Minha metade silenciosa

Minha metade silenciosa Andrew Smith




Resenhas - Minha Metade Silenciosa


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Monique Nóbrega 02/04/2014

Minha Metade Silenciosa - Extraordinário
Stark MecClellan é um menino alto e magro e, por isso, seu apelido é Palito. Ele tem um irmão (Bosten) e uma melhor amiga (Emily) os quais ele ama muito. Palito e o irmão vivem com os pais que os controlam com mãos de ferro. As regras da casa são abusivas e qualquer deslize atrai surras e noites no quarto do castigo. Além de sofrer em casa, Palito também sofre bullying na escola por ter nascido sem a orelha direita. Por tentar defendê-lo, Bosten vive arrumando brigas. Um dia a coisa fica muito séria e tudo muda. Bosten foge de casa e Palito parte em busca do irmão.

Cara, esse livro foi totalmente inspirado por "Extraordinário" de R.J. Palacio. O tema e os problemas são muito parecidos, mas este livro é mais pesado: não trata só de bullying na escola. Trata de Abuso sexual, pedofilia, preconceito, drogas e descobertas. Recomendo.
José Augusto 28/05/2014minha estante
Olá Monique, permita-me apenas discordar quando você diz ter este livro sido inspirado por "Extraordinário", pois "Minha metade silenciosa" é anterior.




Lina DC 03/03/2014

"Minha metade silenciosa" é um livro espetacular, que traz em uma linguagem simples e ao mesmo tempo poética uma história cheia de tristezas e ao mesmo tempo fala de amor.
O livro é narrado em primeira pessoa e apesar da história se passar em Washington poderia acontecer em qualquer lugar do mundo.
Stark tem 1.82m apenas 13 anos de idade e nasceu sem a orelha direita. Quem o conhece o chama de palito e ele é constantemente provocado na escola, mas o fato mais importante é que ele mesmo odeia a "feiura" dele. Sua melhor amiga é Emily Lohman, uma jovem um pouco solitária na escola também, mas tem um bom senso incrível e é uma maravilhosa, criada por pais adoráveis. E talvez seja esse o motivo pelo qual Stark goste tanto de passar um tempo na casa dela, pela "normalidade".
Além de Emily, a única pessoa com quem Stark pode contar é seu irmão mais velho Bosten, que é extremamente protetor com Stark. A casa dos dois é opressiva e seus pais são agressivos.
A relação entre Stark e Bosten é emocionalmente desgastante para o leitor, mas de modo positivo. Acompanhar como esses dois se protegem, sofrem juntos e enfrentam um mundo de dor e decepção nos deixa com o coração apertado e ao mesmo tempo cria uma necessidade de acalentá-los e ajudá-los diante de toda essa jornada.
A jornada desses dois irmãos começa quando Stark realmente começa a ver a verdade sobre a vida familiar e também a entender os segredos guardados pelo irmão.
O modo como Stark refere-se a si mesmo é em muitos momentos dolorosos, pois ele tem uma visão triste sobre si, mostrando que tudo o que ele passou e continua passando o torna um jovem atormentado. Um dos aspectos emocionantes da leitura é acompanhar a força de Stark, mesmo quando ele não se dá conta disso. E é claro, o relacionamento incondicional entre ele e Bosten, dois jovens quebrados que se completam para enfrentar o mundo.

"Acredito que, de diversas formas, as memórias são como os sons que ficam presos dentro da minha cabeça. Eles ficam só rodopiando lá dentro em seu próprio ritmo, criando a própria ordem, fazendo suas próprias contas". (p. 248)

O livro trata de várias temáticas fortes, falando desde bullying até de drogas, mas também traz uma mensagem de esperança, apresentando personagens que poderiam simplesmente serem anjos, como Sutton ou a tia Dahlia.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um trabalho fantástico, começando por essa capa incrível e reforçando o aspecto emocional do livro com a maneira que formatou o texto do início ao fim. Foi um dos mais belos trabalhos editoriais que já tive a oportunidade de conhecer.

