Comunicação Não-Violenta

Comunicação Não-Violenta Marshall B. Rosenberg
Marshall B. Rosenberg




Resenhas - Comunicação Não-Violenta


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BeToO ... 13/07/2023

É um exercício.
Apesar da linguagem simples, é difícil entender alguns conceitos e com toda certeza é um exercício colocar em prática a CNV. Envolve o que está vivo em mim, o que está vivo nos outros e quais as reações que podem causar. Se conhecer melhor é o primeiro passo, só então, creio ser capaz de construir uma ponte ligando o EU com o outro.
É fundamental que tenhamos consciência de como funcionamos, de quais são as nossas necessidades e de como isso nos afeta.
Seja suprindo essas necessidades ou não.
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ComeceComLivros 12/02/2022

Essencial para uma comunicação saudável.
Escutei em audiobook esse livro, então é óbvio que não extraí ao máximo que poderia. Mas que livro bom, acredito ter captado a ideia, que temos de entender as nossas necessidades e as necessidades do outro para uma comunicação eficaz. Não vou me extender, mas leia o livro. Acredito que vá gostar.
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Alê 14/06/2020

Um livro para ler e reler
Recomendo muito a leitura!
É um livro que nos faz perceber como temos nos comunicado sem empatia e conexão! E como a aplicação da CNV pode melhorar as nossas relações!

Confesso que foi uma leitura um pouco demorada por achar alguns pontos repetitivos, então fui lendo aos poucos.

Espero reler o livro em breve e, principalmente, colocar em prática as técnicas ensinadas!
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mateus maciel 10/06/2021

CNV: Empatia e Sinceridade
O objetivo da CNV, segundo o autor, é oportunizar a construção de relacionamentos baseados na empatia e na sinceridade.

Rosenbrg, então, disserta sobre como podemos adaptar a nossa linguagem de modo que seja possível a construção de ligações com terceiros baseadas na compaixão. Assim, dentre tantos ensinamentos, o autor apresenta um tipo de linguagem que se desmembra de juízos moralizantes (uma avaliação do outro), uma linguagem que rejeita realizar comparações e generalizações estáticas, uma linguagem que, sobretudo, demonstra uma empatia para com o outro. Pontua, também, a importância de substituírmos exigências por pedidos e a necessidade de instigarmos a adoção de uma fala clara, como o mínimo de ambiguidade, vagueza e abstração possível.

De um modo geral, penso que alguns tópicos da Comunicação Não Violenta podem ser amplamente aplicados. Acredito, porém, que as relações sociais e a comunicação cotidiana é um tanto imprevisível e não pode ser sempre calculada e moldável por modelos de comunicação. Mesmo assim, suponho que, quando se capta a essência da CNV, facilmente se consegue aplicá-la no dia a dia.

Em conclusão, alguns elogios ao livro. Achei muito interessante os exercícios presentes, os resumos após cada capítulo e o "CNV em Ação", que apresenta a comunicação não violenta na prática.
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Renan 06/04/2021

Impactante, exige prática, identificação com os valores
Embora possamos não considerar “violenta” a maneira de falarmos, é comum conseguirmos induzir à mágoa e à dor, seja para os outros, seja para nós mesmos com nossa comunicação.
O objetivo é nos lembrar do que já sabemos, de como nós deveríamos nos relacionar uns com os outros.
Nossas palavras, em vez de serem reações repetitivas e automáticas, tornam-se respostas conscientes, firmemente baseadas na consciência do que estamos percebendo, sentindo e desejando, com isso é possível identificar que não está agindo em harmonia com nossas necessidades, então por respeito e compaixão decidir qual direção gostaríamos de seguir, e conduzir as atitudes de uma maneira que leve a mudança.

