Iracema

Iracema José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - Iracema


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Livro e Neblina 29/05/2013

Faltando apenas dois dias para finalizar o mês, trago para vocês queridos leitores mais uma resenha do nosso autor do mês. E dessa vez uma obra que imagino que muitos leram, afinal... Todos nós prestamos vestibular, ou até lemos o livro por curiosidade.

Confiram a resenha completa no Blog: http://livroeneblina.blogspot.com.br/2013/05/iracema.html

(TF)
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Gustavo Simas 04/07/2013

O lirismo em prosa
Como um marco, o símbolo, o ícone do romantismo, José de Alencar, considerado por muitos críticos literários como o maior escritor do romantismo brasileiro (inclusive por Machado de Assis), este nosso grande autor não desaponta.
Iracema, "a virgem dos lábios de mel" ou ainda "a lenda do Ceará", nos trás um incrível lirismo em prosa; você lê o livro, no entanto parece que está lendo um grande poema. E, apesar de não possuir a estrutura em estrofes característica da poesia, Iracema é sim um grande poema; com um vocabulário excelente e detalhamento de ambiente incrível, Iracema insere o leitor no espaço da narrativa.
Contudo, esta composição inovadora pode, às vezes, apresentar-se como um defeito, isto porque pode confundir e até desviar-se muito da realidade que se retrata, é claro que as características inerentes do Romantismo estão muito e muito (e muito) presentes, idealização, nacionalismo, etc...
E (pelo menos na minha edição) o prefácio do editor, juntamente com um prefácio de Machado de Assis, juntamente com outro prefácio de José de Alencar, tratam a obra como O Apogeu Onírico Paradisíaco e Perfeito de um livro romântico, exaltando demais (e demais mesmo) a obra.
Enfim... Iracema é um clássico e merece respeito.

Prós: detalhamento; divisão rápida de capítulos (fazendo a leitura fluir); excelente vocabulário; excelente pesquisa sobre cultura indígena por parte do autor.

Meio Termo: lirismo (algumas partes isso cai bem, em outras só complica e torna a leitura mais difícil).

Contras: superficialidade nos personagens; decorrência rápida de tempo; expressões indígenas em demasia (Iracema bateu o recorde, foi o livro que mais vi notas de rodapé, sendo a média de 3 para cada página).
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Leandro 23/07/2013

Iracema, enre espaços
Obra fantástica.
É de tirar o fôlego a cada palavra. As palavras vão sendo meticulosamente trabalhadas, sem pressa de nos fazer imaginar a grandeza da nossa natureza, tendo uma mulher nativa a nos guiar pelos espaços dessa natureza, sendo que se conta também os espaços do coração.

Iracema aparece como uma sacerdotisa, uma mulher que prepara a bebida pro pajé. Interessante notar ela levando a bebida no seio.
Logo aparece Martim, os dois se casam, tem um filho.
Mas essa história de português, invasão das terras, mulher apaixonada por estrangeiro, ... é o que menos importa na obra.
O que é interessante é observar por onde Iracema anda e o que ela representa no romance.

Imagino que Macunaíma pode se comparar a ela, se analisarmos os espaços geográficos pelos quais ela passa.
A natureza é exuberante e ela vai falando usando a linguagem que a envolve.
O romance é cheio de figuras de linguagem.
É escrito no estilo barroco, rebuscado e cheio de detalhes, também não há pressa em desenrolar a trama, pois o que interessa é tá perto de Iracema, nada mais.
O que vai acontecer ou o que acontece é o que menos interessa.

A passagem que mais me deixa de coração aflito é o final em que ela leva seus seios até os filhotes de uma espécie de lobo para que eles lhes tirem o leite.

Sem palavras pra qualificar uma das melhores obras da nossa literatura.
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Igor Henrique 07/08/2013

A Fantasia Indígena
"Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas."

Incomparável como obra literária, a obra-prima de José de Alencar apesar da dificuldade inicial na leitura tem o mérito de ser o maior expoente da literatura Indianista. Valendo-se de abundantes terminologias indígenas e grandes descrições comparativas de ambientes e personagens, Alencar nos insere dentro desse ambiente maravilhosamente selvagem, na figura do índio altruísta, que apesar de fantasioso, nos seduz página a página.
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Tatiely 10/08/2013

O único livro de leitura obrigatória que eu li e gostei.
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Leo 18/08/2013

Jesusssss ai meus tempos de escola. Lembro que deu trabalho pra ler esse.
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Carina 10/09/2013

Mais uma vez, a virgem dos lábios de mel
Relendo Iracema para dar minha aula sobre Romantismo, me deparei com uma obra bastante realista e política: afinal, Iracema mostra não só o amor platônico de uma indiazinha cearense, mas também todo o sofrimento que advem de uma paixão rapidamente esquecida pelo colonizador.

