Resenhas - No Ar Rarefeito

Mario 25/10/2018

Chocante
Esse livro é a versão do jornalista, que fazia parte do grupo que foi resgatado neste episódio.
Eu li também a versão do alpinista Anatoli Boukrrev sobre esse mesmo episódio, contada no livro 'A Escalada. A Verdadeira História da Tragédia no Everest'.
Anatoli morreria Ele ano seguinte, após ter escapado da tragédia contada neste livro.

João Bruno 03/06/2019

De tirar o fôlego
Uma história muito triste, bem detalhada, emocionante e assustadora, que tira nosso ar, com o perdão do trocadilho ...
Só recomendo prestar bastante atenção nos nomes, são muitos nomes, as vezes são mencionados o primeiro nome, outras vezes o segundo nome, nomes em inglês, nomes de nativos ... Confunde bastante se vc não prestar atenção ... Pois no final ele cita várias e várias pessoas e seus desfechos.
Tenho o costume de pesquisar sobre cenários, e até personagens quando se trata de uma historia real .. e nesse caso, tornou o livro ainda mais completo, a história ainda mais real e infelizmente mais sofrida, dada a tragédia que relata.

mug 29/06/2019

Relato de uma tragédia
Apesar das controvérsias, discussões e dúvidas que envolvem esse relato, não há dúvidas que houve uma tragédia imensa e histórica. Apesar do companheirismo que sempre existe na montanha, a proximidade da morte faz as pessoas tornarem-se egoístas, numa análise bem ampla dessa palavra. Um dos meus livros prediletos.

Renato.Antunes 20/08/2019

Cuidado!!
Seria uma leitura incrível e fantástica se não fosse real! Saber que tudo aquilo de fato aconteceu me deixou muito triste, abalado... é uma leitura dura e difícil porque você lê e pensa: "Jesus, não acredito!". Se o seu estômago é forte, recomendo.

Guilherme 31/12/2019

O processo evolucionário deu ao homem o poder de habitar boa parte da superfície terrestre, mas em questão de altura essa faixa vai desde o nível do mar até cer de 5000m acima deste, esta altura de 5000m é normal para pessoas que nasceram nela, mas já é muito extrema para quem esta acostumado ao nível litorâneo. E o que seria o topo do Everest para quem vive em alturas "normais"?Ele é um mundo completamente novo, no qual o corpo tenta se acostumar com as mudanças exigidas pela falta de oxigênio, essas mudanças incluem um raciocínio mais lento, como qual você leva um tempo considerável para tomar decisões que tomaria instantaneamente com oxigênio suficiente, o que é algo que ninguém quer em uma situação de vida ou morte. Este livro me mostrou que são poucas as pessoas que deveriam se arriscar com esse tipo de aventura, definitivamente não o seu tipico terrestre com algumas dezenas de milhares de dólares para gastar.

José 12/05/2020

Relato impressionante!
Uma história marcante e muito bem contada pelo Krakauer. Recomendo a todos os amantes de aventuras. Krakauer extrai muito bem os detalhes e acrescenta um tom crítico único.

Micaelly29 12/01/2021

"Não vou morrer", respondi. "Não seja melodramática".
E pensar que isso aconteceu de verdade é devastador. Mas uma coisa que aprendi lendo o livro é que o alpinismo é para correr riscos. Mesmo que esses riscos o levem para a morte.
No começo e meio do livro, o autor narra como foi a chegada e subida do Everest, relatando bastante detalhes. Mais para o final é que acontece a tragédia. Como dito no livro, a subida até o topo é "fácil"(pois de acordo com o relato não achei nada fácil), o problema é a descida.
Sobre o autor apontar os erros cometidos durante a expedição, não só das companhias, líderes e afins, mas também dele achei muito interessantes.
Até a metade do livro eu pensei que ele não tinha feito nenhuma escolha errado, até fiquei um pouco desconfiada já que ele apontava dos outro mas não dele. Porém, na parte onde ele acha que viu o Andy Harris, foi aí que percebi que ele não era perfeito. Essa parte onde ninguém sabia exatamente onde Harris estava foi agonizante.
Um dos personagens que assim, não sei se ele tem sorte ou azar, foi Beck Weathers. Eu já estava esperando que ele morresse também, mas o homem diz não pra morte várias vezes.
Enfim. Terminei a leitura. É um ótimo livro que relata o que realmente aconteceu e te deixa se coração partido ?

