Água Viva

Água Viva Clarice Lispector




Resenhas - Água Viva


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DuZLuzardo 18/03/2024

Entendi, mas também fiquei confusa.
O começo desse livro me pegou de uma forma avassaladora. Fiquei surpresa com quanto eu me identificava com o que a personagem escrevia. Este é primeiro livro da Clarice que eu li por vontade própria (li a hora da estrela no ensino médio e não me lembro de nada), foi uma experiência nova para mim ler uma personagem que não tinha nome e acontecimentos que ocorrem apenas em uma confissão de palavras no papel. O livro é uma extensa carta de desabafo da personagem, sem divisões de tempo, sem divisões de nada. A personagem é uma pintora que quis botar para fora o que sentia em palavras e não parou mais.

Durante as primeiras 20 páginas eu li com afinco, porém ao chegar na metade confesso que não sabia mais o que eu estava lendo. Como a personagem não é uma escritora, é apenas uma pessoa que escreve para tentar se entender, ela mesma se perde em certos momentos. Há parágrafos que ela usa exemplos para falar em filosofias que eu não conseguia compreender. Decidi dar um tempo na leitura porque não conseguia me concentrar no que estava lendo e acabei por ler porcamente algumas páginas, mas me recusei a parar porque o começo me tocou tanto e fiquei com receio de achar o final decepcionante. O que não aconteceu, o meio do livro acaba por ser bem confuso e repetitivo, mas o final do livro me trouxe a mesma sensação que senti no início.
Mesmo quando parei de ler, senti vontade de continuar, por mais que não entendesse totalmente o que a Clarice queria dizer com aquelas palavras. Foi uma sensação única pra mim, de querer ler um livro mesmo não entendendo o que estava escrito. Isto acabou me chamando atenção e agora quero ler os outros livros da Clarice.
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Bia 17/03/2024

Aquele meme da tata werneck: voa voa andorinha
A escrita da Clarice lispector é espetacular, uma das mais lindas que já li, isso não tem nem o que dizer. O problema é que eu não entendo nada dos livros dela ?. Eu até gosto de histórias subjetivas e escritas mais poéticas, porém esse é demais. Eu me esforcei pra entender o que ela queria dizer, mas foi difícil, sempre me sinto burrinha quando leio os livros dela. Talvez se eu fosse mais acostumada a ler poesia, seria mais fácil. O que me deixa mais impressionada é como é possível uma pessoa que escrevia daquele jeito: a autora usa as palavras de uma forma tão única, peculiar, parece que não é desse mundo. O que eu entendi do livro, que foi uns 60% se muito, gostei bastante e me identifiquei com várias frases. Dá vontade de marcar o livro inteiro. Infelizmente acho que os livros da Clarice não são pra mim, mas ok
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Lanna Vieira 17/03/2024

Eu já havia lido livros da Clarice na época de escola, no entanto, acredito que eu não tinha maturidade para entendê-los. Lendo esse livro hoje, foi uma experiência incrível e avassaladora. É incrível a capacidade da Clarice. Ela é realmente um gênio. Ela é um sentimento. Se tornou um dos meus livros favoritos da vida!
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a.mafe 17/03/2024

Se for ler Clarice, um conselho, reserve um tempo para ela
Esse é o meu segundo livro dela, e aprendi que não se lê Clarice Lispector, se sente, um fluxo de sentimento e consciência que deixa a gente embigada com as questões existencialistas e até mesmo da alma. Esse livro é para pessoas surtadas, que não quer mais saber o que fazer da vida, apenas viver e tirar a sua essência.
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Babi 17/03/2024

É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas.
Impecável. Confuso. Profundo. Interessante. Imersivo. Questionador. Complexo. Lindo. Único. Diferente.
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Camila 15/03/2024

Um estudo sobre o vazio
Sempre tive muitas dificuldades em ler Clarice Lispector, e sim, em ler Clarice, não os livros dela... e com isso já pode entender grande parte dessa resenha!

Água viva tem uma narrativa fora dos eixos e parece tanto uma carta, como um diário, ou apenas a confusão mental da tal pintora.

