A vegetariana

A vegetariana Han Kang




Resenhas - A Vegetariana


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camila del rio 18/12/2023

A Vegetariana
uma mulher decide parar de comer carne. um homem fica obcecado com um novo projeto criativo. e, no meio de tudo, uma mulher se esforça para não ceder à ruína de tudo que conhecia.
apesar de não ter o potencial de uma leitura memorável, A Vegetariana foi uma experiência interessante. o livro é chocante, exatamente como disseram que seria. não achei que os personagens eram dotados de muita complexidade, sendo mais uma ferramenta do que indivíduos com personalidade aprofundada. ainda assim, as histórias eram muito originais e, por serem curtas, não pediam protagonistas tão desenvolvidos.
minha maior dificuldade com a leitura foi ter baixado (acidentalmente) a versão em português europeu, o que atrapalhou um pouco a minha compreensão do texto e pode ter influenciado na minha nota. penso em comprar o livro físico em português brasileiro e reler para ver se minha opinião muda.
A Vegetariana é um bom livro para aqueles que gostam de literatura asiática, especificamente as obras mais bizarras. tem alguns gatilhos, de modo que eu recomendo uma pesquisa prévia sobre a obra.
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Yuri Plez 18/12/2023

Ser um vegetal é ser humanitário
Angustiante, estranho e tristemente reflexivo, sobre a sociedade coreana em paralelo com nossas vidas, que permanecem as negligências contra as mulheres em crimes historicamente condenados. A história se lembrará de "A Vegetariana" e sentirá dores em suas cicatrizes, que sangram até hoje.
O nome "A Vegetariana" não reflete apenas na decisão dela, mas em todo o livro e na nossa sociedade. Se tornar vegetariana era se tornar um vegetal, que continua vivendo calmamente (não precisando se alimentar, de um lar ou de praticar atos violentos contra outros seres humanos). Ser um vegetal é ser humanitário, porque depois de anos reprimida, guardar uma raiva social e curar as cicatrizes exige um esforço por toda a vida. A protagonista absorve tudo e, humanitária ou não, vira um vegetal. Pouco a pouco, a vida se resume em tomar sol e florescer, nos tornamos ainda mais impotentes e, assim, a violência se extingue.
"Humanos deveriam ser plantas".
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skuser02844 16/12/2023

O melhor do meu ano!
Que livro bom! Acho que vou ler de novo (quase que imediatamente depois de ler pela primeira vez). É um livro pequeno e passa voando pela gente.
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Mariana 15/12/2023

ENFIMMMMMM terminei!! foram anos e sim, o livro é fino...mas é difícil. no início achei que fosse algo ligado somente a alimentação mesmo (e me vi em algumas falas) mas com o desdobrar da história, tu notas que a protagonista necessita de mais, não dá pra limitar em algo. é surreal a experiência, incômoda (pq não), que a escrita causa, que as relações do livro causam, enfim, valeu a pena não desistir
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Paula 14/12/2023

Estranho?
Não sei se é pela falta de costume em ler livros contemporâneos, sou mais adepta aos clássicos, mas achei uma leitura estranha, não gostei da escrita, algumas vezes bem apelativa e previsível. Pobre em conteúdo.
Rodrigo1001 04/01/2024minha estante
Estamos juntos! Detestei o livro. Superestimado e sem direção alguma. Um dos piores que li em 2022, na verdade. Abraços!


Paula 04/01/2024minha estante
Realmente, superestimado. Foi difícil concluir a leitura ?




Sara Marinho 13/12/2023

Muito difícil ser mulher
O patriarcado enlouquecendo uma mulher.
É um livro um pouco angustiante, ver a Yeonghye presa naquele casamento chocho, anêmico, horrível com aquele marido escroto que vive dando uma de vítima é realmente de enlouquecer qualquer um. E depois quando descobrimos um pouco do passado dela, tudo faz sentido. Inclusive se tiver A vegetariana 2 vai ser agora a irmã dela enlouquecendo.
É incrível quando a gente para pra refletir o quanto a mulher aguenta neh. Cada mini violência que somos ensinadas a engolir com um sorriso no rosto.
Ingrid664 13/12/2023minha estante
Quero ler, após sua resenha !
Parece polêmico




Mariana.Artigas 13/12/2023

Resenha A Vegetariana — Han Kang
O livro A vegetariana (2007), foi vencedor do prêmio Booker International Prize em 2016, mas foi publicado pela primeira vez em 2007 e é um romance-novelas de autoria de Han Kang, uma notória escritora sul coreana.

