A Garota que Tinha Medo

A Garota que Tinha Medo Breno Melo




Resenhas - A garota que tinha medo


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Ana Luiza 06/01/2015

Resenha do blog Mademoiselle Loves Books
Marina é uma jovem paraguaia como outra qualquer, ao mesmo tempo em que é diferente de todos da sua idade. Aos dezoito anos ela descobriu ter síndrome do pânico e, aos vinte cinco, ela narra esse livro, voltando ao passado e relatando para o leitor sua vida antes e depois da descoberta da doença.

“O que eu não percebia é que minha felicidade estava limitada pelo momento, pela situação ou por terceiros. Todas as coisas que me faziam feliz, nessa época, estavam fora de mim. De fato, eu era ingênua e relativamente feliz.” Pág. 29

Aos dezoito anos, Marina já estava carregada de responsabilidades, sendo pressionada pela mãe e por si mesma a entrar em uma boa faculdade. Dedicando grande parte do seu tempo aos estudos, a internet é o local de lazer e de descanso da garota, onde ela mantem um blog sobre sua grande paixão – os livros - e conversa com outras pessoas. É em uma sala de bate-papo que Marina conhece Júlio, um rapaz fofo que ela passa a namorar, apesar de não ter tanto tempo para tal.

Marina consegue ser aprovada em Jornalismo na Universidade que queria e logo faz amizade com outras calouras do seu curso. Realizado o sonho de entrar na faculdade e agora tendo mais tempo para namorar, Marina estava verdadeiramente feliz, apesar de estar em uma época da vida naturalmente cheia de mudanças e incertezas, até que ela começa ter seus primeiros ataques de pânico. Aos poucos, o medo vai dominando a vida da Marina, afastando-a da sua rotina e das pessoas que gosta. Marina sabe que há algo de errado com ela, mas sua família acha que não e até mesmo alguns médicos afirmam que ela não tem nada.

“O auge eram os ataques de pânico. Era como ter um vulcão fervilhando dentro de mim, e de em quando ele entrava em erupção.” Pág. 11

Mas conforme os ataques vão se tornando mais frequentes e Marina se vê cada vez mais perdida e reclusa, a garota começa a questionar sua sanidade e até mesmo duvidar de sua fé. Quando finalmente recebe o diagnóstico correto, Marina se vê determinada a não deixar-se vencer pela doença, mesmo que para isso tenha que encarar seus mais profundos medos sozinha. Mas logo Marina descobre que não está realmente sozinha e, aos poucos, ela vai conquistando de volta tudo o que perdeu, apesar de saber que certas coisas não podem ser recuperadas e que ela, Marina, jamais será a mesma de antes.

A garota que tinha medo despertou minha curiosidade por tratar da síndrome do pânico, doença muito pouco abordada na literatura, mas que é mais comum do que imaginamos. Por ter casos da doença na minha família, já tinha uma alguma ideia dos sintomas, mas acabei aprendendo ainda mais com A garota que tinha medo. A obra é bastante instrutiva e é perceptível que o autor pesquisou a fundo a temática. Entretanto, em alguns momentos, o livro mostrou-se um pouco entediante e mecânico, como se fosse um artigo didático sobre a síndrome do pânico. No entanto, a leitura, em geral, é bastante fluída e cativante.

A narrativa em primeira pessoa de Melo é boa e o leitor tem mesmo a sensação de que é a própria Marina quem conta a história, contudo, a escrita do autor tem ainda um pouco a amadurecer. Senti faltas de descrições mais profundas, principalmente dos cenários, afinal, se não me engano, essa é a primeira obra que leio que se passa no Paraguai. Apesar disso, o autor trata o lugar com muita naturalidade e intimidade e mesmo sem ter uma imagem tão bem construída dele, o leitor se sente lá, ao lado de Marina. A trama é muito bem construída e verossímil, se fosse o nome dela que estivesse na capa, ninguém duvidaria que a Marina e sua história fossem reais. De fato, esse é um dos pontos mais fortes do livro: a obra é carregada de muita realidade.

Algo que amei é que A garota que tinha medo é recheado de referências literárias, históricas e até mesmo bíblicas, o que deixa a obra ainda mais rica. As referências bíblicas, inclusive, são muito importantes, já que a religião é muito presente e relevante na vida da protagonista. E falando nela, gostei da Marina desde as primeiras páginas. Apesar de não ser panicosa, me identifiquei muito com sua ansiedade e a pressão que ela sempre coloca sobre si mesma para agradar a todos. É impossível não se cativar com a personagem ao acompanhar suas ansiedades, inseguranças, medos, descobertas, vitórias e felicidades. Os outros personagens também são bem construídos e tem papel na história.

A garota que tinha medo é uma obra singela e comovente, uma história cativante e edificante. O autor está parabéns por abordar um tema, uma doença, muitas vezes tratado como tabu. A síndrome do pânico é mais comum do que imaginamos e deve ser tratada de modo devido, mas não é um bicho de sete cabeças. Gostei muito que A garota que tinha medo, apesar da temática delicada, seja uma leitura fácil e rápida. Recomendo-o para todos, especialmente para os que, como eu, gostam de obras que abordem doenças psíquicas.

Quanto a edição, não tenho reclamações. A diagramação, apesar de simples, está perfeita. O tamanho e tipo de fonte também estão bons e as páginas amareladas ajudam a deixar a leitura ainda mais rápida. Eu gosto da capa, é simples, mas bonita e, além de combinar com a história, a garota combina com a Marina descrita e com a que imaginei.

