Aline.Robles 17/06/2022
King apresenta os personagens que acompanharão o Pistoleiro rumo a Torre
O segundo volume de A Torre Negra se inicia com o pistoleiro Roland, indo em busca de três portas que o levará ao encontro de três pessoas, que o ajudarão na sua jornada rumo a Torre. Segundo as cartas do homem de preto, em seu caminho ele encontrará o Prisioneiro (Eddie Dean um viciado em heroína), a Dama das Sombras (uma mulher que sofre de esquizofrenia que a leva a uma dupla personalidade, Odetta Holmes/Detta Walker) e a Morte (Jack Mort, o empurrador que faz isso apenas pelo prazer de fazê-lo.)
Opinião: O livro já começa de uma forma brutal, quando uma lagosta gigante deixa Roland gravemente ferido. Roland continua sua peregrinação (obsessiva) rumo a Torre, mas neste livro o ferimento, que quase o leva a morte, o obriga a confiar e a partilhar sua busca com outras pessoas. Essa dinâmica entre o grupo e Roland é muito bem explorada. Percebi que neste livro, King não quis mostrar muito a história da Torre e do mundo que Roland está, mas quis apresentar bem os personagens que estarão ao seu lado nessa jornada. Finalizando o livro me senti realmente conectada com os personagens e querendo saber como juntos, chegarão até a Torre.
O ponto forte desse livro, são os diálogos que o autor conduz de forma magistral. Todo o amadurecimento de Eddie, a reestruturação da psique de Odetta/Detta e a abertura que o pistoleiro da para ser ajudado.
OBS: Neste livro a referência dos personagens de outro livro de King "Os Olhos do Dragão."
"Se pensou em abrir mão de suas emoções para só se concentrar na Torre, Roland, você já perdeu. Uma criatura sem coração é uma criatura sem amor e uma criatura sem amor é um animal. Ser animal é talvez suportável, embora o homem que se tornou um certamente acabe, no final, pagando o preço do próprio inferno, mas e daí se você alcançar o seu objetivo?"
"Há pessoas que precisam de pessoas que precisem delas. Você não compreende pela simples razão de não ser uma dessas pessoas. Você me usaria e depois me atiraria no lixo como um saco de papel se fosse preciso."