As cidades invisíveis

As cidades invisíveis Italo Calvino




Resenhas - As Cidades Invisíveis


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Gabi 28/12/2023

Relatos de um colonizador filosófico
Comecei essa história curtinha, pra relaxar antes de dormir. Com capítulos curtos com narrativas de paisagens de viagens por cidades com nomes de mulheres, o livro acompanha Março Polo pela jornada pelas cidades invisíveis com nomes de mulheres e seus relatórios ao imperador. Com uma escruta bem metafórica e filosófica, a leitura flui como água rio a baixo; mas no fim, percebe-se que o que narra Março Polo é, em partes, fruto da sua própria imaginação e de suas próprias visões do mundo. O que o torna um narrador não tão confiável e bem filosófico.
Mas ainda sim, um explorador da cultura alheia, baseado na sua própria visão do mundo,
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juliao.pdf 22/12/2021

eu amei esse livro eh uma leitura tão leve
eu amei as descrições e as reflexões que o livro traz
calvino eu te amo
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Beatrizjesus 25/02/2024

Talento com as palavras
Esse primeiro contato com a obra de Ítalo Calvino já foi suficiente para me cativar. A delicadeza, a beleza e a sábia forma com que o autor descreve as cidades que Marco Polo passou são únicas. Foi uma leitura labiríntica e cheia de significados.
Se ler, de um modo geral, já é uma forma de viajar, ler As Cidades Invisíveis é quase que um teletransporte subjetivo e imaginativo ao redor de um mundo cheio de cidades ?femininas? e do que ele tem a nos ensinar.
Nada neste livro é dispensável.
Lis 27/02/2024minha estante
Descrição fidedigna a sensação de lê-lo. Belíssimo!




Gabi 21/02/2024

Algo novo
Ao olharmos uma cultura, um cotidiano e uma vida distante da nossa, não há interpretação possível que possamos fazer que vai fazer jus ao que de fato ela é. Olhamos para algo novo, não totalmente pensado imaginado pela gente, mas também não a completa verdade. Essa foi uma das conclusões que tirei desse livro
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Mathias Vinícius 09/04/2024

Um comentário sobre: As Cidades Invisíveis
Sabemos o quanto é interessante quando um autor faz o leitor conjecturar as mais improváveis teorias a respeito do enredo. Mas e quando essa situação é transportada para a linguagem visual? Quando ele exige que você acredite nas paisagens mais impossíveis? Quando falamos sobre essas situações que envolvem descrições mirabolantes de cenários fantasiosos, nossa mente se lembra dos grandes escritores de fantasia e ficção científica: J. R. R. Tolkien, Ursula K. Le Guin, Arthur C. Clarke, Brandon Sanderson e outros. Esses autores nos levam a mundos imaginários, desafiando nossas percepções da realidade e nos fazendo sonhar com possibilidades além do nosso próprio tempo e espaço, com longas descrições panorâmicas para integrar o leitor à trama e trazendo-o para situações que nos coloca com as sensações necessárias para cada momento narrado.

O que, de fato, não é diferente do que Italo Calvino faz com o seu leitor nesta obra, As Cidades Invisíveis. O que ele fez comigo? Ele me pegou pela mão e me fez sentar nas grandes almofadas da corte do imperador Kublai Khan, enquanto o navegador Marco Polo contava sobre as suas passagens pelas mais impossíveis cidades já descritas. Ao longo dos diversos diálogos que ocorrem entre os relatos de cada cidade, somos confrontados a todo momento a indagar se as descrições feitas por Polo eram verídicas ou não. Calvino habilmente mistura realidade e fantasia, criando um cenário onde cada cidade representa estados emocionais, memórias e sonhos.

A prosa proposta por Calvino flui com uma suavidade melódica e poética, e sua abordagem literária é singular. As cidades são frequentemente associadas a metáforas e imagens simbólicas, elas representam estados emocionais, memórias e sonhos, indo além da realidade concreta, questionando a própria natureza da narrativa, ou seja: a mente do autor e do leitor, tornam-se lugares onde o real e o imaginário se entrelaçam, até mesmo se questionando se aquelas coisas aconteceram durante o século XIII ou se aconteceram em um tempo futuro em que a sociedade que conhecemos não existe mais. As cidades estão para além dos espaços físicos; elas tornam-se símbolos complexos e inesgotáveis da experiência humana.

