Resenhas - As crônicas marcianas

Angelo.Miguel 04/01/2022

Incrível
Meu livro favorito do autor, me surpreendeu!! Nessa série de crônicas são mesclados diversos gêneros e temas, ficção, drama, suspense e diversas críticas sociais. Muito boom!!

Angelo.Miguel 04/01/2022

Incrível
Meu livro favorito do autor, me surpreendeu!! Nessa série de crônicas são mesclados diversos gêneros e temas, ficção, drama, suspense e diversas críticas sociais. Muito boom!!

Vitu 31/12/2021

Um bom livro e uma ótima ficção científica. Adorei como o autor conecta as histórias e conta ao mesmo tempo a história da colonização de Marte e a história da humanidade como um todo. Um texto interessante e reflexivo!

Franklin Moreno 28/12/2021

As Crônicas Marcianas
Bom, esse livro foi escrito nos anos 50. Vários dos pensamentos do autor estão fortemente ligados à questões e preocupações daquela época. É um livro que no começo eu não sabia o que esperar e no final eu não sei direito o que comentar, são crônicas da vida do ser humano em marte e várias refleções sobre a solidão, a questão ambiental e etc. É um bom livro.

Mandark 26/12/2021

Surpreendente...
Incrível como eu estava completamente enganado sobre o que encontraria nessas páginas. Apesar de já estar acostumado ao trabalho primoroso e poético do Bradbury, eu não imaginava que me encontraria com uma das mais sensíveis e belas obras que tive a oportunidade de ler em minha vida! Encantadoramente triste e forte, cada uma dessas crônicas tocou meu coração e me marcou profundamente. Devastador e intenso, cada nova página guardava pra mim muitas surpresas. A melhor obra do Bradbury que li até aqui, sem dúvidas!

Marcelo.Pedroni 23/12/2021

E se Marte não for como sempre imaginamos...?
Constituído por 26 crônicas, Bradbury nos coloca em uma realidade em que os humanos conseguem finalmente alcançar o tão desejado sonho de conhecer e colonizar Marte.
Sob esta premissa de ficção científica aliada a uma espécie de suspense e terror (característicos de suas obras), uma realidade muito além do imaginário normal é revelada.
O autor nos deixa, ao final da última crônica uma indagação pertinente: O horror em nossas mentes sobre o desconhecido se revela em decorrência de si, ou pela insistência no mesmo padrão de pensamento egocêntrico e destrutivo? Há o que pensar...

Gabriel 23/12/2021

A colonização do planeta Marte
A leitura de "As crônicas marcianas'' foi uma grata surpresa, pois não estava com muitas expectativas, no entanto, o livro se mostrou muito melhor do que eu poderia imaginar. São várias crônicas que se interligam dentro de um contexto maior, que é a própria colonização do planeta Marte. É incrível como Ray Bradbury tornou um livro de ficção científica em uma narrativa que reflete sobre grandes dúvidas e interrogações humanas, sobre preconceitos e o poder da humanidade em destruir tudo ao seu redor e a si mesma. O final desse livro transmitiu uma solidão tão grande, que eu nunca sentira em outras narrativas. Enfim, o trecho do escritor Jorge Luis Borges, na apresentação desta edição, representa o que eu senti após a leitura:

"O que fez esse homem de Illinois, pergunto-me, ao fechar as páginas de seu livro,
para que episódios da conquista de outro planeta povoem-me de terror e solidão?

Diego Rodrigues 20/12/2021

"Os homens da Terra têm talento para acabar com coisas grandes e belas."
Um dos maiores nomes da ficção científica, Ray Bradbury nasceu em 1920, na cidade de Waukegan, Illinois. Começou publicando em fanzines e, nos anos 40, já vendia seus contos para revistas de ficção científica. Além de contos, escreveu romances, poesias, peças de teatro e roteiros para TV e cinema. Na literatura não se limitou ao scifi e se aventurou por gêneros como o terror e o suspense. Em 1953, publicou "Fahrenheit 451", uma das peças fundamentais da distopia e que o consagrou mundialmente. Ao longo de sua carreira angariou prêmios importantes como American Academy of Arts and Letters (1954), o Daytime Emmy Award (1994) e o Pulitzer (2007).

