50livros 14/01/2018Livro bom para ficar paranoicoAchando que estava abafando, lendo o livro antes de assistir no cinema, me deparo com a triste realidade de que esse livro é o de número 7 (SIM, SETE!) de uma série com o detetive Harry Hole, beberrão, viciado em teorias da conspiração e que vê Serial Killers até nas estrelas. Sim, eu perdi 6 investigações, caindo de pára-quedas em um assassinato de arrepiar os cabelos da nuca.
A historia é aquele thriller policial clássico: detetive e sua equipe investigam desaparecimentos estranhos, descobrindo que se tratavam de assassinatos em série. Aquela receita certa para o sucesso. Será?
Sou uma amante de perseguições policiais, estou em dia com Law and Order: SVU, estou maratonando (de novo) Criminal Minds e fiz o CSI Experience em Las Vegas (EM BREVE AQUI NO BLOG!), podendo me considerar um Horacio Kane (CSI Miami) da literatura. Por conta disso, fica muito difícil achar uma história investigativa que eu não desvende uma coisa ou outra.
Bom, nesse livro, eu não desvendei o final porque ele acabou sendo o mais óbvio e egocentrista na figura do detetive, como se mais nenhum personagem tivesse peso suficiente. Os personagens são ótimos, bem construídos, exceto o assassino, que tem uma personalidade meio idiota, pelo menos eu achei.
O problema, no fundo no fundo, não é o final, o assassino, o detetive, os crimes, nada disso. O que pegou para mim foi que o livro esfriou. O autor esticou demais algumas partes do livro que achei cansativo, tirou aquela ansiedade que te faz ler o livro cada vez mais rápido para saber o desfecho. Acabou que, ao invés de sentir isso, eu fui ficando cansada de ler até o desfecho. Por honra literária, li até a última palavra, mas confesso que não quero ler algo do Jo Nesbø tão cedo.
Apesar da tradução estar super bem feita, a história é naturalmente lenta sem ter tantas reviravoltas assim. Meio que, por conta do primeiro capítulo do livro, você já imagina a motivação do assassino, mas quer ver como o detetive chega até lá. Mas, infelizmente, o autor se perdeu mais preocupado em colocar um personagem chocante como assassino do que realmente dando nuances mais sutis ao crime.
Me entendam, não é um livro ruim, muito longe disso, mas não combinou comigo o suficiente para correr e ler os livros antecessores da vida de Harry Hole. Vou ler um dia? Talvez, mas não prometo quando.
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