Resenhas - Supernova - O Encantador de Flechas

LAPLACE 17/11/2015

O Encantador de Flechas - Renan Carvalho
Prestes a concluir os estudos escolares, Leran tenta descobrir como será seu futuro, uma vez que sua cidade, Acigam, anos atrás se fechou para o mundo e o governo impede que qualquer um deixe os muros e tenha algum contato com o mundo exterior. Além disso, também é proibido o uso de qualquer uso de manipulação das energias dos elementos em Acigam.

Possuindo tal habilidade, Leran pratica sua dominação às escondidas com o avô, e mantém segredo até mesmo de sua mãe e de sua irmã, Luana. Porém, o jovem se envolve no secreto conflito entre governo e dominadores, tomando conhecido sobre os Silenciadores, os cruéis assassinos que perseguem todos aqueles capazes de capazes de usarem as energias.

Os problemas de Leran só pioram quando ele conhece a amável Judra, adicionando mais uma pessoa à sua lista daqueles com quem se importa e não quer ver machucado, diante da guerra civil que ameaça explodir dentro da pequena Acigam.

Não há como fugir. Não há como mudar o que aconteceu. A guerra entre governo e civis se aproxima cada vez mais, e Leran não terá escolha, a não ser participar do conflito.

Quer saber o que acontece? Então corre para ler o livro!

***

O Encantador de Flechas é o primeiro volume da série Supernova, de autoria do autor Renan Carvalho, publicado em 2013 pela editora Novo Século, e relançado em 2015 pela editora Novo Conceito. A nova roupagem trouxe, além de um capítulo extra, ilustrações de cenas da obra.

Recordo-me muito vagamente de como descobri O Encantador de Flechas. Na época do primeiro lançamento vi postagens no facebook do Renan divulgando o livro e acabei me interessando em ler. Lembro de ter gostado da sinopse, não sei como estavam minhas expectativas na época, porém me recordo muito bem que foram superadas.

Supernova é, de longe, o melhor livro de fantasia com o qual tive contato até então. Eu o li no começo de 2014 — descobri isso enquanto escrevia essa resenha, eu jurava que o havia lido em 2013 — e a escrita do Renan me pegou de uma forma, que me tornei um dos teóricos conspiradores sobre o futuro da série no grupo do facebook, e um dos leitores que adoraria arrancar a cabeça do autor pelo que ele nos faz passar.

Os personagens são muito bem caracterizados e desenvolvidos. Aprovei o Leran desde o princípio, assim como os demais personagens. Fica difícil escolher um favorito, tem a Luana, a Judra, a Boom — sim, as mulheres arrasam bastante no livro —, o Mael, o Galek... enfim, o Renan trabalhou tão bem na elaboração deles, que nós gostamos até mesmo dos vilões.

A história é dividida em quatro partes e narrada em primeira pessoa. Três dessas partes são protagonizadas pelo Leran, e a outra por uma pessoa que não revelarei para deixar vocês curiosos. Nesse salto de uma narrativa para outra não ficam pontas soltas, o Renan linka bem as duas histórias, esclarecendo todos os pontos que estavam em aberto quando só conhecíamos o outro ponto de vista.

Os capítulos não são grandes e são muito envolventes. Ao término de um já queremos iniciar o próximo, tamanho é o suspenso que o autor deixa no ar com as reviravoltas que a trama sofre constantemente, fazendo com que a leitura não se torne enfadonha. E um ponto que devo salientar é que o Renan não mede esforços para criar uma boa história, ele domina toda a narrativa, não deixa que os personagens ditem as regras. E isso o fez ganhar a fama de George Martin brasileiro. Sim, se você só entendeu agora, isso significa que o Renan irá matar um personagem se achar que isso deve ser feito.

O Encantador de Flechas iniciou a série Supernova muito bem, e deixou uma mensagem que tudo que lemos nesse primeiro volume não se compara ao que virá a seguir. O livro é muito bom e certamente vale a pena adicioná-lo à sua estante.

Mark 15/11/2015

Mais um pra lista dos melhores !
Simplesmente incrível. Não é apenas um livro de magia e aventura, é um livro que te prende por ele ser "magico". É lindo ver o desenrolar das tramas, a mitologia é intrigante e fantástica, os personagens tem certa profundidade e fazem você se preocupar realmente com eles.É fantástico e ainda é brasileiro.

Saleitura 29/10/2015

Antes de ter a oportunidade de fazer essa resenha aqui pro Saleta, eu nunca havia ouvido falar dessa nova série literária, escrita por Renan Carvalho, um jovem brasileiro que ousou em sua incrível mitologia fantástica, e agora vejo-me ansiando pelo próximo livro.

Foi um livro interessante, e que merece observações diversas. Inicialmente, admito ter continuado com a leitura apenas por ter feito o compromisso de resenhar o livro. Este foi mais um que tive de empurrar com a barriga pela primeira metade, antes que o livro deslanchasse de vez, fazendo-me vibrar a cada novo acontecimento, e ansiar por cada nova página.

Foi uma leitura contraditória, onde muitas vezes me senti incomodada com a narrativa, que me pareceu básica, ou talvez até corrida demais.
Não trata-se de um livro curto, com suas 397 páginas de história, mas mesmo assim senti que tudo acontecia muito rápido. Em uma velocidade que acaba por estragar o timing da narração, e que atrapalhou um pouco o prazer durante a leitura para mim.

Não é como se fosse uma narrativa de todo ruim, penso apenas que com um pouco mais de cuidado, a leitura poderia ser melhorada.

Não sei bem se me acostumei, ou se a narrativa aperfeiçoou-se com o passar da história, sei apenas que eu fui me apegando cada vez mais aos personagens, aos momentos, e fui também me surpreendendo muito mais com uma história que, no fim, me vi ansiando.

E é por tudo isso, por esses altos e baixos, que penso que o livro mereça 3,5 estrelas. Uma mitologia e um mundo tão complexos que eu poderia passar horas e horas falando sobre, sem poder passar o quão fascinantes são. Porém, personagens que poderão ser melhor desenvolvidos no próximo livro.