E neste rápido livro pude perceber o como a Clarice é capaz de escrever sem inicio, meio e fim, trazendo uma proposta de eterno vazios e a indagação de sempre querer saber o que se passa, ela talvez supere a dúvida do " ser ou não ser, eis a questão" por que ela própria é a questão, é o mistério por trás de todo o mistério

E só fui me tocar por ser uma narrativa de uma personagem quando vi um comentário sobre, pois é assim que Clarice escreve, sob pseudônimos de imagens e a faz parecer 3x mais louca e genial Kkkkk é como um loop sem fim. A forma como pode ser lido de trás pra frente, do meio ao fim, não importa como! Casa muito bem com o instante-já proposto por ela, e talvez seja um livro que precisa ser lido de uma maneira só, e talvez seja necessário outras abordagens para reler, pois o instante já foi, precisa agora de outro.
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Claraszs 15/03/2024

é preciso viver o intante-já e ser ninguém.
Incrível como a linguagem de clarice pode ser avassaladora. primeiro livro dela que de fato li completo. antes não possuía maturidade suficiente para entender algumas questões.
um dos traços principais dessa personagem (que não conhecemos) é a melancolia. a forma como elabora e observa as coisas, em como alguns momentos é tomada por um ?torpor? de sentimentos e racionalidade, colocando para fora uma avalanche de palavras que ora desconexas ora claras demais.
acredito que esse livro é um monólogo bem elaborado de uma conversa entre o eu e o eu (self e self). tem um destinatário que também não conhecemos, mas que julga-se ser receptivo.
agua viva foi complexo em alguns momentos, confesso, mas extremamente impactante. fiz várias marcações que falam sobre como é importante viver o instante-já e se ver livre sobre algumas marcações de tempo que só existem dentro da nossa cabeça.

com certeza lerei mais outros dela!
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Leticia.Knabben 14/03/2024

Água de beber
A Clarice foi e ainda é um acontecimento. Não há outra maneira de expressá-lo. Água viva é provavelmente um retrato do "é" na mais pura forma de ser. Apesar de ser um livro fino, é um texto muito denso. Passei quase quatro meses indo e vindo, lendo e refletindo sobre cada coisa que lia; anotei minhas impressões e aprendi com essa escrita. Quando li as últimas frases, fiquei arrepiada. É impossível sairmos inteiros dessa experiência tão arrebatadora. Para quem é fã de fluxo de consciência, assim como eu, esse livro é certeiro. Clarice retrata, de uma forma genuína, delicada e brutal, e tão natural a ela o que é muito difícil de fazer na literatura: o retrato do instante. Quando se trata das artes em tela, não vou dizer que é mais fácil, mas talvez seja mais simples capturar o instante na ponta do pincel do que traduzi-lo em palavras, tarefa que a autora desempenha com maestria.
Imagino que talvez eu tenha lido esse livro de forma errada e diferente do que a autora propõe. Imaginar esse instante que se inicia no momento em que começamos a leitura e que acaba assim que lemos a última palavra provavelmente quer dizer que é um livro que deve ser consumido por inteiro, instantaneamente, sem pausas. É um vômito de palavras, uma inundação sensorial de pensamentos e ideias. Impossível para mim, visto que ela discorre sobre todos os assuntos possíveis e eu me interessei e me fiz pensar em cada uma de suas frases enigmáticas. Não há mais o que dizer. Vão ler Clarice! Vamos celebrar a nossa esfinge, essa mulher bruxa, essa doida exótica, misteriosa, incrível e poderosa. Viva a nossa Clarice!
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tóri 14/03/2024

Não sei sobre o que estou escrevendo: sou obscura para mim
Tenho a sensação de que terminei, mas que precisaria reler incontáveis vezes para entender o que li. Ao mesmo tempo que a percepção que o livro me passa é que a vida é movimento, que no fim, é se permitir descobrir caminhos enquanto se avança.
Gosto dos altos e baixos que ela descreve sobre como se sente, gosto dessa volatidade em ser humano e estar sujeito a nossa própria cabeça, ao olhar (e sentimento) do outro e mudanças da vida.
Me interessa também da inclusão do it, que tenho comigo que carrega a tentativa de colocar em palavras o inexplicável. Mas como, no fim, pelo fato de não ser explicável, apenas resta seguir e entregar-se a incompreensão. E como realizar esse mergulho nessa entrega? Em suas próprias palavras, da mesma forma com que só se anda andando.
Ainda assim, me ressalvo na dúvida com essa leitura. A intensidade do fluxo foi tão impactante que por ora não sei se fui eu, ela ou a interpretação baseada em minha própria vida. Talvez essa última seja o que também compõe a leitura, acho que também não sei captar o que existe. Que febre: conseguirei um dia parar de viver? Aí de mim que tanto morro.
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mthsthn 13/03/2024