É uma obra que, se por um lado, deixa escorrer mel (como diriam os meus alunos), por outro é bastante pessimista e irônica. É preciso tato e muita paciência para descobrir a amargura de Alencar por trás de tantos adjetivos românticos. Entretanto, é justamente esta a interpretação do livro que me parece a melhor: ou seja, a mais difícil de enxergar.
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Aline 17/09/2013

Chato!!!
Li na adolescencia e achei horrivel, então decidi ler 10 anos depois e continuei com a mesma impressão.
Amo jose de Alencar, mas em Iracema ele não me conquistou. Li Iracema por causa de outros romances que li dele, se tivesse lido Iracema primeiro, provavelmente não lerias outros dele.

É a historia de Martin um português e uma india Iracema.
Se apaixonam a primeira vista, Iracema filha do Pajé e um indio chamado Arapuã é apaixonado por ela.
Então a unica solução para Martin e Iracema é a fulga.
Arapuã decide se vingar de Martin, porem ele tem amigos em outra tribo que vão defende - lo. Ai começa uma briga entre tribos.
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dan 30/10/2013

A virgem dos Lábios de Mel - Sem photoshop
Por que ler uma coisa dessas? É o questionamento mais frequente dos estudantes. E alguns deles, e mesmos professores, responde cm desdém: São clássicos da literatura nacional... O que são clássicos? Esmiuçar este assunto seria extremamente ambicioso, e, talvez o resultado não fosse de tudo satisfatório.
Mas de forma clara, rápida, sucinta e objetiva: Clássicos são obras que automaticamente se atualizam, nunca envelhecem. É simples assim. Olhemos Iracema:
Obra de Jose de Alencar publicada em 1865 cm temática do inicio do século XVI. Que trata basicamente do amor proibido. Proibido por quê? (Adentraremos na atualidade da obra) Diferenças culturais. Não posso amar o inimigo do meu povo. O meu deus me extirpará da terra dos viventes. Esses dogmas corrompiam o eu da bela virgem. O sentimento de culpa não foi imposto pelo cristianismo? É; o autor era cristão e também fruto de um amor proibido... Esperem: O amor conhece limites geográficos? Aliás, demarcações geográficas territoriais foi parte das primeiras insanidades criada pelo homem. Depois da cerca; são bárbaros. Como se a raça Humana não fosse única. Lembrando que a genética moderna provou esta unidade. E o rei Salomão nos primórdios da civilização escreveu com maestria: “O amor encobre todas as transgressões, mas a ira excita a contenda.” Cadê o amor da humanidade? Façamos amor e não guerras... Gritavam os descolados na década hype, sonhos frágeis em seus propósitos. Pluralidade. Diversas raças, credos, línguas vivendo harmoniosamente bem. Não é o que queremos? Entretanto quantos de nós relegamos nossos amores pra agradar alguém de nossa estirpe? Zombamos da cultura alheia... Iracema não, sendo respeitada e venerada por seus irmãos e escolhida de seu deus, abriu mão de tudo por um amor. Um branco em terras indígenas. Todo enredo rolava no Ceará, inclusive lugares citados na obra existem; rio Jaguaribe, serra do Ibiapaba, Camocim, Trairi... Hoje o destino turístico mais conhecido da região é Jericoacoara...
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Mica 15/11/2013

Lábios de mel: culturas em perigo
Eis um trecho:
- Estrangeiro, Iracema não pode ser tua serva. É ela que guarda o segredo da jurema e o mistério do sonho. Sua mão fabrica para o Pajé a bebida de Tupã.
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Lara 04/12/2013

Um dos melhores autores brasileiros antigos
Li este livro nos áureos tempos de colégio, assim como outros dos autores clássicos brasileiros, destacando-se "Senhora" do mesmo José de Alencar, autor pelo qual tenho predileção, dentre os nacionais. Os romances de Alencar tem um "gosto" de Brasil...e agrada-me a prosa que este escritor utiliza. Dentre os autores antigos e clássicos nacionais, os romances de Alencar, certamente, estão na lista dos melhores.
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Jossi 29/12/2013

Romance inter-racial, o que na época era raro...
Acho que "Iracema" é um bom livro, mas é claro, é preciso lê-lo por vontade própria, não por imposição. Como muitos aqui disseram, impor um determinado livro aos alunos, nas escolas, é torná-lo odioso. Infelizmente para muitos.

No meu caso, a sorte é que eu sempre fui uma 'rata-de-bibliotecas', que lia com prazer até os textos dos meus livros de escola (ciências, português, inglês, estudos sociais) - e quando a professora chegava na lição quatro, eu já tinha lido o livro inteiro, rs. Só não chegava ao absurdo de ficar "lendo" os livros de matemática, aí já era pedir demais, :D

Assim, quando a professora impôs a leitura de "A Mão e a Luva", na sexta série do ensino fundamental (ou ginasial), eu corri à biblioteca e li, sem franzir o nariz ou resmungar. E não é gostei desse e depois passei para José de Alencar? Até hoje, José de Alecar com seu indianismo é um dos meus autores clássicos brasileiros favoritos.

