Capão Pecado

Capão Pecado Ferréz




Resenhas - Capão Pecado


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rangelzi 30/08/2023

Brabo e "corrido" como Usain Bolt
Po, o livro é brabo.
Conta a história da rapaziada que vive no capão redondo e me senti como se estivesse lá, vendo e ouvindo as conversas. É um livro pequeno e no final o autor meio que quis acabar logo e não aprofundou muito noutros personagens e projetou um desfecho rápido, mas não atrapalhou a leitura, brabo!!!!!!
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Bruna 28/07/2023

Capão Pecado
Até 80% do livro eu tava amando, iria dar cinco estrelas, mas daí começou a ficar muito escancarado como nenhuma mulher na história foi aprofundada. Teve um capítulo inteiro pra contar da vida de um tip bebum de um personagem coadjuvante, mas não falou da vida de nenhuma mulher.

Ou eram mães santas que amavam o filho mais que tudo, ou então era a Paula, que no final só serviu pra dar a xereca pra dois caras e bancar a safadinha que gosta do perigo.
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Lana 24/07/2023

Capão Pecado escancara a realidade da vida periférica. Não existe modo de romantizar o que ocorre com as pessoas de periferia, não há como embelezar o que o sistema faz com o povo pobre, favelado, segregado, que vive à margem, que é obrigado a isso.

A desilusão que atinge o próprio Rael é prova disso, vivendo aquela realidade não há como nutrir esperança.

O livro aborda diversos tópicos, como as famílias se acabam, como as vidas se destroem, como o conceito de amor é deturpado. Afinal, como resta tempo para que essas pessoas intensifiquem seus afetos, como podem criar vínculos reais e saudáveis, se nem mesmo conseguem ter o mínimo da dignidade. A luta pela subsistência esmaga essas pessoas, não resta muito o que fazer. Cada um luta com o que tem, com o que acha que dará resultados. Vai além de caráter ou moral, é , muitas vezes, pura necessidade. É questão de sobrevivência.

Pessoas que são privadas de sentir, de sofrer, pois não há tempo para isso. A vida é uma eterna luta contra a chacina do sistema.

"O álcool vinha como uma herança genética, era uma dádiva passada de pai pra filho, de filho pra filho, e assim se iam famílias inteiras condicionadas ao mesmo barraco; padrão de vida inteiramente estipulado. As correntes foram trocadas pelos aparelhos de televisão. A prisão foi completada pelo salário que todos recebem, sem o qual não podem ficar de jeito nenhum, já que todos têm que comer."
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Desterrorama 08/06/2023

Capão hardboiled
"Capão Pecado" é o tipo de livro que só pode ter sido cozido exclusivamente na mente de quem vivência a realidade duma zona periférica. a força de "Capão" mora na violência descrita com concisão. seria contraditório descrever essas crônicas com uma linguagem embelezada, portanto, o coloquial aqui segue o flow, propõe a estética do romance. a história central é simples: Rael, um jovem fodido, busca na leitura de livros de bolso e de gibis um sentido mais amplo para a sua existência enquanto trampa, num bico que não tem a ver com seu perfil, para sobreviver ao inferno, ajudar a família e para se desvencilhar da cartilha adotada pelo sistema que tanto condiciona os "seus". a lição dessa cartilha reverbera não somente nas histórias paralelas de outros personagens de "Capão" como também nas letras de Brown e Thaíde, que são referenciados ao decorrer da narrativa. Rael se apaixona pela namorada de seu amigo. entretanto, talaricagem quase sempre acaba em tragédia seja na periferia seja no asfalto. daí Ferréz cria um climão de suspense, pois injeta na mente do leitor aquela sensação constante de que a qualquer momento "vai dar merda". então, o leitor fica nessa expectativa enquanto tenta digerir as cenas violentas, bem construídas, diga-se de passagem. não é à toa quando Rael diz que considera o irlandês Garth Ennis o seu roteirista de gibi predileto. quem leu "Preacher" ou alguns arcos de "Hellblazer", ambos escritos por Ennis, percebe a influência no modo como Ferréz constrói uma cena brutal. a narrativa fragmentada, abrupta e veloz bem costurada com a trama central, realmente parece beber da linguagem dos quadrinhos. o título da obra já evidencia quem de fato é o personagem principal. se no início o autor nos localiza como se utilizasse um zoom ("Universo, Galáxia, Via Láctea, Sistema Solar, Planeta Terra, Continente americano, América do sul, Brasil, São Paulo, São Paulo, Zona Sul, Santo Amaro, Capão Redondo, Bem-vindos ao fundo do mundo), porém, é somente no fim da leitura que percebemos o micro se expandindo para o macro novamente, como as histórias desses indivíduos estão conectadas com teias mais amplas, mais complexas. mas não dá pra falar sobre tudo apenas num livro, sobretudo num romance de estreia. portanto, "Capão Pecado" é a síntese, um quadro geral bem recortado sobre esse personagem principal chamado Capão Redondo. a semelhança com outros "capões" espalhados pelo globo não é mera coincidência.
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Amanda 04/05/2023

