Graffiti Moon

Graffiti Moon Cath Crowley




Resenhas - Graffiti Moon


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Dreeh Leal | @dreehleal 28/03/2018

Esperava amar, mas nem consegui terminar
Lucy é uma amante a arte. Ela faz esculturas de vidro, mas seu amor platônico é por um grafiteiro que ela nem ao menos conhece a identidade. A arte de Sombra está espalhada pelas ruas da cidade, e ela sempre se encantou com a profundidade que ele expõe naqueles desenhos. Quando o ensino médio finalmente termina, ela sabe que deve comemorar de uma maneira inesquecível e encontrar o grafiteiro é seu principal objetivo, porém ela acaba a noite presa ao Ed.

Lucy inicia a noite comemorando com suas amigas, que tem planos melhores que o dela para aquela noite. Quando as visões de Jazz, indicam que o alvo de sua procura está no trio de garotos que acabaram de encontrar, ela se vê frustrada e presa a companhia de Ed. Os dois e conhecem a algum tempo e dois anos antes tiveram o primeiro encontro mais estranho da vida, que terminou com Lucy quebrando o nariz de Ed.

Mas inesperadamente os rapazes acabam salvando sua noite quando dizem saber onde Sombra e Poeta, seu fiel escudeiro, se escondem. A caçada se inicia, mas Lucy acabará descobrindo muito mais nessa noite do que a identidade dos artistas.

Gaffiti Moon é um livro que me atraia a algum tempo. Foi apresentada melhor a ele na retrospectiva da Editora Valentia uns três anos atrás e desde então só estava esperando uma boa oportunidade para ler. Não procurei nenhum resenha durante esse período, mas tinha altas expectativas com a história. Ele chegou pouco antes do casamento e mesmo enrolada, iniciei a leitura, mas não consegui engrenar. Depois que passou a correria peguei para lê-lo mais uma vez e novamente não avancei muito. Preciso dizer o quão frustrante é não conseguir finalizar uma leitura de pouco pais de duzentas páginas.

Se vocês me perguntarem o porque não me prendo a história, eu não saberia responder. Cath Crowley não criou uma história complexa ou cheia de mistérios. Com a narração feita de forma alternada entre Lucy e Ed, logo sabemos quem é o sombra e a história se concentra mais na aventura da noite e no desenrolar de pequenas tramas paralelas. A vida de Ed, por exemplo, está longe de ser tranquila.

Ed trocou os estudos pelo trabalho para ajudar a mãe com as despesas de casa, mas desde a morte do seu chefe, a quem ele também considerava um pai, ele passou a fazer pequenos furtos. Ele nunca foi pego por nenhum de seus delitos, mas se colocar em prática seu plano com Leo, estará prestes a se enrolar seriamente com a polícia. Leo é o cara dos poemas nada ortodoxos que acompanham a arte de sombra e preenchem algumas páginas desse livro. Um cara que faz tudo pelo amor, até se arriscar com a polícia.

Há alguns outro personagens, mas a verdade é que não foi cativada por nenhum deles. Exceto por Ed. Eu queria muito conhecer mais sobre sua história, a forma como ele iria solucionar os seus problemas. Inclusive aquela noite que se iniciou com uma buscaria por ele mesmo, mas que precisaria terminar com o confronto de seus sentimentos.

A história possui capítulos curtos e, como eu disse, possui pouco mais de duzentas páginas. A diagramação é confortável, com algumas gotas de tinta espalhadas ao longo das páginas. Nossa capa é uma das versões mais bonitas que encontrei. É mais conceitual, tem traços de grafite e combinam demais com a história.

Graffiti Moon fala sobre sentimentos, laços e arte. Não consigo definir o que me impediu de avançar de forma satisfatória nessa leitura, mas não desencorajo sua leitura. Leiam e se encantem por mim!

site: http://www.maisquelivros.com/2017/12/resenha-graffiti-moon-cath-crowley.html
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Nick 24/02/2023

Não espera nada
Fui muito sem expectativas nesse livro, acho que isso contribuiu para eu achar ele tão interessante. Não é nem um pouco conhecido mas é muito bom.
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Isa 08/07/2018

