Resenhas - Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?

Pedro.Junger 15/09/2020

O que nos torna verdadeiramente humanos?
Adquiri esse livro por ser um grande fã do filme, mesmo sabendo que os dois possuem suas divergências. O que mais me impressionou foi que, os dois "Blade Runners" (livro e filme) não são uma versão alternativa ao outro, e sim, um complemento.
Se você já leu e não foi ver o filme, corre pra ver que a mensagem se torna ainda mais completa, e vice-versa.
A principal questão, que a obra como um todo levanta, é justamente o título da minha resenha: o que nos torna verdadeiramente humanos? Num mundo onde andróides e humanos se parecem cada vez mais, o que os diferencia? Justamente o que carregamos dentro de nós: sentimentos, emoções e principalmente a nossa empatia pelo próximo. O que nos faz refletir: quem é mais humano, um androide que se preocupa com seu próximo ou um humano que não liga para nada além de si mesmo?
Resumindo, achei incrível esse livro.
A linguagem usada por Phillip é rápida e dinâmica e em nenhum momento arrastada. Recomendo para todos não como uma obra de ficção e sim como uma reflexão filosófica sobre a nossa humanidade.

godz 01/10/2020

Muito bom
Já tinha assistido ao filme antes de conhecer o livro. Mas agora que li e assisti, percebo como uma obra complementa a outra, e tive uma experiência muito boa com ambos. É uma boa reflexão da nossa sociedade, tem uma boa ambientação, uma boa narrativa e os personagens são muito bacanas também. Fica a dica pra quem gosta de ficção científica, ou pra quem já viu o filme e tem medo de ler o livro, não desanime por isso, tem muitas diferenças e a versão do filme é meio "expecificada".

Larissa.Cifarelli 11/12/2021

Pkd
Ler ficção científica sempre é muito difícil para mim, não é minha leitura costumeira, tive uma certa resistência em começar a ler PKD por ser um gênero no qual não me identifico e por críticas sobre suas obras, mas neste mês dei essa oportunidade e que bom, me surpreendi muito, a escrita é simples, a ambientação é clara, a trama é bem filosófica, eu adorei a experiência, com certeza o autor vai ter mais espaço nas minhas listas.

Gabriele 03/09/2022

blz
Primeiramente, quero ressaltar o quanto Philip foi genial quando escolheu esse título para o livro, sobretudo, porque ele consegue casar os pontos mais abordados nessa história que são "Android Sonham" e "Ovelhas Elétricas".

O contexto do livro é dado em um mundo pós-guerra nuclear, descrevendo um ambiente inóspito e melancólico com maestria. A história acompanha a trajetória de um caçador de recompensas, chamado Rick Deckard, que é exposto a condições precárias tanto no lugar onde vive, quanto no meio de trabalho.

A vida de Deckard sofre uma reviravolta quando ele se vê em uma missão onde deveria "aposentar" vários androides em menos de 24 horas. Contudo, o caçador possui um objetivo claro após solucionar essa tarefa, que seria comprar uma ovelha de verdade, cujo impacto, no mundo em que vive, é o de acender socialmente, visto que animais reais eram raros no mundo pós-guerra.

O livro propõe diversos questionamentos sobre o que é ser humano, pondo em ênfase aqueles vistos como não-humanos demonstrando constantemente uma vontade muito forte de viver e ser livre.

Enfim, apesar do livro ser um bom clássico de distopia cyberpunk, com perseguições policiais e questionamentos morais, também é preciso ter um olhar crítico para possíveis problemáticas na obra. Um exemplo disso seria o fato de todas as figuras femininas que compõem o enredo serem tidas como fúteis e extremamente sexualizadas, estando na trama apenas para servirem de paixão temporária dos homens e pô-los no caminho errado.

Jonatas 11/07/2022

Ficção Científica Reflexiva
Uma ótima história de ficção científica com várias reflexões sobre o que nos torna humanos, além de trazer em pauta a importância da preservação do meio ambiente. A construção do mundo é muito bem feito.

Única ressalva é que o final é bem anticlimatico, mas não estraga a experiência.

