Vidas provisórias

Vidas provisórias Edney Silvestre




Resenhas - Vidas Provisórias


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Fernanda 22/02/2020

Esperava mais
Esperei um livro com narrativa mais engajadora e encontrei um livro frio. Talvez minha expectativa tenha se dado pelo fato do autor ser exímio jornalista.
No final das contas, me pareceu mais um livro de contos.
Não é ruim, mas me pareceu inacabado.
Vale a leitura sem expectativas.
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Atila Cezar 07/03/2020

Até interessa, mas a narrativa é cansativa.
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Aninha 22/06/2016

Quando temos a vida que não escolhemos...
"Eu riria, se pudesse. Mas os remédios me deixam num lugar entre o riso e o choro. Não. Me deixam em um lugar em que não há riso nem choro. É neste lugar que estou vivendo. Ainda." (página 129)

Paulo, o garoto de 12 anos do livro "Se eu fechar os olhos agora", reaparece aqui 9 anos depois, em 1970 como estudante de pedagogia. Ele é preso por engano, torturado e humilhado, mas "alguém" importante impede que seja morto e o manda para o exílio. Paulo, então, vai para o Chile, depois para Suécia e França.

"Este é o grande poder dos torturadores. A dor não passa. O domínio deles continua." (pág.56)

No pararelo, temos também a história de Barbara, que em 1991 parte para os Estados Unidos, fugindo dos problemas da vida. Lá, a realidade é dura, especialmente para quem vive de forma ilegal e possui uma identidade argentina falsa. Consegue um trabalho de faxineira.

Apesar de ser reservada e não se expor, ela conhece histórias de outros brasileiros. Um deles é Sílvio. Foi para o exterior ainda jovem, fez a vida como garoto de programa e agora padece com a Aids. Mesmo doente, ele se mostra alegre, irreverente e incentivador sempre que conversa com Barbara.

Paulo tenta reescrever sua história com Anna, sua namorada sueca. Barbara pensou que ia reescrevê-la com Luis Claudio, namorado brasileiro que a acolhe nos EUA. Nesse processo, ambos são obrigados a viverem vidas provisórias, vidas que não escolheram, mas que nem por isso devem ser desperdiçadas.

Boa leitura!

site: http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com.br/2016/06/vidas-provisorias.html
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Lucas 15/06/2022

Intenso
Sem palavras para explicar a leitura deste livro. É intenso, pesado, envolvente. É uma leitura gostosa e fluída, de impacto.
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aally_souza 10/01/2022

"Ficava no quarto andar de um prédio de tijolos vermelhos, sem elevador, ao sul de Manhattan, numa rua estreita e curta, sem uma árvore sequer, perdida entre a Houston e a Canal, próxima ao túnel Holland. Ela se esqueceu do nome da rua. Nunca se preocupou em memorizá-lo. Não acha necessário: se vai uma vez, sempre achará o caminho. Para que decorar nomes e números de ruas, avenidas, linhas de trens ou estações de metrô, se mais dia, menos dia, vai acabar indo embora? Esta é uma vida provisória, ela acredita. Tem de ser uma vida provisória, precisa acreditar."
O livro é bom, mas altera a narração entre dois personagens, o que "enrola" o desenvolvimento da história. Adorei a conexão de vidas provisórias e se eu fechar os olhos agora
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Ilau Teles 06/03/2016

O livro é determinado inicialmente pelas suas cores e histórias intercaladas. Paulo tem a sua história cotada em letras pretas e folhas amareladas, já Bárbara, folhas brancas e letras azuis.

