe com o Sr. Loontwill que são bem estilo londrino. Sempre bem vestida e acompanhada de sua sombrinha é uma pessoa inteligente e bem disposta e pronta para falar o que acha sem rodeios. Nascera sem alma que denominava o seu tipo preternatural. A ausência de alma tinha o poder de neutralizar os poderes sobrenaturais.

Os sobrenaturais nesta época conviviam em harmonia com os humanos isso graças às regras impostas que não permitia que se atacasse e nem se alimentarem dos humanos.

Alexia em uma festa da sociedade acaba sendo atacada por um vampiro que desconhecia seus poderes e para se defender o mata com sua sombrinha. Aparece o Lorde Maccon, o alfa dos lobisomem, charmoso e tremendamente atrapalhado. Ele comanda o DAS – Departamento de Arquivos Sobrenaturais, para fazer as devidas investigações juntamente com o Professor Lyall, lobisomem Beta. Para evitar complicações resolvem deixar Alexia fora desse acontecimento.

A Sra. Lontwill nunca conseguira entender a filha mais velha. Imaginou que, se a mantivesse longe do altar, a moça irritante não se meteria em confusões. Mas ao agir assim dera mais liberdade a ela.pg. 32

Vamos nos divertir com a Srta. Hisselpenny, amiga de Alexia, que com seus chapéus extravagantes nos conquista com suas investidas. Em um dos seus passeios Alexia fica vislumbrada com a visão do pouso de um dirigível.

“Ambas as amigas observaram um dirigível iniciar o procedimento de pouso.... O dirigível manobrou em direção ao prado e, em seguida, enquanto as duas damas observavam, desligou o propulsor antes de pousar suavemente.” Pg.40

Não posso deixar de citar o mordomo Floote, dedicado e fiel a Alexia como fora a seu pai que a ajuda em suas fugas noturnas. Lorde Akeldama seu amigo vampiro a quem sempre procura para se aconselhar.
A história vai seguindo um rumo cheio de aventuras, suspenses, e várias surpresas em volta das investigações. Começa um romance entre Lorde Maccon e Alexia com momentos por demais hilários.

“O Conde segurou o queixo da Srta. Trabotti com uma das mãos enormes e, com a outra, puxou-a pela cintura, com firmeza em sua direção. Seus lábios tocaram os dela quase com violência.” pg.101

Surgem pessoas estranhas, perseguições, conspirações que nos deixam sem fôlego até a última página.
Um romance histórico com uma leitura agradável, cheia de emoções e carregado de muito bom humor.
A série do protetorado da sobrinha é muito boa e o Alma? encantou-me apesar de ser o primeiro nesse estilo que li. Fiquei até receosa, mas quando chegou ao clímax foi fantástico.

A autora Gail Carriger estudou história, passou a vida assistindo dramas de época do BBC e teve como suas maiores influências para criar Alma? Jane Austen, P.G. Wodehouse, Gerald Durrel. Com certeza ela veio para ficar com sua escrita apurada, com seu bom humor, com sua criatividade romântica e estilo vitoriano que vai fazer todo mundo mergulhar nessa série. Vamos passear de dirigível, tomar chá e claro não podendo faltar à poderosa sombrinha.

O Protetorado da Sombrinha
ALMA? (Vol 1)
CHANGELESS (Vol 2)
BLAMELESS (Vol. 3)
HEARTLESS (Vol. 4)
TIMELESS (Vol 5)
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Lelê 03/04/2013

Resenha:
E lá vamos nós nos aventurarmos pelo mundo steampunk de Alma?, o primeiro volume da série "O Protetorado da Sombrinha".



Alexia Tarabotti é uma mulher de vinte e seis anos bem diferente de todas da região onde mora, Londres. A Srta. Tarabotti é solteira, o que na época em que vivia era um problema, ela é descendente de italiano, o que deu à ela uma aparência que não é a mais recomendada para as senhoritas, possui quadris largos, pele mais escura e cabelos negros, e isso não ajuda na procura de uma marido. Ela é muito descolada, fala o que quer e é muito bem-humorada ao tecer seus comentários. Ah! E ela é uma preternatural, ou seja, não tem alma.


"A Srta. Tarabotti costumava manter sua
condição de não ter alma em segredo,
até mesmo para a própria família."
Pag. 28


Um preternatural tem o poder de anular os poderes dos sobrenaturais, que nesta época Vitoriana conviviam em harmonia com os humanos, graças ao Rei Henrique que impôs regras para esta convivência; como por exemplo: Os sobrenaturais não podem atacar e se alimentarem de humanos, salvo se isso fosse feito em comum acordo entre as partes.

Mas isso muda quando Alexia é atacada por um vampiro desconhecido da sociedade em uma festa. Alexia se defende e acaba matando o tal vampiro com sua sombrinha.
Porém um crime desse não pode passar impune, e por isso a Rainha Vitória envia Lorde Maccon, que é um lobisomem, para descobrir o que está acontecendo.
Só que outros sobrenaturais também desaparecem. E assim, os dois se unem nesta investigação.