Matheus 31/10/2021

Demora, mas o ritmo vem
Eu levei mais de um mês pra terminar esse livro, já que dei uma longa pausa na leitura dele. Essa pausa foi justamente por causa do ritmo do próprio texto.
É um livro que começa lento, e você demora pra se acostumar com alguns termos que aparecem e com o próprio cenário que os personagens vivem.
Rick é um protagonista bem pouco carismático, tão tal que eu me afeiçoei primeiro pelo Isidore, um andróide que divide os capítulos com ele, do que com o protagonista principal.
Mas depois que você chega na metade do livro, que foi bem quando eu retomei a minha leitura, a história dá uma guinada e as coisas começam a ficar bem mais interessantes.
Pelo drama filosófico, apesar de não ser tão aprofundado quanto eu tinha ouvido falar em outras resenhas, a história compensa. O dilema de Rick é uma coisa bem interessante de se ler e de se imaginar, e toda a situação ética envolvendo os animais de estimação e a questão da "máquina de emoções" ( que agora eu não lembro o nome exato) fazem todo sentido na história, e são as melhores coisas desse livro.
Blade Runner foi uma boa leitura, e apesar da minha pausa, eu gostei do que eu li.

ramslaymer 28/12/2020

Eles realmente sonham?
"Afinal, o que distingue um androide de um ser humano? A empatia, ou seja, a capacidade de se importar com o próximo." (from "Blade Runner" by Philip K. Dick)

É um livro inquietante nas idéias, mas sem ser tão detalhista nos conceitos e acontecimentos. Eu realmente li algumas partes meio perdido mas com a paciência que com mais elementos eu entenderia o cenário como um todo.

Eu pessoalmente gosto de distopias um pouquinho mais filosóficas, o que não desmerece nem um pouco os paralelismo dessa obra com o mundo atual (minha parte preferida em distopias, porque afinal eu estou lendo em 2020 uma obra que se passa em um mundo futurista de 2019).

== A PARTIR DAQUI LEVES SPOILERS ==

Vamos ao paralelismos: o mercerismo como um todo, a experiência de fusão e as pedras sendo jogadas refletem MUITO uma parte da experiência que temos hoje com as redes sociais, no contexto da fusão com outras pessoas, absorvendo momentos de felicidade, descontração e luxos que muitas vezes não vivemos, e também a parte das pedras sendo jogadas e todo o hate que acontece na internet hoje que por um lado é tão ruim e pelo outro desperta a empatia em outros, é praticamente uma faca de dois gumes.

"Todavia, essa volta ao real só aumenta a sensação de vazio, fazendo com que o praticante retorne, o quanto antes, à caixa de empatia." (from "Blade Runner" by Philip K. Dick)

E o paralelismo da caixa de empatia com o celular pra mim é gigante!
A muito o celular deixou de ser uma ferramenta de comunicação pra ser uma ligação pessoal com o mundo, o mesmo propósito da caixa de empatia.

Pois bem, apesar de ainda não termos colonizações em Marte ou mesmo androides humanóides vivendo entre nós (será msm? Vem logo Dolores!) em muito a estrutura desse mundo em decadência lembra traços do nosso mundo atual, e isso é assustador e também estimulante para os amantes de distopias.
Pode vir sem medo!

Léo 21/07/2022

Sobre Blade Runner;
?Você será requisitado a fazer coisas erradas não importa para onde vá. É a condição básica da vida, ser obrigado a violar a própria indentidade. [?] É a sombra derradeira, o defeito da criação; é a maldição em curso, a maldição que alimenta toda vida. Em todo lugar do universo.?
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Num mundo destroçado e quase pós-apocalíptico, Blade Runner narra a vida de Rick Deckard, um caçador de recompensas com evidente objetivo em vista; substituir sua ovelha elétrica. Para isso, um inusitado trabalho cai em suas mãos, fazendo-o perseguir seis androides fugitivos de Marte. Uma tarefa aparentemente simples, mas que leva à derradeiros questionamentos.
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Tinha bastante esperança nesse livro por se tratar do próprio Blade Runner; um clássico do futurismo e cyberpunk extremo. E decididamente não me decepcionei.
Desde os primeiros momentos no livro, fui envolvido pela escrita do autor, me colocando ali junto ao protagonista. Não tenho palavras suficientes para descrever os personagens construídos; a própria Rachel, o J. R. Isidore e o próprio casal principal: simplesmente fantásticos.
E todas as mensagens por trás da história; a ilusão da própria realidade, as indiretas críticas sociais e ao meio-ambiente e, como principal, a questão do ser humano e a sua empatia seletiva. Tudo tão bem ambientado e bem retratado.