“ (...) ‘há mais loucura ou falta de razão no preconceito das pessoas em geral sobre os distúrbios mentais eu nos distúrbios mentais em si’.” Pág. 227

site: http://mademoisellelovebooks.blogspot.com/2015/01/resenha-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html
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Karina 09/01/2015

A GAROTA QUE TINHA MEDO – Breno Melo.
Parceria formada com o autor Breno Melo.
Sua obra nos mostra todo o talento desse jovem autor que promete estampar seu nome no ramo literário.
Sua obra mescla eventos emocionantes com um bom humor indescritível.
Breno consegue a cada página encantar o leitor de uma forma distinta. Não se consegue parar de ler esse “livrinho”, como muitas vezes é chamado pelo autor, mas passo garantir, que é uma grande obra, um livro completo.
“A Garota Que Tinha Medo”, nos mostra a vida de Marina. Uma garota simples que mora no Paraguai com sua família.
Leva uma vida pacata, sem muitos acontecimentos que podem fazer dela a garota mais popular da região.
Mas amada pelos seus verdadeiros amigos e familiares.
Marina sofria grande pressão de si mesma e também de sua mãe, as vésperas do vestibular, varava noites adentro estudando sem descanso para entrar na faculdade de sua escolha.
Não que tenha negligenciado sua saúde física e mental, longe disso, fazia suas pausas quando necessário. Mas a maior parte do seu tempo era sim, estudando.
Sua única válvula de escape era a internet e a fotografia. Por meio dessas paixões conheceu Júlio, um garoto simpático e encantador que se tornou seu namorado.
O relacionamento não era um conto de fadas, como já mencionada, boa parte da vida de Marina foi passada debruçada em cima dos livros. Mas ela dava um jeito para ser presente na vida do garoto e aproveitar cada momento que passavam juntos.
Finalmente ela entrou para a universidade desejada. Conheceu pessoas novas, teria agora mais tempo para curtir sua vida, seu namoro, seu Júlio.
Foi quando uma crise assustadora de pânico aconteceu em sua vida.
Marina estava trancada em seu quarto, quando sentiu sua garganta se fechar, tremedeira, dificuldades para respirar e se manter de pé e um medo incontrolável que ela não sabia do que se tratar.
Júlio e sua mãe presenciaram essa primeira crise. Marina sentiu-se tão envergonhada e ainda mais confusa por não saber do que se tratar.
Logo as crises passaram a ser mais frequentes, e com uma duração ainda maior.
Ocorreu na igreja, na faculdade, em seu quarto, no transito.
Todos esses lugares tornaram assombrados para a Marina.
Mas o pior foi à crise que aconteceu no dia dos namorados. Estava com Júlio em um motel, comemorando o dia, quando uma crise avassaladora apoderou-se de seu corpo.
Júlio não sabia como contê-la, não sabia como ajudá-la, ficou nervoso com os gritos, e bateu em Marina achando ser o melhor.
A garota teve que correr para não ser abandonada ali, pelo seu namorado.
Sentiu-se um lixo.
Se Júlio não seria capaz de ajudá-la, será que a merecia?
Dias passaram sem que ela conseguisse falar com o rapaz. Ele passou a evitá-la, e olhar Marina como se fosse uma louca.
As crises agora eram cada vez mais constantes, mas sempre que chegavam ao hospital, já havia passado.
Ninguém entendia o que estava acontecendo.
Ela não entendia do que tinha tanto medo.
Após algum tempo, ao consultar um psiquiatra, Maria descobriu que sofria de síndrome do pânico.
Ao conhecer a doença a fundo, descobriu que não era a única do mundo. Que não era louca. E que poderia aproveitar essa nova fase de sua vida, para conhecer outras pessoas. Trocar experiências e se tratar de maneira adequada.
Dessa forma Marina começou a enfrentar os seus medos.
A tomar sua medicação regularmente, e a lutar contra uma doença que a consumia há anos.
Marina conseguirá recuperar o tempo perdido?
Após abandonar quase tudo em sua vida, ela conseguirá recuperar o seu lugar na sociedade?
Júlio ainda fará parte de sua vida?
Uma história emocionante, que nos ensina um pouco sobre uma doença e pessoas, que merecem respeito, atenção e amor.
Obrigada Breno Melo, pela belíssima historia, pelo exemplar nos enviado, pela confiança em nos depositada, e pela obra maravilhosa.
Casa de Livro Recomenda.

Eu era uma chaleira que apitaria cedo ou tarde. Seria bom se alguém abrandasse o fogo.

Titulo: A Garota Que Tinha Medo.
Autor: Breno Melo.
Ano: 2014
Páginas: 277
Editora: Chiado.

Boa Leitura.
Casa de Livro.

Karina Belo.
Eu estava completamente relaxada, além de feliz porque ia sair com meu namorado. Passei a toalha delicadamente por meus seios, que eram pequenos, depois por meus braços, que eram finos. Senti-me ligeiramente tonta e trêmula. Imaginei que fosse um mal-estar passageiro e continuei me enxugando. Passei a toalha por meu ventre, que era muito alvo, depois por minhas pernas, que também eram finas. Até que não pude mais ignorar os sinais de meu corpo.

Meus gritos não se transcreviam; não significavam coisa alguma que valesse uma frase curta. Eram interjeições, ás vezes sequer isso. O que eu berrava poderia ser repetido, sem necessidade de tradução e sem prejuízo de significado, em qualquer idioma do mundo. O desespero é universal.

- Não quero me encontrar com uma louca. Você está louca, Marina. Não me telefone novamente.
Daí por diante, já não sei o que ele disse, se é que disse mais alguma coisa. Fiquei tonta, deixei cair o celular e depois não me lembro de mais nada. Creio que eu tenha morrido por alguns segundos.

Antes de fechar os olhos, concluí que eu havia encontrado o homem perfeito. Continuei pensando e cheguei a uma nova conclusão. Essa nova conclusão me dizia que o amor era bom.

site: www.casadelivro.com.br
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l i n a 09/08/2015

"...Já estava na hora de sermos devidamente apresentados."
Narrada em primeira pessoa “A garota que tinha medo” retrata a vida de uma jovem em pleno período de transição ao qual, adquire uma síndrome a “síndrome do pânico”. Marina, se via encurralada pela mãe, forçada a dedicar boa parte do seu tempo aos estudos ela mal tinha tempo para fazer o que mais gostava, fotografar. Neste livro sentimos “na pele” o que uma pessoa que sofre dessa síndrome passa, em todos os sentidos... seja física ou emocionalmente. Angustiante, apaixonante, engraçado, e em alguns trechos aterrorizantes, “A garota que tinha medo” é uma ótima leitura tanto para crescimento intelectual, quanto por passatempo.
SUPER RECOMENDO!
PS: Quero agradecer ao Breno Melo pela chance que me deu fornecendo essa bela obra em troca da minha singela resenha... Muito obrigada pelo crédito e pela confiança!
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Gingz 11/02/2015

A garota que tinha medo
A primeira coisa que me fez ter interesse neste livro não foi a capa, nem o título, mas sobre a doença que ele envolvia, que é a síndrome do pânico.