"Sem dúvida possuía uma identidade, um coração
que se emocionava e tudo o mais; só não tinha alma."
Pag. 20


Além da investigação os dois se unem em um romance tão quente que parece que vai explodir a cada página.


"Como da outra vez, ele começou devagar,
tranquilizando-a com beijos suaves e intoxicantes..."
Pag. 142


Tenho que destacar alguns personagens secundários que são maravilhosos. A Srta Hisselpenny, amiga de Alexia, é divertida demais e está sempre a procura de um pretendente. O mordomo Floote, que não mede esforços para ajudar Alexia, e muitas vezes se faz de cego para não ver o que a patroa apronta. E claro, Lyall, que trabalha com Lorde Maccon, um verdadeiro cavalheiro!!


" - Vocês ficaram sabendo? Estão fazendo joias
com aquele metal novo fantástico, alu-mi-nínio ou
algo assim. Não perde o lustre como a prata. Só
que custa muito caro, e papai não vai deixar a
gente comprar nada do gênero. - Ela fez beicinho."
Pag. 164


Um romance com seres sobrenaturais cheio de aventura e carregado de um humor sarcástico e bem colocado. O primeiro volume da série que mostrou realmente para que veio. Uma comédia de costumes de primeira.

A diagramação está espetacular, a capa deixa claro o estilo steampunk.

Uma leitura agradável e ao mesmo tempo diferente. O certo é que ela me prendeu.

Adorei e recomendo!!
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stsluciano 02/04/2013

Em um primeiro momento, Alma? não me chamou tanto a atenção. Por mais que goste de personagens femininos fortes e que, com muito bom humor, lidam com as adversidades de seu tempo, fazendo troça das convenções sociais sem, no entanto, comprometê-las por completo, Alexia acabou me passando despercebida, o que se provou uma verdadeira injustiça.

Alexia Tarabotti é uma jovem de vinte e seis anos que ainda não arranjou um marido, o que faz dela, em pleno período vitoriano, uma solteirona sem esperança alguma. Para completar, possui sobrenome, nariz, tez e um corpo italiano, herdados do pai; que muito contrasta com suas meio-irmãs, frutos do segundo casamento da mãe, que estão perfeitamente dentro do que os costumes da época pedem, quase como se ela fosse Lady Edith Crawley, a feia filha do conde Grantham, em Downton Abbey, quando comparada com suas belas irmãs.

Isso faz com que Alexia viva em uma situação que muitas princesas de contos de fadas viveram, sendo preterida e cutucada em qualquer ocasião em que se desponte a oportunidade, mas com uma importante diferença: Alexia é dona de uma língua solta, irônica, mordaz e um comportamento completamente à frente de seu tempo, aliados a uma condição que faz dela um ser único: ela é uma preternatural.

O livro começa com a autora nos apresentando Alexia chamada de Srta. Tarabotti entediada em um baile onde nem mesmo se serviu uma comida decente, dando uma escapada para fazer um lanche rápido, mas um vampiro entra em cena e parte para atacar a moça. O que ele não sabe é que ela, sendo uma preternatural, ou sem alma, é capaz de anular os poderes sobrenaturais das criaturas: ao simples contato, vampiros e lobisomens perdem suas características fantásticas e se tornam humanos enquanto tal contato durar. Com a ajuda de sua sombrinha que possui, não por acaso, uma ponteira de prata o vampiro acaba sendo morto, com razão pois se mostrara bastante mal-educado.

Pouco depois entra em cena Lorde Maccon, um lobisomem que comanda o DAS uma espécie de gabinete do governo que regulamenta a atividade sobrenatural, de modo que nada saia dos trilhos para investigar a morte do vampiro e não fica surpreso ao encontrar Aléxia na cena do crime, uma vez que ela tem talento para entrar em confusões. Fica logo claro também, devido a animosidade entre os dois, que Alexia e Maccon formam o casal com tensão sexual do livro.

É preciso explicar a sociedade na qual Alexia vive. Sendo um livro do subgênero steampunk, isso quer dizer, à grosso modo, que a autora escreve uma história no tempo passado onde se tem a presença de elementos tecnológicos posteriores à esta época, porém desenvolvidos com a tecnologia presente nela. Como o livro é ambientado no século dezenove, vemos chaleiras automatizadas movidas à vapor, elevadores à manivela e etc.

Mas, o mais importante para compreender o livro, é saber que na sociedade onde ele é ambientado, a existência dos seres sobrenaturais é conhecida há um bom tempo, tanto que no período eles já estavam, inclusive, inseridos na sociedade observando estritas regras de convivência com os seres humanos mortais, como não transformar ou se alimentar de uma pessoa sem a mesma estar de acordo existindo inclusive prostitutas de sangue, que se deixam morder por vampiros em troca de dinheiro e informar ao DAS quando da transformação de um novo membro.