"A palavra é a minha quarta dimensão"
Clarice como sempre irretocável, inimaginável. Considero Água viva seu "manual" de leitura e (in)compreensão. Aqui Clarice não tem nenhuma pretensão em se fazer lógica, e a todo momento, em meio a uma linguagem cíclica e não linear, ela enfatiza isso. É uma leitura de vai-e-volta, uma nebulosa que se você para para tentar compreender e contemplar na finitude da lógica, você se perde e perde também o "instante-já" da leitura de Clarice. É preciso deixar fluir e escorrer para que na falta de sentido o sentido se apresente.

Vi muitas resenhas aqui no Skoob dizendo o quanto é difícil entender Clarice, principalmente em Água viva, chamando-a, como ela questionava, de hermética. Mas muita das vezes o que as pessoas querem é um entendimento lógico, centrado nos sentidos da razão e esquecem que Clarice é a escritora do "indizível"; daquilo que está no não-dito das palavras, em suas entrelinhas. E que é preciso entregar-se no oceano profundo que é Clarice para poder sentir, não pensar, sentir.

"Mas se eu esperar compreender para aceitar as coisas- nunca o ato de entrega se fará. Tenho que dar o mergulho de uma só vez, mergulho que abrange a compreensão e sobretudo a incompreensão. E quem sou eu para ousar pensar? Devo é entregar-me."

site: https://www.youtube.com/watch?v=8TKgWaknqGc
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Le 13/03/2024

Primeiro: POR QUE O NOME É ÁGUA VIVA E NÃO TARTARUGA?
segundo: me identifico com tantos pensamentos que comecei a focar assustada. a clarice meio que faz com que eu queira gravar todas as palavras dela
terceiro: o jeito como a cabeça dela funciona é o mesmo de como funciona a da gigi, giovanna.
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BarbaraDSB 12/03/2024

Clarice Lispector ousa com as estruturas sintáticas, criando histórias e frases que parecem inacabadas e rompem com o esqueleto tradicional do romance. A linguagem é densa e forte, característica da terceira geração do modernismo. A narrativa não segue uma fórmula linear; exige uma leitura ativa e atenta.
O título água viva pode remeter ao reflexo na água, em constante movimento devido à correnteza. A busca pela conexão entre corpo, pensamento e linguagem é central na obra.
Não há um tema central específico; em vez disso, Clarice explora sentimentos reprimidos, religiosidade, solidão e morte.
A obra é descrita como um romance sem romance e um poema em prosa. Não segue um enredo convencional,mas oferece fragmentos de vários gêneros literários.
A relação entre literatura e artes plásticas é explorada, com uma personagem que escreve sobre pintura.
Água viva mergulha na condição humana, nas descobertas interiores e na artes da criação, usando palavras como pincéis para pintar um universo único.
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João Malafaia 10/03/2024

Lindo, mas abstrato demais
Não tenho muito o que falar!

apesar de ter gostado muito de a paixão segundo gh, água viva é abstrato demais para mim... de forma alguma é um livro ruim, é lindo e tem várias passagens marcantes. mas falta aquele fiapo condutor que - em paixão segundo gh - faz TODA a diferença
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Amanda3913 08/03/2024

"O imprevisto improvisado e fatal me fascina."
Honestamente, eu não consigo explicar esse livro. Ele não é nada convencional; possui uma narradora-pintora fascinada pela vida e tudo que a acompanha, inclusive a morte. Não é um livro para se ler buscando o significado de algo, é um livro para se sentir. Como sempre, a Clarice criou um livro único, escrito de forma majestosa e viciante, que te faz mergulhar nos pensamentos mais profundos de uma pintora que também pinta e brinca com as palavras.
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