O Poder da Espada

O Poder da Espada Joe Abercrombie




Resenhas - O Poder da Espada


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Biju 21/05/2014

Então né...
Minha história com esse livro foi um pouco complicada. E talvez por isso eu não consigo dizer que simplesmente não gostei dele.

Tivemos muitos altos e baixos. Ele realmente tem muitos pontos positivos e o autor é brilhante. Os cenários são bem descritos, os personagens são bem feitos e as descrições das torturas e das lutas são arrepiantes.

Mas apesar disso não consegui me ligar a nenhum personagem em especial. Em alguns momentos a leitura se arrastou e isso fez com que eu demorasse muito mais do que o normal para finalizá-lo.

Não sei exatamente o que não gostei nele. Não sei mesmo, de verdade. Gosto do tipo de estória, gosto do gênero de fantasia, gosto de histórias que se passam na Inquisição, enfim, nós tínhamos tudo para darmos certo. Mas não deu. Infelizmente não deu.

Ainda não sei se lerei o próximo. Estou na dúvidas. Talvez eu leia, acho que ele merece uma segunda chance. :)
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Albarus Andreos 07/04/2014

Jezal estraga o livro
Primeiramente, é um grande prazer ler um livro extremamente bem escrito, como O Poder da Espada (Editora Arqueiro, 2013), primeiro volume da trilogia A Primeira Lei. Ótima leitura, depois de uma série de outros livros que deixaram a desejar, seja em muitos ou em apenas alguns pontos perceptíveis, e aí incluo A Dança dos Dragões (Editora Leya, 2012), já resenhado aqui, no Menina. O Poder da Espada, é de autoria do britânico Joe Abercrombie, aclamado e idolatrado por uma legião de fãs mundo afora e volume inicial da trilogia A Primeira Lei.

Um livro de fantasia precisa de um herói? É pergunta que você deve se fazer. Se sim, então temos um (ou mais que um), contanto que você admita que seu herói possa ser um assassino, sanguinário e desonrado, no caso de Logen; ou um sádico, hipócrita e mesquinho, muito bem representado em Glokta. Logen se encaixa no perfil do herói, mas Glokta é muito pior e estaria melhor no segundo grupo, mais para o vilão. Urge, portanto, explicar porquê a fronteira entre o mocinho e o bandido não é tão perceptível em O Poder da Espada.

Nas primeiras páginas já ficamos sabendo que Glokta não é o que é por acaso. Ele foi preso e ficou sob tortura por dois anos, durante a guerra com Gurkhul, um reino do sul e inimigo de longa data da União. Era um exímio espadachim antes disso, um cavalheiro admirado e destemido, mas acabou sendo moldado pelo ferro em brasa e pelas seções de esfolamento e mutilação. Desfigurou-se totalmente. Perdeu metade dos dentes, sente dores inclementes na perna até quando dorme, um aleijado que precisa de sua bengala para tudo e até subir alguns degraus de uma escada é um verdadeiro suplício. Tornou-se um monstro de rancor, uma pessoa temida, de quem os outros se desviam na rua. Glokta é um inquisidor aos serviços da Casa das Perguntas, a sede da Inquisição do Rei, uma espécie de órgão de inteligência policial, dedicado a “obter respostas” de “suspeitos”, com o uso de métodos que lhe são bastante conhecidos. Glokta é um torturador.

Já Logen não é apresentado de forma menos intensa. Num determinado ponto, ele tem um companheiro de viagem moribundo, tremendo de febre e incapaz de andar. Logen se questiona por quê não o abandona, simplesmente. Não seria a primeira vez que o faria. A comida é pouca e ainda restam sessenta quilômetros para chegarem ao seu destino. Ele pergunta para o outro como chegar ao local. Com a resposta, ele então joga a mochila sobre os ombros, se livra de algum peso extra e, quando imaginamos que ele vai largar o outro para morrer, o põe nos ombros e anda os sessenta quilômetros restantes carregando o companheiro. É de arrepiar!

Logen é foda! É o herói, mas já matou, assassinou, mutilou, esquartejou, esfaqueou e queimou incontáveis inimigos, nem sempre homens armados ou aptos a se defender. Não, Logen já matou também mulheres e crianças, tantas vezes que nem se lembra mais, mas é um homem cansado. Alguém que perdeu a mulher e os filhos para a guerra. A matança faz parte dele. Quando encontra o Primeiro Mago Bayaz, recebe comida, banho quente e segurança. Ele quase chora por isso. Então este o presenteia com uma espada admirável, e o guerreiro, ao invés de se sentir honrado, tem uma pontada de nostalgia e tristeza. Dá-se conta de que a perspectiva de viver, a partir dali, sem a necessidade de portar uma arma, é mera ilusão.