Paulo, com 21 anos em 1970, passou pela pior experiência de sua vida. Sequestrado e torturado, logo após sua casa ser invadida por militares que desejavam tirar dele informações que nem mesmo ele sabia, foi obrigado pelo próprio irmão, qo que Paulo, que era militar, a exilar-se do Brasil. Chile e Suécia são os lugares em que ele tenta levar uma vida provisória. Nova identidade, novos rostos e novos idiomas que lhe são "empurrados goela a baixo". A ditadura militar tirou o que Paulo chamava de vida. Obrigado a viver em lugares que não reconhecia e não se identificava. Mesmo passando por dificuldades financeiras e com o psicológico visivelmente afetado, Paulo conhece o amor. Casa-se, tem filhos, constrói uma nova vida, sem se livrar das dificuldades de viver um lugar que não é o seu, ele não deixa de sentir falta do seu seu país e sonha em um dia poder retornar ao seu lugar de origem.

Bárbara, uma jovem que tenta fugir do Brasil no ano de 1991, na esperança de uma vida melhor nos Estados Unidos, se depara com uma vida difícil em que parece que não conseguirá nunca aprender o inglês apesar do tempo que está lá. Mentindo a idade, que era por volta dos 16 anos, Bárbara trabalha limpando casas de brasileiras que moram nos EUA. Tem uma vida angustiante, teme ser descoberta e expulsa do país que entrou de forma ilegal. Sofre preconceitos e assim como na vida de Paulo, é explicito que seu psicológico também está afetado. Com a sua família ainda morando no Brasil, Bárbara ainda mantém contato com o país que um dia quisera esquecer. Mas tudo o que a jovem passou a fez repensar na vida. Seroa ela capaz de regressar a sua antiga vida?

É um livro que muitas vezes tem sua narrativa demasiada longa, tornando-o um pouco cansativo, porém, nunca desinteressante. Em diversos momentos o leitor angustia-se junto com os personagens, que passam por situações extremamente sofredoras, como tortura, estupro, xenofobia, além dos sentimentos internos de cada um.

Em determinado momento, Paulo narra um fato que lhe aconteceu, juntamente com seu amigo Eduardo, quando ainda era criança. Ao encontrarem um corpo semi nu de uma mulher, provavelmente uma prostituta, em um local que costumavam brincar, suas vidas mudam completamente quando a família de seu amigo é obrigada a se mudar. Parece que eles encontraram algo que deveria ficar escondido. Nunca mais ele vira o amigo novamente. "Eduardo e eu acreditávamos que aquele mundo e aquele Brasil caminhavam para um futuro melhor e mais justo. Eu não sabia que o nosso futuro tinha dono". Essa citação é extremamente forte, principalmente porque mostra como a inocência de uma criança pode ser afetada por conta dos pecados/erros de um adulto.

Algo bem interessante, é que são citados trechos de músicas e pessoas conhecidas aqui no Brasil, assim como poesias de outros países, como o "The road not taken" do Robert Frost, que particularmente acho excepcional, pois a mesma descreve não apenas estradas no meio de uma floresta, mas metaforiza como estamos sempre em bifurcações de decisões que devem ser tomadas em nossa vida.

Um livro complexo e real. Expõe através de uma for fictícia, um sofrimento real.

Teria Paulo retornado ao Brasil? E Bárbara, o que acontece com a jovem que é obrigada a amadurecer antes do tempo?

site: https://dialetica-literaria.blogspot.com/b/post-preview?token=7GNkTlMBAAA.7yEfUmhlK5hUHubHr433cydJv2TbwCGJ895Qzy5P3cJ0o4ZJmwy3s_mWa2_8Ym_12JUiYI_IgTmVfljjKCEA7g.UIoFp3jo_j37Q4BApr1-0g&postId=5760433119561907226&type=POST
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Nubia.Daumas 19/12/2021

Narrativa marcante
Através da história de duas pessoas que se veem obrigadas a viver longe de seu país, Edney Silvestre nos mostra de forma magistral os sentimentos destes personagens que constroem vidas provisórias sem saber até que ponto elas continuarão provisórias ou se tornarão definitivas.
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Guigui 24/08/2014

Da realidade a fantasia.
Intrigante viajamos entre a realidade e a fantasia, ambas bem escrita e os personagens descrito de forma sutil.
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 04/12/2015

Recomendo!
Talvez vocês já tenham visto alguma reportagem do jornalista Edney Silvestre, eu particularmente gosto bastante do trabalho dele, por isso, quando soube que ele lançaria mais um livro, fiquei interessada em ler. Vidas provisórias, de certa forma, pode ser visto como dois livros em um, por alternar um capítulo da história de Paulo e um capítulo da história de Barbara.

