Humilhados e Ofendidos

Humilhados e Ofendidos Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Humilhados e Ofendidos


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Marcos5813 05/06/2017

O perdão
Dostoiévski entre tantos romances exprime caracteres que foge a narrativa do enredo de seu romance para pulsar a razão da existência. Livro luminosos e primoroso onde a alma humana está em constante agonia apesar de um olhar as vezes crítico as vezes compassivo do narrador. Esta fuga é que engrandece a obra, tanto pelo seu estilo linguístico como pela autenticidade de suas personagens. Em "Humilhados e Ofendidos", tanto tempo se passa em um ano, mas preso ao passado estamos condenados a sermos humilhados e ofendidos. Um dos poucos romances onde o perdão morre no tempo. Mas apesar de tudo sempre há uma ponta de esperança para terminarmos uma obra, uma romance, uma vida, e distante da redenção vivemos a experiência de encontrar pessoas que nos trazem sentido a vida. É o segundo livro que leio do autor. Dostoiévski é talvez o autor mais significativo e que mais profundamente determinou em suas personagens o vigo da literatura e cultura mundial. Não há quem passe despercebido sem ter lido seus romances. Estou apenas iniciando! Ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus, pois que Ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. (Mateus 5:43-45). Perdoar é antes de tudo constrição. Obra magnífica depois do ato!!!
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Franco 22/04/2017

Friendzone à moda russa
Se quiséssemos brincar e resumir, daria para dizer que o livro é uma grande novela sobre uma grande friendzone (meu, uma épica friendzone, que o protagonista foi brutalmente friendzoneado). E que, afinal, é uma historinha de amor e seus percalços...

Mas indo além da brincadeira resumitiva, a profundeza da obra vai em duas direções: o social e o psicológico. Isso significa que vamos assistir aquela 'historinha' do amor ganhar uma sustância dada pelas classes sociais e pelas dinâmicas de uma sociedade interesseira, e também pelo incrível, louvável e invejável desenvolvimento que Dostoiévski dá aos personagens (é um desvendar sugerido, insinuado, às vezes com toque irônico, mas sempre na medida para que a gente compreenda as razões psicológicas das atitudes que praticam aquelas personagens).

E aí que o livro deixa de ser sobre uma friendzone, ou sobre uma historinha de amor, e torna-se um retrato humano e também um tanto sociológico. Sim, tem lá uns toques meio dramáticos demais para o sabor de hoje em dia, mas nada que estrague a experiência.

E tudo isso numa escrita agradável (ótima tradução, nem parece um clássico russo rs) e estruturada em muitas subdivisões (confesso que páginas e páginas de texto corrido e sem fim tendem a me chatear).

E a cereja do bolo, o que faz o livro certamente valer a pena, é o final: uma apunhalada certeira destilando a nostalgia de tudo o que não foi e poderia ter sido.
Amendoa 03/12/2018minha estante
"O protagonista foi brutalmente friendzoneado" kkkkkk adorei




Deghety 09/11/2016

Humilhados e Ofendidos
Com personagens singulares e com personalidades completamente acentuadas, Humilhados e Ofendidos apresenta, além de uma bela história, uma descrição do que são sentimentos a flor da pele.
A humilhação e ofensa causada pelos sentimentos, seja amor, ódio, orgulho, honra, nobreza, perfídia, etc.
Marcos.Azeredo 13/04/2017minha estante
Um dos melhores livros de Dostoievski que já li.




natasha 03/10/2015

Dilacerante
Obra magnífica, que explora os laços sociais na sua forma mais pura. Investiga por meio da vida desses personagens, que sofrem ate a alma em suas condições de humilhados e ofendidos, o que o ser humano tem de pior e de melhor.
O autor (Vânia- com alguns traços autobiográficos) discorre os fatos de forma clara (viciante) e com um acalorado discurso indireto dos acontecimentos. Fala-se, então, de perdão e orgulho. Sordidez e fé. De amor e amizade. De dores reprimidas, culpa, compaixão e sacrifício pelo outro, de forma intensa e ideológica.
Quantas boas lágrimas não me caíram com a historia da pequena Nelli, quebra qualquer coração.
E quanta raiva não tive dos discursos mesquinhos do príncipe. E da falta de ação do filho.
É um retrato da vida social, da dura realidade, por isso mesmo, dilacera por dentro, machuca e nos ofende. Nós seres humanos, na condição de humilhados, entramos em desespero para recuperar o orgulho perdido e nem sempre agimos conforme a nossa razão, nos tornamos vulneráveis.
Dostoievski mostra mais uma vez, que é de uma genialidade ímpar.
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MarceloL 24/05/2015