Realista
Surpresa com rumo que a história do protagonista tomou, não sei ainda se gostei ou não. Mas acho que entendi ser uma mensagem sobre como é difícil alcançar diferentes futuros tendo como vivência ao redor sempre as mesmas histórias e as mesmas formas de pensar sobre a vida.
Livro com escrita bastante realista sobre as situações vivenciadas e sobre a linguagem utilizada diariamente.
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Dango Yoshio 24/04/2023

"Eu sempre procuro o bem, mas se o mal vier, que o Senhor tenha misericórdia."
Alternando momentos de drama cotidiano e romance com a frieza e brutalidade que assola as quebradas, Ferréz nos conduz pelas ruas do Capão e nos apresenta um elenco de personagens distintos, mas que dividem muitas coisas em comum.

A escrita é muito boa e ágil, não ficando presa a detalhes desnecessários, pulando de núcleo em núcleo pra construir uma narrativa maior.
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Alana ð 21/04/2023

Caralhooo caralhooo
Fui ler achando que era sobre talaricagem (realmente era kkkkkk) e levei a maior surra da minha vida.
É incrível como o ferréz durante a leitura faz vc ficar pensando eita agora vai melhorar e logo em seguida ele mete um soco na sua cara.aqui não tem final feliz.
Esse livro é emocionante, intenso, cruel, real e indignante . Fiquei muito triste com o fim do Rael PQP.
" Não é culpa do lugar, é da mente "
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Thamyres L (Ruby) 17/04/2023

Capão pecado
Gostei do enredo, realmente tudo que se vê nas periferias de SP, achei que o livro contaria mais sobre os personagens, não consegui me envolver muito.
Mas é bom
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Egberto Vital 03/04/2023

Eu amo a biblioteca da escola porque a gente encontra esses textos ótimos, essa moçada tem acesso a muita coisa boa por lá. Peguei esse emprestado para minha (re)leitura de hoje.

Sobre "Capão Pecado" é preciso dizer, antes de qualquer coisa, que esse é um livro, como afirma o próprio Ferréz, que dialoga "de mano pra mano", e isso demarca a territorialidade dessa obra, é um livro que traz reflexões importantes sobre a realidade das periferias brasileiras, onde a violência, a falta de perspectivas e a desigualdade social são constantes, escrito por alguém que observa essa realidade de dentro e fala por pares com aqueles os quais também a vivenciam.

Através da narrativa, Ferréz apresenta a vida de Rael, um jovem que sonha em ser escritor em meio ao contexto de violência que o cerca e que está em constante busca de uma transformação em sua vida. Porém, as circunstâncias sociais em que está inserido não permitem que ele alcance suas aspirações, mostrando a força avassaladora das estruturas sociais na vida das pessoas.

Em "Capão Pecado" podemos entender como as condições sociais em que Rael vive são determinantes para o seu destino. Nessa narrativa é possível perceber que a cultura está inserida em um sistema de significados compartilhados, como reflete Clifford Geertz, neste caso, compartilhados por Rael e os membros da sociedade em que está inserido, marcados pela cultura da violência, do machismo e da crueldade, como elementos que permeiam suas vidas. Por isso, "Capão Pecado", como afirma o próprio autor, "é ácido e violento. É um grito."

