Alana.Freitas 25/05/2015Preciso confessar algo há muito bastante evidente: amo capas lindas. E preciso dizer que essa capa da Valentina para Graffiti Moon ficou lindíssima. Não posso julgar por capas, mas já não consigo evitar. As vezes fico com ressaca literária e isso me salva, as vezes. Porque tem uns livros por aí com capa linda e conteúdo bosta.
Anyway, agora vamos ao que interessa.
Graffiti Moon é um livro curtinho e bem escrito, li em um dia. A obra trata de Lucy, uma garota que “acha” que é apaixonada pelo grafiteiro auto intitulado Sombra. Ele é conhecido por deixar sua marca de pássaros e oceanos pelos muros da cidade. Ele escreve desenhando, mundos, sentimentos seus alívios e suas tristezas, a fuga . Ela estava aficionada pelo grafiteiro e juntos com suas amiga Jazz e Daisy tentará encontrá-lo.
“_ A gente acabou de se conhecer, então vou perguntar com delicadeza: você é doida?
– Só por curiosidade, o que você diria se a gente já fosse amiga há mais tempo?
– Ele pode ser um serial killer ou, pior, pode ser velho, Lucinha.
– Serial killers não são criativos.
– Assista Dexter e volte a falar comigo.”
Lucy quer desesperadamente conhecê-lo porque sente que ele entende de arte, ela sente e entende o que ele coloca nos muros. Ela quer conhecê-lo e vai embarcar numa aventura com Ed, o cara com quem ela havia saído há alguns anos e tido um encontro estranho. Edward deixou a escola no primeiro ano porque tinha dificuldade para ler e se achava incapaz de continuar.
A estória intercala poemas do Poeta, e a narrativa Lucy e Ed. Cada um trás um pouco de suas histórias ate chegarem ali. O livro é leve, interessante, bonito, e você sente vontade de rir e chorar. Eu simplesmente amei o Bert. Por alguns momentos senti vontade de chorar e senti uma falta enorme dele, uma saudade estranha por alguém que nunca vi . A vida do Ed era muito ferrada e eu torcia para que tudo desse certo. Ele precisava de alguém, de um emprego... De tudo!
“E todos os pássaros daquele muro caem do céu. Eu os vejo caindo de barriga para cima. Uma tempestade deles cobre o chão. Mais tarde, vou pintar o céu vazio e os pássaros caídos. Vou pintar, e saber que pior que estar preso num jarro é não estar em lugar nenhum.”
A narrativa se desenvolve sem problemas e traz reflexões sobre autoconhecimento, citações interessantes, muitos poemas e personagens agradáveis e amistosos. Realmente amei todos os personagens. Geralmente fico com um pé atrás por causa de alguém, mas nesse livro gostei de todos.
O que também achei legal e interessante é que tudo se passa em uma noite. Já escrevi um livro assim e achei o máximo.
Ed e Lucy entram numa busca para achar o Sombra e a cada hora juntos, eles passam a conhecer um ao outro de verdade. Eles passam a se enxergar e criar novas perspectivas. Nem um dos dois será o mesmo depois dessa noite.
Depois de um livro decepcionante (A joia) ainda bem que decidi ler este romance fofo e interessante genteee.
Obs.: Sem querer me ater a termos médicos, quando Ed disse que era ruim com as palavras acreditei que ele era disléxico. A autora não disse isso, mas foi nisso que acreditei.
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http://piecesofalanagabriela.blogspot.com.br/2015/05/resenha-graffiti-moon-cath-crowley.html