Publicado originalmente em 1950, "As Crônicas Marcianas" pode ser considerado o primeiro grande salto na carreira do autor. O volume é composto por 26 contos interligados que retratam a colonização de Marte pelo homem. Ainda faltavam quase 20 anos para que Neil Armstrong pisasse na lua, mas o desconhecido já instigava a imaginação no que diz respeito ao espaço, e Bradbury não estava imune a isso. Cada conto aqui narra um capítulo dessa "colonização", desde a decolagem do primeiro foguete até o último, o que torna um pouco difícil falar sobre esse livro sem dar spoilers. Apenas para citar alguns exemplos, vamos conhecer aqui a história de um homem foi pra Marte para plantar árvores, outro que inaugurou a primeira barraquinha de cachorro-quente do planeta vermelho e um terceiro que resolveu dar vida a casa de Usher (sim, aquela do conto do Poe).

Com uma escrita afiada e concisa, Bradbury constrói uma intrigante narrativa, ora bem-humorada, ora melancólica, que nos impele a avançar conto a conto em busca de respostas. O protagonista aqui não é o povo marciano e nem suas tecnologias, mas sim a condição humana, que é revirada e analisada por todos os ângulos pelo autor. "Fahrenheit" só seria publicado três anos mais tarde, mas aqui Bradbury já fomentava o universo do romance. Guerras, críticas sociais, política, questões ambientais e a incrível capacidade que o ser humano tem de deixar um rastro de destruição por onde quer que passe, esses são apenas alguns dos temas que surgem ao longo da leitura. Divertido, mas não desprovido de levantar reflexões, "As Crônicas Marcianas" é um ótimo exercício para questionarmos qual o nosso papel enquanto espécie "evoluída".

site: https://discolivro.blogspot.com/

@quixotandocomadani 17/12/2021

“Mas aquele estilo de vida comprovou estar errado, e se estrangulou com as próprias mãos.”
Demorou, mas li meu primeiro Bradbury!

Primeiro a surpresa, porque estava esperando um livro de contos tradicional. Mas esse são contos que seguem uma ordem cronológica e de certa forma tem uma relação entre si, pois narram a conquista e colonização de Marte pelos homens. E segundo gostei demais da forma que Bradbury faz as críticas e aborda os temas nos contos:

- o poder telepático dos marcianos e como eles recebem os humanos nas primeiras expedições.

- um conto muito bom sobre dimensões paralelas no tempo (Encontro Noturno), foi uma bela sacada!

- em “Flutuando no espaço” todos os negros se juntam para construir um foguete e deixar a Terra. Adorei esse!

- Crítica à moral, aos moralistas e a censura no “Usher II”

- um marciano que tem a capacidade de se transformar na pessoa que você mais quer (O Marciano)

- até onde vai o homem quando se vê cara a cara com a solidão? Robôs substituem humanos? Ótimas reflexões no conto “Os longos anos”

E o livro fecha com chave de ouro com uma crítica ácida sobre o estilo de vida que levamos aqui na terra: “Mas aquele estilo de vida comprovou estar errado, e se estrangulou com as próprias mãos.”

site: https://www.instagram.com/quixotandocomadani/

Solange Sólon Borges 23/11/2021

O verão do foguete: a expressão-chave de Ray Bradbury que não me deixou abandoná-lo
Crônicas Marcianas reúne contos de ficção científica do escritor e roteirista estadunidense Ray Bradbury (1920-2012) e foi publicado em 1950, sendo anterior, portanto, ao seu trabalho mais conhecido Fahreinht 451, que deu origem ao filme cult. O tema de Crônicas é a colonização do planeta Marte por seres humanos que enfrentam, na Terra, a possibilidade de devastação por uma guerra atômica. Além dos conflitos inevitáveis entre marcianos e humanos, é curioso observar como os marcianos poderiam ‘olhar’ para os humanos, uma vez que a nossa imaginação predominante é fantasiar como os marcianos seriam física e psicologicamente.
Em termos estruturais, Bradbury cita a influência de outros escritores que o inspiraram ao criar nós e o entrelaçamento de diversas histórias, como John Steinbeck e sua obra As vinhas da ira.
A primeira página de Crônicas Marcianas é um belo exemplo de como captar a atenção do leitor ao trazer inúmeros elementos que levam a perguntas a serem respondidas posteriormente ao longo do texto. Ou seja, um bom ‘gancho’ para que o leitor não abandone o livro. O uso de uma frase-chave, “o verão do foguete”, também cria a atmosfera necessária para a continuidade da leitura. Gosto muito do autor, deste trabalho, e indico firmemente. Bradbury está na minha estante ao lado de 1984 de George Orwell e Admirável mundo novo de Aldous Huxley, outros autores distópicos.


