Marcos Aurélio 19/05/2022Um documentário escrito por Asne Seierstad, a visão da jornalista sobre a vida das mulheres afegãs.
Asne conta-nos sobre a cultura, como as mulheres são tratadas, e o resultado das guerras e disputas políticas internas.
Pelo livro, dois personagens são facilmente odiáveis, o livreiro Sultan Khan e seu filho Mansur.
"Todas as noites, ele volta com pilhas e dinheiro das suas livrarias. Todas as noites, ele tranca o dinheiro no armário. Muitas vezes traz sacos grandes cheios de romãs suculentas, bananas doces, tangerinas e maçãs. Mas todas as frutas são trancadas no armário. Só Sultan e Sonya podem comê-las. Só eles têm a chave. Frutas são caras, especialmente fora da estação."
Mansur segue os passos e atitudes do pai, como acontece no ocidente. A família é a primeira escola das virtudes cristãs, civis e morais.
Os fatos narrados por Asne são revoltantes, mas trata-se de realidade? O livreiro que tentou impedir a publicação do livro na justiça, lançou "Eu Sou o Livreiro de Cabul", onde questiona os fatos narrados pela jornalista. E usa o argumento de que Asne não fala os idiomas do país.
O livro é a observação de uma jornalista norueguesa sobre uma família afegã. É um documentário para nos fazer refletir, agradecer e jamais permitir que o ser humano chegue ao ponto de ser tírano.