"A história desse mundo mostra uma sucessão de avanços científicos. O homem aprendeu a observar os fenômenos da natureza e desenvolveu estudos cada vez mais complexos sobre as energias que servem de matéria-prima para tudo que existe. Manipulando essas forças, a humanidade passou a entender os elementos ao seu redor e, a partir disso, desenvolveu um conhecimento avançado, que levou sua civilização à supremacia."

"Hoje, todos vivem a era da evolução e da sabedoria, mas a regra não se aplica a Acigam. uma cidade que padece diante da ignorância de seu povo e da opressão de seus governantes. Essa é a terra natal de Leran, jovem sonhador cuja maior motivação está nas aulas secretas de ciência que tem com o avô."

Espero ter conseguido estimulá-los quanto à leitura deste livro que inicia a série Supernova, uma série de autoria nacional e que promete muito! Até mais e um grande abraço.

Resenhado por Ana Carolina da Silva
http://www.skoob.com.br/usuario/2583884-ana

site: http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2015/10/resenha-supernova-o-encantador-de.html

Rodrigo Jabur 23/10/2015

Quase um George R. R. Martin brasileiro!
No que se refere a vida dos personagens Renan Carvalho é quase um George R. R. Martin brasileiro, não tem a menor dó! Para morrer basta estar vivo! :-D

Dos livros nacionais que já li, este com certeza foi o que mais matou personagens, mas as mortes foram explicadas e coerente com a história, o mundo muito bem criado, o sistema de magia muito bem feito, sempre que visualizo um mago manipulando as energias eu lembro do Avatar The Legend of Aang, a manipulação do Fogo, da Terra e do Ar não tem como não se pegar imaginando a manipulação como no Anime/Manga o que acabou dando um toque a mais na imaginação das lutas.

A história teve um desfecho muito bom, as pontas foram muito bem amarradas e os mistérios muito bem resolvidos, é sem dúvida uma das melhores história de fantasia nacional que tive o prazer de ler.

Já comecei o segundo e tenho certeza que ficarei angustiado pelo terceiro. :-/

Patricia 17/10/2015

O Encantador de Flechas conta a estória de Leran, um adolescente de 17 anos que está prestes a encerrar os seus estudos e a ingressar no mundo adulto. Isso já é difícil em uma situação normal, mas no caso dele pode ser ainda pior. Isso porque Leran não vive no nosso mundo e sim em um mundo onde a magia existe e é vista como uma forma de ciência (que inveja…). Na verdade, o termo mago é um nome que os leigos dão aos praticantes da Ciência de Energias. Como se viver em mundo cheio de magia não fosse o suficiente para me causar inveja, Leran também é um arqueiro bem habilidoso.

Aí você me pergunta, qual poderia ser então o problema dele? Muito simples, caro leitor, Leran vive em Acigam.
Acigam tinha de tudo para ser um lugar simpático e tranquilo, mas infelizmente essa cidade encontra-se sob uma forte ditadura. Já faz 15 anos que a cidade foi totalmente isolada do mundo exterior e seus habitantes estão presos dentro dela. A pobreza prospera, os comerciantes estão insatisfeitos e o rei Cadorcia e outras autoridades não estão nem aí para o povo (governos…). Não existem muitas opções de futuro para Leran, ele pode escolher entre seguir os passos de seu avô e administrar a loja de móveis da família ou se juntar ao exército e ajudar o governo a oprimir o povo.

Mas se lembram que eu disse que no mundo dele a magia existe? (como se alguém pudesse esquecer desse fato…) E é justamente a magia que vai abrir uma terceira opção para ele. Leran vem aprendendo ao longo dos último anos sobre a ciência das energias com o seu avô, ele aprendeu a fazer encantos. Ele esconde esses ensinamentos de sua mãe e da sua irmã mais nova, Luana, a pedido do seu avô. A princípio Leran pensa que esse pedido está ligado ao fato de que seu avô e sua mãe não se darem bem desde a morte de seu pai, quando ele ainda era criança. Mas em uma noite enquanto voltava da loja de seu avô, ele acaba descobrindo que sua cidade tem vários segredos que ele desconhece, e que tais segredos podem ser mortais para ele.

De repente Leran se vê envolvido em uma guerra civil silenciosa entre a Guilda de magos e o governo. Leran começa a descobrir a verdadeira história de sua cidade, ele descobre como uma simples associação de comerciantes, insatisfeitos com a opressão política, se tornou um grupo rebelde de combate ao governo.

E agora ele precisa usar todas as suas habilidades no arco e flecha e em encantos para conseguir proteger a sua família do governo, e principalmente, dos soldados de elite do governo, os temíveis Silenciadores. E com se isso não fosse o suficiente, Leran se apaixona por uma misteriosa garota chamada Jundra, ou seja, mais uma pessoa com quem se preocupar.
Ele não tem mais tempo a perder, ele precisa se fortalecer o mais rápido possível, porque muito em breve, essa guerra civil não será mais tão silenciosa.

Eu sou uma fã declarada desse livro, 5 estrelas e favorito. Esse livro não deixa nada a desejar a nenhum livro gringo. E o engraçado é que, quando eu leio um livro nacional tão bem escrito como esse, bate aquele orgulho. Até parece que fui eu que escrevi! A estória é completamente envolvente, o ritmo é perfeito. Você simplesmente vai devorando as páginas sem perceber. A estória é narrada pelo Leran e pela Jundra e ambas as narrativas são ótimas. As cenas de luta são muito bem descritas, você se sente dentro delas.
Uma outra coisa boa sobre o livro é que ele é descritivo na medida certa, ele não nos empurra dezenas de páginas de descrições desnecessárias que tornam a leitura cansativa, mas explica muito bem o que deve ser explicado. Obrigada Renan! Outra ponto positivo do livro é o equilíbrio entre romance e ação.

