Um teto todo seu

Um teto todo seu Virginia Woolf




Resenhas - Um Teto Todo Seu


700 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |


Jota Ge 01/02/2023

Muito bom
Virginia consegue organizar os pensamentos, questionamentos e argumentos dela de forma coesa e clara. Adorei que a autora focou na presença das mulheres na literatura.
comentários(0)comente



Thairo.JosA 31/01/2023

Aprendizado com a leitura
Não é o tipo de livro que eu gosto de ler, mas foi intenso a leitura e re-leitura de vários trechos para o melhor entendimento.
comentários(0)comente



skuser02844 31/01/2023

Minha primeira vez lendo Virginia Woolf e fico feliz em dizer que foi melhor que eu esperava!
Tive um pouco de dificuldade no começo mas a partir do 2° capítulo a leitura fluiu muito bem.
Também gostei muito dos trechos do diário que essa edição traz no final do livro, me deu ainda mais vontade de me aventurar nas obras de Woolf.
comentários(0)comente



Luiza 29/01/2023

O livro é ótimo!
Esse ensaio fala sobre "as mulheres e a ficção" e foram apenas a algumas décadas antes da publicação que as mulheres conseguiram obter seus direitos.

No começo eu não estava entendendo NADA, já que a Virgínia foge do raciocínio, utiliza metáforas e AS VEZES escreve de forma prolixa, mas ao decorrer das páginas consegui compreender o que ela queria transmitir. Esse é um livro que te leva a refletir e a buscar pela "Shakespeare feminina". Um teto todo seu é, com certeza, o tipo de ensaio que levarei para a vida.
comentários(0)comente



Luiza 28/01/2023

Virginia Wolf tem uma escrita que me intriga muito, chega a me angustiar, de verdade. Durante a leitura eu só pensava: ok, Virginia, mas qual é seu ponto? Como se ela tivesse a obrigação de me dar uma resposta. Uma solução para que eu pudesse entender o lugar das mulheres, meu lugar, na ficção. Fiquei angustiada pois eu queria uma coisa concreta, mas, obviamente, não tive essa coisa concreta, claro que não. O livro claramente esclareceu muitas coisas para mim, com certeza eu já sabia de muitas dessas coisas, das visões que os homens têm em relação as mulheres, do lugar que a mulher teve na ficção e da posição que ocupava e ocupa na vida real. Muito certeira a ideia de independência financeira e um lar para chamar de seu, porque, no fim das contas, é disso que precisamos para fazer ficção, seja homem ou mulher. O livro detalha muitos pormenores (não menores) de uma forma muito individual e assertiva, na minha opinião, mesmo trazendo outras ideias que me incomodaram um pouco antes dew ter minha aceitação. E, mais uma vez, eu terminei um livro de Wolf conformada, depois de ter passado por um período de decepção até concretizar toda a ideia na minha cabeça e entender (nunca 100%) o que ela quis passar. Adorei o posfácio da Noemi Jaffe, ele agregou bastante à visão brasileira do tema e, para mim, traduziu bastante do que a autora quis passar.
comentários(0)comente



Luisa.leituras 28/01/2023

Inteligente porém redundante
Primeiro livro da Virgínia Woolf e a melhor parte do livro foram os diários. Tem muitas partes redundantes porém é um livro bom
comentários(0)comente



Myréia 27/01/2023

Meu primeiro livro da Virginia, e meu deus, que bagunça parece que não estava indo pra lugar nenhum, mas entendo a sua importância para a época, tenho certeza que as mulheres precisam de um lugar todo seu para exercer qualquer que seja sua profissão, e receber justamente e proporcionalmente  por isso, como  os homens. Mas ela ficaria surpresa ao perceber que não é o suficiente? Talvez ela soubesse que já seria um começo naquele contexto.
comentários(0)comente