Por isso, o ataque súbito que Alexia sofre deixa Lorde Maccon alarmado, pois algo de muito errado deve ter acontecido para que aquele vampiro deixasse sua colmeia para se alimentar desta forma, contrariando todas as regras de convivência mútua. À margem disso, a intrigante sobrenaturalidade de Alexia, e seus poderes ganham certa notoriedade, e o leitor logo se perguntará se, sendo ela capaz de neutralizar os poderes de lobisomens e vampiros, não seria também a fonte de uma possível cura?

Talvez eu precise explicar também o comportamento de Alexia. Apesar de ter a língua solta e não conseguir ficar calada quando, muitas vezes, seria mais fácil o fazer, ela não é amoral ou alheia a críticas. Como todo mundo ela se sente envergonhada, ferida, subestimada, a diferença aqui é o que ela faz para dar à volta por cima.

Gostei muito do texto da autora, Gail Carriger. Guardadas as devidas proporções, e isso graças à ambientação de época do texto, ele fica parecendo algo como Jane Austen com um belo senso de humor a própria autora se diz fã de Austen que dá um tom leve ao livro, que ajuda e muito no andamento do mesmo.

Acho que a autora conseguiu construir uma excelente obra, com uma ambientação onde todos os personagens se encaixam e são memoráveis, como o Professor Lyall, que é o Beta na alcateia de Lorde Maccon; Floote, fiel mordomo, sempre pronto a ajudar Alexia; Ivy, a melhor amiga dela; e, claro Lorde Akeldama, um vampiro efeminado por quem ela nutre especial afeição e não parecem soltos ou supérfluos, nem mesmo com relação à trama.

É admirável quando, em um livro de estreia de uma série, o autor consegue fazer com que nada seja gratuito, com cada passagem tendo sua relativa importância, e terminá-lo sem deixar pontas soltas que não àquelas que darão oportunidade de prosseguir com a série. Pelas minhas contas, essas pontas soltas foram duas, e, em minha humilde opinião, renderão bastante no futuro.

Pra finalizar, destaco o trabalho gráfico da editora Valentina. O acabamento do livro é muito bom, desta vez gostei muito da capa, ela tem um ar misterioso que apenas Londres sob a neblina pode ter, e as páginas trazem elementos que se somam à identidade visual da série, agregando valor ao produto final.

Resenha originalmente publicada aqui: http://www.pontolivro.com/2013/03/alma-o-protetorado-da-sombrinha-o.html
Dani 03/04/2013minha estante
Hey!
Eu acabei de ler a resenha no seu blog e vim dar (a mesma) opinião aqui.
Sou bem leiga quando se trata do gênero "steampunk", mas a história depois de umas boas lidas em resenhas e relidas em sinopse, começou a me chamar a atenção.

Eu adorei o estilo da personagem principal, mas preciso tirar uma dúvida: a história é uma série de 5 livros? o.O

No mais, adorei a resenha!
Ela ficou ótima!
Espero poder ler este livro em breve!


Michele 03/04/2013minha estante
Adoro suas resenhas: completas , sinceras , sem puxação de saco , e fiquei tãoooo feliz que vc gostou do livro , tb aprecio quando uma serie termina sem me deixar loucaaaa varridaa querendo a continuação , ta certo que ficar um pouco curiosa ´´e bom mas nada demais , acho que vou amar esse livro tanto quanto amei a capa .


Michele 03/04/2013minha estante
Adoro suas resenhas: completas , sinceras , sem puxação de saco , e fiquei tãoooo feliz que vc gostou do livro , tb aprecio quando uma serie termina sem me deixar loucaaaa varridaa querendo a continuação , ta certo que ficar um pouco curiosa ´´e bom mas nada demais , acho que vou amar esse livro tanto quanto amei a capa .


Pandora 03/04/2013minha estante
O que a pessoa não faz por mais uma chance de ganhar um livro, até comenta duas vezes o mesmo texto! To louca para ler esse livro e se ganhar vou economizar uns trocados néh?!?! ;)


SahRosa 06/04/2013minha estante
Até o momento, eu não tinha ideia do que esperar desse livro. Quando soube do lançamento, a capa e sinopse me conquistaram, e agora com a sua resenha minhas expectativas estão ainda maiores, espero poder gostar quando ler!


Lucas 07/04/2013minha estante
Steampunk é um gênero que me atraiu, e me disseram que esse livro é minha cara, ainda não sei por que hahaha
Sua resenha está muito bem feita, muito bem escrita. E a primeira que compara a autora à Jane Austen. Uau, ela deve ser boa então haha


Maristela 07/04/2013minha estante
Como disse no blog, eu quero muito ler esse livro. Achei muito interessante a sua resenha e gostei bastante.