Tiago 03/02/2021

A sensação de estar na montanha é quase real
Um excelente livro, quase impossível de largar. Um relato em primeira mão sobre o desastre do Everest em 1996. O autor, jornalista, fez parte da expedição. Um thriller onde sentimos a ansiedade, o frio congelante e os efeitos da privação de oxigênio nos alpinistas.

Luiz Afonso 21/06/2022

"Escalar é como a vida, só que moldada em relevo mais nítido"
Antes de enfrentar o livro, já tinha lido algumas matérias e documentários sobre os acontecimentos de 1996 no cume do Everest, mas analisar esta narrativa proporcionou uma perspectiva única e surpreendente.

Não concordo muito com as críticas feitas ao autor, que apontam sua exposição enviesada acerca do ocorrido, naquilo que deveria ser um relato jornalístico. Acontece que, em razão de estar diretamente envolvido no desastre, seria impossível ao Krakauer oferecer uma visão que não fosse a sua - apesar de que, nesse ponto, o autor se esforçar para incluir relatos diretos de outras pessoas, e as críticas que sofreu.

Ao se aproximar do clímax da história, ficou um pouco mais claro, ao menos para mim, que em parte a escrita serviu como uma forma do Krakauer tentar resolver, consigo mesmo, os eventos traumáticos que presenciou, e qual a parcela de culpa de todos os envolvidos.
Sugiro uma leitura que não assuma que a narrativa seja objetiva e imparcial, mas que o leitor se envolva em uma conversa com o autor como quem escuta uma história pessoal e traumática de um conhecido, em busca de compreender o que aconteceu. É admirar o livro conforme ele se revela.

"Por mais que você analise, critique, julgue ou teça hipóteses, isso não lhe trará a paz que está procurando. Não há respostas. A culpa não foi de ninguém. Estavam todos fazendo o melhor possível naquele momento, nas circunstâncias dadas. Ninguém pretendia prejudicar ninguém. Ninguém queria morrer" (Lisa Fischer-Luckenbach).

Diego.Roberto 21/06/2022

Subi a 8848 metros de altitude
Livro sensacional! Já queria ler desde 2014. Após todos esses anos, me encantei por ele, cada vez que lia eu era abraçado pelo livro. Uma leitura leve e gostosa, daquelas que não quer parar de ler. Jon Krakauer detalha muito bem a tragédia de 1996. É como se você estivesse junto com as excursões pra subir o Everest. E realmente muito triste quando pensa que aquilo que está lendo realmente aconteceu. Acho que isso que deixa o livro melhor.

