Beatriz Santos 20/04/2021
UM NOVO PAÍS DAS MARAVILHAS! @leiturasdabeatriz
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??4/5
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Olá, leitores vorazes! Como acompanhando nos recentes stories, iniciei a leitura da série de livros Splintered que ficou bastante conhecida aqui no Brasil por causa de suas capas extremamente lindas. Confesso que meu maior interesse foi por causa das capas, mas também almejava uma história contagiante por tudo o que já tinha ouvido sobre os livros.
? A leitura foi bem rápida e fluida, conseguiu misturar uma narrativa rabuscada com a informalidade de uma maneira que não encontrei dificuldade em ler ou vontade de pular páginas nas descrições.
?O modo como autora nos apresenta o país das maravilhas é fantástico, ela recriou em cima do que já conhecíamos um mundo muito mais sombrio e com características ainda mais assustadoras e estranhas.
?Os personagens são bem desenvolvidos, porém achei super irritante o modo como a Alyssa ? a personagem principal ? se torna dependente de outras pessoas para tomar decisões vitais em prol da sua família ou do país das maravilhas.
?O ponto alto do enredo é o personagem Morfeu, uma versão melhorada da famosa ?lagarta? que exibe em seu histórico atitudes um pouco questionáveis, mas que com o humor sarcástico e seu jeito de encorajar a Alyssa a ser quem ela quer ser de verdade, conquistou o meu coração mesmo tendo demorado para aparecer fisicamente na história.
?O que mais me incomodou de toda a história foi o relacionamento abusivo vivido entre Jeb e Alyssa. Não sei se isso era normal na visão da autora na época da escrita, mas não acho normal que uma garota tenha que submeter a fazer tudo o que o cara quer e ter que pedir permissão para tudo. Muitas vezes Jeb ? que é comprometido com outra garota ? responde por Alyssa ignorado a vontade da mesma e a impedido de viver outro relacionamento que não seja com ele.
?Outro comportamento machista que me incomodou na trama foi o fato do pai da personagem principal não levar em conta a vontade dela e sim a vontade do Jeb, ou seja, ela só pode fazer o que o Jeb a autoriza, considerando-a totalmente despreparada para tomar as próprias decisões.
?Ainda estou terminando de ler o terceiro livro da trilogia, mas garanto que essa situação chata não melhora e é por isso que torço para que no final ela escolha Morfeu que mesmo muitas vezes não contando a verdade, nunca invalida a sua capacidade de decidir a própria vida.
?A premissa é muito boa e a leitura valeu a pena pelo país das maravilhas e pelos momentos graciosos e as reviravoltas que Morfeu nos proporciona no decorrer do enredo, porém o machismo estampado nas páginas me incomodou muito.
?Em comentários no Skoob notei que muitas pessoas também notaram isso, o me deixa bem mais tranquila em relação as pessoas saberem o que é permitido ou não em uma relação saudável.