larissa viana 26/01/2023

"é mais importante ser você mesma que qualquer outra coisa"
Sou suspeita pra falar de Virginia Woolf, confesso! Amo sua escrita, suas ideias e tudo que representa e sinto um apego inexplicável por ela. Isso talvez se dê não só por conhecer sua história, mas também pela forma como ela escrevia seus ensaios, de um jeito inovador, sensível; sempre buscando expressar suas experiências e comunicar-se com seu leitor. Sempre de forma fluida, tinha por objetivo educar quem a lia a fim de que compreendesse a si mesmo e melhorasse sua postura tanto social quanto histórica e cultural.
Em 'Um teto todo seu', uma de suas obras mais emblemáticas, baseado em dois artigos lidos para duas faculdades femininas em 1928, Woolf traça uma relação direta entre a criação intelectual feminina e condições materiais; defendendo a tese de que uma mulher precisa de um espaço - um teto só seu - e dinheiro para produzir algo verdadeiramente independente e contrapondo-se à famosa meritocracia e outras ideias especulativas utilizadas ao longo da história para tentar explicar a suposta inferioridade intelectual da mulher.
Aqui, os limiares do gênero textual são borrados e temos um ensaio que pode ser lido como romance (o que torna a leitura ainda melhor); afinal, temos personagens fictícios, enredo e até a narradora muda por vezes. Assim, fugindo da convencionalidade do gênero ensaístico, Virginia escreve de maneira descontínua, o que pode ser visto como uma ilustração do cotidiano das mulheres, no qual elas sempre sofrem algum tipo de interrupção e precisam dar descontinuidade ao trabalho, dificultando seu processo criativo. No entanto, a genialidade da autora não sofre nenhum dano por isso, pelo contrário, sua forma original de construir o texto só evidencia o pedido que ela nos faz para que encontremos uma ''frase feminina", ou seja, uma linguagem própria, original, que difere de tudo que já foi preestabelecido, pois só assim poderíamos expressar-nos genuinamente.
Dentre outros temas abordados por ela temos a crítica aos valores da era vitoriana, às raizes históricas do patriarcado, associando-o ao fascimo, a crítica à guerra, ao capitalismo e ao imperialismo britânico. Em adição aos argumentos irrefutáveis e à beleza da obra, também somos expostos a imagens que perduraram até hoje, quase um século depois, como o gato 'sem rabo', visto de uma janela, que pode ser entendido como uma metáfora da mulher que escreve ficção - raro, mais exótico que bonito.
E, embora, alguns possam argumentar que uma obra escrita há quase 100 anos não tenha muito a acrescentar nos dias de hoje e que a situação das mulheres mudou muito, ainda assim afirmo que este livro, além de não ser nenhum pouco datado, é essencial não só para quem estuda o feminismo mas para qualquer um que queira se tornar um ser humano melhor. O caráter e as ideias humanistas de Virginia Woolf são incontornáveis; é impossível terminar de ler essa obra e não ter aprendido um pouco sequer com ela. Além disso, ainda há muito a ser conquistado pela frente para que nossa sociedade se torne igualitária e nós, mulheres, tenhamos metade do privilégios tidos pelos homens.
comentários(0)comente



Tequila Mockingbird 26/01/2023

Vale a pena, mesmo na pobreza ou na obscuridade, em qualquer infortúnio ou adversidade, trabalhar. Trabalhar em algo que seja só seu. Uma construção livre, literária ou não, que abrigue a si mesma e dê lugar a sua liberdade. Um teto todo seu é uma rajada de ar fresco, e movimenta qualquer um a descobrir sua própria direção.
comentários(0)comente



nathsql 24/01/2023

Também desejo um teto todo meu
Virgínia Woolf é simplesmente brilhante!
A temática do livro é extremamente necessária, e as divagações, que de acordo com a autora do posfácio foi motivo de crítica por alguns da época, para mim, são que a de melhor no ensaio. Me identifico.

Acredito ser uma leitura necessária, tanto para quem quer conhecer a grande escritora que foi Virgínia Woolf, quanto para qualquer mulher. Pois o tema ainda é muito atual.
É preciso que todas as mulheres tenham o direito de um bom vinho e um teto todo seu!
comentários(0)comente



Felipe99 24/01/2023

Um Teto Todo Seu, de Virginia Woolf ?
Em 1928, após ser convidada para proferir duas palestras em duas faculdades em Cambridge, Virginia Woolf cria uma escritora chamada Mary Bentinho para dissertar sobre o tema, as mulheres e a ficção. Mary sugere que para uma mulher escrever ficção de qualidade, ela precisa ter dinheiro e um teto todo seu. Ou seja, ela precisa de um espaço própria onde se possa ter sossego e liberdade para escrever o que bem quiser, livre dos afazeres domésticos. Usando da ficção e uma intensa pesquisa em sua biblioteca particular, a escritora percorre um contundente caminho pela história real acerca do papel das mulheres escritoras que antecederam o século XX na Inglaterra. E descobre, sem muita surpresa, que só a partir do século XIX as mulheres conseguiram ascender na literatura.

