Os Sertões

Os Sertões Euclides da Cunha
Walnice Galvão




Resenhas - Os Sertões


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Thiago Ernesto 28/02/2014

Não Me Rendi
Ao começar a ser "Os Sertões" admito que não tinha uma boa noção do que me esperava. A linguagem jornalística e os temas científicos e sociais mostram um caráter sério para o livro que na verdade, se lido com emoção, é justamente o oposto. Euclides da Cunha deixa transparecer sua opinião bem como os sentimentos. Mas é preciso saber lê-los e interpretá-los. Cabe lembrar também que muitas das ideias da época foram derrubadas e hoje estão desacreditadas e até mesmo repudiadas. Ao descrever a população brasileira, Euclides de faz valer das teorias sociais da época e podemos notar, com nossa visão analítica social contemporânea, um claro favoritismo a etnia europeia. Mas o que faz valer a pena a leitura é Canudos. A epopeia de Antonio Conselheiro e seus seguidores pelos sertões é magnífica. Sujeito louco ao mesmo tempo inteligentíssimo, Conselheiro desponta como uma das figuras mais interessantes da nossa história. A guerra de Canudos é retratada com riqueza de detalhes , de modo que a perplexidade do leitor é absurda. Não achei, devo ressaltar, uma leitura tão sofrível como me fiz crer que seria. Ler "O Sertões" é saber enxergar sentimento onde apenas se lê palavras distantes e denotativas. É ver o belo em meio o horror. O horror de Canudos.
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Igor 29/09/2021

Um clássico
Euclides da Cunha trás um poderoso relato sobre um genocídio histórico do nosso país, chama atenção como o interior do Brasil sempre foi repleto de misticismos e negligenciado pelas autoridades. A figura do Antônio conselheiro é algo que habitará a memória do leitor por muito tempo, assim como as imagens das pessoas que lhe seguiam.
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mari 12/05/2023

Bom
Achei bem bom mas o começo foi uma BOSTA, quem quer saber da geografia (eu não) e o final foi bem lento mas o meio foi bem legal, acho q o livro n era pra eu ler pq n sei n faz mt meu estilo mas finalmente acabei, demorei 1 mês mas acabou
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Deise.Maria 29/11/2023

Sertanejos heróis ou vilões?
Começo minha resenha dizendo que pensei que não ia conseguir me interessar por essa obra do Euclides ,pq o início dela é fatigante pelas descrições geográficas e das várias raças qie compõe o homem do sertão mas quando cheguei a parte da luta ,onde surge o antagonista da história, O Antônio Conselheiro,és que a história se torna interessante daí fui progredindo.
Os Sertoes é um relato minucioso de Euclides da Cunha que acompanhou de perto a luta dos militares contra os jagunços formados pelos sertanejos de Canudos.
Pq esse combate que levou meses para chegar ao seu fim? Bom ao meu entender pelo próprio relato do Euclides que Os sertanejos que seguiam o Antônio Conselheiro, passou a chamar a atenção do Estado por causar " desordem" ,da natureza não violenta ,eles buscavam melhorias para seu povo ,mas alguns eram contidos pelas leis rígidas de Antônio Conselheiro.Essas leis abrangia a abstinência de álcool ,o que muitos acabam por não acatar deixam - se levar pelo vício desenfreado logo quando saem das cercanias do Canudos.Alem disso a República ganhava formas naqueles anos que sucederam o governo de Floriano Peixoto e queriam impor a República a quem não foi receptivo a ela.
Canudos foi uma fazenda habitadas por estes sertanejos ,que possuía inúmeros habitantes humildes que vinham de longas travessias pelos sertoes a fora , e fizeram desse pedaço de região seu lar e propriamente sua base protetora contra o estado da Bahia . Que ao meu ver só enxergava essas pessoas como bandidos e assaltantes ,mas que afinal tinha um histórico sofrido e humilhado.
Canudos passou a ser o cenário central de uma guerra que levou meses para ser concluída, Euclides relata passo a passo as várias expedições de campanhas ,lideradas por homens como Cezar Medeiros, Arthur Oscar ,Coronel Tamarindo,Teles e Dantas Barreto , uma verdadeira artilharia foi montada por soldados bem aparelhados com armas e canhões para tomar a cidade de Canudos ,uma guerra que envolveu muitas complexidades ,estratégias, a escassez de armamento e ração ao longo das entradas na caatinga do sertão. Os militares na sua busca pela vitória não sabiam que existiam inimigos por aquelas cercanias ,a fome ,a sede ,o terreno desconhecido, isso era vantagem para os Sertanejos que venciam a cada combate os soldados ,de oficias até os menos graduados .O Estado sofreu diversas baixas ,o que é Interessante no decorrer da história, pq os jagunços liderados por Antônio Conselheiro, com tão pouco recursos belico e de alimento, persistiam em defender seu sítio, resistiam até o último dos homens. Canudos foi tomada ao longo de dez meses de ataques ,ela não foi vencida como o próprio Euclides narra ,mas resistiu até o último homem. É comovente a narrativa de Euclides a erca da vida sofrida daquele povoado, a forma brutal como foram vencidos pelo Estado da Bahia.
É um livro que tem uma narrativa difícil pois Euclides usa palavras rebuscadas,algumas próprias de sua época, no entanto todo o histórico do povo do sertão reflete um cenário lúgubre, de uma delicadeza, composta por reflexões de críticas, tanto dos fracassos das expedições como do retrato do que se tornou a guerra de Canudos para o estado da Bahia. ( 7 de novembro de 1896 a 5 de outubro de 1897)
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barbara.luna.56 25/04/2022