Se você já leu o livro, você deve estar se perguntando se vale a pena comprá-lo novamente. Então, como alguém que já leu o livro e que iria comprá-lo novamente, eu digo que sim, vale a pena!
A qualidade dessa edição está maravilhosa! Existem ilustrações inéditas e um super capítulo extra, cujo o conteúdo eu não posso entrar em detalhes para não estragar.

Leitura recomendadíssima!!!

site: http://ciadoleitor.blogspot.com.br

BielSchiavi 15/10/2015

Um livro fascinante que deveria ser lido por todos,
Eu terminei de ler O encantador de Flechas já sem folego! O que eu achei? Bom, foi um dos melhores livros que eu já li e olha que eu já li muitos livros, principalmente com esta temática.
Quando estava começando, ainda dentro da Saraiva, eu achei que seria mais um livro sobre magos, não vou mentir, o prólogo não foi algo que me surpreendeu, mas eu me permiti ler os primeiros capítulos e me surpreendi assim que li a primeira página do primeiro capítulo.
O que me surpreendeu na primeira página? É só um garoto falando de sua vida, como muitos começos de livro. Não, não é. Diferente de quase todos os livros que eu li, ele não parecia estar contando a sua vida, ele parecia estar vivendo ela, devido a narrativa no presente e não no passado. Mesmo assim, já tendo lido algumas histórias com esse tipo de narrativa, nunca foi algo que me agradou, porque a maior parte dos autores deixa a narrativa no presente muito cansativa e enfadonha, não foi este o caso. A narrativa se iniciou num tom de conversa e num tom que te inseria dentro da história muito facilmente e quando vi já tinha certeza de que iria compra-lo.
Não só pelo modelo de narrativa, mas também pelo enredo, a história te cativa muito facilmente, apesar de ser um mundo um tanto diferente do nosso mundo, ele traz uma série de elementos que conectam os dois mundos, seja o modelo político, sejam pelas condições de vida de algumas pessoas, seja pelo ambiente interiorano que parece se passar a história ou alguns dos elementos tecnológicos ou seja por tudo isso junto fica muito fácil se imaginar na situação do personagem.
Falando ainda do personagem, Leran não me parece o verdadeiro personagem principal desta história, mesmo sendo ele o narrador, não sei se foi apenas algo da minha cabeça ou algo que o autor fez de propósito, mas me pareceu que Leran não tinha uma história própria consolidada para ser o personagem principal, mas para apenas ser o narrador. Ele por poucas vezes remetia a si mesmo, mas geralmente tudo que fazia remetia ao pai morto, a Judra e a sua irmã, os três personagens com muito mais história que ele. Isso me pareceu interessante, mudar o foco e tentar colocar a personagem principal de forma indireta.
Judra, que eu acho não ser a personagem principal, tem muito mais segredos e muito mais “passado” que o próprio Leran e ela, apesar de se apaixonar por Leran e ser de certa forma uma vilã, seguindo a lógica do amor entre o vilão e o mocinho, Judra tem um potencial muito maior que as outras meninas de livros e filmes. Quando a menina entrou na história eu imaginei que seria mais uma história de amor clichê entre o mocinho e a menina que ele em algum momento tentaria proteger, mas não foi.
Quando descobri que Judra era uma silenciadora, imaginei que seguiria a linha amor entre vilão e mocinho. E realmente seguiu, o que ainda me agrada, porque nenhum desses clichês me parece ruim, mas algo me surpreendeu neste romance, algo que eu não encontrei em muitos dos livros que li. A menina realmente tem uma história com detalhes e com importância, quando a maior parte das meninas de livros tem uma história meio “nebulosa” e que só reforça a importância do mocinho para mudar seus comportamentos. Judra, além disso, não muda seus ideais, ao menos não totalmente, ela continua má e sem piedade, mesmo depois de se apaixonar por Leran e isso foi realmente algo diferente.
Vamos falar da minha personagem preferida e quem eu achei que fosse a personagem principal. Luana. A história parece rodar em torno da magia da menina e Leran parece estar apenas auxiliando em sua proteção, desde o início, ficou claro que Luana tinha algo importante consigo e este segredo foi sendo desvendado ao decorrer da história, fazendo me apaixonar pela personagem, que parece muito mais forte e preparada que o próprio irmão. Até mesmo os vilões parecem mais interessados em Luana do que no arqueiro.
Agora, por qual motivo Luana é minha personagem favorita? Primeiro: ela é emo-gótica-rainha-das-trevas. Isso já basta. Segundo: ela é quem mais se desenvolve na história, tendo, na minha visão, protegido o irmão mais vezes do que ele a protegeu. Terceiro: ela é independente, fazendo o que quer e não o que os outros querem.
Agora voltando a falar do livro de uma forma geral, a obra teve uma evolução incrível do começo para o final. No início, já havia me cativado, mas eu via algumas coisas a melhorar, como por exemplo o excesso de detalhes nas ações do personagem, mas no meio do livro isto foi o que mais ajudou a enxergar as cenas e entrar na história, a descrição das lutas, das brigas e de todo cenário me fazia enxergar completamente a cena. Os detalhes desnecessários começaram a desaparecer e deram lugar a detalhes cruciais para se imaginar os atos.
Uma das coisas que eu aprendi com este livro foi a descrever lutas, obrigado mesmo, porque este sempre foi o meu problema ao escrever e este livro tem uma descrição tão boa dos movimentos e dos atos dos lutadores que eu me senti dentro das cenas, senti dores, emoções, tudo.
A única coisa que eu senti de dificuldade no livro foi em duas partes. No Covil, que eu não consegui imaginar direito como era o local, talvez porque tinha muita coisa acontecendo num mesmo momento e a descrição do cenário foi prejudicada e ironicamente na minha parte preferida do livro, o observatório, onde aconteceu o mesmo que no Covil, o tanto de informações sobre os personagens deixou pouco ênfase no cenário e eu não imaginei o observatório com tantos detalhes, mas fora isso, o livro está perfeito.
As partes em que a narrativa acontecia no passado ficaram ótimas, foi outro ponto que me surpreendeu, esta fluidez na narrativa, que permitia algumas cenas de serem contadas no passado, por serem histórias e tudo mais. Isto foi uma sacada bastante interessante.
BOOM! Agora que você BOOM! Voltou a prestar atenção no texto, porque você deve estar quase dormindo, eu vou falar do que mais me chamou atenção no livro. Não sei se foi só impressão de um adolescente revoltado ou se foi proposital, mas eu vi várias indiretas a determinadas coisas ao decorrer do livro e me chamaram muito a atenção.
Assim, eu sou um adolescente, adolescentes veem coisas que não existem, mas eu entendi que a cidade na verdade era uma indireta ao que aconteceu ao longo da história e em muitos lugares ainda acontecem. Os ministros corruptos me remeteram, obviamente, ao cenário político brasileiro. E a forte repressão do estado me remeteu a duas coisas, a manipulação que grande parte da massa brasileira sofre com pequenos programas de inclusão, chegando a pensar que está tudo bem e aos sistemas atuais de socialismo, não criticando o socialismo como foi idealizado, mas como vem sendo praticado pelos países atuais.
Um local onde se é incentivado trabalhar para o governo e onde, aparentemente, só se pode ter produtos internos e não externos. O governo manipulando os cidadãos a acreditarem que aquele modelo é o melhor a ser seguido e que o Estado faz seu papel, jogando a culpa dos problemas sempre em setores não governamentais, enquanto o próprio governo está em ruínas devido a políticas corruptas.
Uma coisa que eu acho ser da minha cabeça, mas mesmo assim eu percebi. No livro, os magos são os comerciantes, a classe média, ou a burguesia. Por isso, eu senti uma certa referência a Karl Marx, que diz que a burguesia é a classe mais revolucionária da história. Não sei se foi proposital, mas aconteceu. A magia estar em mãos dos comerciantes me pareceu uma jogada para dizer: A classe baixa é manipulada e a classe alta beneficiada, por isso a classe média é detentora do poder de mudança.
Maslow teria gostado do livro tanto quanto eu, porque olha! A quantidade de vezes em que o autor remete a pirâmide das necessidades é imensurável, de forma indireta ou direta, o livro está sempre dizendo que sem as necessidades fisiológicas e de segurança sendo supridas o povo nunca iria lutar por outra coisa.
Voltando ao Leran, ele me pareceu um veículo indireto para expressar a sociedade manipulada (que frase chata, Gabriel, eca, nem parece você). Tá, Principalmente durante as brigas acerca da liderança no covil, Leran pareceu sempre “em cima do muro”. Depois decidiu apoiar Babo, depois não apoiou mais, porque viu que ele era vilão. Leran não me parece ter muita opinião, ele parece seguir a onda dos acontecimentos, assim como muita gente por ai, por isso e por todo o resto eu senti que o personagem dele era mais uma crítica e não o personagem central.

