Fernanda 08/03/2022
Mulheres protagonistas
O cenário é a França, em 1944. Embora perdendo forças, as tropas do Terceiro Reich avançam sobre vários países europeus. Membros da Resistência promovem ações para tentar frear o avanço nazista, correndo risco de serem torturados, enviados para campos de concentração ou assassinados. Algumas dessas pessoas são civis inexperientes, outras têm formação militar; em comum, o desejo por liberdade de seus países. Usam codinomes, dividem-se em células, não têm endereço fixo, tudo para não serem descobertos pelos nazistas.
O Dia D (quando soldados franceses, britânicos, canadenses e americanos partiram para a grande ofensiva contra os alemães) está muito próximo e, para que a ação seja bem sucedida, é necessário agir para que os nazistas tenham dificuldades de comunicação e transporte, evitando que possam reagir solicitando tropas de reforço para o local onde se daria a batalha.
Felicity Clairet, mais conhecida como Flick, é uma oficial inglesa que atua na Resistência francesa. Ela faz parte da célula Bollinger e tem a missão de destruir a central telefônica alemã localizada em um castelo na cidade francesa de Sainte-Cécile.
Quando a missão fracassa, muitos membros da célula são mortos ou capturados e a credibilidade de Flick é questionada. Como última tentativa, ela tem uma ideia inusitada: um grupo de mulheres entraria no castelo disfarçadas de faxineiras, driblando o fortíssimo esquema de segurança alemão, para destruir a central telefônica. De início, seus superiores não levaram a sério esse plano que tinha tudo para dar errado mas, sem outra alternativa, permitem que Flick o coloque em prática. Agora ela tinha poucos dias para recrutar essas mulheres, treinar e partir para a ação. Assim surge a equipe Jackdaws, um grupo improvável, formado por mulheres sem experiência militar e nada parecidas: uma descendente da nobreza, uma presidiária, uma arrombadora de cofres e especialista em explosivos, e uma travesti, entre outras, tinham dois dias para aprender a saltar de paraquedas, atirar, agir em público, falar como francesas, se disfarçar, guardar segredos de Estado, etc. Esse plano improvisado conseguiria burlar os nazistas?
É uma história de ficção, porém baseada em fatos reais. Na história real, a protagonista era a oficial inglesa Pearl Witherington, que lutou contra os nazistas, porém, por ser mulher, não recebeu a maior honraria, que era a Cruz Militar.
É uma leitura muito envolvente, um thriller que reúne suspense, muita ação, romance, e, principalmente, o protagonismo de mulheres na Segunda Guerra.