Para os leitores que reclamam da "enjoativa história de amor", vamos lembrar que, daqui a algumas décadas, muitos livros hoje considerados os 'best' das livrarias e bancas - Cinquenta Tons de Cinza, Trilogias de Nora Roberts, os melosos romances de Nicholas Sparks e Diana Palmer, o famigerado "Crepúsculo" e seus afins... serão considerados "porres românticos", água-com-açúcar de dar náuseas.

Li "Iracema" aos 13 anos e, pasmem, gostei muito. Consegui entender grande parte da linguagem e fiquei fã de nomes com origem indígena! 'Moacir', um nome bastante comum por aqui, passou a ter para mim um simbolismo enternecedor... Fiquei morrendo de pena da pobre moça e a história me fez pensar em outros clássicos (incluindo do cinema), como "Pocahontas" (filmado há pouco e que tem história bem similar), 'Duelo ao Sol' (um faroeste clássico, em que há uma história de amor e drama envolvendo uma filha de mexicanos pobres (quase "indígena" na época)e três americanos, todos loucamente apaixonados por ela... e outras histórias, de amores inter-raciais.

O que "dificulta" a leitura modernamente, é o excesso de metáforas e figuras de linguagem. Frases longas, excesso de adjetivos e muitos blablablas que, na época de Alencar eram não só importantes, mas indispensáveis ao bom escritor...

Mas a história em si é bela, comovente e dramática. A linguagem poética é exagerada, mas se levarmos em conta a época em que foi escrita, podemos relevar.



site: iracema, virgem, josé de alencar, romantismo, índios
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@fabio_entre.livros 03/01/2014

IRACEMA: Um romance poético
Extraído do blog "Metamorfose da Leitura"

Obra-prima de José de Alencar, correspondente à vertente indianista do Romantismo brasileiro, “Iracema” é, com certeza, um dos romances mais populares do nosso país. Na obra, o leitor se depara com o vigor narrativo alencariano sob uma perspectiva estruturalmente bem construída, na qual o autor entrelaça o fictício relacionamento amoroso da protagonista indígena Iracema, (a “virgem dos lábios de mel”) e o “branco” Martim, acrescendo a isto uma intensa pesquisa histórica, notável na própria tessitura do livro, que evidencia aspectos “reais”, como as referências constantes à colonização brasileira, sobretudo às lutas por conquista de terras nordestinas.
Um aspecto peculiar de “Iracema” é a sua linguagem extremamente elaborada, não apenas pelo rebuscamento característico de Alencar e, genericamente, do próprio período literário, mas no que se refere aos mecanismos linguísticos adotados pelo autor de maneira impressionante e não tão presente em suas outras obras (mesmo as demais indianistas “O Guarani” e “Ubirajara”). Alencar concilia a prosa do Romantismo com uma fluência poética rara, elevando o livro a um patamar superior ao de mero romance e já anunciando que é um autor visionário: em “Iracema”, ele escreve como se estivesse criando um poema lírico em prosa, demonstrando que é possível transpor o limite de que a prosa deve ser “organizada”, enquanto a poesia se permite maiores “liberdades” nos versos. Assim, ler “Iracema” é como contemplar um belo poema escrito com toda a idealização e lirismo pertinentes, por exemplo, à poesia de Gonçalves Dias; porém, a obra de Alencar consegue se adequar à prosa de maneira exemplar, constituindo um grandioso romance (apesar de sua brevidade em páginas). Outro elemento interessante, ainda referente à linguagem do livro, é a “indigenização” do vocabulário: Alencar teve o cuidadoso esforço de promover uma pesquisa acerca da linguagem indígena, crivando o romance de palavras e termos vernáculos, o que confere à obra uma maior nacionalização e verossimilhança na narração, ao mesmo tempo em que procura se distanciar de estrangeirismos.
Alguns leitores podem, contudo, encontrar certas dificuldades na leitura de “Iracema”, sobretudo aqueles que não têm muito contato com a literatura clássica, ou os que estão mais adaptados a livros cuja linguagem seja contemporânea. Na verdade, isto é bastante compreensível, uma vez que a leitura deste livro requer atenção redobrada até mesmo de quem está acostumado com as obras do período romântico. Duas observações podem ser de grande ajuda nestes casos: dar preferência às edições que possuam notas explicativas (as que contêm notas do próprio autor) e, a principal orientação, que chega a ser um clichê sem tamanho: ler por vontade própria e por iniciativa em querer conhecer o livro, não por pressão ou às pressas. No primeiro caso, a leitura será infinitamente recompensadora; no segundo, pode ser um ato desagradável e incompreensível – como, aliás, ocorre com qualquer outro livro, seja ele clássico ou não.


site: http://metamorfosedaleitura.blogspot.com.br/
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Morcego 28/03/2014

IRACEMA
José de Alencar nos presenteia com mais um clássico da literatura. Uma historia de amor proibido que foge do padrão, e consegue nos segurar até o final.
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