"POLO: …Pode ser que os terraços deste jardim só estejam suspensos sobre o lago das nossas mentes…
KUBLAI: …E por mais longe que as nossas atribuladas funções de comandante e de mercador nos levem, ambos tutelamos dentro de nós esta sombra silenciosa, esta conversação pausada, esta tarde sempre idêntica.
POLO: A menos que não se dê a hipótese oposta: que aqueles que se afanam nos acampamentos e nos portos só existem porque nós dois pensamos neles, fechados neste tapume de bambus, sempre imóveis.
KUBLAI: Que não existem o esforço, os gritos, as pragas, o fedor, mas apenas esta azaleia.
POLO: Que os carregadores, os pedreiros, os lixeiros, as cozinheiras que limpam as entranhas dos frangos, as lavadeiras inclinadas sobre a pedra, as mães de família que mexem o arroz aleitando os recém-nascidos, só existem porque pensamos neles.
KUBLAI: Para falar a verdade, jamais penso neles.
POLO: Então não existem.
KUBLAI: Não me parece ser essa uma conjetura que nos convenha. Sem eles, jamais poderíamos continuar balançando encasulados em nossas redes.
POLO: Devemos rejeitar a hipótese, então. Portanto, a hipótese verdadeira é a outra: são eles que existem, não nós.
KUBLAI: Acabamos de demonstrar que, se nós existíssemos não existiríamos.
POLO: Ei-nos aqui, de fato."

site: site: https://www.instagram.com/um_comentario_sobre/
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Lorena Morais 24/08/2010

Metaforizando Calvino
No ano de 1923 nasceu em Santiago de Las Vegas, Cuba, um dos maiores escri-tores da literatura contemporânea do século XX. Italo Calvino, filho de cientistas italianos, acabou nascendo na América Latina devido às constantes viagens realizadas pelos seus pais, porém passou toda a sua vida na Itália. Tendo escolhido percorrer outros caminhos matriculando-se na escola de Agronomia, o desenrolar da II Guerra Mundial acabou levando Calvino a desistir do curso e participar da resistência ao fascismo.
Decidido pelo curso de Literatura, após a guerra o escritor inicia seu fascínio literário em 1947, escrevendo sua primeira obra intitulada Sentiero dei Nidi di Ragno (O Caminho para os Ninhos de Aranha), que é inspirada em sua participação na Resitência. Mas foi a partir dos anos 50 que Calvino passou a escrever obras que o tornariam famoso internacionalmente. Dentre elas está Le città invisibili, livro de 1972 - o qual me refiro nessa resenha - traduzido para o português As cidade invisíveis, por Diogo Mainardi.
Que faria Kublai Khan – rei de um grandioso império tártaro – para conhecer os territórios do seu reino? Ele se daria ao luxo de deixar seu belíssimo e confortável trono do palácio de Kemenfu para conhecer cidades tão distantes? Enfrentaria tempestades, subiria morros, atravessaria rios?
Aí é que entra Marco Polo – o famoso viajante veneziano saiu das histórias da vida real para navegar no universo ficcional de Italo Calvino. Polo é um dos enviados encarregados de visitar as cidades do reino e descreve-las em suas missões diplomáticas. As cidades invisíveis, relatadas através de toda uma simbologia do diálogo sem palavras, porém baseados em gestos que o grande Khan consegue compreender.
A história vai muito mais além do que descrições geográficas. Ela proporciona a quem lê uma visão mais apurada e complexa das relações entre os seres humanos. Marcos expõe as cidades de uma maneira que não nos faz imaginar como são feitas e sim de como nos sentirmos perante cada descrição.
O livro é composto por nove capítulos que narram os caminhos do viajante pelas cidades. Sem seguir uma trajetória linear, o leitor pode viajar pelas entrelinhas de qualquer capítulo sem se fazer necessário prender-se a uma ordem cronológica. Cada cidade possui um título relacionado à temática apresentada; como A cidade e a memória, referente à espetacular Diomira, que nos faz rememorar momentos felizes; As cidades e os mortos, da Argia que vive debaixo da terra ou As cidades e o céu contemplado ao fim do dia, na cidade de Tecla. Tantas outras cidades que nos faz viajar pelo reino das palavras.
Com uma linguagem bastante rebuscada, Calvino desafia o leitor através de suas metáforas surpreendentes. À medida que o mesmo vai adquirindo maturidade pode-se abarcar com mais facilidade na invisibilidade sensitiva do autor.
A leitura pode não agradar devido à linguagem utilizada pelo autor, contudo não se torna cansativa, por ser dividida em capítulos compostos de pequenos relatos.
Há um fato curioso que muitas vezes foge a nossa percepção: todos os nomes das cidades são nomes femininos. Que diria isso, então? Pode-se afirmar que Calvino quis relacioná-las às antigas cidades que também possuíam nomes de mulheres, de deusas. Como a cidade de Atenas - da Grécia antiga -, relacionada a Atena, deusa da sabedoria e das artes. A figura feminina soa como protetora das cidades, como ocorre na maior parte das cidades católicas, devotas de padroeiras. Esta seria mais uma das metáforas elaboradas pelo escritor, que, no entanto, deixou a critério da imaginação de quem penetra na narrativa.
Possa ser que dentro de cada cidade visível – de asfalto e concreto – exista uma cidade invisível repleta de significações. Nos diálogos entre os habitantes, na árvore da esquina, na criança abandonada, na localização do banco da praça, no cachorro deitado a uma sombra qualquer. Cidades invisíveis que nos ensina não a aproveitar suas maravilhas, mas a encontrar respostas dadas às nossas perguntas.