Grafiiti Moon - Cath Crowley
"Um artista, uma sonhadora, uma noite, um significado." Romance clichê, mas bom para ler quando procuramos uma leitura rápida e casual. A história possui um contexto que envolve adolescente que querem comemorar o término do ensino médio com aventura, festa e quem sabe, um novo romance, daqueles que possam durar a vida inteira. Lucy é apaixonada pelo Sombra, um grafiteiro, mas acima de tudo, artista. Ed, após abandonar os estudos, tenta encontrar a si mesmo nos desenhos que pinta nos muros, mas, acaba por encontrar a paixão onde menos espera. Os dois se conhecem há algum tempo da escola, já até tiveram um trágico primeiro encontro, mas, nessa noite, o amor pela arte, pela pintura e pela poesia, levam ao inesperado despertar da paixão entre os protagonistas.
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Juuu 05/08/2022

meh
é um romance bonitinho mas não faz meu estilo
porém gostei de muitas partes e da história envolvida :)
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lilasies 28/01/2023

Demorei a ler e me forcei a terminar
Acho que o fato de ter a duração de uma noite mas 240 páginas me deixou maluca, mas é uma história legal. Recomendo para quem tiver paciência.
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Ingrid.Oliveira 25/09/2018

Não esperava NADA desse livro. E quando começou, passei a esperar menos ainda. Mas que surpresa boa!!! É esse tipo de leitura que não me deixa parar de assinar meus clubes. Eu senti uma tranquilidade muito legal lendo Graffiti Moon. Criei vozes e entonações para os personagens de um jeito que não acontecia há muito tempo. Leitura super maravilhosa! Valeu, Skoob, por ter colocado esse livro na caixa Visões. Deu um equilíbrio muito bom ao O Fundo é Apenas o Começo (pesadíssimo!)
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Soliguetti 10/07/2018

Às vezes se pode julgar um livro pela capa
Dizem que nunca se deve julgar um livro pela capa. Às vezes, uma capa linda pode trazer uma história completamente mal escrita (como "Veneno", de Sarah Pinborough), ou uma capa extremamente mal-feita pode trazer uma agradável surpresa ao despretencioso leitor (como "Brilhantes", de Marcus Sakey). Há casos, porém, em que por trás de uma capa tosca esteja um enredo igualmente fraco. Graffiti Moon, de Cath Crowley, se encontra nessa última classificação.

O livro conta a história de Lucy, que se apaixona perdidamente por Sombra, um artista grafiteiro de rua que ela nunca viu. A história gira toda em volta de uma noite em que Lucy sai em busca de Sombra, ao lado de um garoto que teve seu nariz quebrado no último encontro com Lucy.

A saga de Lucy é chata. Não há maneira mais direta para descrever os eventos de Graffiti Moon. Basicamente, Lucy sai andando por toda a cidade em busca de grafites pintados por Sombra, tentando encontrá-lo em algum desses lugares. Os tramas adolescentes são insossos e os personagens não cativam. O lado bom é que nada parece (tão) forçado. Afinal, não há muito o que se forçar num enredo sem qualquer tipo de grande expectativa - desde o início é revelado ao leitor quem é o Sombra.

Apesar de Graffiti Moon não ser exatamente ruim, também passa muito longe de ser bom. Um livro tão dispensável que não deixará lembranças no leitor, tão fraco quanto sua capa. Afinal, os velhos ditados não estão sempre certos.
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danigobbo 22/09/2018

Um livro que parece não ter propósito nenhum. Começa revelando o maior mistério da história, continua com uma sequência de cenas que não são cativantes e com diálogos problemáticos (vários machistas, alguns sem propósito e outros que me deixaram confusa com a sensação de que faltou alguma fala pra fazer sentido).
O único aspecto positivo pra mim foi a descrição das famílias dos personagens, porque foram bem reais e interessantes. Queria saber mais sobre os pais da Lucy do que sobre ela.
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stsluciano 10/03/2015

Depois de semanas difíceis, só mesmo um livro muito bom para fazer com que o leia de um impulso só. Graffiti Moon é desse tipo de livro, e agora tenho a difícil missão de falar sobre ele. É aquela velha história: é muito difícil falar sobre algo de que você gostou tanto. Vou tentar.

