Cris Moraes 09/02/2022
No tempo passado, Anahita nutre uma forte amizade com a obstinada princesa Indira, filha do marajá. Escolhida para ser sua acompanhante oficial, ela vai para a Inglaterra com a amiga logo antes do início da Primeira Guerra. Lá, conhece Donald Astbury – o relutante herdeiro de uma magnífica propriedade – e sua mãe manipuladora.
Noventa anos depois, a atriz Rebecca Bradley está filmando no decadente casarão de Astbury Hall. Chega à locação Ari Malik, bisneto de Anahita, buscando investigar o passado de sua família. Então, ele e Rebecca começam a desvendar os segredos sombrios que há tempos assombram a dinastia de Astbury...
Gente, esta sinopse reduzida não dá conta da grandiosidade desta história!
Sinceramente, eu ainda não sei bem o motivo de eu ter protelado a leitura deste livro por tanto. É o meu primeiro calhamaço de 2022 e só posso crer que realmente há um tempo para cada coisa acontecer em nossas vidas.
Este é um livro com várias histórias em seu enredo. Coloca-nos em contato com toda uma fantástica cultura da Índia, principalmente das mulheres indianas e seus muitos dons. Traz para perto de nós as atrocidades da Primeira Guerra Mundial e nos revela aspectos tão íntimos e tão sensíveis dos personagens, que parece estarmos lá dentro da História, indo e vindo entre passado e presente, assim como se estrutura a narrativa de Lucinda. Toca profundamente em temas fortes como preconceito racial e disparidade de classes; dominação política e opressão social. E ainda nos emociona com as histórias de amores perdidos, dramas em família, traições, perdas, dores e... Reencontros.
Apesar de ser um livro extenso, a leitura vai fluindo muito bem, nos encantando e nos envolvendo em muitos detalhes. Verdadeiramente, é um baita romance!