Por Lorena Morais
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Nat 02/03/2020

^^ Pilha de Leitura ^^
As Cidades Invisíveis é, basicamente, uma conversa entre o imperador Kublai Khan e o explorador Marco Polo, sendo que este descreve as incontáveis cidades que visitou em suas missões diplomáticas. O interessante (e também estranho) é que Polo não descreve as cidades da forma convencional como estamos acostumados, e sim de uma maneira que parece que ele está descrevendo uma mulher; mesmo os nomes são outros, e ele sempre relacionada com temas como memória, céu, etc. Ler Ítalo Calvino é sempre um desavio para mim, precisa ter muita imaginação. E a leitura nunca segue para onde se está esperando. Gostei de As Cidades Invisíveis, porém acredito ter me conectado mais ao anterior que li – Se um viajante numa noite de inverno.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Monica 21/06/2020

Maravilhoso!
A sinopse pode ser bastante simples: aqui, o viajante veneziano Marco Polo descreve para Kublai Khan as cidades do império tártaro. Mas não subestime as 140 páginas deste livro, que facilmente podem ser lidas em um dia.

As Cidades Invisíveis não é um livro para se ler rapidamente e se contentar com a história apreendida. É para morar na cabeceira, deixar-se digerir aos poucos, uma passagem aqui outra acolá. Um livro lindo que diz tanto em tão poucas páginas.

Um livro para se ler a vida toda.
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Nara 24/03/2020

Para conseguir "visualizar" a cidade narrada precisa de muita imaginação e para mim é um obstáculo bem grande. O jeito ? e a dica ? foi buscar as imagens, pinturas, interpretações no Google.
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taylagomes 15/10/2023

Memória. Desejo. Símbolos. Delgadas. As trocas. Os olhos. O nome. Os mortos. O céu. Contínuas. Ocultas. A cidade como símbolo da existência humana. Aporta-se na cidade infernal, âncora da vida. Ou indiferenciar-se do inferno ou abrir espaço no que não é inferno no inferno.
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K.Castanheda 04/12/2022

O que faz uma cidade única? Aqui as cidades apresentadas pelo viajante são descritas para além de sua características geográficas.
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Pedro 26/04/2011

Um estudo sobre o tédio
Eita livrinho chato, monótono, sem graça, insosso, bucólico e mais uma infinidade de palavras. Alguém explica o que ele tem de tão bom?

Peguem uma cidade qualquer e me explanem o que ele desvenda, explica, desmistifica... fico lendo tantas resenhas falando maravilhas que até parece ser uma obra magnífica diante de um analfabeto.

Apesar de ser um excelente narrador, Calvino peca pela falta de sensibilidade. Peguem uma cidade, pode ser das últimas, Marósia, Pentesiléia, Teodora, Berenenice e me provem que este não é somente mais um livro endeusado de maneira cega.
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Nazrat 27/03/2022

Sobre paradoxos e descrições
Será que está cidade existe mesmo? Seria só uma nostalgia do viajante? Cada cidade tem uma personalidade própria? Interessantes os questionamentos propostos neste escrito. Este livro é um bom exercício para trabalhar polaridades. Em alguns pontos foi um tanto quanto cansativa a jornada, pela aparente repetição, mas é uma experiência única acompanhar a estrutura narrativa deste livro.
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Anderson.Hoch 13/05/2021

Um OuLiPo. As cidades invisíveis, Calvino
O livro "As Cidades Invisíveis" de Italo Calvino foi minha escolha para a categoria 2 do Desafio Livrada 2021, um livro OuLiPo. A primeira dificuldade, como a maioria das pessoas, é saber que gênero é esse, depois que autores e obras procurar.
Enfim, é um livro surpreendente, pois fala de um tema corriqueiro, a cidade, aparentemente de forma comum, nos relatos das viagens de Marco Polo a Kublai Khan. Porém é só isso e muito mais que isso.
São várias cidades e uma só. Muitos relatos e um só. Aqui percebe-se que nada dá realmente conta do que é uma cidade. E muitas vezes vemos as cidades dos personagens, outras do escritor e ainda podemos observar a nossa cidade, a cidade do leitor.
Curti. Boa leitura.
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Viny 21/06/2022

Do que é feito uma cidade além do que está visível para quem nela anda? É sobre isso esse livro, sobre o que constrói uma cidade em seus habitantes e também naqueles que a visitam e que muitas vezes veem a cidade na qual vivemos com um olhar mais cheio de frescor e por um novo ângulo do qual somos incapazes de olhar.
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