Eu tinha lido a resenha lá no Fluffy que é da Gabi Orlandin e fiquei bem curiosa na sua história, até comentei lá que gostaria de ler o livro para saber qual seria o sentimento da personagem, que é a Marina.

Mas porque do interesse? Simples, eu mesma já tive/tenho meus probleminhas com ansiedade e por mais que pareça comum ser "ansiosa demais" nunca conheci alguém que tivesse algum tipo de crise por conta disso.

A Marina não nasceu com síndrome do pânico, ela começou a desenvolver depois de entrar na faculdade de jornalismo e eu já imaginava um pouco de onde vinha a origem. Sua mãe era muito, mas muito rigorosa com seus estudos, fazia com que Marina praticamente não tivesse vida, para poder estudar e entrar para uma boa universidade. Eu também ficaria pirada.

"Eu não me queixava de nada e me esforçava para dar o melhor de mim em tudo, inclusive nas coisas mais tolas do dia a dia. E esse esforço, hoje eu sei, me desgastava. Fui dando o que não tinha, porque eu me preocupava demais, até que um dia arrebentei por dentro e precisei de conserto."

Apesar dessa pressão, Marina tinha um blog literário onde se refugiava durante a noite, que poderia ficar sozinha e conversar com seus amigos virtuais, ela gosta de fotografar e também começa a namorar um idiota. Não vou explicar o porque ele foi um idiota, quem ler poderá entender. Mas eu lembro que quando li aquele trecho que me deixou irritadíssima no mesmo instante mandei uma mensagem para o meu namorado falando exatamente o que eu li e ele respondeu simplesmente com um "Nossa! Viu como eu sou um amor?" e eu tive que rir.

Não posso contar o que me irritou sem fazer spoiler, mas posso contar porque meu namorado disse que era um amor. Teve um final de semana em que fiquei muito ansiosa e comecei a morder as unhas desesperadamente (e eu não roo unha), ele perguntou o que eu tinha e em resposta comecei a chorar dizendo que não sabia o que era, meu coração acelerou e dificultou um pouco minha respiração. O que foi que ele fez? Me pegou no colo (como um bebê), me abraçou forte e ficou dizendo que tava tudo bem e ficou assim até que eu me acalmasse e começasse a rir da situação. Um amor, não?

Apesar do autor ser brasileiro a história se passa em Assunção no Paraguai, e é rica em detalhes, principalmente dos sintomas da Marina, tudo o que ela sente é muito bem descrito no livro, você sabe exatamente o que ela está passando a cada momento por conta disso. É como se ela estivesse confessando diretamente pra nós o sofrimento dela. E a gente acompanha cada decisão dela, de ir ao medico, de tentar se curar, as recaídas, as fraquezas, suas superações.

O livro tem 280 páginas, mas dá pra ler em um dia ou dois, é bem rápido. Mas eu demorei mais por conta do meu horário de ócio ser bem apertado. O livro me surpreendeu bastante e é por isso que darei 4 estrelas para ele.

site: http://www.prettythings.com.br/2015/02/a-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html
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Graça 28/07/2015

Um livro que me surpreendeu, a princípio achei que não fosse gostar, por ser narrado na maior parte na primeira pessoa, porém, no decorrer da história, fui me identificando com a personagem. Apesar de se tratar de um assunto delicado, é um livro rico em detalhes e informações sobre o distúrbio do pânico.

O autor fez uma vasta pesquisa no assunto, por isso, não temos nenhum ponto falho no livro. Durante a leitura, pesquisei na internet sobre o que lia, e consegui encontrar tudo, então, nada do que você ler aqui, será somente ficção. A escrita do autor também ajudou para que o livro ficasse mais completo, a narrativa, mesmo em primeira pessoa, é gostosa e ágil. Sem momentos de enrolação.

“Eu amava ou tentava amá-lo. E ele tinha medo de mim. Mas do que nunca, eu receava perde-lo e o chamava de “meu tenro amor”

A personagem principal Marina, vai desenvolvendo o distúrbio do pânico a partir dos 19 anos, através de vários fatores. O livro aborda os problemas de relacionamentos com a mãe, a pressão nos estudos, drogas e decepções amorosas.
Apresenta de uma forma diferente a religiosidade, que algumas podem considerar inadequada, pois a personagem desenvolveu um medo de Deus, passando a ter medo de tudo.

“Fiquei sozinha, perdi a fome e não almocei. Ele teria realmente um compromisso? Pensei o pior, pensei em chifres e os chifres eram meus.”

Possui algumas partes picantes, mas não é o foco do livro; esclarece algumas situações em relação a sexualidade da personagem.
O autor consegue te colocar na sala do psicólogo onde todos os seus medos são confrontados, e isso foi o que mais me cativou no livro. A sensibilidade que ele escreve sobre o distúrbio e suas conseqüências, a forma que afeta a vida da personagem e das pessoas a sua volta.

“Controlar o furacão que são minhas crises? Impossível. Imagine uma pequena aldeia aos pés de uma represa. Um dia, essa represa se rompe e suas águas arrasam essa aldeiazinha. A represa que se rompe é um ataque de pânico. A aldeia sou eu.”

A capa é simples e com orelha. Páginas amarelas, divisores de capítulos e boa diagramação. Encontrei poucos erros de revisão, o que não prejudicou minha leitura. As letras são de tamanho confortável para a leitura.
Recomendo para todos que gostam de um bom romance, baseado em uma doença pouco conhecida.