"Ela aprisionou meu coração dentro da minha cabeça. Tudo estava mudando. Tudo, menos aquela metade silenciosa da minha cabeça". (p. 59)
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Marcos Ogre 24/07/2014

O melhor livro que li no ano (pelo menos, até agora)
Adoro quando um livro consegue alcançar minhas expectativas e fazer morada nesse mesmo ponto. Confesso que ainda não superei o fim de Minha metade silenciosa, ainda estou devaneando mais e mais, com a danada da minha razão me lembrando que isso não passa de um sonho. Que triste. Mas a vida segue, e, agora que Minha metade silenciosa (lágrimas) me tirou do limbo da não-leitura, muuuuitos livros estão por aí à espera. Ok, vamos então ao que achei.

Se você ouviu por aí que trata-se de um livro poético, isso é totalmente verdade. Poeticamente perturbador, mas as melhores poesias são assim, não é? Minha metade silenciosa não é um simples drama adolescente, longe disso: é uma perturbadora história, repleta de personagens realistas e surpreendentes em suas tão abrangentes complexidades. É aquele tipo de livro onde você nunca encontrará alguém, digamos, 100% formado em seu próprio ser, o que é bem real. Todos estão propensos a mudanças drásticas e suas vidas nunca estão plenamente seguras. Na verdade, ninguém está seguro em si mesmo neste maravilhoso livro.

Ambientado basicamente em Washington e na Califórnia, o livro é um misto de atmosferas, e é bem interessante como isso se faz presente nessa troca de lugares. É como se não fossem apenas dois estados, e sim dois mundos, e isso se percebe muito bem aos olhos de Palito (Stick, no original), o improvável herói desta história (e, caso você leu o livro e me contradiga dizendo que é o Bosten, não, não é).

Por falar no protagonista, ele é - para mim - o tipo de personagem ideal. Não é um adolescente extrovertido e irônico, que tira sarro da própria situação que poderia te fazer se apegar com o tal carisma, mas também não é depressivo e reclamão ao ponto de você sentir aqueeela ânsia de vomito com os seus pensamentos (já que o livro é narrado em primeira pessoa). Ele é simplesmente um menino de 13 anos (embora na sinopse do livro diga que é 14, não, ele começa com 13, aliás, não leia aquela sinopse, está horrível), com seus conflitos e descobertas, numa época não especificada onde claramente existe uma certa falta de informação e de compreensão para os da sua idade.
E, pra piorar tudo, lembra que ele só tem uma orelha?

Isso poderia facilmente desenvolver um ótimo livro sobre bullying, mas o mais impressionante é que não é disso que se trata, basicamente. Claro, o abuso por parte de colegas e outras pessoas aleatórias é, sim, uma coisa presente no dia a dia de Palito, mas... Ah, é complicado expressar. É aquela antiga história: nunca existe só um mal na vida das pessoas. Isso não torna o tema algo negligenciado, não. Palito é uma pessoa mais fechada, que está sempre em procura de se esconder pela vergonha e pelo medo daqueles comuns olhares que está tristemente acostumado a receber. Entretanto, ele não está totalmente desprotegido.

"Eu sou feio."

Apesar de não ser o herói da história, o melhor personagem com certeza é Bosten, o irmão mais velho. 16 anos e uma coragem impressionante, sem falar do belíssimo senso de proteção que ele cultiva pelo irmão. Sem discussões, não tenho a menor dúvida de que o ponto alto deste livro é a relação entre os irmãos. Adoro isso. Família. A demonstração de que o verdadeiro amor é muito mais do que simplesmente uma paixão, ou calor humano. Palito vê em Bosten sua sentinela, sua válvula de escape de todo aquele sofrimento com que ele está forçado a se deparar. Mas Bosten também tem os seus graves dilemas.

Outra personagem bem interessante na trama é Emily, a melhor amiga de Palito. Assim como ele (mesmo que não fisicamente) ela é diferente e meio desconjuntada em relação ao ambiente escolar, o que faz com que ambos se sintam ainda mais próximos. Suas cenas juntos são quase que adultas, de tanta profundidade que passam, e o que se desenvolve é uma linda história de amizade e força, com muita reciprocidade de sentimentos.

Por último, gostaria de destacar Tia Dahlia. Não vou falar muito sobre ela, porque adorei a maneira como rapidamente foi desenvolvida e introduzida na história, mas vale avisar que as cenas com ela são de chorar. Embora eu não tenha chorado com o livro.