Uma leitura difícil, porém necessária. Conhecer a história de Canudos é compreender o Brasil por dentro. A saga do sertanejo ("esse forte"), em terras até hoje negligenciadas pelo governo é um retrato da desigualdade sob a qual foi construído esse país.
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AndradeFS.Ju 27/10/2022

Quase seis meses lendo, mas vamos lá. Primeiro duvidei que minha língua materna fosse português. Então achei que estava novamente na faculdade, lendo artigos para algum trabalho de geologia. Depois quis brigar com o autor por comentários racistas.
O livro começa a fluir (cinco páginas por dia é avanço, sim) na parte das lutas. Mas oscila muito. E não era possível que gastassem dinheiro e o exército não tivesse ordem. Nem de graça era aceitável, o pessoal de Canudos era muito mais organizado.
Enfim, eu só queria entender tudo o que aconteceu. Entendi e termino como o Euclides: "É que ainda não existe um Maudsley para as loucuras e os crimes das nacionalidades...".
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Livros e Pão 09/11/2021

Um marco na nossa literatura
Quando comecei a ler Os Sertões, não sabia se ia gostar. O livro é dividido em três partes - A terra, o Homem, e a Luta - e todo mundo sempre me dizia para aguentar até chegar na terceira, que deveria ser a melhor. Para a minha surpresa, apesar de ter sido uma leitura difícil, foi a primeira parte, A terra, que mais permaneceu comigo após o final da leitura. Esse livro é um marco muito importante para a nossa literatura e, apesar da linguagem difícil, é um clássico que acredito que todo/a brasileiro/a leitor/a deveria ler. Gosto especialmente da questão do "desviver", sob a qual me desdobrei melhor em um vídeo para o youtube. Caso tenha interesse em assistir esse vídeo-ensaio, segue o link abaixo :)

site: https://youtu.be/eQYM_qPIAY8
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bella 30/04/2021

insta: @atocadaraposa

Spoiler: Este se tornou um livro muito especial em minha vida.

“Os Sertões” é a obra-prima que Euclides da Cunha nos deixou. Publicado em 1902, é ainda hoje considerado uma das grandes epopeias em língua portuguesa.

À primeira vista, trata da Guerra de Canudos, uma das chacinas abafadas pelas mãos do Estado brasileiro, a qual ocorreu pela insurgência da cidade baiana de Canudos perante o poderio republicano. Todavia, a escrita de Euclides vai muito além, o autor intenta descrever toda a realidade brasileira. De forma que a leitura chega a ser cansativa em diversas partes, isto é inegável, e se você já passou das duas primeiras partes “A Terra”, e “O Homem”, fique tranquilo, você já passou pelo mais difícil — o adentrar nos sertões.

Longe de mim querer dizer para você começar na terceira parte, “A Luta”, não. Apesar de difíceis, as duas primeiras são uma grande contextualização, necessária do ponto de vista euclidiano, para entender a narrativa por completo. Elas são parte do motivo pelo qual o livro carrega o título de “Bíblia da Nacionalidade”.

Eu tinha muitas expectativas prévias, mas esta leitura me levou ao encontro de uma história muito mais significativa do que eu poderia imaginar. “Os Sertões” é um gigante.
Sua leitura é urgente por ser sintomática, apesar dos diversos erros que Euclides comete em suas descrições, esta não perde sua grandiosidade e sua importância histórica e literária. O que o autor fez nestas seiscentas páginas é a narração comovente de uma das memórias que tanto se tenta apagar. A luta daqueles que morreram para viver.

Apenas reafirmo, para quem tiver interesse, entrar n’Os Sertões é uma missão bem afastada da orla tropical, carece de cautela ao olhar no seu interior, uma vez que a escrita de Euclides faz com que “Canudos se confunda com o sertão e o sertão se confunda com Brasil”.

site: https://www.instagram.com/atocadaraposa/
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Caser 19/03/2020

Vi, li e venci Os Sertões
Livro difícil, intrincado, arrastado e sofrido como a própria campanha de Canudos (a guerra).