Impecável, envolvente e doloroso
É impossível permanecer indiferente ante Humilhados e Ofendidos. É um livro sobre dor, sofrimento e humilhações - mas sobretudo sobre gentileza. Sobre como podemos resistir às ofensas a que estamos diariamente expostos.
Dostoievsky faz uma análise brilhante de todos os principais personagens deste livro, e eu me envolvi de tal forma com todos eles - concordando ou discordande de suas visões - que terminar essa história foi muito doloroso.
O final do livro é doloroso por si só, na verdade - o futuro permanece indefinido, mas o passado está sempre vivo, pronto para atormentar por cada escolha errada e palavra dita. E (o que dói mais ainda) quem mais sofre são os mais puros, os mais necessitados, os mais ofendidos.
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Carol.Amaral 04/05/2015

Belíssimo!
Nas últimas páginas fiquei triste porque estava acabando. Daqueles que emociona.
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Ana 29/03/2015

Sabe quando você termna de ler um livro e sente imediatamente a vontade de lê-lo de novo, só para saborear melhor as palavras e as situações? Foi o que aconteceu comigo ao ler "Humilhados e ofendidos". Eu me conectei com os personagens, de verdade. Sofria junto com Nelli, com Anna Andreiêvna, com Nikolai Serguiêtch, com Vânia e Natacha. Eu me senti imersa numa versão do programa "Casos de família" passada na Rússia do século XIX, e não quero diminuir o livro ao dizer isto. Amei o drama, os conflitos, as intrigas, os problemas, os diálogos, os personagens, tão maravilhosos e dignos de pena. Um escritor que só pode narrar a história que queria vivenciar, uma jovem que ama um tolo, uma menina louca de amores por um homem que só tem olhos para outra, uma velhinha que vive à espera da filha, e que atura o marido como ninguém, um velho dividido entre o orgulho ferido e o amor sem fim que clama por perdão, um homem-menino cabeça de vento que mal entende o mundo ao seu redor e o sofrimento que causa, uma história trágica que se repete. Os personagens parecem reais; durante a leitura, eu conseguia ver o rostinho enrugado e preocupado de Anna Andreiêvna e o olhar penetrante de Nelli. Quase pude sentir o desespero que sentem, a humilhação e a ofensa que lhes é imposta. Poucos escritores conseguem criar uma história, personagens, situações e diálogos tão fortes assim, que me prendem ao sofá, na ânsia de descobrir o que acontecerá a seguir, tal como num filme. Dostoiévski é maravilhoso!!!
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Milla 22/09/2014

Um livro muito bom, meio confuso algumas horas mas muito bom !
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Cristiano.Vituri 05/09/2014

O perdão ou condenação?
A genialidade de Dostoievski, a flor da pele!

Num romance normal, o narrador geralmente é o próprio personagem principal e passa por todos os tipos de provações, não é?
Sim, mas isso é Dostoievski e em sua obra nada é trivial. Ivan, o narrador, que tinha tudo pra ser feliz ao lado da amada(Natacha), é trocado por um filho de príncipe(Aliocha) e começa a contar a história que deveria ser sua. Surpreendente.Assim, o título começa a se justificar: sofrimento, dor e agonia (maestria do autor).

O livro faz o leitor ora dar razão a um personagem, ora a outro.As opiniões vão sendo formadas com o desenrolar da história, a degradação da familia Ikhmieniev através da figura da filha Natacha(desonrada por Aliocha) é desoladora, o pai indignado, não perdoa a filha e essa sofre.
Paralelo a isso a história da menina Nelli(orfã e abandonada pelo pai e avó, mendiga, abusada e psicologicamente destruída), seu sofrimento é de partir o coração. Realidade russa nua e crua.