Em Graffiti Moon, conhecemos Lucy, uma garota que acabara de se formar e que, ao lado de sua melhor amiga, Jazz, e Daisy, resolvem sair para comemorar. A noite perfeita depois de muitos anos de escola, que marcaria a transição entre a vida de colegial e o ingresso na faculdade. Eles se juntam a Dylan, que namora Daisy, e seus dois amigos, Leo e Ed. A ideia não agrada muito a Lucy, que tivera um encontro traumático com Ed anos antes, mas eles garantem que conhecem o Sombra, um misterioso grafiteiro que espalha suas obras pela cidade, e que Lucy quer muito conhecer. Decidem então partir noite afora visitando as obras do Sombra, para, quem sabe, se encontrarem com ele.

O livro começa despretensioso mas ganha exponencialmente o interesse do leitor com o decorrer da história. Fica claro logo no início que existem uma ou duas cartas marcadas, mas a autora não esconde isso nem se intimida, e ela altera toda a lógica do suspense e dos finais grandiosos ao usar isso ao seu favor. O leitor durante todo o tempo enxerga todo o quadro que Lucy e suas amigas veem só uma parte. Resta a ele então torcer, e isso não é nem um pouco monótono, assim como não o é o fato de toda ação do livro se passar em uma noite.

Gostei muito da narrativa seguir uma onda “sensorial”. Enquanto os personagens vão conversando entre si ou tecendo monólogos, o andamento da narrativa é definido pelos sentimentos que o assunto sobre o qual estão falando causam neles, assim não seguem uma linha pré-determinada, preponderantemente cronológica, mas bastante sentimental, o que aproxima muito de como se dão as conversações no mundo real. Em um livro que fala sobre personagens que gostam de arte e a tratam com respeito, isso ganha uma cor diferenciada. O fato de se alternar os capítulos entre os personagens dá uma agilidade enorme ao texto, além do tão bem vindo conhecimento dos dois lados da moeda.

A autora, Cath Crowley, tem todos os méritos do mundo por fazer de seus personagens tão palpáveis. Eles são adolescentes que falam de arte com paixão, e não soam forçados, mas tampouco são perfeitos. Lucy, a protagonista, quer ser uma artista e tem como imagem de homem ideal a figura de um grafiteiro conhecido como Sombra, em cuja obra, ela acredita, se viu representada. Jazz, sua melhor amiga, é uma aspirante a atriz com a intuição superdesenvolvida que ganha um dinheiro trabalhando como vidente. Ed abandonou a escola para ajudar sua mãe, que conta os centavos para fechar as despesas no fim do mês, mas na verdade se sente incomodado e diminuído por ter problemas com a leitura – acredito que ele seja disléxico – e está disposto a se arriscar para salvar a pele de seu melhor amigo, Lou. Eles são adolescentes normais, tem sonhos, dúvidas, e não se parecem com personagens de comercial de margarina que sempre me irritam tanto.

Apesar de ter poucas páginas, são menos de duzentos e cinquenta, o livro não é curto, ele tem tudo de que precisa. É maravilhoso “ouvir” jovens que falam de arte não de maneira técnica, mas traduzindo em palavras os sentimentos que ela lhes provoca, tornando sólidas as partículas do que sentem, que é mais ou menos o que acontece quando você se lembra de um livro ou filme ou música e se sente emocionado com aquela memória – no meu caso, e mais recentemente, Lost, Quando Tudo Volta, e Dour Percentage, do of Montreal. De certa forma que para mim faz todo o sentido, isso os legitima, faz com que sejam reais todas as qualidades e defeitos que a autora lhes atribuiu.

Pensando em uma maneira de definí-lo, o que me vem logo a cabeça é que o livro é desesperançado sem ser, mas isso não é definitivo. É um pouco como a nossa vida, dependendo da forma e do momento em que pensamos nela. E ele é tão válido de ser lido quanto a vida é de ser vivida.

site: http://www.pontolivro.com/2014/05/graffiti-moon-de-cath-crowley-resenha.html
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Carol 13/06/2016

Sobre um livro com temas profundos escrito na forma amorzinho
Pelas ruas da Austrália e com o grafite proibido vemos o lindo trabalho de "Sombra" e de "Poeta", dois artistas ilegais que descarregam todos os seus sentimentos, anseios e sonhos em muros da cidade.

Lucy ama a arte, vive a arte e seu maior sonho é conhecer esse tal de Sombra, que faz trabalhos que ela tanto admira, que sente o mundo de forma intensa, forma essa que ninguém mais sente, que a ama a arte tanto quanto ela.