Leitor Sagaz 15/10/2015

Uma aventura super legal!
Resenha publicada no blog Leitor Sagaz

Para começar essa resenha quero falar logo da sacada do nome da cidade onde se passa, Acigam, que é mágica ao contrário. Achei isso super legal e até porque condiz com a forma que os governantes tratam tais poderes na região...

Nosso personagem principal se chama Leran Yandel (e Leran lembra muito Renan rsrsrsrs), um jovem rapaz concluindo por assim dizer o ensino médio, ele é um bom rapaz e é o melhor aluno das aulas de arco e flecha, tanto é que o professor Cortez lhe dá de presente um conjunto de arco e flechas, mas flechas com pontas de borracha para não ferir ninguém.


Em Acigam qualquer menção a magia é proibida, mas Le não se conforma com isso e após questionar seu avô ele finalmente descobre a ciência que estuda o controle da matéria, resumindo: a magia é real!

O avô de Le é um magico e com muita insistência começa a ensiná-lo em segredo, Le tem certa dificuldade mas aos poucos consegue demonstrara algum talento.

Tudo começa a tomar um rumo diferente quando ele e seu avô se veem em meio a uma perseguição, os “Silenciadores” estão casando usuários de magia, e tudo é muito surreal, o ataque e as magias impostas e o porquê de serem chamados de silenciadores intriga o jovem Le.

Neste ponto conheceremos a Guilda de Magos e a rebelião contra o sistema do governo, e veremos que nem tudo é o que parece em Acigam.

Como contar para vocês algo mais sobre a história sem estragar a surpresa? Realmente difícil quando estamos falando de algo que gostamos bastante e queremos compartilhar.

Bem posso dizer que Le e sua irmã Lua acabaram se envolvendo profundamente na rebelião e que Le não ficará sozinho a história toda, se é que vocês me entendem hehehehe.

Devo dizer que Renan soube escrever uma história bem amarrada, onde todos os personagens acabam desenvolvendo bem seu papel. A ideia de magia proposta e suas vertentes e diferenças é bem interessante, gostei mesmo de ver como cada mago pode moldar diferentes tipos de energia.

A parte de aventura e quando a cena toma um ritmo mais acelerado ficou muito boa, um outro detalhe sensacional são as ilustrações do livro e isso ajuda a moldar a imagem dos personagens e ambientes em nossas mentes.

O livro segue de maneira bem fluida e cativante, em nenhum momento senti que a história se mostrava arrastada, praticamente li o livro todo de uma tacada só, apenas demorei para escrever a resenha pois sabia que de maneira alguma conseguiria transcrever em palavras o que a leitura me causou.

Por fim digo que se você gosta de aventura e fantasia, se é chegado em jogos de rpg e seu personagem é sempre o mago, venha ler este livro e se aventurar com Leran e seus companheiros.

Ao Renan dou os parabéns por desenvolver essa ótima história, e que o próximo livro venha o mais rápido possível! Espero que vocês tenham curtido a resenha e que realmente possam ler este livro, abraço e até a próxima.