Quer sair da rotina? Este livro é para você!



site: http://www.livrosdeelite.blogspot.com.br/2015/07/resenha-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html#.Vbgxc7NViko
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Garotas de Jales 20/01/2015

Diversão e Conhecimento
Com pitadas de humor e inteligência, o livro conta a história de superação de Marina, uma jovem que descobre ter síndrome do pânico com agorafobia.
Marina, personagem principal da história, está no último ano letivo e precisa entrar para universidade no próximo ano a qualquer preço para agradar sua mãe… Mesmo que o preço exigido para isto seja sua sanidade mental.
Após a entrada na universidade para o curso de jornalismo, Marina pode relaxar um pouco, se divertindo no trote com suas novas amigas de turma, experimentar novas experiências e fazer planos com o seu namorado novo. Tudo estava caminhando como o esperado… Até o momento em que os primeiros sintomas de sua síndrome se afloram.
Sem saber ao certo o que estava acontecendo consigo mesma, Marina enfrenta o preconceito vindo de todos os lados e de pessoas que ela menos esperava… Com apoio das poucas pessoas que restaram ao seu lado, pessoas que lhe amavam verdadeiramente, a personagem começa a fazer visitas regulares a psicólogos e psiquiatras que ajudam-na passar por esta nova fase de sua vida.
No decorrer da obra nos deparamos com informações super interessantes em relação a síndrome do pânico, os idiomas utilizados no Paraguai (país onde a personagem mora), e outras informações bem curiosas que estão entrelaçadas na trama, como o Indulto Agatha Christie!
E apesar de eu graças a Deus nunca ter sofrido síndrome alguma, me identifiquei um pouco com a personagem em relação a fase pré-vestibular, aquela necessidade de passar em alguma faculdade ou universidade como se minha vida dependesse disto. Achei muito bacana a forma como ela conseguiu encarar esse obstáculo em sua vida e a maneira realista com que o autor conseguiu retratar o tema em questão.
A obra além de entreter, ensina e esclarece contribuindo para eliminar uma parcela de ignorância e preconceito que possa estar presente no leitor em relação a síndrome do pânico, a agorafobia e medicamentos tarja preta.
Confira você mesmo o conteúdo distinto deste livro e verás por si só que não há nada a perder, somente a ganhar.
Tenha uma ótima leitura.
Abraços.

site: https://garotasdejales.wordpress.com/2015/01/19/resenha-a-garota-que-tinha-medo/#more-6410
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 21/01/2015

O livro de ficção, narrado em primeira pessoa, mais convincente que eu já li na minha vida!
A história é narrada por Marina, uma jovem que morava com seus pais e o irmão mais novo, na cidade de Assunção, no Paraguai. Aos 18 anos, ela estava estudando de forma exaustiva para o vestibular, sua mãe pressionava-a excessivamente para que Marina entrasse numa faculdade. Depois de um período cansativo e desgastante de estudos, ela finalmente foi aprovada. As coisas pareciam estar indo bem: Marina estava fazendo Jornalismo (o curso com o qual sempre sonhou), tinha novos amigos e até arrumou um namorado.

"Seja como for, eu era feliz nesse pequeno inferno alegre que era minha vida banal de classe média. Eu ainda não tinha ataques ou crises de pânico. Eu ainda não havia visto minha vida virar de cabeça para baixo como vejo agora." (página 9)

Mas aí, veio o primeiro ataque de pânico. E depois vieram outros e mais outros. De uma hora para outra, Marina sentia um medo súbito, que ia aumentando até que ela não tivesse mais controle sobre si mesma, a sensação de que ia morrer era assustadora. Esses ataques foram acontecendo com mais e mais frequência, nos lugares menos "apropriados" possíveis.

"Eu sempre estava pensando no minuto seguinte, temendo algo que talvez nunca viesse a acontecer. E de fato, me lembrando dos últimos anos, quase nunca chegava a acontecer. Talvez eu fosse uma tola. Talvez houvesse algo errado comigo. E havia." (página 13)

Ela fez inúmeros exames, que apontaram que sua saúde física estava boa. A princípio, Marina não aceitava que sua doença pudesse estar relacionada à sua mente, a ideia de estar louca e o medo do que os outros iriam pensar a aterrorizavam. Mas, com o tempo e a intensidade dos ataques, ela decidiu procurar ajuda médica especializada. Foi aí que surgiu o seu diagnóstico: Síndrome do Pânico.

A Síndrome do Pânico atrapalhou a vida de Marina de forma tão devastadora, que ela perdeu o namorado, parou de frequentar as aulas, os amigos se afastaram, ela não conseguia sequer sair de casa, aliás, ela não conseguia dormir no próprio quarto. Só depois de anos de tratamento, Marina pôde ter sua vida de volta e finalmente encontrar sua felicidade.

"Não podendo viver para coisa alguma devido à síndrome, passei a viver apenas para vencê-la. E cada dia sem um piripaque já era uma vitória." (página 199)

A garota que tinha medo foi um livro que me conquistou aos poucos, de forma que, ao terminar a leitura, eu estava completamente ligada à história e aos personagens. Mesmo sendo ficção, a narração de Marina passa tanta veracidade, que é como se ela realmente existisse e estivesse contando sua luta contra a Síndrome do Pânico, na intenção de poder ajudar outras pessoas que também fossem portadoras dessa síndrome. Marina é uma personagem tão bem construída e tão "real", com tantas facetas, que A garota que tinha medo é o livro de ficção, narrado em primeira pessoa, mais convincente que eu já li na minha vida! Eu me identifiquei bastante com a personagem, com alguns de seus medos, com algumas de suas ideias, além do fato de ela também ter um blog literário, um blog que teve certa importância em sua recuperação.

"- Por que "Desde el 1987"? - perguntou Péqui uma vez.
- Por que a única certeza que tenho é a de que nasci e cá estou. De resto, sou toda insegurança, dúvidas e medo." (página 128)

Uma coisa que gosto muito em livros é encontrar outras formas de ver o mundo e a vida, Marina enxerga a religiosidade e a fé de uma forma diferente da que eu enxergava, e sabe falar bem sobre o assunto, abrindo minha cabeça para novas ideias. Ela passou pela fase da revolta, em que achava que Deus tinha se esquecido dela ou que a culpa pela sua doença era Dele, mas foi uma fase. Preciso deixar claro que o livro não tem apelo religioso, mas a religião e a fé fazem parte da vida de Marina.