Afirmo isso mais pelo uso castiço do vernáculo e um texto rebuscado, lento e cheios termos técnicos empregados pelo autor, quase fechando a obra num buraco hermético, do que pelo número de páginas ou pelo tema duríssimo sobre uma guerra nos recantos sertanejos e então inauditos à altura. Linguisticamente falando, a obra é genial. O vernáculo impecável. Foi feito para ser assim e o autor obteve muito êxito.

Trata-se de um documento histórico, sociológico, antropológico de uma era no Brasil e, sobretudo, linguístico, modelo esmerado de nosso vernáculo, essa último flor do Lácio, a língua portuguesa. No entanto, ao final, pelo menos a meu ver, quem busca entretenimento literário per si, é melhor escolher outro livro.

Os Sertões saiu a cara do autor, assim, racional, frio até, instável, conflituoso, contraditório e pesado de ler. É o espelho do criador, Euclides da Cunha. Esse mesmo homem que com a palavra denunciou o crime da guerra de Canudos, a estupidez da morte pelas armas, pela "degola", pelo uso irracional da força, acusando os homens sertanejos de primitivos, mas terminou a vida com uma atitude irracional, indo à forra, com uma arma a tira colo, para matar ou morrer pela sua "honra". Acabou vitimado pela sua estupidez. Eis a contradição do homem em relação a sua obra. Humano, demasiadamente humano.

A obra foi lançada, originalmente, em volumes: I, II e III. A primeira e a segunda parte do livro - "A Terra" e "O Homem" - são as mais penosas de ler, mas acho que quem se atreve a desbravar Os Sertões acredito que pare logo no início ou pelo meio de "A Terra". É a parte mais hermética, com amplo uso de termos técnicos, geológicos, muito difícil de ler. Na verdade, com tudo isso, é deveras chato. Para o leitor mais sem paciência e sem muito tempo disponível, mas quer ter uma ideia do que se trata, aconselho a ler apenas o último volume "A Luta". Nessa parte o autor trata da guerra em si, das quatro expedições à Canudos, ou seja, no último volume estão reunidas características das outras partes e mais a narrativa e descrição do que foi a campanha de Canudos, sobre a terra, o homem e a luta.

Enfim, vi, li e venci as 624 páginas de os Sertões.
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felipe.cesar 15/06/2020

É apenas a visão euclidiana
Sabe-se hoje que Euclides pouco lá esteve e que escreveu o que a elite da época quis que ele escrevesse! O Arraial e a realidade é bem mais complexa do que a visão descrita nesse livro! Válido a título histórico!
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Svinicius 05/08/2020

Livro muito informativo
O que mais me prendeu a este livro foi ter mais informações do que o colégio nos ensina sobre "a guerra de Canudos". Gostei bastante desse livro apesar desse ter uma leitura um pouco cansativa.
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Siliane.Ferrari 12/09/2020

Clássicos do Brasil
Sobre o livro "É considerado como o primeiro livro-reportagem brasileiro. Trata da Guerra de Canudos, no interior da Bahia"
Minha leitura: o texto tem muita informação, por isso minha leitura foi lenta.
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Sídnei 03/10/2020

Guerra
Euclides da cunha expõe o massacre da vila de canudos encravada no sertão baiano pelo exercito da republica brasileira. "um crime" como ele mesmo relata em sua gigantesca obra.
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Tati.Lima 12/09/2023

A guerra de Canudos por um ângulo q ninguém nunca viu...
Esse livro é literalmente uma aula de história do Brasil, no sentido literalmente da palavra. Mas não vou negar q a obra me causou um misto de emoções. Porq o livro é dividido em 3 partes, a primeira fala sobre a terra, essa parte é muuuuuito difícil, uma linguagem complicada. Sinceramente, se vc não abandonar a leitura nessa parte, vc não larga mais. FATO. Foi o q aconteceu comigo. A segunda parte, É MUUUITO FODA... Euclides da Cunha, literalmente destrincha a existência e a essência do homem do sertão de maneira ímpar. Nessa fase, eu vi q não conseguiria abandonar, porq a leitura se torna mais fácil de acompanhar e fluída. A terceira parte, q pra mim é a melhor, embora o seu início seja um pouco massante, mas quando entra a fundo sobre a Guerra de Canudos em si, é muito muito forte e profundo. Rico em detalhes históricos. Noooossa... Sabe a sensação q dá, q quando lemos esse livro na escola, a gente lê na força do ódio porq é mais novo e não tem alcance de enxergar a grandeza de uma obra como essa. Q hj aos 32 anos, eu leio e vibro muito, porq a gente entende a essência das coisas, e muitas vezes se choca vivendo nos dias de hj, e se pergunta, como as pessoas conseguiam viver assim? É FODA!! Eu sinceramente, indico a leitura pra quem estiver disposto a ler OS SERTÕES. Não vou mentir, não é uma leitura fácil, não.
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