site: https://www.youtube.com/watch?v=HndqK-XTIQs&t=67s

Rodrigo Fernandes 12/11/2021

Mais que 'cinco estrelas'
Brilhante. Se você embarca nesta nave (livro), imagina a direção (espaço) que está indo mas não imagina o destino final. Contos independentes, mas com uma sequência cronológica que liga os acontecimentos. Alguns curtos, outros médios e poucos mais longos; todos sensacionais! A forma que o autor insere nas historias criticas a humanidade, comportamento social, racismo, exploração de recursos ambientais, etc enriquece bastante a obra. Tudo com a roupagem de se estar em Marte! Ao lado de marcianos! Recomendo demais! Ótima leitura!

Guilherme.Silva 03/11/2021

No começo eu achei que seria ruim, porque é uma história futuristica escrita em 1950 e normalmente os autores se apegam muito em descrever tecnologias futuristicas e, para nós, depois de algumas décadas, essas descrições parecem bobas.

Mas não é o caso deste livro, que foca no sentimento das pessoas e dos MARCIANOS durante a colonização de Marte. É uma história genial, que me rendeu muitas marcações de reflexões sobre a história do nosso mundo, do que aconteceu e acontece até hoje. A colonização, as guerras por território, imposição de ideologias e costumes.

Aqui tem expedições humanas à marte, dobra no tempo, comunicação telepática, guerra atômica e muitos dilemas morais.

Wania Cris 14/10/2021

Marte, aqui vamos nós...!
Da sinopse "...Ray Bradbury mergulhou fundo nesse exercício de imaginação" e tem muito, mas, muito disso nessa obra.

Contada em um período fictício de janeiro de 1999 a outubro de 2026 em forma de crônicas que, em um primeiro momento, parecem não ter ligação uma com as outras, porém, ao longo da leitura constrói uma estória linear, Crônicas Marcianas aborda vários assuntos em suas páginas. Da colonização de territórios a racismo, dominação e destruição.

— Não vamos destruir Marte — disse o capitão. — É grande e bom demais. — O senhor acha que não? Os homens da Terra têm talento para acabar com coisas grandes e belas.

Bradbury, Ray. Crônicas Marcianas (p. 97). Globo. Edição do Kindle.

Alguns capítulos chegam a ser poéticos, outros são tão desnecessários a ponto de causar constrangimento (se racismo, misoginia e gordofobia não te causam desconforto você deu errado como pessoa). Fora essas passagens, o imaginativo absurdo de Ray nos entrega um planeta Marte diferente de tudo o que já foi pensado e descoberto, porém, ainda vale a leitura.

Luciano 20/09/2021

O final é arrebatador! Eu simplesmente amei o estilo de escrever contos que parecem não ter conexão entre si, mas que contam uma mesma história no plano de fundo. E é justamente a pluralidade de histórias e a diversidade nelas que torna a história tão rica. É possível se identificar com o cientista apaixonado pelo planeta, pelo pai que foge da guerra, pelo marido que sabia que as coisas dariam muito errado... É uma leitura excelentes! Recomendo demais!!

Larissa.Guimaraes 28/08/2021

Outra perspectiva
Uma leitura incrível e que cutuca a gente a cada conto, fiquei um pouco receosa de encontrar um lado do Ray que me decepcionaria quando li algumas resenhas mencionando um caso de gordofobia em uma das crônicas, mas acredito que seja uma questão de interpretação. Na minha concepção, o objetivo é exatamente expor o nosso preconceito e como este é destaque e uma barreira nas nossas relações pessoais, afinal, o personagem é gordofóbico, não o autor.
Meu conto favorito é sem dúvidas Usher II, trouxe muito de Fahrenheit 451 para mim, mas de uma perspectiva ressentida e vingativa. Reforçando a necessidade do conhecimento e de quebrarmos os nossos preconceitos desde a leitura, pois até esses nos limitam enquanto seres humanos. Recomendo sem sombra de dúvidas, cada conto e crônica traz uma reflexão diferente e certamente, se lido com calma e interpretado corretamente, ajuda a nos conhecermos e melhorarmos ainda mais, mas para além disso, é um entretenimento maravilhoso e com leituras que fluem maravilhosamente.