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Matheus Cunha 17/04/2014

O Mestre.
Um final de matar!
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Carina 19/02/2014

A Complexidade das Classes
Humilhados e Ofendidos, talvez eu não consiga descrever o tanto que me identifico com esse livro e com os livros do Fiódor Dostoiévski. E mesmo depois de ler ele algumas vezes, sempre encontro mais alguma coisa, uma parte que passou despercebida e que quando leio novamente me surpreendo. Os livros dele são assim, tem sempre uma coisa nova nessa incrível literatura velha.
Fiódor é envolvente, faz com que a gente enxergue as duas faces da mesma moeda de um jeito que nenhum outro escritor faz. E é por causa disso que, para mim, ele foi e sempre será o melhor escritor que já existiu.

Numa narrativa atraente, o livro foi elaborado para os dois seguintes temas: "Orgulho x Perdão".

Um amor até que correspondido, mas de maneiras diferentes. Vânia (Ivan) queria Natacha como sua. Para ela, ele era um irmão. E é assim que ele se comporta durante todo o livro. Ela teve uma paixão pelo filho de um príncipe, um cabeça de vento, leviano. Uma fuga. Um pai humilhado pelo bestial príncipe e ofendido pela filha, que o abandonou. Uma mãe que chora. No meio dessa trama toda surge uma criança: Elena, mais conhecida como Nelli. Nelli, pobrezinha. Uma criança terrivelmente maltratada. Maltratada pelo infeliz destino que teve e que no decorrer do livro você descobre que ela está ligada a tudo e a todos. Nelli consegue fazer com que o pai de Natacha, Nikolai, perdoe sua filha quando ela foi deixada pelo filho do príncipe. E para conseguir fazer Nikolai perdoar sua filhinha, ela teve que vencer o seu próprio orgulho e contar a sua história de vida.
É uma história extremamente complexa, com diálogos inteligentes e envolventes, que te faz querer ler o livro de uma só vez.
Um livro para ser lido e relido.
Recomendo!

CGM
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Givaldo Júnior 13/12/2013

Uma Obra Prima
Simplesmente perfeito. Este foi o primeiro livro que me fez chorar. É simplesmente uma obra prima da literatura.
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Arsenio Meira 21/11/2013

Sobre a fatalidade e a nobreza das Paixões

O impulso primordial que anima os personagens dostoievskianos situa-se no prazer doloroso, porém intenso e inevitável, ao ver o espetáculo de um desastre amoroso, para o qual colaboraram tanto quanto possível.

Aliocha comete um cardápio de infidelidades, sempre com prostitutas; antes mesmo de cometer mais uma canalhice contra sua noiva Natacha, pobre Natacha, ele desafia quase diariamente o limite máximo dos canalhas.

"Humilhados e Ofendidos" desenvolve-se, do início ao fim, num clima de idealismo romântico que bem podemos chamar de desmistificador. A retórica sentimental põe sob uma forte figura de esforço moral e espírito de sacrifício uma conduta que provém com evidência cada vez maior de um esforço por salvar-se - ainda que isto seja impossível - de um masoquismo psicopatológico.

Disso resulta uma compaixão que traz à tona o que os corações dos personagens tem de mais nobre e faz com que consintam em sacrificar, em si mesmos, a parte possessiva de todo amor.

Inevitável perceber um elemento meio obscuro, que mistura-se à paixão, mas é justamente sobre esse elemento que alguns personagens conseguem triunfar.

Para mim, ficou muito claro que Dostoievski escreveu um tratado, cujo ponto nuclear é o embate entre o amor-paixão e a compaixão - e também com a caridade -, uma luta terrível em que no final a compaixão termina por derrotar "o asfalto, o tédio, o nojo e ódio", parafraseando e finalizando com a lembrança do grande Carlos Drummond de Andrade.

Marcos.Azeredo 28/07/2020minha estante
Um dos melhores inicios de livro que ja li.




Afonso 11/08/2013

Gostei sim. ...é... gostei pois...
é... essa coisa de rico e de pobre....e essa coisa de amor e desamor ..e essa coisa de dar o braço ou nao pra torcer....e essa coisa de morrer na paz ou na guerra...

oras.. acabei agora mesmo o livro..isto deu lagrimas ein...

22:00 da noite. vou tomar cafe.. la fora. pra comemorar.


5 estrelas. e porque nao?
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Rafael Stefano 06/06/2013

Gostei bastante do livro. É ágil, fácil de ler, e sempre tive medo de chegar na literatura russa com medo de ser complexa demais. Amei a forma como ele me fez amar e odiar as personagens ao mesmo tempo.
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