Adorei o estilo de escrita de Andrew. Não há nada que você possa chamar de refinado, mas também não é totalmente informal. Afinal, é um livro em primeira pessoa. Me agradou demasiadamente ver que ele, sim, um homem já mais velho conseguiu me atingir num trabalho convincente, em que eu realmente pude ser levado a acreditar que estava de fato na cabeça de um jovem de 13/14 anos. Diferentemente do que Harlan Coben mostrou com refúgio (não estou comparando os dois livros em si, apenas a narração em primeira pessoa de um adolescente), não há nada de exagerado e nem muito forçado. Você simplesmente crê que está lendo a respeito de um adolescente, e não é preciso que ele te lembre disso toda hora.

O autor também usa e abusa de temas fortes, sem ter medo de crueza. Andrew Smith não poupa o leitor de cenas fortes e, muitas vezes grotescas, então se você é do tipo que está esperando apenas mais um livrinho YA com um menino triste por ter uma deficiência, sinto dizer, mas você está enganado. Minha metade silenciosa é realista e belo, é poético. É o tipo de livro que te emociona e te choca, mais do que um mero sentimentalismo, onde o pouco é o suficiente. Sou um fã de carteirinha declarado, rs.

Um artifício interessante da parte da edição (imagino que também seja assim no original) é que, em certos diálogos, há diferentes espaçamentos no meio das frases. Isso acontece pra nos ajudar a tentar perceber o mundo da mesma maneira que Palito o percebe, como algumas palavras que deviam entrar pela orelha que falta acaba entrando pela outra. Isso funciona muito bem, e, para mim, não incomodou de maneira alguma. Além disso, o livro também não tem a orelha direita, o que é uma característica proposital e fantástica, levando em conta a deficiência do protagonista e aproximando mais ainda o material da história.

O final é satisfatório e me agradou bastante, entretanto acho que pode dividir algumas opiniões. Não que o autor não resolva tudo... Digamos apenas que ele deixa certas pontas soltas. Mas, na minha opinião humilde, gosto muito de quando certos aspectos são deixados em aberto e penso que isso combina com o conceito do livro: a vida real não é fácil e nem vai te dar moleza e, sim, vão haver perdas em todos os sentidos, afastamentos e outros empecilhos inevitáveis. Ninguém pode mudar tudo, ou trazer tudo ao seu favor.

É complicado saber o quanto devo falar deste livro, já que gostei demais. Tudo muito bem, edição ótima, história completa. É o livro que me tirou do fosso.

Espero que tenham tirado proveito e perdão pela demora pra atualizar... Sabe como é, romances da vida real não são fáceis.

Essa é minha deixa, abraços!

CONFIRAM O BLOG! :D

site: http://pensadoremserie.blogspot.com.br/
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vannybs 20/05/2021

História bonita sobre um adolescente que nasceu sem uma orelha e seu irmão que passam por problemas familiares.
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João 08/11/2015

Simplesmente um livro fantástico!
Palito é um personagem carismático,que faz o leitor se encantar com ele da primeira página à última página do livro.
Excelente leitura!
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Thai 26/08/2016

[...] E não há amor em minha casa, somente regras.


Stark é um garoto magro e muito alto para sua idade, por isso é chamado de Palito. Como se não fosse o bastante, ele não tem uma das orelhas, o que contribui para todo o bullying que ele sofre.
Seu braço direito é Bosten, seu irmão mais velho que o defende de tudo e todos e com quem tem uma relação muito boa.
Os pais de Stark e Bosten parecem não gostar muito dos dois, pois sempre usam a violência para castigá-los por qualquer coisa. Ter pais abusivos foi o que aproximou os dois irmãos.

"Às vezes, na nossa casa, era como se eu e Bosten fôssemos como insetos em papinha de bebê. Eu me movia com cuidado para onde quer que fosse. Não conseguia ouvir nada que eu mesmo fazia, mas me perguntava o quanto eu deixava o mundo deles barulhento, já que eles tinham duas orelhas e tudo."

Em um feriado de Páscoa, Stark combina de passar uns dias na casa de Emily, sua única amiga. Mas seus pais acabam com o plano quando resolvem mandar os irmãos para a casa de uma tia que eles nem conhecem, na Califórnia.
Os dois são contra a ideia mas não podem fazer nada a respeito, já imaginando o quão horrível será a viagem.

