@jaliagoraesuavez 07/05/2020PARA REFLETIR“Sterling é uma cidadezinha comum do interior, onde nada acontece – até o dia em que a quietude é abalada por um terrível ato de violência. Peter, um adolescente socialmente isolado, que há anos sofre bullying, um dia leva uma arma para a escola e abre fogo contra os colegas, matando dez pessoas.”
Essa é a premissa do livro Dezenove Minutos. Um livro forte, que apesar de ter mais de 500 páginas, li em 2 dias (porque estou trabalhando) de tão fluida que é a leitura.
Você se envolve com a história, com os personagens e quer entender porque Peter, um menino comum, de uma boa família, com uma boa vida, foi capaz de um ato tão bárbaro. E, quando você vai se informando de tudo que se passou com ele, você pensa se o que ele fez realmente se justifica, sabe? E se fosse com o meu filho?
Tanta maldade, tanta violência, tanta falta de amor....
O livro é narrado no passado e no presente para que a gente possa entender toda a dinâmica das relações e o porquê desse evento tão trágico que envolve não só o Peter, mas toda a cidade.
Os personagens principais são Peter e sua mãe, e sua melhor amiga Josie, filha da Alex, juíza da cidade. Eles eram amigos de infância que se separaram no ensino médio, um pela popularidade e outro pela exclusão.
Com essa mesma temática já li Precisamos falar sobre Kevin, mas enquanto Kevin foca muito na relação entre mãe e filho, esse foca muito nas relações familiares, no grupo, na vida escolar, no bullying. Achei que aqui a história nos aproxima mais dos personagens, nos faz entender melhor como funciona essa segregação, ainda que eu tenha terminado o livro sem saber se consigo justificar tal atitude de violência.
Teve, ainda, um aspecto no final, que me incomodou na história. Não quer entrar muito aqui para não dar spoiler e não atrapalhar uma leitura futura de vocês. Por isso, o livro não ganhou 5 estrelas.
Mas, espero que vocês leiam, conheçam essa história, se envolvam como eu e, depois, venham debater comigo.
Será que Peter estava agido em legítima defesa? Ele era uma vítima ou só mais um assassino? Fica a reflexão sobre esse tema...
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