Intrigante como a interpretação do livro pode ser diferente, e entendida de acordo com as experiências de cada um, pois li o livro, e uma pessoa de meu convívio leu também, tentei conversar sobre os ensinamentos contidos no livro. Conforme compreendi durante as tentativas de conversa com a outra pessoa, a visão dela é de uma abordagem sobre ter paciência, persistência e não responder. Segue o exemplo da conversa que tentei ter sobre o assunto do livro.
Eu: É interessante conversarmos sobre a leitura, principalmente quando se trata de exercícios, e formas de conhecimento que exijam a prática, não só a leitura e reflexão sobre o tema, me sinto empolgado em conversar sobre o assunto, gostaria que falasse sobre os pontos que achou importante no livro, poderia fazê-lo?
Pessoa: Entendi que é preciso paciência, e muitas vezes não precisamos falar nada, a resposta está dentro de si.
Eu: Interessante ser preciso ter paciência, poderia dar um exemplo sobre isso, alguma situação?
Pessoa: Ah, quando ficamos nervosos, só ficar quieto e deixar o lugar, não precisamos responder nada, o silêncio diz mais que mil palavras.
Eu: Entendi que ele aborda a comunicação de uma forma para pensar nos sentimentos, não de deixar de responder, ou conversar com os outros. O fato de entender seus sentimentos e buscar sua necessidade a ser atendida, e compreender a forma como o outro se sente auxilia na comunicação. Somos instruídos a pensar na forma do é errado, tenho de, e outras maneiras que ficam implícitas uma punição de um ser em uma posição de superioridade, sendo que há maneiras de se comunicar e informar que o que a outra pessoa fez e deixou algum sentimento ruim, ou a colocou em situação de perigo, de uma forma que estimule a consciência do próprio bem estar e dos outros.
Pessoa: Isso só funciona com pessoas abertas a quererem se expressar dessa maneira.
Eu: Me sinto intrigado, e confuso, pois não tenho certeza de qual maneira você está se referindo, porque tem uma parte que fala de criar um estado mental mais pacífico, que ajuda a nos concentrarmos no que desejamos, ao invés do que está errado com os outros ou nós mesmos. Seria isso?
Pessoa: Silêncio.

Então desisti, talvez tenha cometido vários erros no meio da conversa, fiquei pensando, será que lemos o mesmo livro, o porquê da pessoa não ter falado pelo menos da parte de autorreflexão, e que isso permite identificar o sentimento dos outros, ou algo assim. Será que foi receio de sentir-se vulnerável, ou será que foi medo de estar sentindo se julgada, quando só queria conversar um pouco para tentar fixar o conhecimento, ou alguns princípios que são abordados durante o livro. Acredito que ficaria tão feliz, se ouvisse algo no Identificar o sentimento, como que esse sentimento seria satisfeito.
Assim como o autor afirma: não fomos educados para compreender nossas necessidades, para reconhece-las e transformá-las em atitudes e valores que valorizam e servem a propósitos de vida. Portanto acredito que esse livro seja indicado a pessoas que estão nesse processo de autoconhecimento, com um foco em compaixão, empatia, entender que raiva, tristeza, ameaça, euforia, felicidade, admiração, amor, paixão, indiferença, apatia, espanto, são todos sentimentos que apresentam algumas sensações que não são permanentes, e pode ser que não sejam sentidos na mesma intensidade, mesmo que seja feita a mesma atividade, são variáveis de acordo com muitos fatores. Livro interessante para entender um pouco sobre o que faz ficar estressado. Além de ser útil na forma de como se comunicar.

O que é a Comunicação não violenta? É um processo poderoso para inspirar conexões e ações compassivas. Ela oferece uma estrutura básica e um conjunto de habilidades para abordar os problemas humanos, desde os relacionamentos mais íntimos até conflitos políticos globais. A CNV pode nos ajudar a evitar conflitos, bem como a resolvê-los pacificamente.

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Robert125 10/09/2021

Horrível, me fez mal...
Terminei este livro na força do ódio, uma vez que o autor relativiza questões estruturais (racismo e a misoginia) como uma questão que permeia apenas a comunicação. Sério, há passagens tão problemáticas que nem vou perder meu tempo escrevendo sobre...
Maro 16/09/2021minha estante
O B R I G A D A! Espumei de raiva lendo essa merda kkkkk e vejo uma maioria elogiando! Não sei nem como consegui chegar até o final. Não aguentei, escrevi uma resenha raivosa kkkkkk


Hanna 17/11/2021minha estante
É muito difícil acreditar em alguns dois exemplos mostrados no livro, parecendo vir de algum mundo encantado do autor.


Hanna 17/11/2021minha estante
Oops alguns dos exemplos




Gres 13/08/2021

Terminei na força do ódio ?
A primeira vez que ouvi sobre esse livro foi em 2013 quando uma amiga recomendou em aulas sobre cultura de paz, mas só agora tive a oportunidade de ler e fui com muita expectativa, porque o tema desde aquela época me chamava atenção.

Reformular alguns detalhes da nossa comunicação pode fazer toda diferença e realmente parte da abordagem desse livro é ótima!