A história ser ambientada no Paraguai foi outro ponto que me agradou, acho que nunca tinha lido um livro que se passasse lá. É um país sobre o qual quase nada sei, e Marina fala com paixão sobre sua terra. Pude conhecer um pouco mais sobre a cultura, a história, os lugares e a grande diversidade que há no Paraguai, e também conheci um pouco sobre a Argentina e o Uruguai, vi nossos vizinhos com outros olhos. (Vocês sabiam que além do Espanhol, no Paraguai se fala Guarani?)

O escritor Breno Melo entrou em contato comigo após ver minha resenha de Garota, interrompida, me perguntando se eu gostaria de ler e resenhar o livro dele. Pra quem não se lembra, em Garota, interrompida (Única Editora), Susanna Kaysen conta sobre os anos em que ficou internada em um hospital psiquiátrico. Fazendo um breve comparativo entre os dois livros: ambos são narrados em primeira pessoa, contam a vida de garotas jovens que precisam de tratamento para problemas psicológicos. Se eu tivesse que indicar um dos dois para vocês, indicaria A garota que tinha medo, mesmo tendo um excesso de didatismo em algumas partes (onde Marina discorre sobre seu tratamento, o que pode ser pouco interessante para leitores interessados em mais ação), ainda tem uma história mais bem construída e finalizada que Garota, interrompida, nós sabemos de onde Marina e os demais personagens vieram, o que eles viveram e para onde foram.

"Uma vez, Napoleão se encolhia e tremia de medo durante uma batalha. As explosões, medonhas, o assustavam. Até que alguém notou e disse: "Vejam como ele treme!" Napoleão respondeu: "Se você sentisse ao menos metade do pavor que sinto, já teria fugido há muito tempo. Mas eu continuo aqui."
Não é à toa que ele foi um grande homem, apesar de suas fraquezas ou limitações. Quem supera seus medos é mais corajoso que aquele que nunca os teve ou jamais os enfrentou." (página 204)

Sobre a parte visual: a capa é simples, mas tem sua beleza, as características físicas da garota da capa correspondem à Marina, gostei da fonte escolhida para o título do livro. A diagramação segue o padrão de outro livro da Chiado Editora que já resenhei no blog (Herdeiro da Névoa): margens, espaçamento e fonte de bom tamanho, páginas amareladas e grossas.

Enfim, "A garota que tinha medo" é um livro que recomendo, especialmente para quem gosta de protagonistas inteligentes ou procura saber um pouco mais sobre a Síndrome do Pânico. É aquele tipo de livro onde você sempre adquire algum conhecimento novo ao longo da leitura: seja sobre a Síndrome do Pânico, seja sobre o Jornalismo, seja sobre a América do Sul ou outros países.

Meu trecho favorito, onde vocês podem apreciar um pouco da boa escrita do Breno Melo:
"Ter ido à Alemanha equivaleu, para mim, a ter subido numa alta torre da qual pudesse avistar todos estes últimos anos que vivi. Dessa alta torre, vi pântanos que um dia estiveram lá, vi riachos, vi campos e vi flores. Isso não significa que os pântanos secaram espontaneamente, nem que os campos se tornaram jardins por obra do Acaso. O fato é que limpei os riachos, aterrei os pântanos e semeie os campos, até que estes me deram flores e me trouxeram alegria. Não pude controlar as chuvas e as secas, nem obrigar a Sorte a me favorecer, mas pude fazer a parte que me cabia, dando o melhor de mim. E comecei a notar que minhas pequenas ações influíam grandemente nos acontecimentos, obrigando a Sorte a me sorrir. Comecei fazendo o necessário, depois o possível, e de repente eu estava fazendo o impossível. Não deixei, obviamente, de erguer uma capela nesses campos que me pertencem e são a minha vida." (página 271)

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2015/01/resenha-livro-garota-que-tinha-medo.html
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Lelê 23/01/2015

Resenha:
E não é que eu me esqueci que estava lendo uma ficção e passei a acreditar que era uma autobiografia?!


"O que eu não percebia é que minha felicidade
estava limitada pelo momento, pela situação
ou por terceiros. Todas as coisas que me
faziam feliz, nessa época, estavam fora de mim."
Pag. 29



É narrado em primeira pessoa por Marina.

Marina se apresenta e de cara já deixa claro o motivo de escrever sua história, o porque de contar nos mínimos detalhes tudo o que passou. Com essa narrativa que mais parece uma carta que ela escreveu ao seu leitor, fica impossível não se envolver logo no primeiro parágrafo.


"Me chame de Marina. Tenho vinte e cinco anos
e sofro de síndrome do pânico desde os dezoito.
Tenho ataques de pânico que podem acontecer
a qualquer momento. Inclusive agora,
enquanto escrevo."
Pag. 9


Pressionada pela mãe para fazer inscrição para várias universidades, Marina estuda quase que o tempo todo. Até que ela consegue passar para o curso na universidade que ela tanto queria; jornalismo na Universidade Católica. Tudo seria perfeito se pouco antes ela não tivesse passado pela sua primeira crise de pânico.

Ainda sem saber o que era, ela passa por momentos de puro desespero.


"Procurei quebrar o gelo com um machado,
mas era o machado que se partia ao
golpear o gelo. Receei não ter podido
salvar nosso relacionamento."
Pag. 101


Além disso, Marina tinha um namorado, mas este em nenhum momento me agradou. Desde o começo eu achei o relacionamento dos dois muito superficial, porém, talvez pelo estado de saúde mental da protagonista, talvez ela é que sentia e mostrava outros sentimentos que talvez não fossem reais. Impossível saber, possível é só ler o que ela contava e imaginar como seria de verdade. De qualquer maneira, o namoro não era nada de que ela poderia se orgulhar, e não era nada que poderia ajudá-la nessa transformação.

O mundo de Marina desabou. As crises que se tornaram mais frequentes a obrigaram a parar com tudo, se trancar em casa e sofrer o tempo todo. Até que ela finalmente aceitou ajuda. Não deve ser fácil receber um diagnóstico de 'panicoso', não deve ser nada fácil admitir que precisa de tratamento a base de terapia e remédios. Contudo não deve ser fácil ser alvo de piadas e desprezo das pessoas.

A família demora tanto para enxergar o problema que me deu nos nervos. E o pior é que é bem assim. O irmão que acha que é frescura, o pai que não entende, a mãe que não compreende as aflições da filha. Isso é comum nos dias de hoje em todos os lugares. Mesmo com a doença sendo tão frequente.