Abraço,
Diego de França

site: http://www.leitorsagaz.com.br/2015/07/resenha-supernova-o-encantador-de.html

Julio C. B. Sil 30/09/2015

Fantasia Brasileira
Esse foi o primeiro livro de fantasia brasileiro que encontrei. Muito bom, fala sobre magia em um mundo não tão antigo. Estou ansioso pelo próximo.

Ohswaldo 12/09/2015

O mundo caótico e emocionante que Rena Carvalho criou, é simplesmente um dos melhores. Esse livro consegue te prender do começo até o fim, te deixando com uma vontade e uma necessidade enorme de ler o próximo. Recomendo muito!

Meu Vício em Livros 10/09/2015

fantástico, repleta de mistérios, conflitos sangrentos e magia.
O Encantador de Flechas é o primeiro livro de uma série fantástica, repleta de mistérios, conflitos sangrentos e magia.

Leran, próximo de completar 18 anos, ganha do professor um arco e flecha para poder continuar treinando depois do final das aulas. Busca algo da vida que não é o que Acigam oferece e sonha em viajar pelo mundo. Mora com a mãe e a irmã, possui a imaturidade típica da idade e leva uma vida normal.

Acigam, onde ele vive, é uma cidade cercada por muros, isolada do mundo e onde a magia é extremamente proibida. Ao descobrir fatos do seu passado através do avô e também o real motivo que levou a morte do pai, ele deixa de acreditar que a cidade não tem conflitos.

Descobre que tem poderes e sem conseguir escondê-los ou ignorar a rebelião, começa então a fazer parte dela. Aprimorando estes poderes, torna-se um adversário forte contra a ditadura do governo, que faz com que os ricos fiquem cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais implorando por migalhas.

Uma guerra civil está prestes a começar, entre a Guilda que é um grupo de comerciantes-cientistas e o governo, que insiste em acabar com estes chamados magos. Leran descobre que pessoas conhecidas fazem parte da Guilda e entende que esta é a sua missão. Entre aprender novos ensinamentos e ser traído por quem ele menos espera, Leran vai precisar proteger a si mesmo e a sua família.


"Desenvolvi minha própria especialidade e a aprimorei ao máximo. Farei o governo tremer apenas ao ouvir sobre mim... Ao ouvir sobre o Encantador de Flechas."
Um livro recheado de ação e dividido em quatro partes. Alterna os pontos de vista de Leran e Judra, que é uma garota misteriosa e a namorada dele. Eles se conhecem logo no inicio do livro e ao perceber que eles têm os mesmos objetivos, quando estão juntos Leran esquece por alguns momentos dos magos, governo e rebeldes. Há romance, mas este não é o foco da história.

Há diversos personagens na trama, entre eles, os terríveis seres encapuzados que fazem todo o trabalho sujo chamados de silenciadores. O autor ainda apresenta no final toda a cidade, os significados de expressões e poderes e também dá detalhes de cada personagem com base na ordem de aparição na história.

Se você é fã de fantasia e aventura vai se encantar pela série. A diagramação e a capa estão impecáveis, as ilustrações de alguns capítulos são lindas, em preto e branco e dão um toque real ao enredo que possui uma narrativa completamente viciante. Este é o livro de estreia do autor e a continuação "Supernova - A Estrela dos Mortos" já está disponível nas principais livrarias.
LEIA MAIS:http://meuvicioemlivros.blogspot.com.br/2015/09/resenha-supernova-o-encantador-de.html

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Domenica Mendes 04/09/2015

A primeira missão do novato Renan Carvalho foi muito bem cumprida. Em seu livro de lançamento, “Supernova – O Encantador de Flechas“, lançado no início de 2015 pela Editora Novo Conceito, Renan apresenta um mundo repleto de fantasia, magia e com excelentes, apesar de breves, referências à mitologia, além de um toque de crítica a sistemas autoritários, onde o governo limita a ação e o direito de ir e vir dos civis.
A primeira vez que ouvi falar do livro foi na Comic Con Experience em 2014, no próprio estande da Editora Novo Conceito, quando fui comprar alguns livros que queria. O vendedor, extremamente simpático e muito querido, me ofereceu também um material de divulgação de “Supernova” e desde então aguardei o lançamento. Quando pude, finalmente, le-lo, adorei a experiência!
Mas, calma, vou explicar mais sobre ele!
Fique por dentro de Acigam
O enredo de Supernova – O Encantador de Flechas acontece na cidade de Acigam, uma cidade murada e dirigida pela monarquia.
O povo de Acigam não está em seus melhores momentos: nas escolas, as crianças aprendem somente o básico e suficiente para trabalharem quando crescerem, o transporte público apresenta falhas constantes e os comerciantes não estão satisfeitos.
O que existe lá fora, ninguém mais sabe. O povo de Acigam não pode deixar a cidade desde que ela foi separada do restante do país por grandes muros, muito bem protegidos.
É nesse cenário que conhecemos Leran Yandel, um jovem que está prestes a terminar seus estudos e que não tem nenhum grande objetivo ou plano para a sua vida. Na escola, ele é um garoto comum, sendo seu maior destaque nas aulas com prática de arco e flecha. Em casa, ele é o filho mais velho de uma viúva e irmão de Luana, uma adolescente comum, que aparente estar em uma fase de visual dark. Mas, ele sabe um pouco demais: apesar de não se poder falar sobre isso, Leran sabe que existem outras coisas e ciências fora de Acigam.
“Inicialmente, ouvi falar que alguns indivíduos podiam modificar o ambiente à sua volta. Eram capazes de controlar o campo de energia que rodeava seus corpos e, a partir disso, alterar os elementos da natureza. Eles eram chamados vulgarmente de ‘magos’ e, no passado, foram caçados e punidos por essa prática.” (p. 23)
Essa ciência, chamada também de Magia, é algo que o fascina e seus conhecimentos são consequência dos ensinamentos de seu avô, Bretor. Tem mais: Leran sabe que existe magia dentro da própria Acigam e sabe que esses indivíduos são perseguidos.
“(…) Em todos os casos, precisarei estudar escondido como meu avô faz, a fim de saciar minha fome de conhecimento e manter minha mente saudável. Esse não é um futuro em que imagino viver. Sou muito maior do que tudo isso. Meu potencial é desperdiçado dentro desse sistema. Mas o que posso fazer para mudar? Unir-me à rebelião e arriscar a minha vida? Se eu morrer, nem um futuro terei, não é mesmo?” (p. 49)
Leran faz sua escolha, porém sua vida muda totalmente após presenciar a morte de um rapaz e conhecer Judra, uma adolescente muito bonita pela qual se encanta. Da amizade, surge a paixão e o relacionamento. Tudo parece caminhar às mil maravilhas até que no baile de formatura de Leran, ele começa a entender que está, assim como Judra e Luana, além de seu avô e outros amigos, envolvido no meio da batalha entre os magos e os silenciadores (pessoas que tem dispositivos tecnológicos e práticas para destruir e matar os dominadores da magia).
A partir daí nós, leitores, entraremos em uma nova fase da leitura onde pode-se esperar muita aventura, luta, personagens marcantes e episódios inesquecíveis.
O que posso adiantar a vocês é: podem aguardar muitas reviravoltas e surpresas que vão te prender à leitura, até seu desfecho.
Analise crítica
11880082_1098834906813101_252311025_nO livro é dividido em cinco partes: prólogo, partes I, II e II e parte final. Após, apresenta-se três apêndices, que servem como guias complementares para que os leitores entendam melhor as personagens e a história, bem como os fatos mais importantes. Ao final da edição, é oferecido um capítulo extra, escrito por Judra, que nos remete a um dos acontecimentos mais marcantes da obra. Para completar, o livro possui ilustrações incríveis, de cor branco e preto, com tons acinzentados, que é um verdadeiro presente para nós, leitores.
A escrita de Renan é muito bem feita: não é amarrada e dá liberdade para interpretarmos as cenas. As cenas de batalha, sempre definitivas para determinar se um autor sabe o que faz em um livro de fantasia, não é descritiva a ponto de cansar, porém não é mal escrita ao ponto de se tornar confusa ou sem nexo. São simples e funcionam: permitem que o leitor veja as cenas descritas em sua mente, enquanto ainda está lendo.
As páginas do livro são amareladas e a fonte é preta, de bom tamanho. A diagramação é comum e facilita o ritmo de leitura.
O livro possui 438 páginas e encerra com o anúncio de continuação de história a partir do volume 2: “Supernova – A Estrela dos Mortos”, que chega às livrarias em setembro. Logo, Renan começa a escrever o terceiro volume da saga.

