Mary Castilho 26/01/2022
Novo romance de Holly Black
A autora Holly Black, conhecida por sua saga de livros O Príncipe Cruel e Boneca de Ossos, voltou com uma escrita de fantasia urbana com a obra A Menina Mais Fria de Coldtown, onde explora histórias de vampiros de forma mais futurista e humana.
Holly Black tem como uma marca registrada, sua escrita de fácil leitura e engajamento coerente, embora sua escrita tenha toques de requinte em sua obra; durante o percorrer do enredo conseguimos sentir diversas referências a obra de Bram Stoker, de seu clássico livro Drácula, como a intercalação do passado de Gavriel e a história de Tana; de tal modo, a interação entre o leitor e a obra, fica mais orgânica.
Desde o inicio a história cumpre o que foi prometido na sinopse. É um livro de entretenimento fácil, mas sem muita inovação na questão vampiresca em si.
Holly soube muito bem como criar a personagem principal, ainda mais quando ela se mostra assustada e lutando por sua vida, como a maioria dos leitores agiria. Tana não é um tipo de mocinha principal que fica de braços cruzados esperando alguma burrada acontecer, para que só assim, entre em ação; ela está sempre pensativa e vive entrando em conflito com seu excesso de pensamentos e vontades.
Entretanto, não é o mesmo caso com os personagens coadjuvantes. Aidan foi construído para ser o típico ex-namorado que vive almejando atenção e com joguinhos estúpidos para testar os outros; Gavriel é um vampiro que transmite mistério e loucura, que muitas vezes chega ser cansativo e vive dando ponto sem nó. Outros vampiros que são apresentados, que muitas vezes estão presos em redes de intrigas que vão de um lugar para nenhum outro, são descartáveis assim como suas intrigas.
O que realmente pega o leitor é o rumo da história e como nossa protagonista irá reagir com tudo que está ao seu redor, enquanto seu mundo que tanto conhecia está desmoronando.
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