Em 1970, Paulo tinha 21 anos quando teve seu apartamento invadido e foi levado pelos militares para ser torturado, eles queriam informações. Após a tortura, ele teve que sair do país e conseguiu exílio na Suécia. Lá, onde a população era branca e tão diferente dele, moreno, Paulo tentava sobreviver, escapando das lembranças da tortura que o atormentavam constantemente.

"Quantos de nós tomamos estradas evitadas como aquela, quantos de nós suspiraremos e contaremos nossas histórias por tantos e tantos anos?, ele se perguntou.
Não escolhi a estrada.
Fui lançado nela.
Sou da equipe dos perdedores." (página 70)

Em 1991, Barbara ainda era menor de idade quando saiu do Brasil com documentos falsos rumo aos Estados Unidos. Lá, tornou-se faxineira, além de manicure e pedicure nas horas vagas. As coisas não saíram conforme ela esperava, estar nos Estados Unidos não foi melhor do que estar no Brasil em muitos aspectos. Barbara vivia com medo da polícia e de ser deportada, não se ligava a nada nem a ninguém, mas não tinha deixado muita coisa no Brasil.

Saber onde as duas histórias se encontrariam era minha maior curiosidade e chegava a deixar meu coração apertado. O que os dois tem em comum? Ambos, após terem suas vidas bagunçadas, passaram a viver vidas provisórias, em terras estrangeiras e tão diferentes do Brasil.

"Você não vai ter chance de mostrar para ninguém o que aconteceu aqui. No Brasil não tem tortura, não há tortura no Brasil, entendeu? Você não esteve aqui. Não há nenhum registro. Nenhum documento." (página 38)

A ditadura militar no nosso país acabou oficialmente em 1985, fazem 30 anos que temos a democracia de volta, é pouquíssimo tempo! Felizmente, eu nasci num país livre, já meus irmão mais velhos nasceram sob o cruel regime militar. No livro, temos um retrato das atrocidades chocantes cometidas durante a ditadura. É um período da nossa história que não devemos esquecer, para que não se repita algo parecido no futuro. E livros do tipo são muito importantes para contar aos mais jovens sobre o que foi essa época no Brasil.

"Só na bagagem de viajantes insuspeitos, como o casal de dentistas amigo do pai dentista de Ernesto, é possível escapar da proibição de divulgar notícias indesejadas pela ditadura militar (informações sobre prisões e torturas, notas desfavoráveis à situação econômica), colocando a correspondência para os expatriados em fundos falsos de malas, entre capas duplas de cadernos, em forros de casacos, ou sob qualquer outro disfarce para driblar a Censura." (página 120)

Misturando realidade e ficção, Paulo e Bárbara, ditadura e imigração ilegal, passando por vários países e décadas da história da humanidade, Vidas Provisórias é um livro forte, que fala sobre pessoas tentando reencontrar seu lugar no mundo, reencontrar suas vidas. E uma leitura que eu recomendo!

Tem algumas citações em outros idiomas ao longo da trama, que eu não entendia por só saber o português, e que fizeram com que eu experimentasse e pudesse sentir uma minúscula fração do que deve ser o desconforto de estar em um país que você não conhece o idioma.