O que a garota não imagina é que ela já conhece Sombra e que ele na verdade o Ed, uma pessoa da qual ela não gosta nadinha...
O que passa menos ainda na sua cabeça é que aquele cara que sente e que faz coisas lindas na verdade tem uma vida onde tudo parece dar errado, onde ele não acredita mais no futuro nem em seu potencial... Não estuda mais, desempregado desde que seu chefe (e seu melhor amigo) morreu e sobrevive graças a pequenos furtos. O grafite e a sua arte na verdade são a sua válvula de escape, a sua forma de mostrar todas as suas frustrações.

Até que numa noite eles e mais alguns amigos se encontram e Lucy está determinada a encontrar Sombra. Uma noite que pode mudar tudo. A noite que Ed mais teme. A noite que Lucy mais sonha...
Essa noite tão temida por Ed pode ser a hora que ele finalmente volte a enxergar a luz que há muito
tempo já não vê mais.

"Graffiti Moon" é um livro honesto!
Nele vemos diálogos profundos, intensos e francos. Vemos a importância que a arte tem em nossas vidas, a importância que vem das primeiras coisas, a importância do sentir. O livro também aborda a importância da família e de pessoas que te obriguem a enxergar o melhor que tem, mesmo quando você já não está mais disposto a abrir os olhos e enxergar por si só.

Ed é aquele personagem que você tem vontade de sair e dar um abraço, carregar no colo e levar para a casa. Lucy já é esperta, curiosa e cheia de sonhos, aquele tipo de garota que temos a certeza de que irá conseguir alcançar todos.

"Graffiti Moon" possui uma linda capa e aquela diagramação toda trabalhada na explicação, marca registrada da Editora Valentina.
Foi um livro que me ensinou muito e, principalmente, me ensinou a sentir.
Leitura leve, agradável, doce, inteligente e repleto de ensinamentos nele.

“Quase sempre, quando observo os trabalhos do Sombra e do Poeta, vejo algo diferente do que as palavras me dizem. É disso que gosto na arte, o que você vê às vezes diz mais sobre quem você é do que sobre o que está na parede. Olho para o grafite e penso que todo mundo guarda algum segredo, algo adormecido, como esse pássaro amarelo. ”

site: www.nossaressacaliteraria.blogspot.com.br
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Aicha Cruz 11/04/2019

Um livro leve, contando a vida de jovens sonhadores, apaixonados pela arte e que buscam um futuro através dela, derrubando os obstáculos que a vida lhes impõe para poder alcançar-los.
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Alana.Freitas 25/05/2015

Preciso confessar algo há muito bastante evidente: amo capas lindas. E preciso dizer que essa capa da Valentina para Graffiti Moon ficou lindíssima. Não posso julgar por capas, mas já não consigo evitar. As vezes fico com ressaca literária e isso me salva, as vezes. Porque tem uns livros por aí com capa linda e conteúdo bosta.

Anyway, agora vamos ao que interessa.
Graffiti Moon é um livro curtinho e bem escrito, li em um dia. A obra trata de Lucy, uma garota que “acha” que é apaixonada pelo grafiteiro auto intitulado Sombra. Ele é conhecido por deixar sua marca de pássaros e oceanos pelos muros da cidade. Ele escreve desenhando, mundos, sentimentos seus alívios e suas tristezas, a fuga . Ela estava aficionada pelo grafiteiro e juntos com suas amiga Jazz e Daisy tentará encontrá-lo.
“_ A gente acabou de se conhecer, então vou perguntar com delicadeza: você é doida?
– Só por curiosidade, o que você diria se a gente já fosse amiga há mais tempo?
– Ele pode ser um serial killer ou, pior, pode ser velho, Lucinha.
– Serial killers não são criativos.
– Assista Dexter e volte a falar comigo.”

Lucy quer desesperadamente conhecê-lo porque sente que ele entende de arte, ela sente e entende o que ele coloca nos muros. Ela quer conhecê-lo e vai embarcar numa aventura com Ed, o cara com quem ela havia saído há alguns anos e tido um encontro estranho. Edward deixou a escola no primeiro ano porque tinha dificuldade para ler e se achava incapaz de continuar.

A estória intercala poemas do Poeta, e a narrativa Lucy e Ed. Cada um trás um pouco de suas histórias ate chegarem ali. O livro é leve, interessante, bonito, e você sente vontade de rir e chorar. Eu simplesmente amei o Bert. Por alguns momentos senti vontade de chorar e senti uma falta enorme dele, uma saudade estranha por alguém que nunca vi . A vida do Ed era muito ferrada e eu torcia para que tudo desse certo. Ele precisava de alguém, de um emprego... De tudo!