"Eu mal sabia quem era tia Dahlia, fora o fato de que ela é irmã da minha avó, e que estávamos sendo mandados para ela como se fôssemos cartões-postais vagabundos que você manda para as pessoas de que não gosta muito, e aí elas passam a gostar menos ainda de você."

Depois que chegam na Califórnia e conhecem a tia Dahlia, eles percebem que ela é uma pessoa muito legal e que a viagem talvez nem fosse tão horrível assim.

"- Palito...?
- O que?
- Você alguma vez já pensou em...
Bostem começou a perguntar alguma coisa, mas eu o cortei.
- Não, Nunca.
Porque eu sabia o que ele ia dizer, e, sim, eu pensava naquilo o tempo todo: como seria viver longe dos nossos pais. E ele sabia que eu pensava nisso. Não era necessário falar."

Na Califórnia eles conhecem os irmãos Evan e Kim e rapidamente se tornam amigos por terem tanto em comum. Lá eles aprendem a surfar e fazem passeios super divertidos, o que faz com que logo se apeguem uns aos outros.

"Podíamos ver a tristeza nos olhos uns dos outros. De alguma forma, eu acho, aquilo era uma coisa boa, porque significava que realmente éramos amigos e que talvez Bosten e eu tivéssemos encontrado um lugar que nos aceitasse. E era um lugar que só tinha uma regra, até onde eu sabia, e era uma regra fácil de seguir: amem-se uns aos outros."

Depois que voltam para casa, algo de ruim acontece e Bosten foge sem deixar pistas. É quando Stark decide botar o pé na estrada e ir atrás do irmão. Mas como nada é perfeito, a viagem não sai como o planejado e o menino se mete em um problema muito grande.

***

Primeiramente, todo meu amor pelo Stark. Que menino incrível!
Depois posso falar dessa capa linda e título que me conquistaram. Além do livro só ter uma das orelhas, como o personagem, e eu achei isso incrível.

Bom, eu me emocionei muito com a história desses dois irmãos, pois é algo tão real que tudo isso poderia ter acontecido na casa ao lado da minha e eu nunca teria percebido. O culpado disso tudo é o autor que foi incrível com o desenvolvimento dos personagens e de como ele narra os acontecimentos de uma forma tão forte.

O que me fez não dar nota 5 foi o final que me decepcionou bastante. Eu esperava algo mais emocionante ou muito triste e foi só 'ok', sabe? Não me convenceu, mas não deixa de ser uma história LINDA!

site: curaleitura.blogspot.com
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Fabricio~Raito 09/09/2014

Tocante e efetivo
• Há certos livros que deveriam conter na capa o aviso de que a leitura é acompanhada de textura, gosto e cheiro. Minha Metade Silenciosa, além de ser uma imersão na difícil passagem da infância à adolescência, traz uma textura áspera, um gosto amargo mas nos brinda com um cheiro de esperança e coragem.

• Stark McClellan tem 14 anos, é muito alto e muito magro. Sofre constantemente bullying na escola com o apelido de Palito e, para aumentar mais ainda a dor do garoto, ele nasceu apenas com uma orelha. Tal fato faz "Palito" se sentir uma aberração, um erro da natureza, incitando extrema baixa estima e timidez. Sua referência de atitude e determinação é seu irmão mais velho, Bosten, que o defende das agressões e por quem nutre um amor incondicional. Ambos sofrem abusos e massiva pressão emocional em casa, com pais violentos que aplicam castigos violentos quase todos os dias.

• Porém, além de toda a hostilidade e escuridão, Palito encontra na amizade a força para lutar e seguir adiante com sua vida. Em sua jornada, enquanto descobre as mudanças da puberdade e é forçado à adotar uma postura adulta, ele contará com ajuda de pessoas que são como sopro de ar fresco e esperança, acolhendo com amor e carinho (e para nós, leitores, tais passagens funcionam também como encorajamento para prosseguir a leitura, que traz uma faceta cruel da vida, realidade de vários outros jovens).