Vale ainda ressaltar que a obra de Ferrez não contribui só para a discussão sobre as desigualdades sociais no Brasil. É através da literatura, que o autor nos apresenta, em forma de romance, uma realidade que muitas vezes é invisibilizada na sociedade, e nos convida a refletir sobre as estruturas sociais que perpetuam a exclusão e a violência nas periferias brasileiras. E é através do texto que Ferréz demarca o lugar estético da produção literária das (e nas) periferias, contribuindo para a robustez das narrativas marginais e se consolidando como um dos nomes mais importantes da nossa literatura contemporânea.
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Aninha 20/02/2023

Um dos livros mais reais que eu ja li na vida, retrata a vida de alguns brasileiros de forma pesada. muito bommm
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Taís 16/01/2023

Que livro
A gente acaba se acostumando a ler coisas tão formais que abrir um livro desses me assustou.
Uma linguagem real, toda a preocupação na descrição e o enredo no geral me fez ter a certeza de que não vou esquecer esse livro tão cedo.
Não tem como esquecer da luta de cada um pra ter uma vida digna, e do final que cada um teve.
Esse é um livro que te da um tapa na cara e te lembra como é a vida e como é o mundo, te mostra que todo mundo é bom, até o mal aparecer.
Definitivamente virou um favorito meu
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Giovanna 10/01/2023

?Da trairagem, nem Jesus escapou.?
Um livro bem diferente do que eu leio diariamente, retrata sobre a realidade e a dificuldade que alguns passam.
Rápido para ler.
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naoesteves 06/01/2023

Difícil de avaliar
Li o livro muito rápido, primeiro porque de fato é muito curtinho, mas também porque a narrativa é fluida e interessante. Ferréz é sucinto, objetivo, o vocabulário que usa parece até um áudio transcrito de tão simples. Achei a descrição das personagens muito boa, é tudo muito familiar e fácil de relacionar, de sentir - a angústia que se passa em cada morte, em cada situação relacionada ao tráfico, em ações simples do dia a dia. São personagens muito palpáveis.
A nota 3,5 vai mais no sentido de que, assim como manifestaram outras pessoas, existe uma falta no fim do livro. Tudo acaba de repente, fica ali um gostinho de quero mais. Mas acho que também conversa com o propósito do livro, talvez seja a ideia de que no contexto da história as narrativas vão e vem numa velocidade que nem sempre é agradável.
Apesar na nota não tão alta, é um livro que recomendo muito. Mexeu comigo, é uma proximidade com uma realidade que eu não tive e acho necessário olhar por essa perspectiva. Em uma sentada dá pra entender várias ideias, sair um pouco do que é confortável de se ler e reconhecer uma literatura que mais cutuca do que apazigua os ânimos.
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Tico Menezes 05/01/2023

A força da literatura periférica!
A experiência de ler Capão Pecado é, sem dúvidas, imensa, mas completamente subjetiva. Vemos a vida na periferia através da escrita de Ferréz, mas são nossas vivências que intensificam ou normalizam o que lemos aqui. Imagino um playboy chocado com metade do que lê no livro, mas totalmente alheio a passagens críticas e representativas. Eu, tendo nascido e crescido na periferia de São Paulo, vi ali histórias de amigos, familiares e colegas de bairro. Ferréz narra a quebrada em toda a sua crueza, dor, mas sem ignorar o conhecimento e a cultura que ali existem.

Por mais simples que pareça a prosa do autor, o que temos aqui é uma lição de acessibilidade na literatura. Com menos descrição física ou psicológica do que é visto em livros contemporâneos, somos embalados pelos cenários preenchidos pela narração em terceira pessoa, pelas observações pertinentes e os detalhes que compõem um cenário muito melhor do que palavras rebuscadas fariam.

Ler os diálogos cheios de gírias e expressões comuns aproxima o leitor dos personagens e suas vivências. Todos soam como pessoas reais, o que torna tudo ainda mais doloroso, para mérito do autor.
Porém, senti um certo incômodo em algumas descrições que pediam um pouco mais de estilo e cuidado, mas ficaram na simplicidade, assim como no último capítulo, que evitou conflitos, trouxe resoluções abruptas e informações grandiosas passadas como "só mais uma linha".

Uma pérola da nossa literatura, que merece ser lida e compartilhada nos mais diversos campos da educação, Capão Pecado é mais um convite a um olhar sobre a construção racista de um Brasil que se alimenta até hoje da desigualdade social.
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rafa 02/01/2023

"e o futuro fica mais pra frente, bem mais pra frente daqui"
O desfecho foi bem apressado. Ferréz encerrou o ciclo de personagens importantes da obra sem muito trabalho, seco, com pouca descrição, sem o cuidado que, na minha opinião, eles mereciam. Todos ali tiveram um final triste e brutal, mas ainda sim poderia ter sido melhor finalizado.

Contudo, é uma história que todos devem ler! Mas, é claro, nem todos vão compreender e sentir.
Capão Pecado conta uma realidade de muitos do nosso país.
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