Ariadna Oliveira 17/03/2022
"Ir em frente? Única coisa a fazer!"
O Hobbit, de J. R. R Tolkien, foi publicado pela primeira vez em 1937, e conquista milhares de fãs até os dias atuais.
A história se inicia quando o mago Gandalf retorna à Vila dos Hobbits para procurar Bilbo Bolseiro e chamá-lo para participar de uma aventura. No entanto, Bilbo, extremamente acostumado com a vida tranquila e confortável que levava, resiste à ideia e tenta se esquivar da tentativa de Gandalf, colocando-o disfarçadamente (mas não tanto) para fora de sua casa, enquanto o convida, por educação, para tomar um chá na tarde do dia seguinte.
O que ele não imaginava era que o mago, como sempre muito esperto, deixaria uma marca mágica em sua porta, para que os visitantes (indesejados por Bilbo) encontrassem sua casa.
No dia seguinte, Bilbo se esquece completamente da aventura e do chá que propôs a Gandalf, mas no horário combinado, diversos anões começam a aparecer em sua porta e começam a exigir que Bilbo lhes sirvam comida e bebida em grande quantidade. Inicia-se então uma festa inesperada, e os anões entoam canções sobre dragões, montanhas e riquezas há muito perdidas.
Após o jantar, o anão Thorin Escudo de Carvalho e sua companhia, composta também por Gandalf, revelam a Bilbo que o motivo da visita é que precisam de Bilbo como gatuno para entrar na Montanha Solitária e ajudá-los a recuperar seu tesouro, roubado pelo dragão Smaug.
Para mim, foi uma experiência imensurável adentrar novamente no universo criado por Tolkien. Tenho memória afetiva, afinal a história me acompanhou ao longo de toda a minha adolescência, primeiro com o livro e depois com o lançamento dos filmes.
A narrativa minuciosa, mas ao mesmo tempo sem enrolação de Tolkien nos conduz com perfeição em meio a cenários radiantes da Terra Média, como a Vila dos Hobbits, a borda do Ermo, Valfenda, a Floresta Trevamata, e claro, a Montanha Solitária.
Além disso, temos contato com diversas criaturas mágicas que até hoje inspiram a criação de novos universos fantásticos, como elfos, trolls, dragões, e aranhas gigantes.
Outro ponto merecedor de destaque nas obras de Tolkien, é o ensinamento de diversos valores importantes, como a amizade, lealdade, companheirismo, coragem, audácia, inteligência e astúcia.
Também não deixa de lado a abordagem de temas mais sérios, como a ganância e como ela pode conduzir alguém à ruína.
Interessante é a forma como Tolkien explora os dois lados dos seres humanos. Todos nós temos um lado aventureiro e um lado preguiçoso que prefere se manter na zona de conforto, e ambos são representados no livro pelo lado Tuk e Bolseiro da família de Bilbo. O livro nos faz perceber como um não anula o outro e como os dois possuem sua importância. Mas na minha opinião, o lado predominante deve ser o Tuk.
Por fim, outro aprendizado que obtive com o livro, é que sempre quando decidirmos fazer algo diferente, aparecerão pessoas que nos acharão estranhos e que nos julgarão por isso, mas se estamos felizes em nosso caminho, isso não fará diferença.
O Hobbit é leitura obrigatória para todo fã de fantasia!
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