Virginia é perspicaz em sua escrita. Cria uma irmã de Shakespeare, dotada dos mesmo talentos do irmão. Porém ela não teria os mesmos privilégios que ele, por ser uma mulher. A educação seria restrita para ela, teria que se dedicar aos afazeres domésticos e ao casamento, destinado para ela desde muito cedo. Escrever estava fora de sua realidade. Virginia induz vários questionamentos e reflexões sobre o tema, usando da ficção citando exemplos reais, e fazendo referências a grandes escritoras como Jane Austen, as irmãs Brontë e George Elliot, pseudônimo usado por Mary Ann Evans, concretizando um importante e necessário texto feminista.
comentários(0)comente



Daniela Vicente 21/01/2023

Um livro revolucionário
Virginia Woolf traz nesse livro reflexões extremamente atuais, ela versa sobre a pobreza feminina, sobre a falta de oportunidades para as mulheres, sendo esta a razão pela qual as mulheres à época não falavam sobre ciência, filosofia, antropologia e, por consequência, também não escreviam sobre isso. Diz ainda que, quando os homens estavam ocupados conquistando o mundo (inclusive invadindo as terras de outros povos), viajando, escrevendo e vivendo, as mulheres estavam ocupadas criando seres humanos. Caso fossem do sexo feminino: estariam relegadas a viveram uma vida igual de suas mães, passando batido pela vida. Já se fossem do sexo masculino: estariam livres para ter confiança e seguir uma vida farta e memorável.

Assim, Virginia diz que não é culpa das mulheres se elas não conseguem escrever, afinal de contas, para que uma mulher possa escrever faz-se necessário dinheiro e um teto todo seu, realidade distante da grande maioria. As mulheres mal podiam ter seu próprio dinheiro, que deveria ser entregue/administrado por uma figura masculina e ainda deviam dividir seu espaço com toda a família, sem ter tempo para si mesma.

Assim, a autora também perpassa por diversas figuras masculinas que diziam absurdos, afirmando a inferioridade feminina. Um deles disse que até mesmo o mais burro dos homens é superior intelectualmente à mulher mais inteligente. Acredito que qualquer pessoa que tenha o mínimo de contato com outras pessoas é capaz de atestar como essa afirmação é irracional.

Um dos motivos que a autora aponta para a existência desse tipo de pensamento é que a maneira mais fácil de se adquirir autoconfiança é considerar que os outros são inferiores. Assim, seria fácil considerar que metade da população é inerentemente inferior.

"Não preciso odiar homem nenhum; eles não podem me fazer mal. Não preciso bajular homem nenhum; eles não têm nada para me dar."

"Fazer fortuna e criar treze filhos - ser humano algum seria capaz disso"

"De fato se a mulher não existisse a não ser na ficção escrita por homens, era de se imaginar que ela fosse uma pessoa da maior importância; muito variada; heroica e cruel, esplêndida e sórdida; infinitamente bela e horrenda ao extremo; tão grandiosa como um homem, para alguns até mais grandiosa. Mas isso é a mulher na ficção. Na vida real ela era trancada, espancada e jogada de um lado para outro"

Uma das partes mais interessantes do livro diz respeito ao momento em que a autora imagina uma irmã de Shakespeare, talentosa, aventureira, imaginativa, mas relegada a ficar trancafiada em casa, sem a oportunidade de ir para uma escola. Às vezes lia um livro do irmão escondido, mas logo devia ir fazer a comida. As páginas que rabiscava, ela escondia ou queimava. Ao ser obrigada a se casar com um homem que não queria e dizer que achava o casamento odioso, foi espancada pelo pai. Ao fugir de casa, tentou atuar, mas recebeu apenas risos e escárnio, já que nenhuma mulher poderia ser atriz. Acabou ficando grávida de um ator-diretor que a achou parecida com o gênio Shakespeare. A mulher se matou numa noite de inverno.

A autora chega à conclusão de que qualquer mulher com o talento de Shakespeare no séc. XVI teria enlouquecido, atirado em si mesma ou terminado seus dias em um chalé nos arredores da vila, meio bruxa, meio feiticeira, temida e escarnecida.

Reflete ainda que há uma indiferença notória do mundo para com os escritores: ninguém pede às pessoas que escrevam poemas, romances histórias. O mundo não precisa disso. Ninguém se importa se o escritor encontra a palavra certa ou não. Há uma grande desencorajamento à escrita. Já para a mulher, há ainda mais dificuldades além dessa. No caso das mulheres, não há apenas indiferença, mas hostilidade.

"O mundo não dizia a ela, como dizia a eles: "Escreva se quiser, não faz diferença para mim". O mundo dizia, gargalhando: "Escrever? O que há de bom na sua escrita?"

