Artur 07/06/2013
Livro foda pra caralho
Criei essa conta no skoob e puta que pariu, como a interface essa parada é uma merda confusa.
Já que a porra da resenha é minha, vou me reservar o direito de escrever qualquer merda aqui, então já fiquem avisados.
Nunca tinha lido um livro que eu conhecesse tanto o autor, pois embora nunca tenha conversado com ele ao vivo, já trocamos algumas farpas nos comentários do mrg, inclusive tomei um ban por trollar ele demais. Tá certo que não conheço o cara pessoalmente, mas quase ninguém do meu circulo de contatos já escreveu um livro. Tô enchendo linguiça falando essa porra, pois quando comecei a ler o espadachim de carvão não conseguia tirar da cabeça que o cara que deu 4,5 robôs gigantes para Transformers 3 tinha escrito aquela parada e que eu mesmo tinha gastado o meu "rico dinheirinho" naquilo que provavelmente iria me frustrar, porém como sei que o Affonso não gosta da escrita do Tolkien, logo pensei que esse livro tinha grandes chances de ser uma parada maneira e calhou de eu estar um pouco puto com a internet, precisando de um livro para que eu não precisasse ficar na frente do computador.
Caralho, olha só o tanto que eu escrevi e eu nem comecei a falar do livro. Isso tem uma razão: As pessoas vão ver as minhas 5 estrelas e vão pensar que eu sou fã do cara e por isso estou puxando saco, o que não é verdade, pois sou indiferente a ele e como não estou escrevendo esse texto seriamente, então foda-se, eu enrolo essa merda o quanto eu quiser. Puta que pariu, como é bom não ficar preocupar em resumir o que eu escrevo.
Começando a ler o livro, eu fiquei muito perdido. Não conseguia entender o que essa a parada dos círculos, sendo que são fundamentais para entender o funcionamento das batalhas. O inicio já começa num quebra pau maior do que exame de dna no ratinho e o herói é jogado na história no meio de um monte de conceitos que quase até o meio do livro não seriam explicados. Outra coisa que deu uns nós nos meus miolos foram as raças, pois o Affonso inventou um monte de seres nunca antes vistos, não caindo no clichê de anões e elfos, em um mundo totalmente diferentes, com animais únicos, comidas diferentes e até sistema métricos variados. Isso foi muito maneiro, mas também foi muita informação para o meu cérebro conseguir assimilar. Admito que mesmo depois de ler, eu não sei descrever mais do que duas raças(um edição de luxo com ilustração de cada raça no final seria uma boa, ein?).
Se tem uma coisa que eu detesto são autores que podem usar diálogos para explicar o universo do livro, mas preferem descrições tediosas e gigantescas, que fazem com que a história deixe de fluir. Isso não acontece em "O Espadachim de carvão", pois os QUATROS QUE SÃO UM nos abençoaram com flashbacks que intercalam a aventura principal, explicando o passado daquele mundo pela ótica do protagonista, seja ele contando para alguém ou recebendo aquela informação pela primeira vez. Isso dá um puta dinamismo para o livro, pois quando um personagem descreve algo, ele coloca a opinião dele e quem está ouvindo, também reage, desenvolvendo os personagens. Tá certo que esse tipo de coisa pode não funcionar com qualquer obra, sendo que muitos autores fazendo esse tipo de dialogo expositivo de modo forçado, como se os personagens já soubessem, mas estão conversando sobre aquilo sem motivo aparecente, o que NÃO ACONTECE em "O Espadachim de Carvão". Para completar o pacote, os capítulos de flashback surgem exatamente quando a trama principal está em um momento daqueles de "fim de episódio de série que te deixa louco para assistir o próximo episódio", entretanto aqueles flashbacks são tão fodas que quando eles acabam, você também fica querendo mais, fazendo com que o livro fique viciante. Outra parada maneira é que os flashbacks só apareceram quando eu já estava fisgado pelo personagem, me fazendo querer saber mais sobre ele e a origem daquele mundo.
Os personagens são muito carismáticos a começar pelo principal, que tem bastante conhecimento, porém é ingenuo, mas não tanto quando uma criança, já que o cara é adulto e apenas desconhece aquele mundo. Eu pude sentir que nenhuma das situações que ele foi ingenuo foram forçadas e em algumas delas, até eu, que não conhecia aquele mundo, iria cair também nos truques daquele universo ardiloso. Os outros personagens também são muito fodas, porém muito pouco explorados, o que eu não acho um demérito, mas uma pena e até acho que foi melhor assim, pois não gostaria de ver personagens sem motivação seguindo o protagonista apenas para serem melhores desenvolvidos.
Enfim, a confusão que o livro gerou no começo, foi totalmente compensada com o excelente desenvolvimento e explicações dinâmicas por meio de diálogos. Achei foda, recomendo para todos e eu quero mais.