O importante é que Marina conta tudo, desde o início até o final do tratamento, até sua provável cura, que na verdade não existe, mas o tratamento contínuo para que as crises não voltem com tanta intensidade.


"Eu havia entrado para uma boa universidade e
me graduaria dentro de cinco anos. Eu levava
uma vida abastada, e tudo o que desejava,
material ou imaterial, se encontrava a meu
alcance a curto e médio prazo. Do que eu
poderia me queixar?"
Pag. 53


Fora a vida de Marina, ainda me vi hipnotizada pela aula de história que autor trouxe. Como tudo se passa no Paraguai, divagações sobre a Guerra do Chaco e curiosidades sobre este país abrilhantaram ainda mais a obra.

Mais uma coisa que deve ser citada é a aula sobre a síndrome do pânico e outras síndromes que o autor proporcionou de forma simples e sem rodeios. Não conhecia os sintomas e fiquei realmente abismada. Nada de termos médicos, nada de fórmulas mágicas. Tudo é descrito de uma maneira de fácil entendimento. Explicações sobre o tratamento e sobre os remédios, tudo isso era um universo que eu não conhecia, mas que durante o tempo que li o livro me senti muito bem ambientada. Ou seja, aprendi e visualizei tudo o que o autor quis passar com esta trama.

O gênero fica entre o drama e o sick-lit, portanto fãs destes dois gêneros irão com certeza adorar o livro! Disso não tenho dúvidas.

Apesar de não gostar muito de capas com rostos, confesso que gostei dessa. O fato de ela ser loira de olhos claros e ficar parada olhando para o nada, tem tudo a ver com o enredo. Ficou perfeita!!

A diagramação está ótima, fonte agradável e folhas amareladas. Não conhecia o trabalho da Chiado, e neste primeiro livro que li já vi que eles são muito bons no que fazem!

Gostei mais do que imaginava! Gostei de tudo que li e aprendi aqui!!

Leitura mais do que recomendada!!


site: http://topensandoemler.blogspot.com.br/2015/01/resenha-garota-que-tinha-medo.html
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Raquel Comunale 25/01/2015

O livro se passa no Paraguai é narrado por Marina uma jovem prestes a vestibular para jornalismo super dedicada e pressionada por sua mãe. Ela acaba de conhecer pela internet um menino chamado Júlio e está um pouco tensa com todas as decisões do futuro mas ainda assim feliz quando é atingida pela seu primeiro ataque de pânico. Sem entender exatamente o que estava acontecendo Marina simplesmente tenta seguir em frente e esquecer o que aconteceu.

Contudo aos poucos o número de ataques vai aumentando e Marina finalmente percebe que sua antiga vida está cada dia mais para trás, seus medos e sua insegurança atingem níveis impossíveis e mesmo com toda sua fé ela se sente cada vez mais sozinha e desprotegida.

Com a ajuda de médicos e de seus familiares Marina vai caminhando lentamente não em busca de uma cura mas em busca de um tratamento que lhe proporcione normalidade e segurança para seguir sua vida. Obviamente nem tudo é simples mas somente em cada uma de suas tentativas Marina aprende como lidar com seu próprio cérebro.

Eu amei o livro! É uma leitura que é ao mesmo tempo doce e angustiante. A personagem é retratada com uma realidade tão grande que não foi difícil comparar cenas do meu próprio cotidiano com relação a inseguranças e medos. A narrativa nos permite acompanhar um ataque de pânico por uma perspectiva diferente listando sintomas e nos fazemos pensar na angústia da situação em si. Além de muitos trechos sobre a síndrome do pânico e distúrbios em geral o livro traz muitas coisas sobre a cultura e política do Paraguai além de diversos fragmentos sobre religião e teologia. Um livro diferente e encantador em diversos sentidos, recomendo!

site: http://desencontre.blogspot.com.br/
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Andressa 25/01/2015

A Garota que Tinha Medo - Breno Melo
Após a leitura de Marta, romance de estréia do autor nacional Breno Melo, minhas expectativas estavam elevadas para ler mais uma obra sua. Apesar de o primeiro livro ter sido lido no ano de 2011, ainda me lembro de tê-lo apreciado principalmente pelo surpreendente final e por abordar um tema diferente do que estou acostumada a ler e do qual não conheço muito, a bipolaridade. Fico feliz em poder dizer que, ainda que as expectativas estivessem altas para a leitura de A Garota que Tinha Medo, o livro não me decepcionou e ainda me cativou e envolveu mais do que o anterior.

Com uma escrita fácil, rápida e envolvente, somos introduzidos neste livro à vida de Marina, uma jovem que sofre de síndrome do pânico. Talvez o que mais tenha me cativado no livro, além de abordar mais um assunto do qual pouco conhecia, foi a forma como o autor introduziu a síndrome na vida da personagem. O livro é iniciado quando Marina já sabe da sua condição, porém os fatos são narrados em primeira pessoa desde antes dos sintomas aparecerem. É notável como a maioria das passagens descritas foi imprescindível para o desenvolvimento da síndrome e amadurecimento da personagem, e o ponto mais interessante disto foi poder visualizar sentimentos como confusão e medo e como a condição afetou a vida não só da protagonista, como também de todos aqueles que a rodeavam.

Ao longo do livro, vamos aprendendo um pouco mais sobre a condição de Marina juntamente com a personagem, o que torna cada momento envolvente, como se de algum modo fossemos parte da história ou alguém íntimo dela. Além disso, a narrativa aborda também romance e situações pelas quais a personagem passa que por muitas vezes independem da síndrome, mas nos mostram a vida na passagem do colégio ao início da universidade.

Porém, algumas partes acabaram me incomodando um pouco apesar de não ter atrapalhado a leitura de forma alguma: por vezes, Marina me passava a idéia de imatura e um tanto infantil para a idade principalmente em algumas situações envolvendo Júlio, até meados do livro. Felizmente, estes momentos foram poucos se olharmos o livro como um todo e rapidamente eram esquecidos quando os ataques eram descritos e estes me despertavam certa angústia.