Ivi 09/04/2013minha estante
adorei a descrição da protagonista: Fora dos padrões e forte!!! Quero ler!!!


cristiane190 09/04/2013minha estante
Gosto muito de romances sobrenaturais e estava precisando mesmo de uma coisa nova como Alma?.
Parece ser bem legal essa mistura toda com estilo vitoriano que gosto muito, acho que nasci na época errada rsrsrsrsrs.
Gostarei muito de saber mais sobre a vida da srta. Alexia Tarabotti e como ela mata um vampiro sendo uma sem alma, muito curiosa com novidades.
A capa não me agradou muito.


Paty 16/04/2013minha estante
Esse livro parece ser muito bom, gostei do fato da personagem principal ser espirituosa e independente para a época que vivia, gostei do perfil da historia e de como ela parece se desenrolar, com as conversas inteligentes e claro, o queridíssimo sobrenatural. 


Clara 17/04/2013minha estante
Bom, o livro chamou muito minha atenção. Adoro e sou viciada neste tipo de temática! Espero ler o livro em breve! Adorei a resenha, deixou um gostinho de quero mais!


Thici Rodrigues 20/04/2013minha estante
Adoro o gênero, adorei a história e pela sinopse vi que os personagens são apresentados em sua devida ordem e em um contexto fácil pro leitor levar a história sem ficar "voltando", odeio quando os personagens são jogados nos primeiros capitulos e você que quiser que se vire pra decorar nomes e história. Quero muito ler ^^


Saleitura 22/04/2013minha estante
Luciano você quando gosta da leitura já percebo pela resenha.realmente Alma? Ultrapassou as expectativas. Uma história que nos prendeu do início ao fim e a autora o fez muito bem. Alexia me cativou assim como o Lorde Maccon. Um casal super hilário e vai dar muito o que falar. ótima resenha e um A vale comemoração.


Laura 28/04/2013minha estante
Muito ansiosa pra ler esse livro, pena que sei que seu eu gostar vou comprar todos os outros livros da série, isso que dizer, falindo hahaha.


Joy 30/04/2013minha estante
Quero muito ler esse livro, e essa resenha só me deixa com mais vontade!


Beth 30/04/2013minha estante
Vou ler com certeza.Gostei do que li em sua resenha e aprendi mais um pouco sobre este livro.


Pamela Liu 30/04/2013minha estante
De início, também não tinha em interessado pelo livro, mas depois de ler tantas resenhas positivas, fiquei curiosa sobre ele.
Adorei a ideia de Alexia ser uma preternatural, sendo capaz de anular os poderes dos seres sobrenaturais com um toque, tornando-os humanos.
Achei bastante interessante esse gênero steampunk! Fiquei com muita vontade de ler esse livro! =)




Tribo do Livro 01/04/2013

Sombrinhas, Vampiros, lobisomens, cientistas loucos...e muito mais.
Resenha por Ver Sobreira

A Editora Valentina que acaba de chegar ao mercado editorial, está nos trazendo leituras bem diferentes e de muita qualidade. Primeiro foi o urban-fantasy Garota Tempestade, resenha aqui. Agora, ela nos presenteia com uma série de grande sucesso do subgênero Steampunk - Alma? - O Protetorado da Sombrinha-1. Venham conhecer a Srta. Alexia Tarabotti.

Steampuk é um subgênero literário que apareceu na década de 1980, nascido a partir do gênero de ficção-científica. Hoje em dia, como este subgênero está amadurecido converteu-se em um movimento artístico não somente literário, mas também sócio-cultural. As narrativas se desenvolvem em ambientes em que a tecnologia está a todo vapor, onde o cientificismo é retratado. Normalmente a trama tem como "pano de fundo" a Era Vitoriana, e não é nada estranho encontrarmos elementos de ficção-cientifica e fantasia. Este subgênero bebe principalmente das fontes de H.G.Welles e Julio Verne. A história de Gail Carriger é uma mistura de gêneros, nela encontramos um pouco do subgênero urban-fantasy, romance, ficção-científica, porém o predomínio é do subgênero steampunk. É uma narrativa simplesmente hilária e fascinante.

A Srta. Alexia Tarabotti é uma solteirona para os padrões da Era Vitoriana. Aos 26 anos já passou da idade do casamento, por isso ela se dá o direito de ser espevitada, atrevida e altamente questionadora. Em uma Londres povoada por: vampiros, lobisomens, fantasmas,etc., ela é uma preternatural, ou seja, uma sem alma. E o mais incrível, tem a capacidade de neutralizar os poderes de vampiros e lobisomens apenas, tocando neles. Mas a Srta Tarabotti, passeia, se socializa bem entre estas raças e tem até uma relação de amor e ódio com, Lorde Conall Maccon, o quarto Conde e Alfa da Alcateia Woolsey . Durante uma festa, por acidente, Alexia mata um vampiro errante com sua sombrinha e desse modo não consegue evitar o encontro com Lorde Maccon, pois ele é o chefe da DAS – Divisão de Assuntos Sobrenaturais – ele te licença para agir em nome de Sua Majestade Rainha Vitória.