Meu primeiro livro do PKD (mas com certeza não o último) e simplesmente amei a experiência.

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?As coisas elétricas também têm suas vidas.?

Iury Cauan 05/11/2023

Dilema ético num futuro distópico
Em Blade Runner, somos imersos em um mundo distópico onde a relação de Rick com sua esposa é apenas o ponto de partida para a narrativa. Neste universo, a extinção de animais transformou-os em artigos de luxo, enquanto os menos afortunados recorrem a animais elétricos que se assemelham à realidade.
A obra explora paralelos intrigantes com a colonização por robôs, um tema também abordado por Asimov em sua série de robôs. O Mercerismo, um culto peculiar, utiliza a Caixa de Empatia para conectar os seguidores à experiência de seu líder, Wilbur Mercer, destinado a continuamente subir uma colina e ser apedrejado.
A radiação, por sua vez, diminui a cognição de algumas pessoas, transformando-as em "cabeças de galinha" e causando efeitos físicos adversos.
Este cenário desafia as fronteiras da vida, questionando se os androides devem ser considerados seres vivos ou simples máquinas, já que, ao contrário de humanos e animais, não são protegidos por lei. Surge então o dilema moral: é aceitável tirar a vida deles? No decorrer do livro, Rick usa ?aposentar? em vez de ?matar?, suavizando suas ações.
No desfecho, Rick conclui sua missão e retorna ao seu lar, reacendendo reflexões sobre identidade, humanidade e moralidade que ressoam muito além das páginas do livro. Blade Runner é uma exploração profunda e provocativa das complexidades do ser e da tecnologia, deixando os leitores imersos em dilemas filosóficos enquanto acompanham a jornada emocional do protagonista.

Léo 26/05/2020

Entendendo o filme Blade Runner pelo livro k
Peguei pra ler esse livro pra entender o filme que tinha me deixado muito confuso, mas deu tudo certo no final e achei genial a filosofia por trás da história.

Blade Runner, ou também conhecido como "Andróides sonham com ovelhas elétricas?", apresenta um mundo futurístico completamente cagado, onde pessoas selecionadas colonizam Marte e recebem robôs para ajudar em suas vidas, enquanto as outras tem que sobreviver no meio da poeira radioativa na Terra. A história tem o foco no personagem Rick, um humano que não pode migrar de planeta pois possuía a missão de aposentar os Andróides fugitivos de Marte.

Ireuba 01/10/2023

Eu gostei muito dessa leitura, eu fiquei um pouco confusa no começo mas logo me acostumei com esse novo universo e até fiquei ansiosa pra saber o que iria acontecer. O livro trás muitos questionamentos, o que mais me chamou a atenção foi do que diferenciava os humanos dos Androids, nesse caso seria a empatia, porém alguns humanos não se mostram tão empáticos assim e alguns Androids parecem ter um certa sensibilidade.

João 20/07/2023

Grande obra para os novos tempos de I.A.
Blade Runner trata-se de um clássico de ficção científica com elementos de distopia futurista num ambiente noir.
Rick Deckard é um caçador de recompensas de andróides rebeldes (que almejam por liberdade), em uma Los Angeles decadente, gótica e dominada pela ?Poeira?.
Questões filosóficas sobre a natureza da humanidade, a ética da criação artificial, a influência da tecnologia no cotidiano de uma sociedade, identidade e existência são os pontos chaves da obra.