• Com uma mensagem e lição de vida incríveis, Andrew Smith narra de forma fluida e coloquial, transmitindo a impressão de que é um adolescente contando sua história. A Editora Gutenberg realizou um trabalho efetivo, com capa e tradução positivas. Recomendo a todos que frequentemente estão a reclamar de pequenas coisas do dia a dia, e que tiveram a graça de não viver em um lar onde não há amor e respeito, apenas regras e o frio.
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Saulinho 20/09/2014

Minha metade silenciosa, de Andrew Smith.
Já depois que li a sinopse, eu já me liguei em qual era o assunto, mesmo assim fui adiante. Achei o livro muito legal, olhando pela capa.
O livro fala sobre um adolescente de 14 anos que sofre Bullyng, e o seu irmãos mais velho, Bosten, o protege em qualquer situação, até mesmo de seus pais abusivos.
No decorrer na história nos deparamos com várias situações que nós, quando adolescentes passamos.
O jeito como o autor descreve as ações de Stark, __ Mais conhecido como Palito, por ser alto e magro. __ Nos leva a um mundo diferente, principalmente na parte em que Bosten some, e Palito corre atrás dele, enfrentando todas as situações.
Andrew Smith, o autor desse livro, nos fez lembrar como pensávamos quando éramos adolescentes, o quanto nos achávamos adultos. São só fases, me deixou boas lembranças.
Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 25/09/2014minha estante
Olá, Saulo!

Que resenha legal, cara!
Parabéns pelo livro e pela belíssima resenha!

Abraços!

Daniel Moraes
http://irmaoslivreiros.blogspot.com.br/




Vane 01/02/2015

Foi um livro que me segurou por um bom tempo e fez eu sentir uma parte de mim sendo arrancada logo que eu terminei de ler. Indico para todo mundo, mas já aviso que não é uma história leve. Entretanto, te faz pensar em muita coisa MESMO. Fechei o livro querendo saber mais da história e ao mesmo tempo com um sentimento leve no peito.

site: http://www.esteveswhere.com/2014/10/resenha-do-livro-minha-metade-silenciosa.html
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Rose 18/02/2015

Starck McClellan tem 14 anos. Seu apelido é Palito, por ser muito alto e magro. Seu irmão Bosten, de 16 anos, sempre o defende das maldades que fazem com ele por conta da falta de uma das orelhas. Os dois são inseparáveis e o amor que os une é uma das coisas que o fazem suportar a vida dentro de casa.

Eles são constantemente maltratados e espancados pelo pai. A mãe também é conivente com tudo isso.

O engraçado é que todo mundo de fora acha que os pais deles são perfeitos, mas eles conhecem a verdadeira face de ambos.

Além de Bosten, Starck conta também com Emily, sua única e fiel amiga. Bosten também tem um grande amigo, Paul.

A amizade entre eles cresce e se fortalece a cada dia. Starck começa a notar sentimentos diferentes conforme vai entrando na adolescência. Com os hormônios nas alturas, ele não sabe lidar muito bem com as próprias mudanças e descobertas da vida.

Em uma época de feriado, os irmãos foram despachados para a Califórnia na casa de uma tia que nunca viram. É justamente com Dahlia que os meninos conhecem o lado simples e descomplicado da vida. Onde a única regra mesmo era ser feliz e viver.

Mas a verdadeira vida deles não era na Califórnia, e eles tinham que voltar para a triste e fria realidade de Washington. Mal sabiam eles que a vida deles estava prestes a mudar tragicamente.

Se as coisas dentro de casa já não iam bem, pioram drasticamente quando os pais se separam e eles são obrigados a viverem com o pai. Sem falar que o pai acaba descobrindo o grande segredo de Bosten. As coisas realmente complicam, e Starck não entende porquê as pessoas criam tanta confusão diante dos sentimentos enquanto coisas mais séries acontecem com todo mundo.

Sozinho, longe do irmão que acabou fugindo de casa, Starck sabe que só voltará a viver mesmo quando tiver seu irmão novamente ao seu lado.

Sem tempo a perder e contando apenas com a própria esperança, o apoio de Emily e a força que ela e seu irmão sempre depositaram nele, Starck parte em busca de seu irmão.

Ele precisa acreditar a todo custo nesta força se quiser lutar por sua vida e pela vida daquele que ele mais ama: Bosten.

Há muito tempo que eu queria ler este livro, e quando a Camis falou que poderia me emprestá-lo fiquei mega feliz.