Alexia, apesar de solteirona não é uma moça afetada. Ela é esperta, sarcástica e muito ácida às vezes, porém seu único problema é fazer pouco caso de si mesma. Ela tem duas meias-irmãs Evelyn e Felicity, filhas do segundo casamento de sua mãe, Leticia, uma senhora um tanto esnobe e coquete demais para a idade. Por ter a tez "muito morena" como afirma a mãe, já que seu pai era italiano, Alexia acredita ser difícil que algum homem se enamore por ela, mas Lorde Maccon, um típico escocês rude das Highlands, adora mulheres com curvas, seios fartos e um certo ar campestre.

(...) Embora a posição fosse bastante indecente, foi nela que a srta. Tarabotti se viu, inexplicavelmente, com as anquinhas suspensas, as várias camadas de saia retorcidas, sentada no colo de Lorde Maccon. Ele parou de beijá-la , o que a decepcionou, mas, em seguida, começou a mordiscar seu pescoço, o que foi gratificante. (...)

Narrativa leve, descontraída e com um pitada do humor negro tipicamente inglês. Ver personagens sobrenaturais desfilarem na Inglaterra vitoriana, convivendo em "certa harmonia" com os seres humanos é revigorante. Os diálogos são inteligentes e as trocas de "farpas" entre Alexia e Lorde Maccon, são os momentos mais altos do livro. Fora uma gama de personagens como: A Srta Hisselpenny, melhor amiga Alexia, o professor Lyall, Beta de Lorde Maccon, o afetado vampiro amigo de Alexia, Lorde Akeldama, entre outros.

Não deixem de ler e acompanhar as aventuras da Srta. Alexia Tarabotti em Alma? - O protetorado da sombrinha. Recomendadíssimo. Agora nos resta aguardar o livro dois, que ele seja breve. Valeu demais a leitura Editora Valentina.

Livros já lançados nos E.U.A - O Protetorado da sombrinha:
Alma? (2009) Orbit Books , Paperback
Changeless (2010) Orbit Books, Paperback
Blameless (2010) Orbit, Paperback
Heartless (2011) Orbit , Paperback
Timeless (2012)Orbit , Paperback
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Luiza Cintra 28/03/2013

Há muito tempo não lia um livro tão bom assim!!!!
Londres, século 19. Uma sociedade preenchida por lindos vestidos de baile, anáguas, chapéus e sombrinhas. Mulheres brancas, magras, de olhos claros, carruagens e dirigíveis.

E, Alexia Tarabotti.

Fora dos padrões da sociedade londrina, ela é filha de pai italiano, tem pele um pouco mais escura, nariz largo e curvas acentuadas. Não, ela não é considerada a mulher ideal. Solteirona em plenos seus 26 anos, Alexia não é uma mulher de meias palavras, ela fala o que pensa e pronto. Ó, como sua família fica envergonhada. E qual é mesmo a parte em que Srta. Tarabotti liga para o que os outros pensam? Filha de uma respeitada senhora, que tem outras duas filhas de seu segundo casamento, Alexia é o tempo todo criticada e ridicularizada dentro de casa, mas hein, ela não liga porque sabe que sua mãe e suas irmãs não sabem raciocinar caso o assunto não seja moda ou fofoca.

“Que desagradável para ela. As pessoas realmente pensando, com seus cérebros, e bem na porta ao lado. Oh, a paródia de tudo isso.”

Uma intrigante personagem, uma das melhores mocinhas que já conheci. E imaginem só: ela ainda é uma preternatural, não tem alma.

No mundo em que se passa a história, existem criaturas sobrenaturais: lobisomens, vampiros e fantasmas, que possuem excesso de alma para conseguir sobreviver à transformação. E há os preternaturais, que seriam biologicamente o oposto, aqueles que não têm alma e são capazes de tornar as criaturas sobrenaturais humanas com apenas um toque, e só apenas durante o toque. Então imaginem? Ela faz os vampiros retraírem suas presas se tocá-los, os lobisomens voltam à forma humana mesmo na lua cheia e ela pode exorcizar fantasmas.

Com essa característica de desalmada, Srta. Tarabotti tem menos sensibilidade, menos emoções, mas também é capaz de amar.

A história começa num baile, em que Alexia foge para a biblioteca, pois não suporta todo o blá blá blá da sociedade. Nisto, um vampiro a ataca, sem saber da sua condição de preternatural, e Alexia acaba revidando o ataque, com a sua sombrinha (que não é igual às outras) e o mata.