E reitero, como Abercrombie escreve bem! Que magia, em cada parágrafo e cada frase. Diálogos curtos e certeiros. Metáforas iluminadas. Comparações inusitadas. Surpresas que nos são apresentadas e que nos contam o ambiente, elucidam o pano de fundo e nos revelam pouco a pouco a história. Ele não escreve apenas, ele burila com genialidade, com paciência e habilidade ímpar, cada trecho. Detalhes são essenciais, inteligentes e bem encadeados. O autor é capaz, de numa única palavras, dar um sentido todo novo a ideia de narrativa. É hilário as vezes, sagaz, poético em outras e na maior parte do tempo, criativo. Tomando para si a responsabilidade de provocar surpresas com as ótimas frases que elabora.

Não posso negar que ainda estou meio confuso com relação ao tempo em que se passa essa história. Sim, é uma obra de fantasia, mas nas passagens dedicadas a Glokta, parece que estamos num período medieval tardio, por volta de 1500 ou até mais. Não temos alusão explícita à pólvora, embora ela seja citada de leve como uma espécie de magia obscura, numa passagem. Mas temos muitos detalhes das mobílias, arquitetura e vestimentas, como casacos, e a instrução universitária, que nos remetem a anos mais recentes. Contudo, com Logen parece que estamos numa época anterior, como os anos 1000, por aí, ou mesmo anterior a isso. Já que as lutas se fazem com machados e espadas. E há feiticeiros e shankas, criaturas do caos, uma espécie semelhante aos orcs, de origem pouco elucidada. Sabe-se apenas que foram criação do Artífice, um deus antigo do mal.

Um terceiro personagem também aparece nesse início, e não posso dizer que é um dos heróis, como também não se caracterizou totalmente como um vilão. Ele se chama Jezal. É um promissor capitão do “Próprio do Rei”. Algo como uma guarda de elite de oficiais bem treinados, integrantes da corte. Ele é inescrupuloso, preconceituoso, falso e interesseiro. Os capítulos dedicados a ele são a parte menos empolgante, para mim, até o momento. Muitas intrigas e picuinhas da nobreza a la Jane Austen, com o oficial se interessando pela mocinha sem sobrenome importante ou status, e martirizando-se por isso. Vive jogando cartas e ganhando inescrupulosamente o dinheiro suado dos colegas, ou treinando para um torneio de esgrima que poderá lhe dar distinção e um futuro promissor. E perde-se capítulo atrás de capítulo com Jezal treinando para o bendito torneio. Uma modorra que me lembra muito os treinos de quadribol em Harry Potter. Mas todo livro tem pontos baixos. Vamos ver até onde Jezal nos leva.

Há de se comentar que alguns autores que se preocupam em dar alguma personalidade aos seus personagens, no caso, criando um personagem antipático como Jezal, acabam conseguindo mais que apenas agregar conteúdo a eles. Nas passagens de Jezal, fiquei até frustrado com o andamento da narrativa. Saíamos de cenas e situações muito interessantes e excitantes, para nos metermos em momentos enfadonhos de pura procrastinação. Fazer um cara chato ser seu protagonista, pode contaminar, com chatice, a própria narrativa. Abercrombie não foi genial ao ponto de conseguir evitar isso. Percebe-se que, no futuro, o personagem pode vir a ser importante, para alguma coisa que o autor tenha planejado. Mas no momento, é de se perguntar se extirpar totalmente sua presença não faria o texto melhorar.

Há um ponto em que parece haver uma mudança de narrativa, onde até mesmo os personagens parecem adquirir novas características. No caso, para pior, em se tratando de Logen. É quando ele finalmente conhece o Primeiro dos Magos, Bayaz.

Bayaz foge um pouco do estereótipo do mago, com barbas brancas, segurando um cajado mágico. Não, ele é corpulento, forte e careca, com uma barba farta sob o queixo. Contudo, a partir desse momento, o grande guerreiro Logen Nove Dedos passa a ser caracterizado como um ajudante simplório e protagonista de cenas cômicas que não me agradou. A história, que ia muito bem, parece ceder a um humor pastelão que impregna a narrativa, até o final. Mesmo quando temos Glokta como personagem principal, um escroto que nos havia sido apresentado como azedo e repulsivo, temos um acréscimo das passagens jocosas, de humor gratuito. Não gostei disso. Não há drama que resista ao humor. Perde-se o clima! Tudo se nivela então ao nível de Jezal.

Temos ainda outras situações que, por alguma razão, se descolam da linha bem urdida e resolvida com que a história evoluía. Na passagem quando Bayaz conhece Ferro Maljinn, por intermédio do mago Yulwei, a credibilidade é muito baixa. Ela dá seus pitís, agride, xinga e arrebenta a casa, e ninguém faz nada. Logen age como um grande cão bobão e dócil. Outro fato é Jezal ter entrado dentro da Torre do Artífice, junto com o Primeiro dos Magos, Logen e Glokta, presenciando várias coisas fantásticas, e depois continuar agindo na história como um idiota pomposo, como se nada tivesse mudado na sua concepção de mundo, sem o mínimo de maravilhamento que qualquer pessoa sentiria. Ainda bem que essas situações são raras, senão não estaria elogiando esse livro, por mais que a escrita do autor me agrade. Não é porque é um livro de fantasia que a lógica, intrínseca ao mundo em que se insere, é menos essencial.

Muitos fatos não são ainda explicados. Mas vamos descobrindo aos poucos que Bayaz precisa de Logen, por alguma razão que não é ainda explicada. No norte, explode a guerra pelas mãos de um chefe guerreiro bárbaro, chamado Bethod. Ele conhece Logen de longa data, que junto com alguns antigos companheiros, o serviram com suas vidas e espadas, algum tempo antes. Esses companheiros nós acabamos por conhecer também, embora eles achem que Logen tenha morrido. Fiquei muito interessado em saber mais sobre esses personagens, coisa que imagino, será realizada nos próximos volumes da série.

Na estadia dos heróis na cidade de Adua, a capital da União, acabamos por nos inteirar um pouco mais sobre a história do mundo de Abercrombie. sim, há um pano de fundo complexo por trás de tudo, com sua própria história e lendas, tendo um enfoque maior na mitologia e nos deuses, já que Bayaz foi protagonista nesses acontecimentos antigos. Esse tipo de coisa é muito legal. A cidade de Adua, contudo, não é bem mostrada. Conhecemos meia dúzia de edifícios e caminhos, mas não tem cor ou substância como faz George Martin, por exemplo, com Porto Real ou Bravos. Falta mais detalhes, mais cheiros e sons, mais pessoas e suas falas, suas crenças e suas manias. Falta mais cotidiano e vida.

De maneira geral, gostei do livro. Ótimas situações, enredo envolvente, na maior parte do tempo, e escrita primorosa, além de uma revisão cuidadosa por parte da Editora Arqueiro. Mas a capa... Talvez tenha sido a pior capa de um livro de fantasia que vi nos últimos tempos, incluindo aí os nacionais. Estranho, tendo-se sem vista que Patrick Hothfuss é autor da casa, e as capas dos livro dele são de autoria de Marc Simonetti, um dos mais badalados ilustradores da atualidade. A Arqueiro, portanto, já deveria saber alguma coisa sobre livros de fantasia e a relação de amor e ódio, dos leitores com as capas.

site: www.meninadabahia.com.br
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Milla 26/01/2014

Excelente!
Rico em detalhes, bem escrito, original e fascinante. Isso descreve O poder da espada.

A história une personagens completamente diferentes e extremamente bem criados em uma trama intrincada e arrebatadora. Joe Abercrombie é um ótimo escritor de fantasia, altamente crível e com uma imaginação poderosa.

Jezal dan Luthar é um jovem de sangue nobre que precisa vencer algumas competições de esgrima no Campeonato de Verão para ter honra e fama, mas não está muito disposto a se dedicar aos treinos que são cansativos e humilhantes. Sua vida é cheia de farras, mulheres e futilidades.
Sand dan Glokta é um homem que já foi um respeitado espadachim, mas sofreu durante quase dois anos em celas do Imperador inimigo da sua nação e hoje é um aleijado que trabalha para a Inquisição de Sua Majestade. E vai conquistando a “afeição” do Arquileitor Sult ao conseguir derrubar algumas das suas inimizades políticas através de suas torturas.
Logen Nove Dedos também conhecido como Nove Sangrento, é um cruel guerreiro nórdico que está afastado do seu grupo de Nomeados e possui o dom de falar com espíritos. Numa dessas conversas, os espíritos falam que um mago está a sua procura.
Ferro Maljinn é uma mulher sanguinária que deseja matar a tudo e a todos para saciar sua sede de vingança, mas está sendo buscada por inimigos.

O que esses personagens têm em comum? O suposto Primeiro dos Magos, Bayaz, que após muitos anos distante decidiu partir numa missão misteriosa e precisa das peculiaridades de cada um deles para esse empreendimento...

Narrado em terceira pessoa, o livro fala um pouco de cada um desses personagens principais além de mostrar a vida de muitos outros e transmitir um pouco da cultura e sociedade criada por Joe Abercrombie, que me convenceu e fascinou. Uma trama bem conduzida e encaminhada para os encontros que surgem, nada é por acaso e cada fato tem um resultado e um significado no final.

E, por nos mostrar cada um dos pensamentos dos nossos heróis, o autor nos deixa familiarizados com eles e nos garante boas horas de prazer porque o que cada pessoa pensa é infinitamente melhor do que o que ela faz ou fala e reflete exatamente quem ela é.

Criar muitos personagens não é algo fácil, o autor sempre está correndo o risco de caracterizá-los sem identidade, com características genéricas ou contraditórias e é exatamente aqui que levanto para aplaudir Joe Abercrombie. Amargos, ácidos, são cruéis, irônicos, obsessivos, egoístas, sagazes. Cada personagem é ricamente elaborado e todos têm algo que conquista nosso afeto, é até difícil escolher um favorito, não existem dois personagens iguais e é impossível discernir quem é do bem ou não. Até os personagens secundários são bons (mesmo os maus).

A mitologia da trilogia ainda está sendo revelada neste primeiro volume, mas tenho muita fé nos próximos. Todas as cenas são bem construídas e as de luta são incríveis, o autor tem uma destreza em narrá-las a ponto de deixar o leitor fissurado. Faz muito tempo que não pego um livro tão eletrizante de fantasia. Eu estava acordando às 6h da manhã para ler um pouco mais.

Mas sobre favoritos... como não adorar Sand?? Irônico em cada um dos seus pensamentos e cuidadoso com todas as suas palavras. Espero que o Joe seja diferente do R. R. Martin e não mate ninguém.


Recomendo para quem gosta de fantasia e de tramas políticas bem elaboradas.

site: http://www.amorporclassico.com/2013/10/o-poder-da-espada-trilogia-primeira-lei.html
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Sheila 13/01/2014

Resenha; " O Poder da Espada" (Joe Abercrombie)
Por Sheila: Oi pessoas! Como estão? Não vou falar da minha clavícula quebrada para não soar repetitiva (opa, já falei...) mas da resenha de hoje, que nada mais é que o primeiro livro de uma trilogia – sim, de uma trilogia mesmo, resolvi pesquisar mais a fundo os livros que resenho depois da gafe com Trono de vidro, que não tem três, mas seis livros.

Vocês conhecem George R. R, Martin? Pois bem, os fãs dele estão dizendo por aí que Joe Abercombrie é quase o novo Martin. Eu não posso confirmar nem reputar esta comparação, já que não li nada deste último para que possa comparar de fato as obras. Por isso, teremos que ficar com as minhas impressões sobre o presente livro, e conto com a colaboração de nossos comentadores, caso já tenham lido livros dos dois autores.

Primeiramente, o livro me surpreendeu. Por que, no momento em que li o titulo, “O Poder da Espada”, eu imaginei que de fato havia uma (espada), e que os personagens do livro ficariam ou a procurando, ou lutando por ela. Mas na verdade o título do livro é metafórico; quer mais significar que é através da luta que os personagens, ao menos neste primeiro livro, resolvem suas contendas, vencendo “a espada” mais forte - ou o melhor lutador.

Mas a estória é narrada em terceira pessoa, sob dois pontos de vista distintos. Começa narrando como Logen Nove dedos, um bárbaro, conseguiu sobreviver a uma emboscada dos shankas, povo com quem o seu vive em guerra. Sua vida é cheia de batalhas memoráveis, mas também de profundos arrependimentos e sentimentos que não se esperariam de um lutador como ele.

"Logen trincou o maxilar e cerrou os punhos sob os retalhos podres do cobertor. Poderia voltar às ruínas da aldeia junto ao mar, só uma última vez. Poderia atacar com um urro de luta na garganta, como fizera em Carleon, quando perdera um dedo e ganhara sua reputação. Poderia tirar alguns shankas do mundo. Partí-los como havia partido Shana Sem Coração, do ombro às tripas, fazendo as entranhas caírem. Poderia vingar-se pelo pai, pela mulher, pelos filhos, pelos amigos. Seria um fim adequado para aquele a quem chamavam de Nove Sangrento. Morrer matando. Sua história poderia ser uma canção que valesse a pena ser contada.
Mas em Carleon ele era jovem e forte e tinha amigos na retaguarda. Agora estava fraco, com fome, e mais sozinho impossível."

Por outro lado, nos vemos às voltas com a União onde encontraremos Jazen van Luthar, um jovem em busca de glória, mas que nem sempre gosta do esforço que é necessário que se faça para obtê-la. E um inquisidor frio e impiedoso, San Dan Glokta, que não exita em denunciar, caçar e até torturar velhos amigos, desde que isso satisfaça a política dos inquisidores e suas aspirações de poder - e mesmo que ele próprio tenha sido prisioneiro de guerra e sofrido cruéis torturas.

"Por que eu faço isso?, perguntou-se o inquisidor Glokta pela milésima vez enquanto mancava pelo corredor (...) Por que alguém iria querer fazer isso? Glokta criava uma sequência ritmica pelo corredor ao passar. Primeiro o estalo confiante do calcanhar direito, depois a batida da bengala, em seguida o escorregar interminável do pé esquerdo, com as familiares pontadas doloridas no tornozelo, no joelho, nas nádegas e nas costas. Clip, tap, dor. Esse era o ritmo do seu caminhar."

Mas a eminência de uma guerra com os povos do Norte acaba fazendo com que todos estes personagens que nada tem de comum entre si – mais um mago, um aprendiz, uma escrava fugida de terras distantes, e um navegador – acabem por se encontrar, fazendo com que velhas lendas e histórias há muito esquecidas sejam relembradas, e que antigas profecias se cumpram.

Como todos eles se encontram, por que e para que ... bom, algumas dessas coisas não vou contar por que é surpresa, leia o livro; outras também não fiquei sabendo, há um mistério em torno desta aliança improvável que se forma entre personagens incomuns, e que espero sejam esclarecidos nos próximos livros.

Mas a narrativa de J. A. é empolgante, os fatos se encadeiam de uma forma rítmica e, ao mesmo tempo, com uma sincronicidade perfeita, juntando todos os pedaços de um grande quebra cabeça com maestria. As cenas de luta e batalha são muito bem descritas, épicas, e mesmo eu que não gosto muito de estórias sangrentas, acabei por me empolgar muito com esta.

Ansiosa pelos próximos livros, recomendo e me despeço! Abraços

site: http://www.dear-book.net/2014/01/resenha-o-poder-da-espada-joe.html
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Natália 07/01/2014

Muito. Bom. Muito bom mesmo. As histórias paralelas que se juntam no final, o desenvolvimento dos personagens, as cenas de ação. Primeiro livro que termino esse ano, e de longe um dos mais emocionantes que já li. As lutas nos fazem prender a respiração. Tem um toque de fantasia mas não é nada exagerado. O modo único como o narrador entra na mente dos personagens. Não vejo a hora do lançamento do segundo livro da série...
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Literatura 19/12/2013

O que dizer de um livro recomendado por George R.R.Martin?
O Poder da Espada ( Arqueiro, 560 páginas) de Jon Abercrombie é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores livros que já li. E apesar de “desrespeitar a etiqueta” colocando essa frase logo no começo, foi necessário. Só pra ter certeza que todos que lerem isso saibam, mesmo que não forem até o fim.

Com personagens complexos e muito bem definidos, o autor consegue criar um nível de imersão na obra que se compara às narrativas de Guerra dos Tronos, ao mesmo tempo em que desenvolve cenários inseridos em um universo completamente novo, apresentado ao leitor de maneira brilhante, em doses, conforme o desenrolar da história.

Cada um dos protagonistas tem capítulos separados, alternados e narrados em primeira pessoa, evidenciando seus anseios e conflitos internos através dos próprios pensamentos. É incrível perceber como você se aprofunda na mente de cada um deles e se apega a seus problemas. Ainda mais incrível é a capacidade de Abrecrombie em desenvolver personalidades tão distintas com tamanha perfeição e detalhamento. A cada capítulo do inquisidor Glokta, o leitor é capaz de experimentar sensações extremamente opostas, assim como torcer a favor e contra o personagem mais de uma vez antes de acabarem suas falas.

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/12/resenha-o-poder-da-espada-o-que-dizer.html
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Alineprates 14/11/2013


Esse é o primeiro livro de Joe Abercrombie lançado no Brasil e me atrevo a dizer que o autor começou como pé direito, pois O Poder da Espada é um livro incrível. Os fãs da fantasia vão amar.

A história se passa na União, em uma época medieval, este reino está em guerra com os reinos vizinhos e os nórdicos são seus inimigos mais perigosos. Enquanto a União enfrenta as guerras externas, internamente vai se formando uma rede de conspiração e corrupção.

Glokta já foi campeão e guerreiro, mas agora é um inquisidor temido, responsável por punir aqueles que são acusados de traição contra a Coroa, independente de sua culpa.
Logen Nove Dedos é um guerreiro destemido, corajoso, mas capaz de trucidar seus inimigos sem piedade.
Jezal é um jovem ambicioso e sem escrúpulos, que pensa apenas em um forma de se dar bem na vida.
Quando Bayas, o primeiro dos magos, retorna a União reclamando seu lugar no Conselho Fechado, o destino desses personagens e outros se encontram levando o leitor a uma jornada épica.

O Poder da Espada é uma obra magnifica, que possui narrativa bem elaborada , uma trama densa e personagens bem construídos que cativam o leitor por sua complexidade e realismo.
Com passagens violentas e batalhas sangrentas o livro mantém o leitor vidrado.
Esse é um daqueles livros que começa devagar, mas que possui tantos elementos bons e uma narrativa tão bem estruturada, que conquista o leitor.