“Nunca tinha me ocorrido que minha esposa era uma pessoa especial até ela adotar o estilo de vida vegetariano”.

Assim se inicia o romance A vegetariana (2018), o qual é dividido em três partes. Cada capítulo do romance possui um narrador diferente. O marido da protagonista Yeonghye é o narrador da primeira parte do romance, mesmo que o título da obra possa fazer crer num primeiro momento que serão realizadas discussões sobre a temática do vegetarianismo ao decorrer da narrativa, isso não ocorre, pois o que realmente surpreende o leitor é a forma com que a autora é capaz de tratar o machismo, a cultura patriarcal, o silenciamento feminino, a violência doméstica e sexual.

O leitor apenas tem acesso ao inconsciente e aos sonhos de Yeonghye, na primeira parte do livro, onde os terríveis pesadelos da personagem começam a se manifestar. A partir desse momento, a protagonista decide jogar fora toda a carne que possui em sua geladeira, com o objetivo de colocar um fim aos pesadelos que a assombravam todas as noites.

O marido de Yeonghye, a descreve como uma mulher mediana em todos os aspectos e afirma a ter escolhido como esposa justamente por isso. Em A vegetariana (2018), todos os homens acreditam ter poder de escolha sobre a vida das mulheres. Tanto o marido como o pai de Yeonghye não a consideram um ser humano que possui decisões, vontades e desejos. Além de que o pai da protagonista é um veterano de guerra, o qual sempre tratou os filhos com enorme violência e insensibilidade.

Na obra, há também um retrato da objetificação sexual, dado que é o cunhado de Yeonghye, um artista casado com Inhye, irmã da protagonista é quem narra a segunda parte do romance.

O capítulo “Mancha Mongólica” é marcado pela obsessão que o cunhado desenvolve acerca da marca de nascença da protagonista. Desde então ele passa a enxergar Yeonghye como um mero objeto, ela torna-se então fonte de inspiração para os projetos artísticos que o cunhado desenvolverá com
o intuito de aproximar-se cada vez mais dela.

São feitas ainda grandes discussões sobre a saúde mental, principalmente na primeira parte, intitulada “A vegetariana”, e no último capítulo nomeado “Árvores em chamas”. Yeonghye é uma personagem que é enxergada com estranhamento pelos demais personagens, pois todos limitam-se a enxergá-la como apenas uma mulher que de uma hora para outra decidiu mudar os seus hábitos e virar vegetariana.

A decisão de tornar-se vegetariana, não é aleatória, ela é na realidade um manifesto de Yeonghye frente a toda violência patriarcal que a cerca. Inclusive, no final do livro Inhye compreende que ela mesma poderia ter adoecido tal como a irmã, dado que a irmã de Yeonghye, é uma mulher que também não expressa a sua voz e as suas vontades, estando condicionada a obedecer o marido.

A obra nos mostra que o patriarcado adoece profundamente as mulheres, uma vez que Yeonghye encontra-se dissociando e está alheia a sua própria realidade, visto que ela também reúne todos os seus esforços em uma tentativa de desconectar-se de tudo que a torna humana, a fim de escapar da desumanidade dos homens.

Há uma letargia, um estado de vazio e uma profunda indiferença que tomam Yeonghye. De acordo com Han Kang, a protagonista foi inspirada no seguinte verso do poeta sul coreano Yi Sang: “Eu acredito que os humanos deveriam ser plantas”. Cuja obra foi censurada por retratar a violência sofrida pela península coreana durante o imperialismo japonês.

A personagem principal possui aversão a tudo que é violento, patriarcal, sanguinário. No entanto, os personagens masculinos da obra, revelam dentro de si uma masculinidade tóxica, autoritarismo, brutalidade, ignorância e violência desmedidas.

Foi tudo tão real. A sensação de mastigar carne crua, o meu rosto, o brilho dos meus olhos. Parecia o de alguém que conheci pela primeira vez, mas com certeza era meu rosto. Quero dizer, pelo contrário, parecia tê-lo visto tantas vezes, mas não era meu rosto. Difícil explicar. Era familiar e desconhecido ao mesmo tempo… Essa sensação real e esquisita, terrivelmente estranha (2018, p. 17).