Para investigar o ocorrido no baile, chega o alto, forte, intimidador e, ah, lobisomen, Lord Conall Maccon. Ele é chefe do BUR (Bureal of Unnatural Registry), divisão do governo britânico responsável por manter as criaturas sobrenaturais dentro dos padrões de comportamento, desde que eles passaram a ser reconhecidos como cidadãos, e também é o alfa do pack Woolsey, e chamado de Conde de Woolsey.

Assim a confusão começa. Uma série de desaparecimentos de vampiros e lobisomens começa a acontecer e todos parecem pensar que Alexia é a responsável, por ser a única preternatural na região. E a Srta. Tarabotti deve se unir ao belíssimo, alto e forte lobisomem, Lord Maccon e sua equipe, para conseguir descobrir o que realmente está acontecendo.

Soulless é um livro steampunk, um tipo de ficção que se passa num passado onde a tecnologia e a modernidade estão bem à frente do seu tempo, utilizando os materiais e recursos disponíveis na época. A corrida científica é algo muito explorado nesta série e a nossa protagonista Alexia tem grande interesse pelo assunto. Por isso, neste livro você encontrará dirigíveis, equipamentos de transmissão de mensagens à distância e o misterioso gás aether.

Foi um pouco estranho para mim no início, pois nunca tinha lido um livro desse gênero, a escrita e os termos são bem arcaicos, por ser uma obra que se passa no século 19, mas nada que não pudesse me acostumar!

É uma história muito empolgante, muito boa de ler. A principal característica é ser engraçada, mas muito engraçada mesmo. Não leia esse livro em lugares públicos, você corre o sério risco de passar vergonha, como eu, dando gargalhadas bem altas e todo mundo olhando para sua cara!


“Por Favor, Lord Maccon, use uma das xícaras. Minha sensibilidade é delicada.”
O conde, na verdade, bufou.
“Minha querida Srta. Tarabotti, se você possui tal coisa, com certeza nunca a mostrou para mim.”

A Alexia é uma personagem perfeita e te faz querer ler sem parar. Sua aproximação com Lord Maccon é a melhor parte da história, pois ela não é uma mulher do tipo das da sua época, então a convivência entre eles é bastante intensa, com muitas discussões, e também bem picante, mas não do jeito que vocês estão pensando. Como naquela época tudo era muito censurado, um toque nas mãos e um olhar intenso podem ser bem picantes, ainda mais quando se é uma mulher que só sabe algumas coisas sobre relações entre homens e mulheres porque leu algo em um livro. Então, cada coisinha é uma grande descoberta.


“Bem, meu amor,” disse Alexia, com ousadia prodigiosa, para Lorde Maccon, “podemos?” O Conde começou a seguir em frente e então parou abruptamente e olhou para ela, não se movendo mais. “Eu sou?”
“Você é o quê?” Ela olhou para cima e o espiou, através de seu cabelo emaranhado, fingindo estar confusa.
“Seu amor?”
“Bem, você é um lobisomem, Escocês, nu, e coberto de sangue, e eu ainda estou segurando a sua mão.”
Ele suspirou em evidente alívio. “Bom. Isto está resolvido então.”

E é aí que está a minha única crítica ao livro. Eu acho que a autora poderia ter descrevido melhor a cena tão esperada, mostrado melhor o que a Alexia estava sentindo, eu acho que descreveu muito bem cenas menos importantes e essa cena em especial acabou bruscamente.

Não é apenas Alexia e o Conde de Woolsey que chamam a atenção, há vários personagens que são completamente apaixonantes! Lord Alkedama, um vampiro com gosto duvidoso para moda e grande amigo de Alexia; Professor Lyall, segundo em comando, o Beta do Pack Woolsey, e grande companheiro de Lord Maccon; Ivy Hisselpenny, melhor amiga de Alexia e completamente aficionada por chapéus, principalmente os mais esquisitos!

Eu amei o livro. Foi como se eu fosse transportada para dentro da história, fiquei completamente envolvida e me diverti demais. Passei vários dias com vontade de tomar chá inglês, com creme e leite! Soulless tem tudo que eu amo em um livro: uma boa e intrigante história, personagens memoráveis, é engraçado demais e tem um romance singular, sem ser meloso e mesmo assim de arrepiar.

Gail Carriger certamente mostra a que veio, com sua escrita refinada, e um humor completamente espirituoso, seu estilo vitoriano encanta quem lê e desperta uma avidez indescritível de ler toda a sua série e mergulhar fundo nessa complexa trama de sombrinhas, dirigíveis e muito chá!

Leiam esse livro! Vocês com certeza vão amar!