Ao longo da leitura meu coração foi ficando apertado. Eu temia o que poderia acontecer com os irmãos. Ficava o tempo todo lembrando dos meus filhos e de quanto eles são grudados um no outro. A união deles é a mesma destes dois personagem, então sei muito bem como eles se sentiam diante do sofrimento um do outro. Por conta disso, queria a todo custo protege-los do que poderia vim nas páginas seguintes.

Uma leitura tensa e emocionante. Um drama familiar que é a realidade de muitas casas. Uma história onde é notória que apenas o amor fraterno e a bondade existente nas pessoas será capaz de salvar estes irmãos... E ficamos torcendo para que isso aconteça...

site: http://fabricadosconvites.blogspot.com
Mariza 21/02/2015minha estante
ADOREI.BELA ABORDAGEM DAS FALSAS REALIDADES QUE MUITAS FAMILIAS VIVEM.PRESENCIEI ALGO PARECIDO.ESTOU CURIOSA PARA SABER QUAL O SEGREDO?SERA QUE ELE É GAY? SANTA CURIOSIDADE.


Clarice.Castanhola 15/04/2015minha estante
Olá,
Esse livro é tão bom, que não tenho o que falar,um dos fatores que mais me chamou a atenção no livro foi o modo como o autor retrata o abuso sofrido pelos meninos. Bosten apanha diversas vezes do seu pai e, pra piorar, sofre abusos sexuais. O autor faz uma brilhante crítica à hipocrisia e podridão humana, já que o pai de Bosten não aceita de jeito nenhum sua sexualidade, mas comete diversos abusos com o filho...a leitura realmente é muito tensa e emocionante...




mpin 14/10/2019

A nada mole vida de Stark
Romance Yong adult que tenta ser experimental na linguagem, tentando transmitir ao leitor a atmosfera de um protagonista que só tem um ouvido, mas que traz pouco para justificar o jeito excêntrico de se organizar os parágrafos. Além disso, é um romance de formação que reserva diversas provações aos personagens e mostra com clareza as consequências de um lar desestruturado na vida de dois irmãos adolescentes. O arco narrativo fica meio previsível, especialmente depois que a Califórnia entra na trama, e muitos personagens são unidimensionais. Quando o primeiro amor de Stark começa a decolar, a mocinha da trama é deixada de lado, sem um desfecho definido para ela. Se por um lado o livro tem o trunfo de trazer uma história que evita certas soluções fáceis, por outro faz exatamente isso para fechar o arco narrativo. A sexualidade de Bosten poderia ter sido mais explorada, e Paul simplesmente desaparece. Sem falar na separação dos pais, que é abordada vagamente. Leitura recomendada, apesar das limitações da trama.
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Thayse 08/09/2015

Sobre amizade, coragem e esperança.
Minha Metade Silenciosa conta a história de Stark McClellan, conhecido como Palito, um garoto de 14 anos, alto, magro e com apenas uma orelha. Como é de se esperar no meio da vida adolescente, a deformação de Palito faz com ele sofra bullying constantemente. Como se não bastasse, Palito e seu irmão Bosten vivem em um lar hostil e sofrem constantes abusos de seus pais. Seu irmão mais velho é única referência amorosa que Palito possui, sendo seu grande amigo e protetor.

Após um trágico acontecimento, Bosten decide fugir e acaba deixando Palito sozinho pela primeira vez na vida. Palito sente a falta do irmão como a falta de um pedaço seu e decide encontrá-lo custe o que custar.

O livro é narrado em primeira pessoa, na visão de Palito. O fato de estar “na cabeça” de Palito influenciou a forma da escrita do autor, que se utiliza se espaçamentos e alinhamento para indicar a forma como Palito escuta. Você vai achar estranho no início, mas isso vai te ajudar a não esquecer quem Palito é.
Adorei todos os personagens do livro, mas Palito é o meu favorito. Mesmo sendo obrigado a viver em um mundo de bullying e abuso, Palito não é um menino chorão. Ele aceita as coisas como elas são e continua vivendo sua vida da maneira que aprendeu. Ele é um garoto bom, mesmo com exemplos paternos tão ruins.