Michelle.Danielle 15/10/2022

?Porque escalar o Everest? Porque está lá!"
No ar rarefeito ? John Krakauer
!!?
Everest ? 8848m de altura
?Ainda seriam necessárias muitas horas até que eu ficasse sabendo que, na verdade, nada acabou dando certo - que dezenove homens e mulheres estavam presos na montanha, sob a tempestade, numa luta desesperada para salvar suas vidas.?
O Evereste passou aa ser explorado economicamente, primeiro pelo lado tibetano, em seguida pelo lado Nepalês, tal atividade passou a preocupar autoridades locais, principalmente pelo impacto ambiental que estava sendo causado. Mas não importa o preço estipulado para desencorajar a escalada, o fluxo segue aumentando. O sonho é para poucos, não só pela coragem, mas também pelo alto valor exigido até o cume. Em 1996, Hall estava cobrando 65 mil dólares por cabeça para guiar seus clientes ao topo do mundo, fora taxas, despesas pessoais e com equipamentos, além das passagens aéreas.
Em 1996, uma expedição comercial sob o comando de Rob Hall, um experiente alpinista neozelandês, leva 26 alpinistas ao topo do mundo! Rob hall nunca prometeu o cume aos seus companheiros, mas a experiencia da tentativa de chagar até lá. Fazia parte desta turma John Krakuer, jornalista da contratado pela Outsider para escalar o Everest e produzir uma matéria sobre a comercialização da montanha.
Escalar a montanha já não parece simples, mas é mais complicada do que você imagina, um lugar inóspito que pode te matar aos poucos ou de imediato. Não demanda apenas dinheiro, ou coragem, demanda tempo. A escalada até o cume pode demorar dois meses, afinal em cada parte da montanha são montados acampamentos, e, em cada acampamento os montanhistas ficam um período de tempo para se aclimatarem.
No caso da expedição de Hall, além do acampamento base, foram montados mais quatro acampamentos. Leve em conta que em 1996 não existia helicóptero que pudesse chegar tao alto, então se caso algo desse errado, você ficaria na montanha, PARA SEMPRE!
Desorientação com a fadiga extrema, além do risco de acidente na montanha, é comum o aparecimento de um edema pulmonar ou cerebral que pode matar em pouco tempo. Para evitar qualquer problema, antes da subida ao cume os alpinistas passam diversas semanas realizando exercícios de aclimatação.
Além da equipe de Nova Zelândia, havia a de Scott Fischer, uma de Taiwan, Afica do Sul, alguns alpinistas solitários, dentre outras.
Dia 10 de maio as equipes de Rob Hall e Scott Fisher subiram a montanha, tudo parecia tranquilo, o tempo limite para a descida era as 14 horas. Em hipótese alguma o retorno deveria passar deste horário, entretanto, uma série de erros comprometeria seriamente a expedição. A subida até o cume é só metade do caminho, tem toda a descida pela frente, que muitas vezes, se mostra mais perigosa.
Uma série de atrasos fez com o que retorno que do cume que deveria ser as 14 horas ocorreu para alguns alpinistas depois das 16. Doug Hansem, um carteiro, conseguiu do dinheiro para a escalada através de uma rifa feita por uma escola, foi o ultimo cliente a atingir o cume, entretanto ficou esgotado para a descida, sem oxigênio, logo perdeu os sentidos, Rob Hall incapaz de abandona-lo, colocou sua vida em risco ao tentar salvar Doug.
?"Eu sei que isso parece canalhice de minha parte, dizer a Rob para abandonar seu cliente", confessou Cotter, "mas àquela altura estava óbvio que deixar Doug era sua única escolha." Hall, entretanto, nem quis ouvir falar em descer sem Hansen.?
Ainda assim, era extraordinário que Hall continuasse vivo, depois de passar uma noite sem abrigo nem oxigênio a 8747 metros de altitude, em meio a um furacão e com um fator vento que baixava a temperatura para ? 73ºC.
Enquanto isso, outros clientes estavam em uma luta feroz pela vida.Ha poucos metros do acampamento 4 Yasuko Namba é dada como morta, junto com Beck.
Para tentar incentivar Rob a se mexer e sair do cume sul, colocaram em contato telefônico, e por radio Rob pode se despedir de sua esposa.
"Você nem imagina o quanto estou pensando em você!", Jan Arnold respondeu. "Você está com uma voz tão melhor do que eu esperava. [...] Está bem aquecido, meu querido?" "Considerando-se a altitude e o lugar, estou mais ou menos confortável", Hall respondeu, fazendo o possível para não alarmá-la. "Como estão os pés?" "Não tirei as botas para checar, mas acho que devem ter congelado um pouco. [...]" "Não vejo a hora de poder cuidar de você quando voltar para casa", disse Jan Arnold. "Eu sei que você vai ser resgatado. Não se sinta sozinho. Estou mandando toda minha energia positiva pra você!" Antes de desconectar a ligação, Hall disse à mulher: "Eu te amo. Durma bem, minha querida. E, por favor, não se preocupe demais".
Essas seriam as últimas palavras que alguém ouviria Hall pronunciar. Tentativas de restabelecer o contacto por rádio, mais tarde, naquela mesma noite e no dia seguinte, ficaram sem resposta. Doze dias depois, quando Breashears e Viesturs passaram pelo cume sul, a caminho do topo, encontraram o corpo de Hall deitado sobre o lado direito, numa depressão rasa de gelo, a parte de cima enterrada sob um monte de neve.

Louise_Moraes 18/03/2024

O preço do tempo
Linguagem muito clara e atrativa, não da vontade de parar de ler.
O fator tempo dos eventos é o que mais chama a atenção na minha opinião. Como é preciso muitas vezes sermos menos obedientes aos líderes e sermos mais proativos, tomando decisões de forma mais rápida, podendo não ter resultado positivo, mas ainda assim, melhor que não fazer absolutamente nada e só observar e obedecer.