Por fim, posso dizer que a leitura foi uma ótima experiência e que me trouxe uma nova visão sobre a síndrome, que, como já comentado, eu pouco conhecia. É incrível como o autor transmite os sentimentos de Marina pelas páginas, nos tornando parte dela e nos instigando a ler o livro rapidamente. Com certeza, um livro muitíssimo recomendado!
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L. Müller 27/01/2015

“A GAROTA QUE TINHA MEDO”, UMA HISTÓRIA QUE PODERIA SER A SUA
Marina começa sua narrativa da forma mais simples: se apresentando. E então, começa a contar sua história… Mora com os pais e o irmão, e, sempre pressionada pela mãe, estuda até não poder mais. Conhece Júlio pela internet e depois de um tempo, engatam num namoro. Passa na universidade e relata sua vida acadêmica – e às vezes, nem tão acadêmica assim: trote, festas, “cantadas” de veteranos, drogas,…

Ela conta também que mantém um blog literário, gosta de tirar fotos, e diz às vezes enxergar aquilo que ninguém vê.

O caso é que ela nunca se enxergou como uma pessoa normal. “Queria ser como os outros seres humanos, mas o fato é que eu não era. Sempre fui estranha, e um dia isso ficou claro como a água. Primeiro minha personalidade e depois a síndrome do pânico cavaram um abismo entre mim e as pessoas que eu conhecia. Deixei de me identificar com elas e suspeito que elas também tenham deixado de me ver como uma semelhante.”

O transtorno de ansiedade de Marina se manifestou nas piores situações, todas elas narradas com detalhes e muita sensibilidade. Sua história nos convida a adentrar o universo de uma pessoa que sofre com o Transtorno de Pânico, que, apesar de aparentemente distante do nosso, o grau de identificação com a personagem atenta para a realidade. E essa realidade é que, num mundo cheio de informações em que temos que correr contra o tempo, qualquer pessoa pode estar sujeita a desenvolver qualquer tipo de transtorno. E Marina é como eu, como você: uma garota “comum”, que frequenta as aulas na universidade, que acha seu irmão meio “besta”, que encontra refúgio em seu blog e nas redes sociais, que vai à igreja e procura se apoiar em Deus nos momentos de dificuldade. E que, subitamente, sem qualquer motivo explícito, pode ser tomada por uma sensação de medo arrebatadora, chegando ao ponto de ver como ameaça pessoas e lugares conhecidos.
(...)
Conitnue lendo no blog (:

site: https://pseudoaleatoriedade.wordpress.com/2015/01/26/a-garota-que-tinha-medo-uma-historia-que-poderia-ser-a-sua/
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Danielle 29/01/2015

Ótimo
Resenha - Breno Melo – A garota que tinha medo

Quando o autor entrou me contato comigo para pedir que resenhasse o livro, e fui verificar sobre qual o tema do livro me deparei com um tema que sempre quis saber um pouco mais a respeito que é a Síndrome do Pânico, e realmente após terminar a leitura eu verifiquei que não sabia realmente nada sobre a doença, para as pessoas que nunca sofreram com doenças psicológicas é muito difícil entender e muitas vezes são até preconceituosas achando ser frescura ou desculpa para não trabalhar por parte dessas pessoas, quem nunca passou realmente nunca vai conseguir entender mas quando lemos sobre o assunto passamos a compreender melhor o que acontece com essas pessoas que são afetadas com essas doenças.

A trama é ambientada no Paraguai, onde aprenderemos um pouquinho sobre o país, sua história e cultura, mas nada cansativo, o autor solta em alguns momentos da trama as informações.

Com um narrativa em primeira pessoa como se fosse uma autobiografia da protagonista que passa uma sensação de maior profundidade, pois o leitor irá compartilhar a experiência desde o primeiro ataque de pânico junto com Marina, muito antes de ela descobrir que era uma ataque de pânico, a princípio a sensação é que a pessoa vai morrer, aperto no peito, falta de ar entre outras sensações que realmente a pessoa pensa que pode estar enfartando.

Marina é uma menina que é muito perfeccionista, uma menina normal que está passando pela pressão de passar no vestibular e começar uma nova etapa em sua vida, entrar para tão sonhada universidade, sem contar que sua mãe faz uma pressão muito grande para que ela estude quase que o tempo todo.

Através da internet Marina conhece uma rapaz do seu condomínio e acaba começando um relacionamento com ele, as coisas começam a dar certo ela é aprovada no vestibular e consegue se matricular na Universidade que queria no curso de Jornalismo, as aulas começam e Marina conhece novos amigos, mas eis que Marina um dia quando seu namorado vai buscá-la para sair ela tem o primeiro ataque de pânico, até que esses ataques aos poucos vão acontecendo em locais públicos e Marina começa a ser vista como louca até pelo próprio namorado e finalmente resolve procurar ajuda médica de um psicólogo que a diagnostica com Síndrome do Pânico e começa então a luta para que consiga se curar e entender o que ocasionou a doença em Marina.

"Os animais, porque ainda vivem em estado natural, não sofrem por amor como os seres humanos. Porque os animais não necessitam do matrimônio para fazer do amor algo completo, nem esperam do amor tudo o que esta ou aquela cultura nos ensinou a esperar, simplesmente porque eles não têm cultura."

“Meus colegas de turma tinham medo de mim. Mas eles não sabiam o que era ter medo. Ninguém ali havia passado o que eu passei. Me senti uma leprosa, mas minha doença não era contagiosa. A verdade é que eu não podia fazer mal a ninguém, senão a mim mesma, além de sofrer com o preconceito de terceiros.”

"Quem supera seus medos é mais corajoso que aquele que nunca os teve ou jamais os enfrentou."


Minhas impressões


Este livro para mim foi muito esclarecedor, sempre quis saber como se sentia uma pessoa afetada por esta doença e a forma como foi abordado e narrado o livro foi simplesmente de forma muito rica e intensa, fazendo o leitor passear pela mente de uma pessoa que sofre com uma doença não compreendida pela maioria das pessoas, é o que diz aquele antigo ditado, mente sã, corpo são, quando nossa mente não está bem ela manda reflexos para o nosso corpo, como se fosse um vulcão,é o que acontece com essa síndrome, os medos e angústias reprimidos podem acabar uma hora explodindo para fora do corpo e devem ser tratados.