site: http://leitorcabuloso.com.br/2015/08/resenha-supernova-o-encantador-de-flechas-renan-carvalho-novo-conceito/

Livro e Neblina 03/09/2015

Distopia empolgante e que te vicia!
Supernova nos apresenta a cidade de Acigam e todo seu mundo envolto em "magia". O autor Renan Carvalho está super de parabéns, pois ele conseguiu criar um mundo especial e totalmente novo, cheio de aventuras, perigos e emoções.

Conhecemos controladores de elementos como água, fogo, terra, ar, luz e trevas e dentre eles os membros da família Yandel. Os irmãos Leran e Luana protagonizam nossa história. Vamos falar dela?

Leran é um exímio arqueiro, que é apresentado ao estudo das ciências - também conhecido por controle - por seu avô, Bretor, às escondidas, já que o governo de Acigam proibe a execução de qualquer tipo de magia na cidade e inclusive, visando limitar a atuação dos magos, fechou as fronteiras da cidade, o que acabou por isolá-la do mundo e fez com que Acigam se tornasse atrasada demais em relação ao restante do mundo. Por conta do isolamento, a vida dos moradores de Acigam é sem perspectiva e a maioria da população sofre com a extrema pobreza.

Em meio aos conflitos sociais e políticos que Leran passa a se envolver, uma vez que a cidade cada dia mais se encaminha para uma guerra, ele conhece Judra. Ela se mostra uma jovem bonita e gentil, por quem ele acaba se apaixonando, entretanto, nem sempre as pessoas são o que aparentam...

Já Luana é uma jovem com ares rebeldes, que se mostra madura para sua idade e demasiadamente esperta. Lua demonstra ser possuidora de um grande poder, o que ocasiona seu envolvimento em várias cenas de ação em momentos importantes da trama que nos fazem prender a respiração até o fim e te leva a pensar cada vez mais no quanto aquele poder vai influenciar na vida da família Yandel.

Com o desenrolar da trama, somos apresentados a vários magos poderosos - e a seus especiais talentos para exercer o controle em diferentes elementos - pertencentes a Guilda ( a organização de rebeldes que buscam defender a cidade da tirania imposta pelo governo) o que nos permite conhecer a mente fértil do autor que criou um universo novo, cheio de detalhes para nos encantar.

Gostei também do fato da história ter um toque de drama, tudo na medida certa para a obra não se tornar infantil demais e nem pesada demais. O autor acertou em cheio na maturidade dada aos personagens.

A história é viciante, empolgante e cheia de ação. O autor sempre consegue te surpreender com o desenrolar dos fatos e encher sua mente com a maravilhosa descrição dos locais e dos acontecimentos de Acigam.

A mudança de Ponto de vista em alguns capítulos do livro te ajuda a compreender alguns personagens, visualizar seus conflitos internos e a entender porque deles serem como são. Gostei da forma como o autor trabalhou! Em vários momentos da leitura eu me senti como se estivesse em um RPG e eu fosse o personagem.

Senti falta de ler um ponto de vista de Luana e espero que sejamos surpreendidos com sua mente narrando a história em alguns capitulos do próximo livro. Adoraria conhecer mais a mente da pequena Yandel.

O livro é bem completo, trazendo ao final um apêndice que nos informa sobre os personagens, sobre Acigam e sobre a ciência das energias. Além disso, somos presenteados com um capítulo extra narrado sobre o ponto de vista de Judra e ainda ao final, encontramos o primeiro capítulo da continuação da saga, Supernova: A estrela dos mortos.