Resenha postada em:

http://www.everylittlebook.com.br/2013/01/resenha-soulless-gail-carriger.html
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Jess Polato 22/03/2013

Alma? - Blog Eu li e Divulgo {http://euliedivulgo.blogspot.com.br/2013/03/eu-li-almagail-carriger.html}
Pois bem,aqui esta um livro cuja a capa não é das melhores, mas que contém uma história que te prende,te envolve e contagia do começo ao fim.
Confesso, romances ou qualquer coisa histórica não esta entre os meus assuntos prediletos. Sempre fico com receio de não gostar. Com Alma? não foi diferente, peguei o livro já preparada para uma decepção.
Acontece que não foi assim que aconteceu. Sabe aquele tipo de leitura que te agrada desde as primeiras páginas? Assim aconteceu comigo.


A escrita da Gail que é fluida e muito direta (ela não fica dando voltas e voltas), o enredo que é bem estruturado (sem pontas soltas) e os personagens que são bem construídos (diálogos bem desenvolvidos) fizeram desse livro um dos melhores de 2013 (sem dúvida). Sem contar que o romance (que não é o foco principal) arrancou suspiros e já me deixou saudades.

Alexia Tarabotti é,na minha opinião,a melhor protagonista que já conheci. Como descrita na capa, ela é uma heroína sem crises existências (sem a famosa síndrome de Bella que sempre encontramos por aí). Alexia é uma solteirona de 26 anos que não tem alma (ou,como preferir, uma sugadora de alma). Na verdade, ela é uma espécie rara dentre os vampiros, lobisomens e fantasmas que compõe a sociedade vitoriana em que vive.

Todos esses seres vivem,relativamente, bem entre os mortais. Cada um seguindo as regras e normas impostas à eles. A aventura de Alma? começa quando a Srta. Tarabotti é atacada por um vampiro e para se defender, ela acaba o matando. É quando o Lorde Maccon surge (e tudo fica,ainda,melhor) e a partir daí uma série de acontecimentos são desencadeados, nos fazendo mergulhar nos mistérios propostos pela autora.

Enfim, é uma leitura mais do que recomendada (:




Resenha publicada no blog Eu li e Divulgo (http://euliedivulgo.blogspot.com.br/2013/03/eu-li-almagail-carriger.html). Reprodução total ou parcial desse texto, deve ser comunicado.
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Fernanda 19/03/2013

Resenha: “Alma? " - Gail Carriger (Editora Valentina)
Resenha publicada no blog > http://www.segredosemlivros.com/2013/03/resenha-alma-gail-carriger.html


Resenha: “Alma?” com certeza é um livro intrigante e estiloso. Apresenta uma história sobrenatural repleta de fantasia criativa envolta de muito humor, romance e diversão. A narrativa é instigante e muito misteriosa, e achei super motivadora o modo como a autora iniciou a trama e apresentou os personagens. No começo pensei que, por se tratar de um romance histórico, a leitura fosse ser um pouco cansativa e demorada, porém me enganei completamente. Pelo fato de a história já começar eletrizante, o leitor consegue se envolver completamente e pelo menos no meu caso fiquei muito curiosa para conhecer mais sobre cada um dos personagens e saber como seria o desenvolvimento deste caso.
O que dizer da irreverente personagem Alexia Tarabotti? Poderia apresentar várias definições e citar muitas coisas ao qual ela fez ou que seria capaz. Posso até falar mais sobre isso logo abaixo, mas acredito que uma palavra a define: Curiosa. Bom, é claro que vou falar mais. Simplesmente me encantei com ela, que me surpreendeu em todos os quesitos. A Srta Tarabotti tem vinte e seis anos, e é uma solteirona diferente de qualquer outra. Ela não é vista com bons olhos pela sociedade, na verdade nem a própria família a trata tão bem como ela merece. E talvez essa seja a explicação para sua baixa estima. Uma pena, pois ela acaba se mostrando uma mulher sem igual, inteligente e ousada. Ela é uma preternatural, o que significa que não tem alma e que consegue anular os poderes de qualquer ser, somente com um toque.

“Lorde Maccon observou-a, com admiração. A Srta. Tarabottti podia ter uma visão crítica do próprio rosto sempre que se olhava no espelho de manhã, mas não havia nada de errado com sua aparência. O conde só deixaria de notar esse detalhe tentador se tivesse bem menos alma e desejos sexuais. Mas é óbvio que ela sempre estragava o momento sedutor ao abrir a boca. Na humilde opinião dele, ainda estava por nascer uma mulher mais irritantemente tagarela.” Pg.15

O contexto se passa diante de uma sociedade vitoriana e é interessante observar como Gail Carriger inseriu os detalhes das cenas de modo eficaz e ao mesmo tempo delicado. Apenas alguns sobrenaturais sabem que a Srta Tarabotti é uma preternatural, e ela tem consciência que precisa ser assim mesmo, pelo fato de a sociedade ser rígida e conservadora. Ou seja, nem todos entenderiam essa sua condição e passariam a vê-la mais diferente ainda e falariam o dobro do que já falam. É ai que algo inesperado ocorre....Um vampiro a ataca sem saber que a mesma é uma preternatural. Nesse momento, acontece algo imprevisível e que acarretará várias outras ações. Com certeza, a sra Tarabotti não esperava por tal ocorrido e acaba se vendo em uma situação meio complicada. Neste decorrer, também somos a apresentados a outro personagem ousado – Lorde Maccon. A partir disso, outros acontecimentos surgem inesperadamente, levantando opiniões divergentes e chamando a atenção de muitos outros seres sobrenaturais. A aventura está lançada!