“E todos os pássaros daquele muro caem do céu. Eu os vejo caindo de barriga para cima. Uma tempestade deles cobre o chão. Mais tarde, vou pintar o céu vazio e os pássaros caídos. Vou pintar, e saber que pior que estar preso num jarro é não estar em lugar nenhum.”

A narrativa se desenvolve sem problemas e traz reflexões sobre autoconhecimento, citações interessantes, muitos poemas e personagens agradáveis e amistosos. Realmente amei todos os personagens. Geralmente fico com um pé atrás por causa de alguém, mas nesse livro gostei de todos.
O que também achei legal e interessante é que tudo se passa em uma noite. Já escrevi um livro assim e achei o máximo.
Ed e Lucy entram numa busca para achar o Sombra e a cada hora juntos, eles passam a conhecer um ao outro de verdade. Eles passam a se enxergar e criar novas perspectivas. Nem um dos dois será o mesmo depois dessa noite.
Depois de um livro decepcionante (A joia) ainda bem que decidi ler este romance fofo e interessante genteee.
Obs.: Sem querer me ater a termos médicos, quando Ed disse que era ruim com as palavras acreditei que ele era disléxico. A autora não disse isso, mas foi nisso que acreditei.

site: http://piecesofalanagabriela.blogspot.com.br/2015/05/resenha-graffiti-moon-cath-crowley.html
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Viviane L. 08/01/2016

Melhor livro de todos os tempos
A primeira vez que li a sinopse desse livro, lembro que o desejei mais que tudo no mundo. Acredito que uma das razões para a gente amar um livro pela sinopse é justamente por ela sugestivamente nos fazer prever alguma coisa, então esse tipo de previsão pode ser poderosa. E isso mexeu tanto comigo!
...

O primeiro capítulo começa com a Lucy correndo pela cidade perseguindo uma pista atrás do Sombra com a ajuda de Al, seu chefe, após ele avisar que o Sombra e o Poeta grafitavam o outro lado da rua onde ficava o seu estúdio, e onde, coincidentemente, Lucy passava parte do seu tempo manipulando vidros. Mas outra vez ela os perdeu! Foi por pouco, por 5 minutos exatamente. Ela quer encontrá-lo porque, convenhamos, a atração começa com a afinidade, assim como o interesse pela curiosidade. Então por ela amar arte, é claro que ficaria curiosa sobre o cara com sensibilidade o bastante para pintar todos aqueles grafites maravilhosos que tanto diziam sobre ela. O que a gente super entende, acontece sempre com os livros. O Sombra parecia alguém ideal para ela, que a entendia, alguém que ela poderia se apaixonar. Mas o Sombra que ela projetava era só uma idealização bem “pés nas alturas”. Ela o endeusava quando ele era apenas um adolescente de dezesseis anos com problemas, um cara que se ela encontrasse, quando encontrasse, não sentiria nada de mágico nele, não o enxergaria. E é essa a grande pegada desse livro.

"Tenho que chegar a tempo. Tenho que encontrar o Sombra. [...] O cara que pinta no escuro. Pinta pássaros presos em muros de tijolos, pessoas perdidas em florestas fantasmas. Caras com corações feitos de grama e garotas empurrando cortadores de grama. Por um artista que pinta essas coisas, eu poderia me apaixonar. Completamente. "

É um livro de narração intercalada em três personagens (Lucy, Ed e Poeta), então você descobre que os problemas deles podem muito bem ser o de qualquer pessoa. Lucy, por exemplo, seus pais têm problemas, e deve ser um saco vê-los brigando e dormindo separados. Mas ainda assim ela tem os dois, diferente do Ed que só tem a mãe morando num bairro podre, e que se revira para sustentar a casa sozinha. Mas pior ainda é o Leo, o Poeta, tadinho, que mora com a avó e tem um irmão muito querido e bonzinho, porém mexe com besteiras (só que a parte da narração dele é só poesia, por isso “poeta”). Quanto a esses dois últimos, a vida deles não é ruim porque não têm a presença constante dos pais. É angustiante porque eles vivem em um ambiente hostil, aqueles bairros com traficantes cuja juventude é propensa a ser surrupiada por falta de oportunidade, e você fica vigiando a vida deles enquanto eles estão tentando remar contra a maré. Ficar angustiada porque eles estão pensando em tomar o caminho mais fácil quando é o caminho por onde eles nunca deveriam ir.