O problema é que na metade teve algumas passagens que me deixaram extremamente desconfortável. Senti em alguns relatos relativizando temas graves como estupro e racismo e isso me fez perder o interesse.

Preciso refletir mais e talvez até reler alguns capítulos novamente, porque a decepção do meio pro final me fez perder tanto interesse que acabei terminando "na força do ódio" e com certeza o propósito dessa leitura não era esse :/
Natie Porto 20/08/2021minha estante
Nem acabei de ler o livro mas vim ler os comentários para saber se mais alguém tinha notado a relativização de temas como racismo e machismo? anda nem cheguei em exemplos com estupro? :/




Leanndru 18/02/2021

Conexão
Alguns livros que não são literatura nós fazem emocionar. Esse é um deles. Marshall da muitos exemplos de como foi sua experiência em passar a comunicação não violenta em diversas situações, sejam brigas de casais ou conflitos bélicos entre países.

Ainda recomendo ler o comunicação não violenta antes desse. Mas esse me ajudou a ampliar meu respeito e carinho pela filosofia da CNV.
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Léo 14/05/2024

Vale a leitura
Este livro não é, para mim, daqueles em que você aproveita 100% do que lê. Mas os princípios são interessantes e úteis. Pretendo utilizá-los.
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kathrein.oliveira 15/04/2021

TODO MUNDO DEVIA LER ESSE LIVRO!!!!!!
Um livro revelador, amável, doce e que faz a gente se sentir acolhido.

Faz tempo que queria ler e achei incrível como o autor revela e nos ensina formas de nos comunicar que se praticarmos mudarão completamente os nossos relacionamentos.

Maravilhoso de tantas formas que não sei nem como dizer.

Com certeza vou comprar o físico e reler pra ir praticando.
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Maro 21/03/2021

Racismo não é um problema meramente comunicativo
Não posso dizer que não aproveitei nada do livro: os quatro princípios da CNV são úteis, se você tirar o sumo.
A ideia de ser específico sobre cada um deles na abordagem também me foi muito interessante, pois minha compreensão de ser compassivo sempre foi o contrário. Eu até poderia falar mais sobre isso, mas o lado ruim me foi tão gritante que fica difícil enaltecer o que foi bom.

O livro vira um grande show em que o autor demonstra exemplos de interferências dele em que tudo se desenrola tão convenientemente que você praticamente precisa acionar a suspensão da descrença se quiser continuar lendo.

Os piores de todos são os exemplos que abordam questões raciais. Eu acho que o assunto foi tratado de forma leviana e com uma tremenda falta de responsabilidade. Se foram casos inventados pra agregar público e "ampliar" o alcance das técnicas, isso já é péssimo. Mas se aconteceu de verdade, consegue ser PIOR AINDA. Digo, que bom que houve mediação das situações, mas eu duvido que elas tenham sido resolvidas de fato.

Primeiro, o racismo não é simplesmente uma questão de comunicação. Isso é óbvio, mas em nenhum momento é dito no livro, no qual o autor parece querer apenas fornecer comprovação atrás de comprovação do método, das situações mais simples às críticas. Pode ajudar? Sim. É a solução pra tudo? Muito provavelmente não.

Segundo, nos exemplos dados, as vítimas do racismo é que são orientadas a repensar sua comunicação. Quer dizer, sem um debate mais aprofundado da temática, o texto praticamente parece dizer que pessoas negras são agredidas verbalmente por não saberem se expressar. Você entende o tamanho do absurdo?

Uma situação em particular narrada me fez soltar fumaça das ventas: o caso em que um chefe foi acusado de ser racista por seus funcionários. O autor supostamente orientou os funcionários a formular pedidos específicos para apresentar ao chefe, como "gostaríamos que você não tratasse seus funcionários negros por 'essa gente'". VOCÊ TÁ ME ENTENDENDO O ABSURDO? Por que em nenhum momento foi questionada a comunicação violenta DO CHEFE? Por que a intervenção não foi com O CHEFE, já que a acusação era uma resposta à violência DELE? (que, sendo racista, não é somente uma violência comunicativa, verbal, mas também muito mais profunda) O chefe, segundo narra o autor, deixou de se referir aos seus funcionários negros daquela forma, mas você acha que ele deixou de ser racista? Será que ele apenas não redirecionou seu racismo pra outros tipos de violência? (ex.: prejudicar o desempenho de carreira, espalhar boatos etc.)

