tóri 14/03/2024Não sei sobre o que estou escrevendo: sou obscura para mimTenho a sensação de que terminei, mas que precisaria reler incontáveis vezes para entender o que li. Ao mesmo tempo que a percepção que o livro me passa é que a vida é movimento, que no fim, é se permitir descobrir caminhos enquanto se avança.
Gosto dos altos e baixos que ela descreve sobre como se sente, gosto dessa volatidade em ser humano e estar sujeito a nossa própria cabeça, ao olhar (e sentimento) do outro e mudanças da vida.
Me interessa também da inclusão do it, que tenho comigo que carrega a tentativa de colocar em palavras o inexplicável. Mas como, no fim, pelo fato de não ser explicável, apenas resta seguir e entregar-se a incompreensão. E como realizar esse mergulho nessa entrega? Em suas próprias palavras, da mesma forma com que só se anda andando.
Ainda assim, me ressalvo na dúvida com essa leitura. A intensidade do fluxo foi tão impactante que por ora não sei se fui eu, ela ou a interpretação baseada em minha própria vida. Talvez essa última seja o que também compõe a leitura, acho que também não sei captar o que existe. Que febre: conseguirei um dia parar de viver? Aí de mim que tanto morro.