Nem preciso dizer o quão ansiosa eu estou para ler a continuação de Supernova, certo? Novo Conceito, por favor lançe logo A estrela dos mortos!! Não queria ter que parar de ler sobre Leran, Luana e Judra... e mal posso esperar para poder voltar a acompanhar suas aventuras.

Algum de vocês já leu Supernova? O que acharam? Vem contar pra mim. Vamos aproveitar meu vício e papear sobre Supernova haha

site: http://www.livroeneblina.com/2015/08/resenha-supernova-o-encantador-de.html

Portal JuLund 16/07/2015

Supernova O encantador de flechas, Resenha, @Novo_Conceito
Leran está terminando os estudos e tem tudo para um futuro brilhante, mas o lugar onde mora é cheio de mentiras e restrições. Há 15 anos Acigam foi cercada por muros e teve restrições impostas sobre a entrada e saída de qualquer morador. Mas Leran sabe que nem tudo o que é ensinado é verdade, ele é um controlador de energia, assim como o seu pai e como o seu avô. E isso é extremamente proibido e ele acaba descobrindo que é extremamente perigoso também.

Leia a resenha completa em nosso portal!

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/supernova-o-encantador-de-flechas-resenha-novo_conceito

Sil 04/07/2015

Resenhas :: O Encantador de Flechas
O Encantador de Flechas é um livro que me conquistou à partir do momento que eu assisti ao booktrailer. Imagina, eu: A pessoa que sempre achou desnecessário booktrailer se apaixonando por um e desejando desesperadamente um livro por causa dessa coisinha estranha que as editoras têm feito. Pois bem, foi assim que começou meu encanto e acho que agora não sei onde isso vai parar.

Podendo ser considerado um grande geek, afinal ele é fã de toda essa cultura pop que nos rodeia hoje em dia, Renan Carvalho soube usar muito bem as suas referências do mundo nerd para criar um universo cheio de aventura e fantasia na medida certa até para os leitores mais céticos. O livro é cheio de cenas de ações, com lutas, magia, dramas, muita morte, traições e surpresas. O autor consegue prender o leitor instigando mais e mais a curiosidade a cada capitulo.

Leran é um garoto esperto e teve a sorte de ser neto de um mago, por isso ele já conhece um lado de Acigan que poucos moradores tem a chance de conhecer. Ele sabe que a maior parte das coisas ensinadas na escola são mentiras feitas apenas para manipular a sociedade e também entende bem a situação que o seu povo vive: Completa miséria.

Trancados dentro dos muros da cidade, sem o direito de ir e vir, os moderadores de Acigan vivem com o pouco (ou nada) que o governo distribui e a coisa só piora quando eles resolvem acabar com todos os magos. Uma guerra é formada e no meio de tudo isso está o jovem.

Uma das coisas que mais me agradou foi a forma como Renan colocou o amadurecimento de Leran na história. Por muitas vezes lemos livros onde o amadurecimento dos personagens é repentino e isso gera incomodo na maioria dos leitores. Apesar de Leran demonstrar amadurecimento ao longo da narrativa é sempre possível ver em algumas atitudes aquela teimosia de menino, que no fundo todos nós temos.

Judra se tornou a minha personagem preferida do livro. Ela é misteriosa e surpreendente, de uma forma negativa e positiva ao mesmo tempo. Não vou me prolongar falando sobre ela, pois é uma personagem cheia de surpresas e um dos pontos altos do livro, portanto não quero estragar o que o autor reservou para os leitores.

site: http://cantaremverso.com/2015/03/26/resenhas-o-encantador-de-flechas/

Leituras&Fofuras 11/06/2015

Resenha do blog Leituras & Fofuras
Resenha do blog Leituras & Fofuras
É PROIBIDA A CÓPIA TOTAL OU PARCIAL DESTA RESENHA.

Resenha do blog Leituras & Fofuras: http://leiturasefofuras.blogspot.com.br/2015/05/resenha-supernova-o-encantador-de.html

"Vou defender todos os que são reprimidos por esse governo tirano. Eu me vingarei! Pagarão caro pelo que fizeram comigo e com minha família. Agora sou um mago, posso lutar. Desenvolvi a minha própria especialidade e a aprimorarei ao máximo. Farei o governo tremer apenas ao ouvir sobre mim... Ao ouvir sobre o Encantador de Flechas."

Primeiramente, devo deixar claro que escrever essa resenha foi bem difícil. Primeiro porque quando gosto muito de um livro, tenho dificuldade de descrever meus sentimentos sobre o mesmo. Segundo, era tanta informação e tanta coisa que eu queria comentar sobre ele, que a resenha ficaria gigante (e olha que já está grande!). Terceiro, várias das coisas que eu queria comentar eram spoiler e por isso tive que me conter e falar o mínimo possível sobre a história. O quarto motivo é mais um pedido de desculpas pelo tamanho da postagem, que contará com ilustrações que encontrei no site e Face do Renan e que não resisti e tive que colocar aqui rs (PS: as ilustrações da postagem não constam no livro. As do livros são outras em preto e branco).

"O fato de vivermos isolados do mundo, presos dentro dos muros, não os incomoda. Afinal, nenhum deles teve a oportunidade de conhecer algo lá fora. Não parece que têm vontade de mudar as coisas. Na verdade, nem sabem que a vida pode ser diferente... mas eu sei. Essa mediocridade não é para mim."

Em O Encantador de Flechas conhecemos nosso protagonista, Leran Yandel, um jovem que vive em Acigam, uma cidade atrasada e cercada, onde ninguém pode entrar ou sair. O governo é bem rígido e ele dita o que os jovens devem ou não estudar. Leran está quase completando 18 anos e também seus estudos, focados na história e cultura de Acigam, mas através de seu avô, ele descobre que tudo o que eles aprendem é manipulado e que o governo esconde outro tipo de conhecimento. Conhecimento esse que é proibido na cidade e a punição para os que praticam é a morte. Essa ciência é o que chamamos vulgarmente de magia, e no mundo criado por Renan, a magia é uma forma em que o homem aprendeu a manipular os elementos, ou mais precisamente, a energia que serve a matéria-prima. Leran é excelente na arte do arco e flecha e ao juntar sua habilidade de encantos, ele se nomeia O Encantador de Flechas.

