spoiler visualizarTiago Absolão. 14/02/2022
Curto, porém denso.
"A tarefa do educador moderno não é derrubar florestas, mas irrigar desertos." O livro é curto, e demonstra como o ser humano pode ser abolido.
O autor traz uma concepção interessante de um valor objetivo universal que está fora do homem e independente do tempo do espaço, esse valor é chamado de "tao".
O "tao" esteve presente em diferentes contextos, que vão desde o judaísmo, cristianismo e até em civilizações mais antigas, tais como: Romana, grega, chinesa, egípcia, em alguns povos indígenas etc.
Dessa forma, o (tao) ou "lei natural" carrega princípios universais como: Deveres para com parentes, mais velhos e ancestrais, a lei da boa fé e veracidade, a lei da justiça, a lei da justiça sexual, misericórdia e benevolência geral, entre outros.
Assim, a abolição de valores objetivos imutáveis em detrimento de valores subjetivos relativos, pode culminar no fim com a abolição do próprio homem.
O livro é da década de 40, e têm fortes críticas também quanto ao sistema educacional da Inglaterra daquele tempo, entretanto muitas dessas críticas ainda são pertinentes e atuais. No fim do livro, senti uma pegada do tipo "1984" de George, mas o livro não deixou de ter sua coerência.