Eu gostei bastante da capa, as páginas são amareladas e a diagramação está boa: com margens, espaçamento e fonte de bom tamanho; e os capítulos da Barbara são escritos na cor azul.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2015/12/resenha-livro-vidas-provisorias-edney.html
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miriamz 20/06/2015

Verdade em ficção
O livro torna explícito a repugnante história da ditadura brasileira, desconhecida pela maioria dos brasileiros (que não foram afetados dolorosamente por ela), através da vida de duas personagens - Paulo e Bárbara, que vivem épocas diferente, porém, com a mesma vida provisória, que muitos outros brasileiros viveram ou ainda vivem, com seus sentimentos de raiva, medo, angústia, esperança, desesperança, sonhos e desilusão. Uma abordagem vívida e rica em fatos e referências históricas de um Brasil tão recente e tão vergonhoso. Embora ficção, extremamente verdadeiro.
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Rone 08/12/2016

Duas vidas provisórias
Este é um daqueles livros, que chamam primeiramente a nossa atenção pelo título e só depois vem todo o resto...

Edney Silvestre conta as histórias entrelaçadas de Paulo e Barbara, dois exilados do nosso Brasil na época da ditadura militar e durante o governo Collor, passando assim a viverem “Vidas Provisórias. ”

Com toda certeza Silvestre tem o talento de contar histórias e principalmente nos tocar com os seus personagens humanizados.

-Por que poderia ser você ou eu certo?

Esse é um livro que todos deveriam ler, para podermos refletir um pouco sobre todos esses acontecimentos entre 1970 e 1990. E tirar as nossas próprias conclusões sobre a atual situação política do Brasil.
Foi uma grande surpresa para mim, quando descobrir que esse livro tinha sido escrito por Edney Silvestre o repórter da Globo.

Gostei bastante de conhecer o seu lado escritor, e é nas páginas dos seis livros, que ele coloca todo o seu conhecimento e sua visão do mundo em seus complexos personagens.
Nunca esquecerei Paulo e Barbara e os seus medos, dúvidas e sonhos.
Eu me apeguei a eles de uma forma muito intima e particular.

A história ao todo é excelente, surpreendente delicada.
Eu só fiquei um pouco decepcionado com o final, já que a história toma um rumo totalmente diferente, dá que esperávamos para os nossos amigos.

Darei quatro estrelas tranquilamente, pois esse livro foi tão surpreendente quanto desafiador.
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marcelodonati 15/09/2015

Ficção com base em história real é sempre mais interessante
Poucas vezes li um livro em tão pouco tempo; Peguei 'Vidas Provisórias' na biblioteca na quarta, e hoje, terça-feira (menos de uma semana) já o conclui.

Não que o livro seja extenso (apenas 240 páginas), mas a força e a excelência da narrativa do livro lançado pelo jornalista Edney Silvestre em 2013 me obrigaram a não abandonar a leitura enquanto não terminasse de ler a última página.



Um texto ágil, limpo, claro, que conta a história ficcional de dois personagens brasileiros em datas distintas, unidas pelo amargor do exílio obrigatório em países distantes.

Ao redor da trama, segue-se uma extensa e profunda análise histórica real, que conta e mostra a vida em vários países, bem como a visão do Brasil do ponto de vista dos exilados, Paulo e Barbara.


Enfim, sem contar muito sobre o livro, mas apenas deixando minhas impressões sobre a riqueza de detalhes e sobre a profundidade escancarada dos sentimentos dos personagens, recomendo imensamente a leitura. Ficção com base em histórias e locais reais é sempre um prazer duplo, a emoção de ler uma história com a garantia de poder escorar-se em locais, coisas e pessoas tangíveis, figuras históricas do Brasil e do mundo.



Sem dúvida, nota 10 de 10.

site: http://marcelodonati.blogspot.com.br/2015/09/resenha-vidas-provisorias-de-edney.html
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Leitor Oculto 26/01/2021

Razoável!
A contextualização é ótima e nos faz viajar por momentos marcantes da história brasileira e mundial. Desde os horrores da ditadura no Brasil, passando pelos ataques do 11 de setembro e o período pré-guerra do Iraque.

No entanto não me conectei com a ideia do enredo onde são contadas a história de diversas pessoas, basicamente, pela perspectiva de 2 personagens.

No último parágrafo ocorre uma amarração interessante na história, mas definitivamente não me conquistou.
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