"A história da oposição dos homens à emancipação das mulheres é talvez mais interessante do que a própria história da emancipação"

"As mulheres vivem como morcegos ou corujas, trabalham como bestas e morrem como vermes"

"Precisamos aceitar o fato de que todos aqueles bons romances, Vilette, Emma, O Morro dos Ventos Uivantes, Middlemarch, foram escritos por mulheres com a experiência de vida que era permitida dentro da casa de um clérigo respeitável e por mulheres tão pobres que não tinham condições de comprar mais que alguns cadernos de papel almaço por vez para escrever O Morro dos Ventos Uivantes ou Jane Eyre"
"Ao mesmo tempo, do outro lado da Europa havia um homem vivendo livremente; colhendo sem impedimentos ou censuras, toda a vasta experiência da vida humana, que, mais tarde, lhe serviria de forma esplêndida quando escrevesse seus livros"

"Ainda assim, são os valores masculinos que prevalecem. Falando friamente, futebol e esportes são "importantes"; a adoração da moda, a compra de roupas, "trivial"."

"A educação não deveria aflorar e fortalecer as diferenças em vez das similaridades?"

"E há também a moça atrás do balcão - eu preferiria sua história real à centésima quinquagésima vida de Napoleão"

"É fatal para uma mulher defender mesmo que com justiça a causa que for e falar conscientemente como mulher em qualquer situação"

"Agora o escritor, penso eu, tem chance de viver mais do que as outras pessoas na presença dessa realidade"

"Então me jogo no meu grande lago de melancolia. Senhor, como ele é profundo! Que melancólica nata eu sou!"

Após versar sobre rivalidade feminina, homossexualidade e o trabalho feminino, a história da irmã de Shakespeare é retomada e Virginia Woolf diz que ela ainda está viva em todas as mulheres, inclusive naquelas que estão lavando a louça ou colocando os filhos para dormir. Que os grandes poetas nunca morrem, mas precisam apenas de uma oportunidade para andar entre nós em carne e osso. E é disso que as mulheres precisam, apenas de uma oportunidade.
comentários(0)comente



Lela 19/01/2023

Cabem muitas releituras
Virgínia conversa com a minha inquietude de uma forma que nenhuma outra faz. Ser uma leitora é ler esse ensaio sobre a visão dela da "mulher e a ficção" é muito f0d4!

Bendita hora que eu me prestei a ouvir audiobooks! Nunca teria optado por ler Um Teto Todo Seu de outra forma! De tempos em tempos vale uma revisita.
comentários(0)comente



camyle 19/01/2023

as mulheres vivem como morcegos ou corujas, trabalham como bestas e morrem como vermes.
"Se Tolstói tivesse vivido em um priorado em isolamento, com uma mulher casada 'excluída das relações com o que é chamado de mundo', por mais que o dever moral fosse edificante, dificilmente, pensei, ele teria escrito Guerra e paz."

virginia woolf é uma autora que tenho tentado ler por muito tempo mas não conseguia dar continuidade até pegar esse livro. demorei um pouco mais do que o necessário para finalizar esse mas aproveitei demais a leitura. virginia traz nesse livro diversos pontos que por muito tempo foram deixados debaixo do tapete. aqui, ao falar sobre o que a mulher precisa para escrever ficção, ela questiona o patriarcado e até mesmo o capitalismo. todos devem ler virginia woolf!!
comentários(0)comente



umanatalense 15/01/2023

Perfeito
“Tranque suas bibliotecas, se quiser, mas não há portão, nem fechadura, nem trinco que você consiga colocar na liberdade de minha mente.”

Do que uma mulher precisa para escrever? Dinheiro e um teto todo seu. Essa foi a ideia defendida por Virginia Woolf nas palestras que ministrou em Cambridge, em 1928, e que deram origem a este ensaio.

A autora não compara a qualidade das produções feitas por homens e mulheres, “não creio que os dons, sejam eles da mente ou do caráter, possam ser pesados como açúcar e manteiga”. Woolf esmiúça os componentes presentes na escrita de alguns autores e autoras consagrados da literatura inglesa, como William Shakespeare e Jane Austen; ela estava interessada em entender as motivações das mulheres e dos homens ao escreverem e como a sociedade lidou de forma diferente com as aspirações dos dois gêneros. Ou seja, o ensaio fala sobre a trajetória das escritoras inglesas.

A escrita desse livro é elegante, criativa e ao mesmo tempo rebelde. Eu imagino o tamanho do espanto que esse livro causou na sociedade de 1929. Apesar dos quase cem anos que nos separam desde a sua publicação, essa ainda é uma obra atual, pois mostra como a liberdade das mulheres foi conquistada através da ousadia de daquelas que viveram antes de nós e que os nossos direitos devem ser defendidos todos os dias.

“As obras-primas não são frutos isolados e solitários; são o resultado de muitos anos de pensar em conjunto, de um pensar através do corpo das pessoas, de modo que a experiência da massa está por trás da voz isolada.”
comentários(0)comente



700 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR