literaliza 03/11/2023
Somos pessoas de papel vivendo uma vida frágil de papel
"Cidades de Papel" é uma daquelas leituras que te deixam pensando sobre amizade, amor e mistérios adolescentes. O livro conta a história de Quentin, um cara comum que tem uma paixão platônica por sua vizinha e amiga de infância, Margo. Ela é uma garota cheia de mistérios, imprevisível e cheia de vida.
A primeira metade do livro é uma verdadeira aventura, quando Margo arrasta Quentin para uma noite de vingança e diversão, fazendo com que ele se sinta vivo de verdade. Mas aí, no dia seguinte, ela some, desaparece, como se fosse uma das personagens dos livros em que Quentin é viciado.
A busca de Quentin por Margo o leva a descobrir pistas escondidas que ela deixou, como se fosse um jogo de detetive. E aí começa uma viagem emocionante, com seus amigos, em busca de respostas e de Margo.
O livro é engraçado, cheio de referências pop, e os diálogos entre os personagens são bem realistas. A amizade de Quentin com seus amigos é tocante, e você se sente fazendo parte do grupo. Além disso, a narrativa é ágil, te prendendo do início ao fim. Por mais cansativa que fosse em alguns momentos, porque o Quentin se mostra imaturo.
Mas aqui vai a minha crítica: o final. Sem dar muitos spoilers, o desfecho é um daqueles que você ama ou odeia. Alguns podem achar que é emocionante e profundo, enquanto outros podem achar um pouco frustrante. Afinal, é um livro sobre as expectativas que colocamos nas pessoas e como, às vezes, elas não correspondem. Isso pode deixar alguns leitores com gostinho de "quero mais".
No entanto, "Cidades de Papel" é um livro que vale a pena ser lido. É uma história sobre crescer, sobre como vemos as pessoas e sobre como as cidades e as pessoas são mais complexas do que parecem à primeira vista. John Green mais uma vez nos presenteia com uma narrativa inteligente e personagens cativantes. É uma ótima leitura para quem gosta de romances jovens com um toque de mistério.