Recomendo a leitura a todos que queriam saber um pouco melhor sobre essa doença que ainda é um tema tabu em nossa sociedade.



site: www.facebook.com/minhasresenhasdp
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Tenda dos Livros 05/02/2015

Um livro delicado e emocionante
Com o livro em mãos, me deparei com uma sinopse bem atraente, Marina e seus ataques de pânico e dilemas psicológicos me deixaram com uma porção de expectativas.
Marina, como a maioria dos jovens, estava preocupadíssima com os vestibulares a fazer, principalmente por conta da pressão que sua mãe fazia. Até aí tudo bem, ela não tinha nada de "anormal". Um pouco tímida, boa aluna, boa filha, escrevia em um blog (olha só que coincidência) sobre literatura e gostava de fazer amizades e até alguns paqueras pela internet. Até que um acontecimento desestrutura a vida de Marina, no começo ela nem imaginava do que se tratava, achava que o que acontecia era apenas um mal estar, só que aconteceu de novo, de novo e de novo.
E com esse dilema incontrolável, a jovem vê sua vida passando diante dos seus olhos, sem diagnóstico, sem nenhum apoio das pessoas ao seu redor, não há outra analogia senão o fundo do poço. A garota que tinha medo, tinha sobretudo razão em ter medo da síndrome do pânico, se torna impossível não se sensibilizar com a história de Marina.
O autor deixa mais que claro o quanto qualquer distúrbio ou transtorno psicológico ainda é visto como frescura, algo que não mereça atenção. Como estudante de psicologia, vejo isso de perto, aos poucos (quase parando) a sociedade está começando a perceber que sua condição psicológica pode interferir em todas as áreas de suas vidas, inclusive em seu estado físico. A vida de Marina não é nada fictícia olhando por esse ângulo, sua condição e a força com que luta bravamente torna a história ainda mais interessante.
Uma outra coisa bem legal foi a forma como Marina fez da internet sua válvula de escape da melhor maneira possível, encontrando pessoas que sofriam tanto quanto ela e que encontraram uns nos outros o apoio que precisavam.
Breno Melo nos apresenta esse enredo de uma maneira bem dinâmica, o que torna a leitura fácil, rápida e prazerosa. A narrativa acontece em primeira pessoa, tudo aos olhos de Marina. Não é sempre que gosto desse tipo de narrativa, porque as vezes o protagonista omite alguns fatos do leitor, mas nesse caso foi necessário, foi importante sentir junto com Marina, entender seus pensamentos e dores.

A diagramação deixou a desejar com a capa, confesso que achei muito mais bonita com a edição da Schoba, minha idealização de Marina foi completamente diferente da garota da capa. A revisão está ótima, não encontrei erros. Boa divisão de capítulos e a letra está no tamanho e espaçamento perfeito.
Gostaria de agradecer ao autor pela oportunidade de conhecer sua obra (que belíssima obra) e o seu talento maravilhoso. Se você tiver a oportunidade de ler esse livro, leia e se delicie.

- Daiana Ayalla

site: http://www.tendadoslivros.com.br/2015/01/resenha-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html
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Bru | @umoceanodehistorias 05/02/2015

Em A Garota que Tinha Medo, conhecemos Marina, uma jovem de cinco anos que contará a trajetória de sua vida. Marina estava em um período de estudos intensos para o vestibular e, além de sua mãe não parar de pressioná-la, ela convivia com uma constante pressão dentro de si.

Na época em que tentava dividir seu tempo entre estudos e o namorado, Marina sofre seu primeiro ataque. Ela não sabe dizer o que aconteceu, apenas sabe que um pavor tão grande a atormentava que ela gritou e gritou até que tudo isso parou e era como se nada tivesse acontecido. Desde que ela começou a ter as crises, notou que seu namorado se afastou.

"Eu era uma chaleira que apitaria cedo ou tarde. Seria bom que alguém abrandasse o fogo."

Agora, Marina estava sem um namorado, tendo crises constantes e em lugares que a constrangia e sentindo muito medo. O diagnóstico da Síndrome do Pânico não foi fácil e foi preciso muito trabalho por parte de Marina e seus médicos para que houvesse uma verdadeira melhora.

A trama, dividida em seis partes, nos faz ver como é difícil aceitar que você sofre de Síndrome do Pânico e a reação que as pessoas, ao seu redor, têm. Marina me fez notar que um panicoso não é uma pessoa com frescura, como muitos pensam e que as crises são realmente graves. Os detalhes fornecidos pela Marina, durante suas crises, são incríveis e assustadores, pois, sempre que ouvia falar que uma pessoa era panicosa, pensava: Isso não deve ser tão grave assim, a pessoa deve apenas ter medo. Mas, não!, é mais que isso, durante a crise não há medo, há pavor, um sentimento que te faz pensar que você irá morrer e você pode até torcer para que isso acontece, assim você se ‘livra’ de toda essa dor.

Em diversos momentos, principalmente durante as crises, pensei que estava lendo uma biografia e não um livro de ficção. A história é incrível e me fez refletir demais sobre o que pensar de uma pessoa portadora da Síndrome e como eu poderia ajuda-la. Também me fez ver o quanto pequenas atitudes, sejam elas de pessoas distantes ou próximas a nós, podem nos mudar e nos fazer mal.

“Mas por que sofremos? A felicidade que a maioria de nós espera é idealizada; e uma felicidade idealizada só existe no mundo das ideias, onde não vivemos. Eu, por exemplo, posso ser feliz apesar da síndrome do pânico (porque este é o mundo palpável em que vivo), mas negar a síndrome para ser feliz me levaria a um mundo ideal, onde não vivo.”

Esse livrou tornou-se uma lição pra mim. Passei a ter diversas atitudes que não tinha: Pensar o que eu falava para alguém e como isso poderia magoá-la; Dizer às pessoas o que eu não havia gostado de ouvir; e, principalmente; Não julgar. Indico esse livro para todas as pessoas, tenho certeza que ele irá mudar algo em sua vida e te tornar uma pessoa melhor, afinal, sempre podemos melhorar.


site: http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/2015/02/a-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html
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