Fabricio~Raito 13/03/2014
Queda lenta e pouco animadora
"A Queda do Governador terá que ser dividido em duas partes, dado ao número de páginas. Achamos melhor assim". Ok, quem sou eu pra discutir? E quem sou eu pra desconfiar que esta "jogada de marketing" não visava também obter mais lucro$, além do enorme sucesso da série e também da pioneira HQ? Fato é que esta primeira parte da "conclusão" desta trilogia (embora não seja mais uma trilogia propriamente dita) se mostra muito morna em comparação aos dois volumes anteriores, abarcando passagens já não muito novas para o leitor e utilizando de idéias repetitivas e cansativas. Mas o final consegue salvar.
Fato é que o livro se mostra (ou pelo menos deveria se mostrar) mais interessante para aqueles já familiarizados à história e que acompanham a HQ. É neste volume que a história do Governador e dos personagens novos apresentados no segundo livro se encontram com os "queridinhos" protagonistas Rick, Glenn e Michonne. A dinâmica apresentada é positiva, fazendo um "entrelaçado" entre as histórias do romance e da história em quadrinhos. Se você leu esta parte na HQ conseguirá fazer links interessantes.
Assim como o próprio nome estampado na capa revela (e desculpe se isto se revelou um big spoiler para você), a história apresenta o climax de Philip Blake enquanto "Governador" e detentor do poder na pequena cidadela onde vivem, protegidos das hordas de mortos-vivos. É claro que sua forma de "governar" se mostra tão (ou mais) perigosa que os próprios mortos-vivos, o que revela Philip como uma pessoa instável, perturbada e repleto de incógnitas. Entre passagens entediantes e desnecessárias, o surgimento do grupo de Rick e a já dita "queda do governador - parte 1" salvam a leitura, trazendo momentos repugnantes e que você vai desejar nunca ter lido após ter feito uma refeição.
O trabalho da Galera Records foi eficiente, sem grandes problemas. A capa é muito bonita, igual à original americana, com o letreiro em alto relevo. Agora só nos resta aguardar a segunda parte e torcer para que a mesma receita (já batida) invista em novos ares e rumos, para continuar tendo um gás até a conclusão.