O livro pode servir como instituição, instrumento, mas ele é mais do que isso. O grande erro nas resenhas críticas é não considerarem o público alvo. É tudo sobre eles. Por exemplo, nesse livro, o Ed, o outro protagonista, tem dislexia, que é quando a pessoa não consegue escrever, não porque ela não sabe, mas porque simplesmente não consegue. E ele é tão mal interpretado por isso! Então os docentes, os discentes, apenas pensam que ele não quer nada com a vida. É tão, tão ruim ver que esse livro tem uma média de avaliação tão baixa no Skoob (contraditório para os prêmios culturais que ele ganhou lá fora). Porque ele fala sobre um personagem marginalizado, especial, e que poderia ser qualquer um. Pessoas que carecem de inspiração não precisam de personagens perfeitos, precisam de um reflexo do que elas podem ser. Querem algo mais...

Mas ao contrário do que eu devo ter demonstrado, o livro é tão leve! A narração é tão poética, tem forma, tem cheiro e cor. Por um lado temos a Lucy com seus vidros, o Ed com seus grafites, o Leo com suas poesias. O drama nem existe de fato, ele é só um detalhe (o que não deixa o livro muito pesado); o foco mesmo é na aventura de uma noite quando esses três se encontram, aí junta as duas amigas da Lucy, com mais dois amigos do Ed (incluindo o Leo), e temos aí três casais envolvidos em uma noite muito bagunçada. É quando a gente descobre que Lucy e Ed já se conhecem! Sim, e tudo começa a ficar divertido, mais divertido a Lucy ficar comparando o tempo todo o Ed com o Sombra e ficar jogando isso na cara dele. Numa noite mesmo acontece tanta coisa. Lucy e Ed se unem para encontrarem o Sombra, enfrentam uma festa, a presença psicológica de uma ex-namorada, são perseguidos a noite toda por um bandido muito malvado, e quando finalmente são alcançados, eu fiquei muito, muito nervosa com o quanto nossos pombinhos estavam expostos ao perigo. E então tem o grande erro da noite, e essa foi a parte – e talvez da história dos livros – em que eu torci por um final que não fosse aquele.

"Enquanto a gente caminhava para o cinema, eu mencionei O Sol É para Todos. Ele fez um silêncio maior do que o silêncio que estávamos antes. E agarrou minha bunda.

— Merda — gritou ele quando lhe acertei uma cotovelada no rosto. — Merda, acho que você quebrou o meu nariz.
— Você não devia ter pegado na minha bunda. Não se faz isso num primeiro encontro. O Atticus Finch nunca faria isso.
— Você tem namorado e está saindo comigo? — berrou ele.
— Não!
— Então que porra de Atticus Finch é esse?
— É do livro que a gente está lendo na escola.
— E você vem falar de livros? Comigo aqui sangrando pela rua? Merda. Merda."

Esta resenha não tem pontos negativos a apresentar, apesar da possibilidade de algumas pessoas mais exigentes o acharem simples pela forma que é escrito ou pelo enredo. Mas vale considerar aquele efeito fixo que ele causa na gente e na sensação de estarmos assistindo a um filme Indie, e vale também dizer que não existe uma forma de arrepender de ler esse livro. De qualquer forma tenho certeza de que lhe servirá, seja como passatempo, pela história ou pelo casal - principalmente pelo casal. Escolhi justamente escrever essa resenha porque Graffiti Moon é uns dos meus livros favoritos, e estou indicando esse livro porque ele vale a pena ser lido. Porque ele tem algo a dizer.

Obs: E porque ele é super romântico.


site: http://estilhacandolivros.blogspot.com.br/2016/01/resenha-graffiti-moon-cath-crowley.html
Alana.Freitas 08/01/2016minha estante
ah, eu amei esee livro também!! *-*


Viviane L. 08/01/2016minha estante
ele é perfeitinho demais. Vi até sua resenha lá. Li a um bom tempo e só fiz resenha agora, mas nunca esqueci ele. *-*




gi berni 28/06/2023

05
Incrível. Esperava mais um clichê adolescente meloso mas me surpreendeu!
Desenvolve bem rápido e a história te prende.
Eu gostei muito do fato desse livro valorizar a arte de rua!

Recomendo!
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