Eu simplesmente amei os personagens. Glokta é o responsável por muitos diálogos incríveis e sua ironia rende os momentos mais cômicos do livro.
Logen foi o personagem que mais gostei, me simpatizei na hora.
Ah! Gente não pude deixar de pensar na Michonne (The Walking Dead) quando apareceu a Ferro, alguém mais associou as duas, rs?

Enfim, uma fantasia adulta imperdível, acredito que vai agradar muito os fãs de Bernard Cornwell, pois apesar de possuir um pouco de magia, a escrita de Joe é parecida com a do Bernard.
Vale lembrar que esse livro foi indicado por ninguém menos que o mestre George R R Matin, então vá correndo comprar.

site: http://alinenerd.blogspot.com.br/
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Felipe Aluoto 12/11/2013

Uma das melhores coisas que li esse ano
Um livro maravilhoso, com personagens muito bem construídos e uma trama que vai crescendo de um jeito que o que inicialmente era uma história bem mais humana virou um conto fantástico sensacional. O crescimento no ritmo da história foi muito bem desenvolvido, e sem ao menos perceber vc se pega devorando o livro sem conseguir parar...Um final frenético e sensacional. Recomendo fortemente e fico no aguardo da seqüência.
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Wallace 01/11/2013

Aventura fantasiosa cheia de cenas marcantes...
De fato alguns capítulos de O Poder da Espada, me fizeram até mesmo relê-los de novo só para rever cenas dignas de serem refeitas para o cinema, a aventura é feita em camadas muito bem distribuídas e os personagens são magnificamente construídos, leitura recomendadíssima para os amantes de fantasia/medieval.
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Aline 31/10/2013

O Poder da Espada!!!
Sempre escuto elogios a essas sagas de fantasia épica, mas nunca tinha me aventurado nelas por achar que eram livros para meninos, confesso que lendo esse livro percebi alguns pontos que me tiraram completamente da minha zona de conforto devido as descrições violentas e até um linguajar forte e baixo que não estou acostumada, mas depois que a história e principalmente os personagens vão te envolvendo você acaba esquecendo de tudo e se permitindo entrar no mundo proposto pelo autor de corpo e alma.
Os capítulos hora grandes ora pequenos se revezam entre os personagens e posso garantir que todos chamam sua atenção e como falou a querida Millena em sua resenha no blog Amor por clássico , fica difícil definir quem é vilão e quem é mocinho, já que assim como na vida real, todos temos um pouco do bem e do mal dentro de nós e a forma como levamos ou somos impulsionados a viver nossa vida é que definirá nosso caráter e nossa postura diante dos desafios da vida.
Uma outra coisa que chamou minha atenção nessa história foram os poucos personagens femininos, acho que quatro ou cinco se não me engano, mas todos eles tão intensos e ricos como os muitos masculinos presentes. Sim os nomes dos personagens também chamaram minha atenção: Logen Nove Dedos, Barca Negra, Pé comprido entre outros.
Fica a dica de uma leitura emocionante e cheia de aventuras.
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cotonho72 20/10/2013

Excelente!!

Nesse fantástico livro de fantasia e ficção, vamos voltar no tempo da Inquisição, numa época medieval onde em nome da coroa, muitas barbaridades são cometidas, os traidores do reino da sua majestade, conhecido como A União, e os não pagadores de impostos, pagam caro pelos crimes cometidos, muitas vezes os suspeitos desses atos não são culpados e por meio de torturas acabam confessando e entregando seus companheiros.
Temos alguns protagonistas principais, todos carismáticos e que alternam a narrativa no decorrer da história, Logen Nove Dedos ou O Nove Sangrento, é um nórdico com um passado brutal, um assassino impiedoso, mas que agora esta um pouco mudado, mas não menos perigoso, Sand Dan Glokta é um ex-soldado que passou dois anos sobre tortura perdendo assim grande parte dos dentes e acabou ficando aleijado de uma perna, mas que agora é inquisidor da Coroa, um carrasco sem piedade, Jezal dan Luther é um jovem de família nobre que quer alcançar a fama vencendo o campeonato de esgrima, só que é mulherengo, mesquinho, prepotente e se acha melhor do que a maioria das pessoas, Bayaz é o Primeiro dos Magos,poderoso e de um passado de glórias e muito misterioso, além de Ferro Maljinn, uma mulher habilidosa com o arco e flecha e extremamente forte e com um passado desconhecido que é encontrada por outro mago poderoso chamado Yulwei.
A União prepara seus exércitos para combater os inimigos eminentes, pois a busca pelo poder é clara e os reinos estão prestes a entrar em guerra, O Norte é o inimigo mais preocupante e esta avançando perigosamente, juntamente com o Império Gurkhul, localizado na parte sul, os conflitos que ocorrem lá aumentam a tensão do reino, com isso a vida dos nossos protagonistas se tornará mais difícil e muitas surpresas os esperam.
O autor Joe Abercrombie consegue nesse excelente livro nos envolver nessa trama cheia de aventura, mistério, magia e muitas batalhas sangrentas, uma história cheia de detalhes, mas que para mim não atrapalham em nada a leitura e só enriquecem ainda mais a história, a única negativa para mim é a capa, pois achei um pouco simples, apesar de misteriosa, para os amantes da literatura fantástica esse é um livro imperdível,que recomendo com certeza.