Resultado: li "Comunicação não-violenta" e sai PUTA DA MINHA VIDA, com vontade de escrever um livro chamado "Comunicação violenta".
Yasmin 22/03/2021minha estante
Maroooooo, que saudades de você! Cê num usa mais o twitter/insta, né?


Maro 22/03/2021minha estante
Minnyyyyy, saudades também! Larguei as redes sociais em nome da minha sanidade mental hahahah como cê tá? Menina, outro dia até te mandei um e-mail, mas não sei se você ainda usa aquele


Yasmin 22/03/2021minha estante
Não julgo, ainda mais neste período. Só serve pra gerar revolta. Eu uso, mas não vi nada aqui, até limpei a caixa esses dias que tinha mais de 1900. :( Se der, mande novamente pls.


Yasmin 22/03/2021minha estante
E estou seguindo. A vida anda muito turbulenta. É resolvendo um problema e aparecendo 2. rssssss e você?


Maro 25/03/2021minha estante
Também assim! Um leão por dia! Reenviei o e-mail pra ti




laylinha 08/06/2021

Desenvolva empatia
Deveria ser leitura obrigatória, já que raramente conseguimos nos expressar corretamente. O livro ensinar a analisar não só o que está sendo dito, mas o que está por trás da fala, do olhar e da necessidade. Aborda a importância da empatia, tanto com nós mesmo, quanto com os outros, o que fez eu me entregar ainda mais para a leitura, visto que esta é uma dos pilares em minha vida.
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Ângela Bittencourt Cardoso 10/08/2022

Sobre um novo jeito de lidar
Ouvir somente com os ouvidos é uma coisa. Ouvir com o intelecto é outra. Mas ouvir com a alma não se limita a um único sentido — o ouvido ou a mente, por exemplo. Portanto, ele exige o esvaziamento de todos os sentidos. E, quando os sentidos estão vazios, então todo o ser escuta. Apesar de todas as semelhanças, cada situação da vida tem, tal como uma criança recém-nascida, um novo rosto, que nunca foi visto antes e nunca será visto novamente. Ela exige de você uma reação que não pode ser preparada de antemão. Ela não requer nada do que já passou; ela requer presença, responsabilidade; ela requer você.
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Tiago.Porto 12/10/2020

Vale a leitura, mas muitas muitas resalvas
Opinião: achei bem interessante essas outras camadas de sentimentos e intenções que estão por trás das palavras que escolhemos, e gostei de tomar consciência delas para tentar escolher as que exprimem melhor nossa intenção, mas nem sempre a intenção será de uma comunicação compassiva. Não dá pra ser compassivo contra racismo ou fascismo, por exemplo. Não acho que todos os princípios da CNV se aplicam em todos os contextos. Em alguns, há necessidade de exigir e não simplesmente pedir, como em alguns contextos de trabalho, algumas situações familiares.

O livro sugere uma estrutura da construção de diálogos baseados nos princípios da CNV que achei ilustrativo e interessante, mas senti como se ele sugerisse sempre fazermos desses jeitos, o que engessa os diálogos. Fica tudo muito igual, higienizado. Gostei de estar ciente das várias camadas de mensagens existentes numa mesma frase, mas não levaria como um manual de como me expressar em todas as situações. Marshall sugere o tom de voz, as perguntas a serem feitas em situações exemplificadas. Também me incomoda os relatos de casos contados como um roteiro de novela de final feliz, todos maravilhosamente resolvidos e perfeitos. O autor relata casos hollywoodianos de uso da CNV, o que me pareceu bem forçados. Intervenções pontuais na solução de conflitos históricos entre gangues, ou brigas familiares, e boom, tudo se resolve. Fazer as perguntas e parafrasear numa conversa pode demonstrar que você está realmente entendendo, mas ficar só perguntando me parece chato.

Além disso, Marshall fala de um lugar muito privilegiado quando diz que não devemos fazer nada que nos chateie (trabalho que a gente não goste) apenas por dinheiro. Para muitas pessoas é inevitável. Ele usa um exemplo hipotético de racismo reverso, o que é muito problemático e errado. Achei rasa e desonesta a relação que ele propõe com CNV e depressão. Ele usa exemplos de pessoas que apenas por terem usado os princípios da CNV para se comunicar consigo mesmo e com pessoas próximas ficaram mais conscientes dos seus problemas e saíram da depressão.