“A Srta. Tarabotti não possuía alma para apreciar de verdade todas aquelas raridades. Entretanto, tinha noção suficiente de estilo para saber que estava rodeada por ele. O que a deixou nervosa. Arrumou o vestido, constrangida, pensando que talvez fosse considerado simples demais. Então, empertigou-se toda. Um solteirona singela e morena como ela nunca pdoeria competir com tamanha grandiosidade; era melhor tirar partido de seus pontos fortes. Estufou um pouco o peito e respirou fundo.” Pg.78

Se você gosta de uma narrativa diferente e carismática, com personagens fortes, incluindo vampiros e lobisomens, está no lugar certo. Ou melhor, encontrou o livro ideal. Mesmo que apresente uma narrativa diferente, logo nos habituamos a escrita pouco usual, aos costumes da época e aos termos utilizados. Enfim, e o que falar da diagramação? Mais uma vez, a Editora Valentina está de parabéns pelo excelente trabalho. Sem falar que a capa é muito bonita e condizente com a história em si. É um livro mais que recomendado. “Alma?” mistura uma fantasia sem limites, bem humorada e inteligente. Ah, não esqueça das sombrinhas!

“Ela virou de lado, suspirou e fixou os olhos no teto, tentando desviar o pensamento de Lorde Maccon, seu dilema do momento, e de Lorde Akeldama, que estava em perigo. Acabou pensando no complicado bordado do trabalho manual mais recente de sua mãe. Aquilo, por si só, era mais torturante que qualquer ato de seus captores.” Pg. 220

Resenha publicada no blog > http://www.segredosemlivros.com/2013/03/resenha-alma-gail-carriger.html
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Gabi 14/03/2013

www.livrosecitacoes.com
Esse é um livro que se me dessem a opção de mudar algo, eu só pediria que trocassem o título, porque a diagramação é uma delícia, a aventura está na medida certa, o humor negro e a pitada de ironia só me conquistaram mais, e, como não podia deixar de ser, o romance é sexy e viciante.

Alma? passa-se na sociedade vitoriana e é protagonizado por Alexia Tarabotti, uma solteirona de vinte e seis anos bastante inteligente, que tenta ficar a margem da sociedade e não envergonhar muito sua família com seu nariz grande e sua pele escura, herança de seu pai italiano. Ela também é uma preternatural, ou seja, uma pessoa sem alma, capaz de anular os poderes sobrenaturais ao simples toque.

"Pobre coitado. Deve ser difícil ser tão fraco o tempo todo."

Mesmo os britânicos serem de uma fineza extrema e aceitarem o diferente, sua condição diferente é conhecida somente pelos sobrenaturais da região, e a Srta. Tarabotti espera que continue assim. Ao ser atacada por um vampiro pouco educado, que desconhece o fato de ela ser uma sem alma, e ainda ceceia (ohDeusquehorror!), Alexia sabe que há algo errado.


E quando alguns vampiros e lobos solitários começam a desaparecer, ela sabe que deve começar a se preocupar. Talvez tenha chegado o momento de abrir espaço em sua agenda de chás e bailes e começar a ser membro mais ativo nas investigações envolvendo os sumiços, especialmente se ela tornar-se um alvo.

Gail Carriger criou um mundo louco e interessante, e isso a tornou a autora de steampunk mais lida da atualidade. Para quem ainda não conhece, esse gênero abusa de uma realidade alternativa, onde mescla tecnologia avançada ao passado. Nesse romance, Gail conseguiu detalhar termos desconhecidos -- e acreditem, há muitos desse no livro -- sem perder a pose e até deixou de lado parágrafos e capítulos explicativos, comum em muitos livros, que deixam aquele ar de introdução e costumam ser bem cansativos. Claro que isso me deixou confusa no início, mas entre uma página e outra os termos diferentes foram explicados enquanto a trama pegava força.

Além da dádiva de não ser cansativo, todo o mistério e aventura envolvendo o sumiço dos sobrenaturais foi instigante para continuar a leitura até o fim, entretanto foi a tensão sexual, a atitude desbocada de Alexia e os personagens alienados os grandes trunfos desse livro.

Talvez o uso de palavras um tanto arcaicas desacelere um pouco sua leitura, mas Alma? é um dos poucos livros que li que se adéqua a vários públicos. Com esse romance curto com uma história tão frenética e apaixonante dando sopa, você merece uma sombrinha na testa por não pensar em ir atrás do seu.
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