A vegetariana (2018),é um retrato em três atos da deterioração da saúde mental de uma mulher que foi fortemente submetida as mais diversas formas de opressão ao longo de sua vida. Portanto, é possível dizer que
a personagem acaba se metamorfoseando em um vegetal, pois a vida ao lado dos seres humanos acaba sendo simplesmente insustentável.

site: https://artigasmariana.medium.com/resenha-a-vegetariana-han-kang-4f47cf7d1258

Eduardo1685 13/12/2023minha estante
Análise muito boa. Acabou por me relembrar e me faze rever que
uma parte da sua análise, senão tudo nela, recai também muito bem no autor japonês Kawabata e na maneira que as mulher vai aparecer e serem citadas no livros dele; exatamente como descreveu o cunhado e a objetificação das personagens e a maneira que essas personagens só são tratadas através da vontade ou da visão masculina. É triste e assustado, principalmente quando passa abatido por alguns leitores.


Mariana.Artigas 15/12/2023minha estante
Obrigada @Eduardo1466




Becx 11/12/2023

Trabalhoso ler
Acho que não estava no clima para ler esse livro.
Não entendi nada. Achei confuso e a história ficou sem encerramento.
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spoiler visualizar
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Julia.Roloff 10/12/2023

Cheio de profundidade.
A minha cabeça define livros como esse como livros crus, e não tô falando isso só pela temática deste livro, mas do geral.

O jeito que a relação dos personagens é construída, o jeito que as coisas se ligam e vão crescendo exponencialmente, é muito bom.

Nunca tinha lido Han Kang, mas espero ler novamente para ter essa sensação tão intensa.
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Lia 10/12/2023

Leitura difícil, mexeu com minhas emoções
A Vegetariana divide-se em três partes, narradas por três pessoas que assistem à transformação da personagem principal deste livro, Yeong-hye, de diferentes perspectivas: o marido, o cunhado e a irmã.

No início deste livro, Yeong-hye, após ter tido um sonho, decide deixar de consumir alimentos de origem animal, carne, peixe, ovos, leite, etc., desfazendo-se também da roupa que era feita de couro, perante o olhar estupefacto do marido, com o qual mantém uma relação desprovida de amor." (Blog Mais Mulheres Por Favor)

Solidão, violência, liberdade, prisão

Quanto adoecimento psicológico pode surgir de uma infância que foi submetida a violência parental?

Nenhuma decisão, vista pelos outros como absurda e irracional, vem do nada. Sempre vai existir um motivo que os outros não sabem.

A leitura desse livro não foi fácil, o meu, julgamento, a raiva, a compaixão, o medo podem ter influenciado e por isso pretendo ler novamente.

Estava lendo um pouco sobre ele e em uma das resenhas disponíveis na Internet, li que esse livro foi vencedor do Man Booker Prize em Maio de 2016 e que Han Kang venceu Elena Ferrnate.
São estilos muito diferentes. Foi muito bom conhecer essa obra.
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camila1856 09/12/2023

Resenha
Sei la o que ta acontecendo mas quanto mais lia o livro mais entendia pq a menina enlouqueceu com essa nojeira toda
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Helena 09/12/2023

Um livro difícil
É uma experiência bem diferente, comecei a ler achando que era um livro de terror sobre uma mulher que decidiu virar vegetariana por um motivo assustador e me deparei com uma história muito mais profunda e que acredito não ter compreendido tudo ainda.
A narrativa é um pouco confusa até você pegar a ideia do livro e deslanchar por ele com cada vez mais nojo dos homens que cercam a protagonista e a cada página é possível compreender porque de ela ter enlouquecido.
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Luciana.Lira 06/12/2023

Sofrimento
A leitura é muito instigante, não conseguia largar o livro. Cada momento nos trazia novas dores as quais a protagonista enfrentava. O livro fala de como lembranças de nossa infância, algo não revelado, não dito pode se transformar em algo que nos destrói e consome até não restar mais nada! Nossa, encantada com a escrita da autora. Imperdível. Leiam e reflitam.
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rain 06/12/2023

Confuso mas da pra entender, sabe?
Eu possa não ter lido da forma que eu queria ou tido a interpretação que normalmente as pessoas tem, o livro é bastante cativante e eu realmente gostei dele, contudo eu demorei bastante pra entender a mensagem dele. A forma como o livro é contado sempre por visões de pessoas próximas da principal, mas nunca pela mesma mostra como ela é constantemente julgada e taxada de louca até mesmo pela própria família.
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