Enfim, acho que vale muito a pena a leitura, mas de forma crítica e contextualizada no cenário real de problemas sociais e complexidade da sociedade e das interações.

Resumo: guiado pelo estímulo de nos tornarmos a mudança que queremos ver no mundo, Marshall Rosenberg aborda os princípios de uma comunicação compassiva, que evoca o melhor para nossa interlocução. Não se pode construir a paz em alicerces do medo. A não violência para comunicação significa que venha a tona aquilo que existe de positivo em nós e que sejamos dominados pelo amor, respeito, compreensão, gratidão, compaixão e preocupação com os outros, em vez de o sermos pelas atitudes egocêntricas, egoístas, gananciosas, preconceituosas, suspeitosas e agressivas. A CNV nos guia no processo de reformular a maneira pela qual nos expressamos e escutamos os outros, mediante a concentração em quatro áreas: observação, sentimento, necessidades, pedido. A CNV promove maior profundidade no escutar, fomenta o respeito e a empatia e provoca o desejo mútuo de nos entregarmos de coração. O objetivo da CNV é estabelecer relacionamentos baseados na sinceridade e empatia. Quando os outros confiam nas premissas da CNV e na nossa intenção, os pedidos não são interpretados como exigências.

Usando a CNV a gente se sente menos adversário dos interlocutores, não há uma disputa de narrativas, há verdade e comunicação. A interação pela CNV diminui a tensão nas conversas, acessa os sentimentos verdadeiros causadores das angústias. A CNV nos ensina a nos comunicar sobre o que estamos observando, sentindo e necessitando sem criticar, analisar, culpar ou diagnosticar os outros, de uma maneira mais provável de inspirar compaixão. Marshall sugere que evitemos generalizações e exagero de linguagem (sempre, nunca, etc.) e aponta para a necessidade de expressarmos nossos sentimentos, ao invés de suposições dos sentimentos dos outros, para nos permitir identificarmos nossas emoções e nos conectarmos com os outros. Aí invés de “O que eu quero que ela faça”, devia ser “Que motivos desejo que essa pessoa tenha para fazê-lo?”. Quanto mais formos capazes de conectar nossos sentimentos a nossas necessidades, mais os outros serão capazes de reagir compassivamente. Estamos mal acostumados a pensar no que há de errado com o outro sempre que nossas necessidades não são satisfeitas.

Na CNV também se orienta a ser um bom ouvinte, empático, presente, solidário. A empatia é a compreensão generosa e respeitosa do que os outros estão vivendo, ao invés de darmos conselhos, encorajamento ou falar dos nossos sentimentos. Ele fala da importância de parafrasear, de expressar (normalmente em forma de pergunta) o sentimento e necessidade da outra pessoa para saber se entendemos direito e para que ela tenha a oportunidade de ouvir e esclarecer as coisas. O livro trata da importância da auto empatia, de como é fundamental sermos gentis com nós mesmos.

O último passo da CNV é o pedido, que deve refletir o que você deseja e não focar no que deve ser evitado, no que não quer. Seja específico pra evitar mal entendidos. Solicitações não acompanhadas dos sentimentos e necessidades do solicitante podem soar como exigências. Quando o pedido é uma exigência, a resposta será uma submissão ou afronta, o que não é interessante numa comunicação.

A CNV aborda também a expressão da raiva e alerta para o fato de que o que as outras pessoas fazem nunca é a causa de como nos sentimos. Fala sobre a necessidade de controlar a raiva para aumentar a probabilidade de que nossas necessidades sejam atendidas. A raiva pode nos fazer julgar e agredir o outro, que prejudicaria a comunicação. É raro o ser humano que consegue entender nossas necessidades quando nos expressamos mostrando o quanto ele está errado. Para expressar sua raiva de forma efetiva para a comunicação, respire, avalie suas necessidades não atendidas e seja empático com a do outro (e assim reconhecemos nossa humanidade em comum). Se, após expressarmos nosso sentimento real relacionado com a raiva experienciada, pedirmos para a pessoa repetir o que falamos (e sentimos), ela poderá se conectar com nossa dor e entender a raiva. É aceitável o uso protetivo da força em situações perigosas, mas não o uso punitivo.
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Joy 13/09/2020

Necessidade Básica de Leitura
Livro espetacular. Inclusive, aquele tipo que, por mim, todo ser humano deveria ler para uma melhor relação com o próximo. Incrível, inspirador e do meu estilo favorito: aquele que encho de marca texto.
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