"Eles estão usando a ignorância da população para voltá-la contra os magos.
Isso é sujo, uma estratégia torpe. O próprio governo está estimulando uma guerra civil."

Seu avô se passa por um artesão e dono de uma loja, mas há noites em que ele ensina Leran a manipular essas energias. É numa dessas noites que um ataque contra aqueles chamados de “magos” acontece e Leran testemunha em primeira mão a punição que esses recebem através dos Silenciadores, soldados contratados pelo governo para assassinar qualquer pessoa que seja encontrada praticando magia. E a partir daí ele descobre sobre um grupo de magos que se opõe ao governo e está atrás de uma rebelião, eles são chamados de Guilda. A guerra civil é inevitável e Leran terá que treinar bastante para ajudá-los a derrotar os ditadores e também a proteger sua família, especialmente depois de um segredo ser revelado e o perigo ser ainda maior do que ele imaginava.

"Além do silêncio, eles possuem armas que desabilitam totalmente sua capacidade de controle. Isso sem contar alguns artefatos que permitem levitação, invisibilidade e outras artimanhas."

Pouco depois das primeiras cem páginas a coisa esquenta de vez e o bicho pega (e isso não quer dizer que o livro fique bom apenas depois das cem primeiras páginas, apenas que a coisa fica feia de verdade por volta desse tempo). A história te prende de uma forma que você quer saber tudo sobre tudo. Novos personagens aparecem e a ação é contínua, quando você acha que as coisas estão calmas, tem alguma reviravolta e as lutas voltam, a ação acontece. O livro envolve elementos distópicos, fantasia, romance, magia, ação, mistério, aventura, suspense e por aí vai. Eu queria alguém pra comentar os acontecimentos, minhas suposições, as surpresas, minha raiva sobre alguma coisa, etc., e esse livro é exatamente assim, te deixa ansioso(a) pra sair comentando e discutindo sobre ele com alguém.

Uma coisa me incomodou: o romance, que não me convenceu. Ele iniciou e teve um desfecho rápido e superficial. Não torci pelo casal. Também não gosto de Judra, par romântico de Leran. Poderia citar uma coisinha aqui e ali que também não me agradaram muito, mas de modo geral, o livro foi muitoooo bom. Estou bem ansiosa pela continuação, “A Estrela dos Mortos”.

"Se eu vivesse assim, teria muito mais motivos para me rebelar contra o governo, mais até do que os magos. Porém, quando é necessário lutar para comer, a vontade de lutar por liberdade fica em segundo plano. A briga por direitos só acontece quando nossas necessidades básicas estão sanadas. E isso está longe de acontecer aqui.''

Uma das coisas que me agradou bastante é o fato de Leran não ser "O salvador", porque em muitos livros, um único protagonista é que pode fazer a diferença, ser "o herói" e nesse não, é uma mistura de vários personagens que fazem a diferença.

Depois de tantos livros distópicos, me acostumei a desconfiar mais facilmente dos personagens e devo dizer que acertei em cheio o que acreditava ser o segredo de dois deles, então algumas revelações “bombásticas” não surtiram efeito em mim porque eu já desconfiava que aquilo iria acontecer, mas acredito que algumas pessoas vão se surpreender com algumas revelações! De qualquer forma, outras situações me surpreenderam.

"Poderia estar com medo agora. No entanto, pela primeira vez eu desisti de especular sobre o futuro. Ele virá, eu sei. [...] Quando eu menos esperar, estarei frente a frente com inúmeros novos desafios. Afinal, como meu avô disse: "Isso é só o começo". De quê, eu ainda não sei. Mas estarei pronto para enfrentar o que vier."

A diagramação está simples, mas bonita, com bom tamanho da fonte, páginas amarelas. A capa é uma nova versão da primeira edição do livro e eu adorei. Nessa versão lançada pela Novo Conceito, há novas ilustrações e também um capítulo extra, além do primeiro capítulo do segundo volume “A Estrela dos Mortos”. No fim, também há apêndices com os personagens, o guia de Acigam e sobre a ciência das energias. É muito bom ter essas informações sobre o mundo criado por Renan. O livro é dividido em quatro partes: Segredos, A Guilda, Silêncio e Tomando o Poder. Três desses capítulos são narrados em primeira pessoa por Leran e um deles por Judra.

Renan elaborou um mundo bem criativo e de certa forma inovador, pelo menos pra mim foi bem diferente de outras leituras que envolvem os mesmos elementos literários e a dinâmica da história prende o leitor até que a leitura acabe. Eu diria que O Encantador de Flechas até tem um final "fechado", mesmo deixando algumas coisas em aberto e portanto aguardo A Estrela dos Mortos ansiosa pra ver qual como seguirá a história, porque ainda tem muito a ser explorado.

Fico feliz de poder dizer que, depois de tantas decepções com livros nacionais no ano passado, 2015 me deu agradáveis surpresas com os dois nacionais que li até o momento. Renan conseguiu unir distopia com fantasia de forma excelente. Recomendo com certeza!

Descrição da capa: dessa vez vou descrever mais superficialmente porque tem vários detalhes que seriam complicados de explicar. Na capa vemos Leran de costas, apoiado e observando no canto de um muro, um silenciador que está com o dedo indicador na boca fazendo o sinal de silêncio. Há um corpo no chão, próximo ao silenciador. Nas costas de Leran vemos seu equipamento de arco e flecha. O título e nome do autor estão de branco e no lugar da letra O em Supernova, tem um símbolo em vermelho, um círculo com várias pontas.


site: http://leiturasefofuras.blogspot.com.br/2015/05/resenha-supernova-o-encantador-de.html