site: devoradordeletras.blogspot.com.br
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Fabrini 19/10/2013

Para quem adora RPG e Game of thrones.
Confesso que na primeira vez que ouvi compararem o livro de Joe Abercrombie com a obra de George R. R. Martin fiquei incrédulo. Como um livro tão pequeno poderia se igualar ao mundo minuciosamente criado de "Crônicas de gelo e fogo"? Mais uma vez exerci minha ignorância dos tempos de adolescência (e eu achando que já tinha amadurecido nesse ponto).

Bom, eu deixei meu ceticismo de lado e resolvi encarar o livro. Não resisti, fiquei impressionado logo com o primeiro capitulo. O autor possui um talento incrível para narrar as batalhas do livro e seus personagens são apresentados de uma forma tão humana, em um tom de cinza tão acentuado, que não há como não se familiarizar com o destino deles.

O estilo de escrita de Joe Abercrombie é muito semelhante a utilizada por Martin, diferenciando pelo fato de que em "O poder da espada" os capítulos tem títulos, o que sempre me fez falta em Game of thrones, e o texto ser mais direto, mas sem chegar ao ponto de ser desleixado com a historia (o fato deste livro não ter uma Sansa já lhe rendeu alguns pontos).

Outro ponto original do livro é a forma que a magia é apresentada na historia, de forma sutil, mas extremamente poderosa e ameaçadora quando necessário. Qualquer um que tenha jogado com uma classe arcana de D&D provavelmente vai ficar maravilhado com a leitura.

Abercrombie criou um mundo semelhante ao nosso, onde os limites entre bem e mal não é facilmente delimitado e, para apimentar a historia, colocou um NPC mago super-over-fodão no meio. Não tem como um jogador de RPG não se sentir em casa quando iniciada a leitura, principalmente se for fã de George R. R. Martin.
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Marisa.Killer 19/10/2013

Um livro instigante, regado com muito suor, intrigas e sangue.
Comecei a leitura de "O Poder da Espada" curiosa, motivada pelos bons comentários de George R.R. Martin presentes na capa, esperando algo para acalmar os ânimos de uma órfã de ASoIaF. Mas, se posso citar Calvin Candie, Abercrombie "tinha minha curiosidade, mas agora tem minha atenção."

A história se passa majoritariamente sob 3 pontos de vista: Logen Nove-Dedos, um guerreiro nórdico veterano de várias batalhas sangrentas e que deseja agora apenas um pouco de paz; Sand dan Glokta, também um veterano de guerra, mas que passou anos sob tortura e carrega marcas profundas, trabalhando agora como inquisitor; e Jezal dan Luthar, um capitão promissor, orgulhoso e arrogante em procura de glória.

No início temos Logen nas montanhas do norte, tentando escapar de inimigos bárbaros e acabando por entrar numa jornada com um mago desconhecido, enquanto Glokta se empenha em descobrir os segredos por trás dos negócios da grande Guilda dos Mercadores. Já Jezal treina com fulgor para vencer o Campeonato e se garantir como um dos melhores espadachins da União.

Ao final do livro, o contexto de cada um deles não poderia ter se transformado mais.

Durante seu desenvolvimento, a história passa por diversas reviravoltas tanto em seus cenários quanto em seus objetivos. Na maior parte do tempo você - assim como Logen, em sua jornada com grande mago Bayaz - não sabe exatamente para onde Abercrombie está lhe guiando, podendo apenas esperar pelo melhor.

Um livro sobretudo de intrigas e desconfianças, com uma pitada de humor e magia, "O Poder da Espada" guia o leitor pela curiosidade na maioria do tempo, lançando várias pequenas sementes em cada um dos núcleos; sementes essas que começaram a germinar apenas nas ultimas 100 páginas. Infelizmente, a grande maioria delas ainda está sob a terra, o que nos faz apenas esperar o que tipo de fruto pode brotar dali nos próximos livros.