Gabriel Dummer 23/04/2020

Como está sua empatia?
Um livro incrível. Nos faz pensar sobre o que nos torna humanos. Será que passaríamos no teste Voigt-Kampff? Um andróide pode ser considerado um ser vivo, ou poderíamos "aposentá-los" sem ficar com peso na consciência? E qual real valor poderíamos dar a uma aranha ou um sapo em nosso catálogo Sidney's? E quão importante é o mercerismo na vida de todos? O quão próximos estamos de uma Guerra Mundial Terminus? E o quanto de Poeira poderemos suportar antes de fugirmos para Marte? É um livro de ficção científica que nos bombardeia com questões profundas sobre o ser humano, ou não.
Apenas uma coisa é certa, segundo J. R. Isidore:
"Ninguém pode vencer o bagulho."

Gabriel.Chiquito 13/06/2021

Phillip K Dick é ótimo!!!
Desde que comecei a ler, eu sempre lia os livros do Asimov que meu pai tem, foram minha porta de entrada para a leitura. E a forma que o Asimov retrata os robôs/andróides e as situações que ele apresenta são muito diferentes das do Phillip K Dick nesse livro.

Eu achei muito legal ficar surpreso com o quão similar aos humanos eles foram, dando pra discernir só naquelas passagens em que eu pensava "mano, o que esse personagem tá fazen... aaaahhhhhhh ele é andróide, eu já tinha até esquecido".

A história é muito boa, todo o cenário e os elementos se completam muito bem e, apesar de curto, o livro forma um todo muito coeso, uma realidade deturpada, mas que realmente é crível.

Outro ponto que achei muito bom foi poder ver aquela fama de "meio maluco" do autor. Houve partes em que tudo começava a parecer um sonho ou uma alucinação DO NADA, mas que conseguiam instigar a não parar só pra tentar entender o que estava acontecendo. O único defeito desse livro é ser muito rápido pra ler. Maravilhoso!!!

Gustavo | @guh_santtoos 08/06/2021

O defeito da criação!
Na História, acompanhamos Rick Deckard, um caçador de recompensas. Ele trabalha para a polícia para identificar e matar androides, que são praticamente idênticos a humanos, mas não têm autorização para viver na Terra. Os androides foram fabricados para servir de empregados nas colônias humanas em outros planetas, mas alguns deles matam seus donos para fugir para a Terra e tentar ser livres.


Pra quem não sabe o livro Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas inspirou o filme Blade Runner, lá de 1982, estrelando o ator Harrison Ford (Star Wars, Indiana Jones) no papel principal. O filme foi um fracasso de bilheteria e só alguns anos depois que alcançou o status cult da cultura pop. O Filme teve uma sequência em 2017, intitulado de Blade Runner 2049, que também não foi tão bem assim nas bilheterias, mas foi o suficiente para ser elogiado pela crítica.


Chega de enrolação e vamos para a resenha!


Segundo livro que leio do PKD e o autor novamente se vê questionando a realidade, como se ele quisesse deixar o leitor com uma pulga atrás da orelha, ou deliberadamente desconfiado, ainda mais pelo fato de você desconfiar de todo mundo, até por que qualquer um ali pode ser um Androide, até mesmo o próprio Deckard, isso vai te deixando maluco ao longo da narrativa, ao fato de você querer antecipar o Plot da vez.

Eu não recomendo muito para quem está começando agora com a Ficção Científica. Provavelmente o leitor irá se perder muito, vai causar uma certa confusão. Então pegue livros mais simples, que não detém tanta atenção assim do leitor.

A escrita eu não tenho o que falar, até por que é muito boa. Vi várias pessoas dizendo que o livro era muito chato, as coisas pareciam que não andavam pra frente, e eu simplesmente não senti isso, a todo momento estava ali envolvido na história.

Talvez a ação aqui seja um pouco corrida demais, e não espere um final com todas as respostas na mesa, mas eu achei até melhor assim, e a questão sobre ser ou não possível ter empatia pelos Andróides é um ponto a se pensar, ainda mais pela sociedade em que vivemos hoje.

Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas tem tudo para agradar o leitor mais hardcore dos Sci-Fi e provavelmente também conseguirá apreciar ambos as obras, tanto o filme quanto o livro, pois apesar de serem diferentes, o ar filosófico proposto pelo autor estão presentes.