Apesar de quase sempre viverem debaixo de julgamento e sofrimento, Palito e Bosten também encontram pessoas boas no decorrer do caminho, pessoas que lhes dão o amor que jamais pensaram que receberiam, e sem exigir nada em troca. Minha Metade Silenciosa é o tipo de história que apesar dos obstáculos nos dá um gostinho de esperança.

O abuso sexual, a sexualidade e o uso de drogas são temas tratados de maneira muito sutil. Confesso que gostaria que o autor tivesse explorado mais os temas, falando abertamente sobre tais questões.

Dá pra perceber que a edição do livro foi pensada com muito carinho. Para começar, o título brasileiro dá mais significado a história que o título original, que é somente “Stick” (palito em inglês). Além da diagramação, espaçamento e alinhamentos diferenciados para representar a audição de Palito, o livro propositalmente não tem a orelha direita, assim como o personagem. Legal, né?

Um livro para ler, reler, indicar pra família, amigos e desconhecidos. ENFIM, amei amei amei!

site: https://horaadocha.wordpress.com
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Renata.Rodrigues 21/02/2016

É inteiramente cativante
Meu contato com o livro foi através da loucura de uma pessoa que queria jogar todos os livros que ele tinha fora. Minha tia, pegou todos os livros pra ela e me emprestou alguns. Me interessei por esse, simplesmente, pelo título. Só fui entender o real significado do título depois de ler algumas páginas.
Conta a vida complicada de dois adolescentes nos EUA, e mostra como o bullying é forte por lá. Acontece que o foco do livro não é o bullying, este é apenas o ponto de partida.Trata-se da vida de um menino que tem apenas uma orelha e auto-estima muito baixa e também de seu irmão mais velho que tenta proteger o caçula das outras pessoas do mundo. Possui um desfecho inimaginável.
Um livro cativante que prende do início ao fim, embora o foco seja dois adolescentes não há nada de bobo, é tudo muito interessante. Todos os personagens são marcantes, cada um com sua história bastante singular.
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Fernanda @condutaliteraria 20/12/2015

Comecei lendo “Minha Metade Silenciosa” com o pensamento de que se tratava apenas de uma história de adolescentes, estava errada.

Realmente as primeiras páginas são um pouco cansativas, mas logo o autor muda o ritmo e começa a envolver-nos.

Stark ou somente Palito, tem 14 anos e uma vida conturbada. O garoto sofre bullying devido a uma deficiência (falta de uma orelha), além disso, vive em um lar violento e opressivo.

Bosten, seu irmão, um adolescente rebelde, é a pessoa que Palito mais gosta no mundo. Os dois são muito amigos e tentam juntos superar a violência do pai. Bosten é super protetor com irmão. Com isso, o maior medo de Palito é ficar sem ele.

Até que um evento dramático com o pai acaba levando Bosten a fugir de casa. Isso faz com que Palito tenha um amadurecimento muito forte em sua busca pelo irmão. Essa parte do livro é um pouco rápida e pelos acontecimentos acho que merecia uma abordagem maior. No entanto, não tira o brilho da história.

O livro é narrado em primeira pessoa e o autor de forma espetacular consegue passar para o leitor a deficiência auditiva de Palito. É como se você sentisse toda a limitação, os silêncios, impossível de não se envolver totalmente com o personagem.

Interessante e com temas fortes, como bullying, violência doméstica, abusos entre outros, a história de Palito é transmitida de forma poética, trazendo um enredo cheio de tristezas e ao mesmo tempo cheio de amor e amizade.

“ Ela aprisionou meu coração dentro da minha cabeça. Tudo estava mudando. Tudo, menos aquela metade silenciosa da minha cabeça”. Pág 59

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Andressa 01/12/2015

Simples e tocante.
Quando você lê alguma resenha sobre, acha logo que será um livro com mais uma história de um adolescente que não tem alguma parte do corpo, complexado, sem amigos e vida social, com problemas de pertencimento. E quando você começa a leitura, percebe o quanto estava enganada. Uma história linda de amor entre irmãos contra comportamentos abusivos de pais e colegas de escola. Como eles agem perante essas situações? Ai você terá de ler para descobrir. Livro com narrativa simples, mas muito comovente. É um tema muito delicado de ser abordado, pois mexe com a "santidade" dos pais, mas que Andrew descreve com louvor.
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