Arrisco-me a dizer que muitos dos amantes de literatura ao estilo medieval e de aventura encontrarão aqui bons momentos e, assim como eu, aguardarão ansiosos pela sequencia "Antes da Forca", prevista para janeiro de 2014.
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Guto 16/10/2013

Que livro!
Foi uma das leituras mais agradáveis que tive!
Curti cada momento, apreciei.
Agora é esperar o próximo.. com ansiedade monstra.
5/5
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Ezequias 14/10/2013

Não é nenhum "Gerra dos Tronos" mas diverte.
A expectativa é a pior coisa que se pode fazer com um livro ou com qualquer obra de arte. Se não formos realistas com ela, ela pode prejudicar bastante a sua impressão final sobre o produto cultural que você tem em mãos.

Este foi mais ou menos o caso com o "O poder da espada: a primeira lei" da editora Arqueiro. Primeiramente, tenho que dizer que desconsiderei o clichê absurdo do nome e capa terrível do livro (e também, por ironia, do nome própria editora). Fui confiante na resenha feita por pessoas que confiavam, e mais, ouvi a orientação também de um dos escritores do gênero que mais gosto, o George Martin (do Game of Thrones, para frisar).

A minha expectativa, portanto, era de um livro onde personagens complexos, num mundo interessante, transitassem num mundo de moralidade cinza, ou seja, esperava me interessar por uma história distinta de tantas outras.

Nisto, se pudesse quantificar a minha decepção ela seria de 2/3 ou 66%, isso porque apenas um dos três principais personagens do livro tem uma unicidade notável, os demais, porém, são derivações ou sombras de outros arquétipos conhecidos do gênero.

Vale, finalmente, apresentar um pouco da história do livro.

Como cenário, temos aqui o clássico império, grande, organizado, porém, decadente, afeiçoado a tradições que certamente vão lhe levar a ruína, principalmente pelas suas intrigas políticas internas.

Neste bojo somos apresentados ao personagem mais interessante do livro, Glokta, um inquisitor do império, cujo papel é "investigar" crimes. Investigar entenda como torturar da forma que for necessária para conseguir uma confissão.

Glockta faz o trabalho dele de forma exemplar, mas não tira nenhum prazer nisto, não porque ele sabe que está sendo utilizado como uma ferramenta para algum joguete político imoral e também não porque ele é uma pessoa desfigurada, também vítima de várias formas de tortura e mutilação, situação que deu fim a uma gloriosa carreira.

Na verdade o que caracteriza o personagem é sua bússola moral, ele sabe que o que esta fazendo é errado, e se questiona o tempo inteiro porque ele continua a faze-lo, considera sua existência uma aberração, tendo um verdadeiro asco pela sua própria pessoa.Mas ele não é um ser imerso em culpa, e isso é que é interessante.

Embora haja um ou outro clichê ali, trata-se de um personagem complexo, qual desejo ver a evolução nas sequencias do livro.

Os demais personagens são descritos com muito mais facilidade: Um é um jovem espadacim, que intenta ganhar um campeonato, cuja vitória lhe garantirá a ascenção social, sendo o seu maior conflito o fato que tem uma paixonite pela irmã de seu oficial superior, altiva, e natural, porem de nascimento baixo.

O outro é uma espécie de barbaro, famoso por sua sanguinolência, contudo, cansado de uma vida de conflitos. Mas não exatamente arrependido. Ele tem um contato forte com o mundo dos espíritos, do qual eventualmente consegue alguma orientação. Ele não questiona a sua jornada, afirmando que questionar e saber do futuro nunca lhe fez bem.

A trama do livro revolve estes três personagens que apresentam as diversas facetas do mundo onde acontece a história. Eles são ligados por um outro personagem, qual não tenho como descrever de outra forma senão um Gandalf, que pretende reunir uma equipe para uma jornada desconhecida e perigosa, lidando com forças antigas e poderosas.

Considero este personagem um clichê ambulante. E me foi um verdadeiro balde de agua fria. É interessante, é verdade, mas já vimos coisas como estas diversas outras obras.

De fato, embora eu tenha me decepcionado com a quantidade de lugares comuns que esse livro foi, tenho que admitir que talvez estes estejam ai justamente para poder criar uma breve familiaridade com o leitor, para impressiona-lo mais tarde.

O livro é divertido, terminei em menos de uma semana, mas me frustrei um tanto. Não era aquilo que eu esperava, mas talvez eu tivesse esperado demais. O autor, contudo, me convenceu a ler o próximo livro da série, qual acredito que vou aproveitar mais, já que já sei o que esperar.
Luan 20/03/2014minha estante
Sua decepção foi gerada por ter lido "O poder da Espada" esperando que fosse um dos livros das "Cronicas de Gelo e Fogo". Simples.




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